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Recurso Ordinário Trabalhista

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DO TRABALHO DE GOIÂNIA – GO.
Processo nº: 0010001-10.2017.518.0002
ALBANO MACHADO, já qualificado nos autos em epígrafe, em que contende com MARIA JOSÉ PEREIRA, também qualificada, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado infra assinado, com fulcro nos arts. 893, II e 895, I, ambos da CLT, interpor
RECURSO ORDINÁRIO
Requerendo o recebimento do presente recurso, bem como intimação da Recorrida para apresentar contrarrazões ao Recurso Ordinário, nos termos do art. 900, da CLT, e a posterior remessa dos autos ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da __ Região.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Goiânia – GO, 28 de Novembro de 2017.
Assinatura do Advogado, OAB/__nº__ e endereço.
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA __ REGIÃO
Recorrente: ALBANO MACHADO
Recorrido: MARIA JOSÉ PEREIRA
Processo: 0010001-10.2017.518.0002
1. DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE
1.1 DO CABIMENTO DO RECURSO ORDINÁRIO
A CLT dentro do seu artigo 895, prevê o cabimento de recurso ordinário contra as decisões definitivas ou terminativas de processos decididos nas Varas do Trabalho ou nos Tribunais Regionais do Trabalho, em razão de competência originária.
Tratando-se de decisão terminativa, cabível é o recurso ordinário, pois segundo o referido artigo, é legalmente previsto para combater esse tipo de decisão, sendo, portanto, adequada a sua interposição, já que a r. sentença não merece ser mantida, razão pela qual o Requerente postula pela sua reforma parcial. 
1.2 DO INTERESSE PROCESSUAL
Visto que objetiva atacar parcialmente a decisão recorrida, tem interesse processual
1.3 DA LEGITIMIDADE
É parte legitima para recorrer, haja vista que o Recorrente será o Reclamante e parcialmente vencido da decisão.
1.4 DA TEMPESTIVIDADE
A r. sentença foi publicada em 21/11/2017, iniciando o prazo para interpor Recurso Ordinário no dia 22/11/2017, tendo como marco final o dia 01/12/2017. 
Assim sendo, tempestivo é o presente Recurso.
1.5 DO DEPÓSITO RECURSAL E DAS CUSTAS PROCESSUAIS
Perante sua natureza de garantia, o reclamante não irá efetuar o depósito recursal, uma vez que é credor dos valores deferidos na ação judicial. Pelo mesmo motivo, ele somente é exigível nas obrigações em pecúnia, ou seja, quando há a condenação da reclamada para pagamento de valores, sendo dispensado nas ações judiciais meramente declaratórias.
Caso a reclamada seja vencida, mesmo parcialmente, entende ser necessário que se efetue o depósito, garantindo-se o juízo, não se exigindo o mesmo procedimento por parte do empregado, no caso de eventual recurso. O depósito prévio só é exigido do empregador que opte por recorrer de uma demanda trabalhista enquanto vencido (SARAIVA, 2007, p. 260).
2. DO DIREITO
2.1. DAS HORAS EXTRAS
A sentença julgou improcedente o pedido de pagamento de horas extras ao fundamento de que não deve ser aplicada ao caso em comento a Súmula n. 444, do Colendo TST, isto é, a exigência de negociação coletiva para a validade do regime 12x36 pode ser afastada. Ainda mais quando se trata de atividade de cunho social exercida pelo trabalhador, em prol de família que não visa lucro com a prestação de serviços contratada. 
A interpretação do art. 7º, inciso XIII, da Constituição Federal de 1988 é fundamental, pois prevê que a jornada máxima permitida por dia é de oito horas, salvo pactuação por Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho, o que inexiste na espécie.
Dentro da previsão constitucional, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) firmou entendimento de que a flexibilização da jornada de trabalho, hipótese do regime 12x36, é possível desde que ocorra por meio de Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho. Neste caso, as horas laboradas no mencionado regime não sofrerão acréscimo do adicional previsto no art. 7º, inciso XVI, da CF/88. Vejamos o disposto na Súmula nº 444:
Súmula nº 444 do TST. JORNADA DE TRABALHO. NORMA COLETIVA. LEI. ESCALA DE 12 POR 36. VALIDADE. É valida, em caráter excepcional, a jornada de doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados. O empregado não tem direito ao pagamento de adicional referente ao labor prestado na décima primeira e décima segunda horas.
Não houve pactuação por norma coletiva deste caso. Destaca-se que no tocante ao trabalho doméstico a previsão legal de adoção da jornada 12x36 por meio de Acordo ou Convenção Coletiva se deu somente com o início da vigência da Lei Complementar nº 150, em 02/06/2015. Vejamos o dispositivo que trata sobre o tema:
EC/15. Art. 10. É facultado às partes, mediante acordo escrito entre essas, estabelecer horário de trabalho de 12 (doze) horas seguidas por 36 (trinta e seis) horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação. 
É inválida a implantação da jornada 12x36, na medida em que a escala excepcional exige necessariamente a intervenção de atores sociais, como acordo coletivo ou convenção coletiva, em que pese, a adoção da referida jornada, no que diz respeito ao trabalho doméstico se deu a partir de Junho de 2015, com a vigência da EC/2015. 
Nesse sentido, junto a jurisprudência:
Relatora: DESEMBARGADORA CARMEN VILMA GARISTO HORAS EXTRAS – ESCALA DE TRABALHO 12X36. CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO. Considerando o disposto nos artigos 7º, XIII, da CRFB/88 e 58 e 59 da CLT, é possível concluir, a princípio, que as jornadas de trabalho especiais, a exemplo da 12x36 horas, desde que previstas em normas coletivas, são válidas. Dessa forma, inexistindo instrumento coletivo, mostra-se inválida a escala 12x36, sendo devidas como extras as horas laboradas acima da oitava diária. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de RECURSO ORDINÁRIO, sendo partes as acima citadas. RELATÓRIO Trata-se de recurso ordinário da reclamante, em face da r. sentença das fls. 737-739v, de lavra da Exma. Juíza do Trabalho Suzane Schulz Ribeiro, da 5ª Vara do Trabalho de Vitória/ES, que julgou parcialmente procedentes os pedidos da exordial. Razões recursais da reclamante, às fls. 747v-750, em que pugna pela refo (TRT 17ª R., 01370-2011-005-17-00-4, Rel. Desembargadora Carmem Vilma Garisto, DEJT 09/04/2015).
 Sendo o regime 12x36 totalmente invalidado, requer como consequência a condenação da reclamada ao pagamento, como extra, do tempo trabalhado além da oitava hora diária e da quadragésima quarta semanal acrescidos dos adicionais legais.
2.2. DO TRABALHO AOS DOMINGOS
Foi também indeferido ao trabalhador o pagamento em dobro dos domingos trabalhados. O fundamento utilizado foi de que o domingo passa a ser dia normal com a adoção do regime 12x36, sendo compensado com outro dia de folga, o que não viola o disposto na Lei n. 605/49 e art. 7º, inciso XV, da Constituição Federal de 1988.
Dada a devida permissão, com este raciocínio, ressalta-se que no caso em comento a jornada 12x36 não é válida, eis que não amparada por lei ou norma coletiva. Assim, a eventual compensação do domingo por folga noutro dia da semana não tem validade jurídica. Tendo em vista, o reclamante, deve receber o direito ao pagamento em dobro pelos domingos trabalhados.
2.3. DA JUSTA CAUSA
Como o trabalhador chegou bêbado ao trabalho, a justa causa foi mantida, o que constitui falta grave o suficiente para ensejar esta medida extrema.
Desse modo, um dos princípios que devem ser observados quando da aplicação da justa causa é o da proporcionalidade entre o ato praticado e a medida extrema.
No caso em tela, a sentença informa a inexistência de outras penalidades sofridas pelo trabalhador, tendo a única testemunha ouvida no feito afirmado que ele era um bom trabalhador. Assim, salienta-se a desproporcionalidade da pena, como infere o julgado abaixo:
Ementa
Rescisão imotivada. Justa causa não configurada. A falta grave imputada
ao reclamante como ensejadora da dispensa por justa causa (embriaguez em serviço no dia da demissão), não restou comprovada, mostrando-se, por essa razão, acertada a sentença de origem ao concluir pela nulidade da rescisão por justa causa, convertendo-a em demissão imotivada, com o pagamento das parcelas rescisórias correlatas. Recurso não provido. Indenização pela lavagem do uniforme. Operador de armazém. Situação fática que não enseja a indenização das despesas. Hipótese em que, diversamente do que ocorre em outras situações - como nos casos conhecidos dos trabalhadores de empresas cujo objeto é a industrialização, comercialização e exploração de alimentos em geral, especialmente leites, carnes e derivados -, o uso de uniforme não é uma contingência inerente à atividade da empresa, mas uma simples conveniência que serve ao próprio empregado. Nesta hipótese, procede o argumento da empresa de que o uniforme é um benefício oferecido e que serve para evitar o desgaste das roupas pessoais dos próprios trabalhadores. Correta a ponderação da reclamada de que, se não fosse utilizado o uniforme, cujo uso não é imperativo da atividade, os empregados haveriam de providenciar a lavagem das suas próprias roupas, arcando, como é normal, pelo custo dessa necessidade. Assim, o fato de o empregado responsabilizar-se pela limpeza do seu uniforme não pode ser tido como ato de transferência do ônus do negócio ao trabalhador, tornando improcedente o pedido de ressarcimento dessas despesas. Recurso da reclamada provido neste item para absolvê-la da condenação ao pagamento de indenização em razão da lavagem do uniforme, no valor de R$ 15,00 para cada mês trabalhado. ( Processo RO 00009229520115040203 RS 0000922-95.2011.5.04.0203; Orgão Julgador 3ª Vara do Trabalho de Canoas; Julgamento 30 de Janeiro de 2013; Relator FLAVIO PORTINHO SIRANGELO).
 Com isso, teve o reclamante seus direitos trabalhistas fatalmente violados pela empregadora, que se aproveitou da fragilidade e desconhecimento de seus direitos, já que a sua conduta não é requisito suficiente para ensejar a aplicação de justa causa, não cometendo nenhuma insubordinação grave, constituindo-se assim ausência entre a falta cometida e a punição aplicada.
Conforme disposto acima, diante da má aplicação da justa causa, o reclamante pleiteia a sua reversão por meio do presente recurso, razão pelo qual faz jus ao recebimento das verbas rescisórias que lhe foram sonegadas em razão da forma pela qual o contrato de trabalho foi rompido, notadamente as seguintes: aviso prévio, férias proporcionais +1/3, décimo terceiro salário proporcional e multa de 40% sobre o saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Além disso, requer a emissão dos documentos necessários para sacar o valor depositado na sua conta vinculada do FGTS e para o recebimento do seguro desemprego, caso preencha os requisitos legais.
2.4. DA MULTA DO ART. 477, 8º, DA CLT
No tocante à multa do art. 477, §8º, da CLT, a decisão de primeiro grau indeferiu o pleito em razão de ter sido mantida a justa causa.
Constitui uma das obrigações do empregador em uma relação de trabalho o correto cumprimento das obrigações do contrato de trabalho, mediante salário, pagamento de horas extras e adicionais devidos, por todos os serviços realizados pelo empregado. A ausência de pagamento destas verbas é, portanto, o descumprimento de uma obrigação do empregador.
RECURSO DE REVISTA. JUSTA CAUSA. REVERSÃO EM JUÍZO. VERBAS RESCISÓRIAS. MULTA DO ART. 477, § 8º, DA CLT. 1. A iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho posiciona-se no sentido de que é devida a multa prevista no art. 477, § 8º, da CLT, independentemente de a controvérsia haver sido dirimida em juízo, sendo inaplicável apenas quando o empregado der causa à mora no pagamento das verbas rescisórias. 2. Recurso de revista do Reclamante de que se conhece e a que se 1428 dá provimento. 
(TST – Processo nº 0001589-05.2011.5.03.0108 – RR. Relator Min. João Oreste Dalazen Orgão Judicante - 4ª Turma, Data da publicação - 22/10/2015).
Em face de conhecimento e eventual deferimento do pedido de reversão da justa causa da dispensa aplicada ao Sr. Albano (recorrente), o reclamante requer a condenação da reclamada ao pagamento de multa pelo atraso no pagamento das verbas rescisórias.
2.5. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
O trabalhador foi condenado ao pagamento de honorários advocatícios no importe de 5% do valor da condenação apurado em sede de liquidação de sentença.
Vamos lançar mão primeiramente do direito intertemporal, ou seja, a reclamação trabalhista foi distribuída antes da vigência da reforma trabalhista (Lei n. 13.467/17). Cabe indagar se a lei processual passa a vigorar de forma imediata ou retroativa. Ou seja, a nova lei alcança os processos em curso ou somente aqueles cujas ações tenham sido ajuizadas após a sua vigência, em novembro de 2017?
A norma processual tem efeito prospectivo e imediato, entretanto, impende sublinhar que as regras de direito intertemporal contêm exceções importantes. São chamadas de regras de sobredireito (ou superdireito) aquelas que não criam situações jurídicas imediatas, mas regulam sua aplicação no tempo, no espaço e na interlocução das fontes do direito.
A primeira exceção ao princípio da aplicação imediata da norma processual encontra-se no próprio texto constitucional, qual seja o seu art. 5º, XXXVI, ao dispor que a lei nova “não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”. Em igual sentido é o art. 6º, § 1º, da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro:
No artigo 6º vemos: A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. § 1°: Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.
Pois, trata-se de garantir a segurança jurídica a fim de evitar surpresas prejudiciais às partes, ou mesmo proteger as situações jurídicas já encetadas sob o pálio da lei velha. Não se ignore que dentro do conceito de segurança jurídica temos a segurança legal e judicial. 
Com efeito, a lei nova não retroage em relação aos atos já consumados, aplicando-se apenas aos atos futuros do processo. Nesse sentido é a regra do art. 1046 do CPC/15:
Art. 1.046. Ao entrar em vigor este Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos processos pendentes, ficando revogada a Lei 7.869, de 11 de janeiro de 1973.
1º As disposições da Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973, relativas ao procedimento sumário e aos procedimentos especiais que forem revogadas aplicar-se-ão às ações propostas e não sentenciadas até o início da vigência deste Código.
Observe-se que o CPC/15 fez questão de declarar que as disposições revogadas do CPC/73, atinentes ao rito sumário e especiais, continuam em vigor para as ações não sentenciadas até a data do novo CPC/15. No mesmo sentido são as regras da CLT:
 Art. 912 – Os dispositivos de caráter imperativo terão aplicação imediata às relações iniciadas, mas não consumadas, antes da vigência desta Consolidação.
 Art. 915 – Não serão prejudicados os recursos interpostos com apoio em dispositivos alterados ou cujo prazo para interposição esteja em curso à data da vigência desta Consolidação. 
Importa é demonstrar uma terceira exceção à regra geral da aplicação imediata. Trata-se do princípio do não prejuízo aos litigantes pela lei processual nova. Com efeito, a nova legislação somente se aplica às situações em curso, quando para beneficiar as partes, a exemplo da nova contagem em dias úteis prevista no mencionado art. 775 da CLT.
Ao contrário, quando a lei nova sobrevier para acoimar, punir ou restringir direitos processuais a sua aplicação não poderá afetar situações jurídicas em aberto. Nesse sentido é a dicção da própria CLT ao ressaltar que o encurtamento do prazo prescricional só poderá se iniciar a partir de sua vigência; ou seja, com efeitos ex-nunc:
Art. 916 – Os prazos de prescrição fixados pela presente Consolidação começarão
a correr da data da vigência desta, quando menores do que os previstos pela legislação anterior.
Em igual direção já sinalizou o Supremo Tribunal Federal em vetusto aresto:
“No caso em que a lei nova reduz o prazo exigido para a prescrição, a lei nova não se pode aplicar ao prazo em curso sem se tornar retroativa. Daí, resulta que o prazo novo, que ele estabelece, correrá somente a contar de sua entrada em vigor.” (STF, 1ª Turma, RE 51.706, Rel. Min. Luis Gallotti, julgado em 4.4.1963).
Conclui-se que a introdução dos honorários advocatícios de sucumbência recíproca no processo do trabalho se enquadra nessa ordem de regras híbridas e, portanto, devem ser aplicadas apenas aos processos que tiveram início sob a vigência da nova lei 13.467/17. Observa-se que o STJ analisou idêntica matéria, quando da introdução desse instituto pelo CPC/15:
“HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. NATUREZA JURÍDICA. LEI NOVA. MARCO TEMPORAL PARA A APLICAÇÃO DO CPC/2015. PROLAÇÃO DA SENTENÇA. (…) 7. Os honorários advocatícios repercutem na esfera substantiva dos advogados, constituindo direito de natureza alimentar. 8. O Superior Tribunal de Justiça propugna que, em homenagem à natureza processual material e com o escopo de preservar-se o direito adquirido, AS NORMAS SOBRE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NÃO SÃO ALCANÇADAS PELA LEI NOVA. 9. A sentença, como ato processual que qualifica o nascedouro do direito à percepção dos honorários advocatícios, deve ser considerada o marco temporal para a aplicação das regras fixadas pelo CPC/2015. 10. Quando o capítulo acessório da sentença, referente aos honorários sucumbenciais, for publicado em consonância com o CPC/1973, serão aplicadas as regras do antigo diploma processual até a ocorrência do trânsito em julgado. Por outro lado, nos casos de sentença proferida a partir do dia 18.3.2016, as normas do novo CPC regularão a situação concreta. 11. No caso concreto, a sentença fixou os honorários em consonância com o CPC/1973. Dessa forma, não obstante o fato de esta Corte Superior reformar o acórdão recorrido após a vigência do novo CPC, incidem, quanto aos honorários, as regras do diploma processual anterior.” (STJ, 4ª Turma, Recurso Especial Nº 1.465.535 – SP (2011/0293641-3, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Publicação DJ Eletrônico: 07/10/2016)
Diante do exposto, a condenação do reclamante ao pagamento de honorários advocatícios no importe de 5% do valor da condenação apurado em sede de liquidação de sentença não se aplica, é, portanto, inconstitucional.
3. DO PEDIDO
Diante de todo o exposto, requer o conhecimento e o provimento do presente Recurso Ordinário, para fins de reforma da r. Sentença, nos moldes dos itens supracitados.
São os termos em que,
Pede deferimento.
Goiânia – GO, 28 de Novembro de 2017.
Assinatura do Advogado, OAB/__nº__ e endereço.

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