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AVM Resumo

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O CORPO FALA 
 O corpo fala sem palavras, através dessa linguagem você diz muita coisa aos outros, e vice-versa. Nosso corpo é antes de tudo um centro de informações para nós mesmos. O Livro trata de um aspecto do comportamento humano, possui diversas ilustrações para facilitar a compreensão, o tema abrange a comunicação psicossomática inconsciente possibilitando ao leitor obter uma nova dimensão na comunicação além de conhecer uma linguagem que não mente.
CONVITE A UM PASSEIO
 Ao iniciarmos a leitura desse livro somos convidados a embarcar em uma espécie de viagem pela fascinante linguagem do corpo humano, na qual o autor compara a leitura a um embarque em um dirigível, não apenas como espectadores, mas nos estimula “dirigir o balão” enquanto suas palavras vão girando a hélice... Em uma segunda comparação o autor diz que o método seguido por ele nesse livro é semelhante ao que aprendemos a ler, fomos conhecendo as primeiras letras, posteriormente curtas palavras, formamos uma espécie de vocabulário e assim o leitor que for avançando na leitura perceberá que o corpo fala pelo mesmo “método global”. Como início do nosso vocabulário temos símbolos antiguíssimos, os bichos: uma águia, um leão e um boi. 
OS SÍMBOLOS 
 Símbolos “São ferramentas da mente – Um símbolo antigo dá-nos a estrutura psicossomática do homem e da linguagem do nosso corpo. ” Quando falamos do realce das partes do corpo podemos perceber que os símbolos são como um artifício que a inteligência humana cria e procura padronizar para facilitar sua própria tarefa de compreender. 
Usemos então um símbolo: podemos comparar com o corpo humano a uma esfinge. 
A esfinge era composta de quatro partes: 
CORPO DE BOI, TÓRAX DE LEÃO, ASAS DE ÁGUIA E CABEÇA DE HOMEM.
 Existe uma tradição muito antiga segundo a qual cada uma dessas partes representa uma parte do físico do homem e também a sua correspondência psicológica. 
O BOI- O boi quando colocado em evidência na nossa expressão corporal, caracteriza-se por uma acentuação do abdômen. A pessoa avança o abdômen; um bom exemplo são as pessoas que gostam de boas refeições. No plano sexual temos o famoso requebrar das mulheres brasileiras e havaianas; é uma provocação para os homens que por sua vez buscam evidenciar seus órgãos genitais como uma forma de se oferecer. 
O LEÃO- O leão se evidencia pelo tórax onde está o coração; é o centro da emoção. Os especialistas em expressão corporal, sobretudo os coreógrafos o consideram como centro do EU. Quando uma postura evidencia o tórax há uma supremacia do EU. São pessoas vaidosas, egocêntricas ou que naquele momento querem se impor. Ao contrário, quando o tórax esta encolhido, estamos em presença de uma pessoa cujo EU esta diminuído; Pessoas tímidas submissas, retraídas ou naquele momento se sentem dominadas por uma situação. Tórax em postura normal significa um EU equilibrado. Podemos observar o estado emocional da pessoa olhando atentamente para o seu tórax, como um aumento da respiração significa tensão e forte emoção, os suspiros são indicadores de ansiedade e angústia, etc.
A ÁGUIA- A águia representada pela cabeça, nos indica estado de controle do corpo pela mente. Cabeça erguida significa hipertrofia do controle mental. Já cabeça baixa significa que o indivíduo é controlado por estímulos externos; cabeça em posição normal indica um controle normal da mente. A posição da cabeça diz a mesma coisa que a do tórax reforçando harmonicamente a linguagem do corpo. A esta altura é possível perceber que lidamos com um alfabeto de componentes básicos e simples com um número infinito de permutas e combinações com variações de intensidade de infinitas expressões corporais que por sua vez podem ser concordantes ou antagônicas e vaiar no tempo. 
PERCEBER EM VEZ DE OLHAR 
 Somos estimulados a “perceber em vez de apenas olhar” e a importância de tornar isso um hábito. Existem situações em que se é possível deduzir o significado da mensagem verbal. Como no exemplo da ilustração do cliente fazendo um sinal com as mãos para o garçom, mas pedindo a bebida em outro idioma. Não é possível obter a percepção fluente de uma língua se apenas a estuda em livros, mesmo se tratando de uma única língua universal. Certo que conhecemos alguma coisa; sabemos distinguir entre um rosto zangado e um alegre, a bofetada e a carícia, mas observar vai além. Trata-se de classificar dentro do sistema básico apresentado (esfinge) o que passa a sua volta! Tentando decifrar...
 Errar faz parte do processo, é natural. Estamos em terra estranha; o vocabulário é restrito, nossos conhecimentos da estrutura daquela linguagem são poucos ainda. A regra é: Use o que sabe não se preocupe com a perfeição.
ANÁLISE DE UM SORRISO 
 A cabeça tem uma imensa importância da região ocular pois é muito expressiva. Nela temos representados os três animais.
O BOI- representado pela boca, por onde entram os alimentos;
O LEÃO- representado pelo nariz, onde entra o oxigênio para os pulmões;
A ÁGUIA- representada pelos olhos, que são o espelho da mente;
Através das expressões faciais, são reveladas as atitudes da mente. Como: 
Sobrancelhas abaixadas: concentração, reflexão X Sobrancelhas levantadas: surpresa, espanto;
Olhos brilhantes: entusiasmo, alegria X Olhos baços: desanimo, tristeza;
Lábios arqueados para cima: prazer, alegria X Lábios arqueados para baixo: desprazer, tristeza; X Em bico: dúvida, contrariedade;
 Esta breve lista leva em consideração apenas a posição geométrica dos traçados sorriso-muxoxo, que quase nada esclarecemos em vista da abundância de expressões possíveis a qualquer rosto. Para analisar os tipos de sorriso o autor colocou uma ilustração: Cena de faroeste. O que acontece ali é uma maldade, mas todos estão sorrindo. Cada personagem em uma situação diferente na mesma cena, para analisarmos os tipos de sorrisos e outras características. 
HARMONIA E DESARMONIA
Até aqui nos valemos dos nossos olhos para examinar a matéria sob estudo. Usemos agora o ouvido em três simples experiências com um teclado sonoro.
Lá no fundo do nosso ouvido tem um caracol auditivo. Sua estrutura é tal qual a de um piano, mas incrivelmente miniaturizado e enrolado em espiral. Suas cordas mais finas, para a percepção de sons mais agudos já as cordas mais espessas, para os graves, que alcançam cerca de meio milímetro. Para esta experiência não é preciso que a pessoas saiba tocar piano, é só seguir as seguintes orientações: 
Localize a tecla dó, toque-a. Aquele som vibrará 261 vezes por segundo.
A seguir suba uma oitava. (Conte oito teclas brancas incluindo na contagem a que você tocou). Es o dó seguinte, mais agudo. 
Toque-o! Ele vibrará 522 vezes por segundo. 
Agora a primeira experiência:
Toque as duas teclas descritas, ao mesmo tempo! Você acaba de obter um acorde perfeito: um som muito puro e agradável. Mas repare no aspecto matemático 522 é o dobro exato de 261. 
Agora a segunda experiência: 
Toque simultaneamente, o dó e o mi (o mi é a 3º tecla à direita contando com o dó a primeira).
 Qual a proporção matemática? As vibrações agora são 261 e 328,88, ou seja, na proporção de 4 para 5! É outro acorde agradável!
Acabamos de descobrir que dá para o pianista e o expressa pela linguagem da sua atitude corporal.
E a terceira e última experiência:
 Toque ao mesmo tempo as duas teclas adjacentes dó e ré (basta um dedo só, bem no risco que divide uma da outra). Não gostou? Pois é, juntou 261 e 292,98 ciclos por segundo; dois números na proporção de 8 para 9. Juntamos dois sons discordantes entre si.
 Concluímos que a sensação transmitida pelos nervos para o cérebro e você tomou conhecimento de algo desagradável na experiência 3 enquanto os sons ouvidos na experiência 1 e 2 contaram com a aprovação do consciente do seu EU. Vocêestá de acordo com os acordes. 
 Acabamos de demonstrar um fato: o ser humano esta fisiologicamente “afinado” para distinguir entre harmonia e desarmonia. 
COMPORTAMENTO INTERPESSOAL
 Para compreendermos o comportamento interpessoal o autor utilizou uma ilustração: Uma reunião social, com quatro pessoas, cada par conversando entre si.
É importante definirmos harmonia e desarmonia:
Harmonia- é a disposição bem ordenada entre as partes de um todo; concórdia, concordância; 
Desarmonia- é a má disposição das partes de um todo; discordância;
Na primeira situação:
A mulher está de pé, “com pé atrás”; corpo inclinado para trás: recuo, rejeição; um braço permanentemente cruzado diante do tórax, defendendo a região “leão” do sentimento do EU: não aceito no plano emotivo. O outro braço de mão fechada, leva o cigarro mais para trás possível. A cabeça em recuo, de “nariz levantado”, confirma em “águia” a desaprovação no nível consciente. Um sorriso por educação, a linguagem básica que é a do corpo não harmoniza com o sorriso tenta dizer.
O homem de é diante dela. Gosta de si mesmo. Nele sim, tudo diz: autossatisfação, auto aprovação; posição de firmeza e início de avanço com as pernas: confia em si próprio, “sabe onde pisa”; tórax em evidencia: sente a sua importância. Até os dedos das mãos apontam “o leão”; cabeça: atitude de quem “está por cima” combinando com o tórax: orgulho; tudo nele afirma o EU, concordante com a mensagem expressa.
 Na segunda situação:
O homem sentado, está interessado na mulher, sua atitude expressa ação; o tronco avançado para a frente diz: quero avançar; a cabeça idem; pernas cruzadas, desembaraço; um dos pés avança para ela; a mão direita apoia-se no símbolo de desembaraço, idem ao cotovelo esquerdo; a mão esquerda como que afasta o corpo impacientemente da sua frente: este interessado na oponente e não na bebida! Simboliza também que não quer que ninguém se meta na conversa! 
A mulher sentada diante dele está adorando a situação, aceita a liderança do parceiro. O corpo está inclinado para trás porque ela está “relax”, descontraída, apoiando-se no espaldar da cadeira, aceitação, concordância; as penas também cruzadas, espelham a posição do seu parceiro; mostra as palmas das mãos para cima, aceitação, concordância; a cabeça também concorda; 
Uma cena comum a quatro pessoas, duas situações bem diferentes uma da outra. O autor nos dá um alerta positivo não quer dizer “certo” nem negativo “errado” não há julgamento ético nisto!
ORIGENS ANTIGAS DOS GESTOS DE HOJE
 O que há de comum entre as pessoas? Cada qual zela por sua individualidade, pela personalidade que lhe é própria. E demonstra sua ânsia em preserva-la.
Cada um preservou o seu EU, na atitude mental (e corporal) desejada, conscientemente ou não! 
Isto, num sentido muito real, é a própria sobrevivência do EU de cada um de nós, ao longo do da nossa existência. 
No exemplo anterior as pessoas formaram pares, estavam em grupo. Ora, quem está num grupo, sempre influencia o comportamento deste e, por sua vez também é por ele influenciado. 
Na escala de valores da vida, a autopreservação ocupa o primeiro lugar – é a sobrevivência antes do prazer. Queremos segurança para termos tranquilidade e paz para manter o amor e vice-versa. Quando inseguros, ficamos ansiosos. Em todo comportamento interpessoal encontramos atitudes físicas e metais cuja a finalidade é de evitar a ansiedade de um “não” ao nosso EU ou de obter a segurança de um “sim”.
Um exemplo da percepção, sob o aspecto do EU: o maestro regendo a emissão conjunta de oitenta instrumentos sinfônicos e, simultaneamente, percebendo a diferença de meio entre dois violinos. 
Vamos falar um pouco de percepções antigas e recentes, muitas são inconscientes anteriores até a própria espécie, como por exemplo os que governam nossos movimentos intestinais. Outros são tão recentes como a sensibilização do leitor as posturas dos corpos dos seus amigos, durante um coquetel.
Viver é perceber, não é por ventura como uma imensa soma de conhecimentos, isto é, de informações? De percepções? E o sobreviver? Não é o reagir em harmonia com o que for necessário para isso?
É o caso daquele caso do homem primitivo que foge do incêndio no capinzal que reconhece não combinar com seu bem-estar físico mas avança rumo à maça madura, que parece saborosa. 
Contudo até um vírus sabe “distinguir” entre o ambiente favorável ou desfavorável à sua ação reprodutora. Em síntese tudo que vive possui a característica de discernimento e isto é essencial à sua própria existência. 
INTERMEZZO
Quando a linguagem do corpo de alguém nos tramite conflito com os nossos interesses sentimos antipatia, quem sabe o que percebamos em nível inconsciente de forma negativa, lembramos que instintivamente desaprovamos gente que sempre desvia o olhar do nosso, durante um diálogo, ou que, de mão inerte não responde ao nosso aperto de mãos com igual aperto!
Agora, o autor esboça uma teoria da percepção humana resumida em 4 princípios básicos:
QUATRO PRINCÍPIOS BÁSICOS
Um primeiro exemplo de dois cais de transmissão simultânea de quatro mensagens. O outro, já com oito canais. 
Princípios da teoria de informação e percepção cinésica:
1- Os componentes simultâneos das mensagens em linguagem do corpo humano sempre: concordam entre si ou discordam entre si. 
2- É possível discernir entre: atitudes coincidentemente exteriorizada X atitude consciente ou inconscientemente oculta.
3- Percepção e/ou reação – do receptor das mensagens podem ser de modo: consciente e/ou inconsciente.
4- Na percepção consciente de mensagens correntemente avaliadas: o acordo ou desacordo dos componentes.
Seguido por uma ilustração, o autor mostra as variações da comunicação entre duas pessoas. 
A ENERGIA NO CORPO HUMANO
A vida é um fluxo constante de energia e a linguagem do corpo é a linguagem da vida; logo temos que conhecer a energia em nós. Se olharmos atentamente a esfinge percebemos a SERPENTE. Aparentemente insignificante, isto pode, aliás, ter sido intencional por parte dos antigos sacerdotes por não quererem atrair a atenção, mas ela representaria a maior força do universo: a energia!
Força por definição é energia aplicada! E como a ondulação da serpente pode ser representado como uma pulsação, um ritmo ou vibração constante. Qualquer gesto do corpo vivo, gasta energia. Para exemplificar o autor usa ilustrações de uma bateria conectadas a parte do boi, do leão e da águia como se estivessem interligadas e descreve o comportamento de cada bicho. Em seguida vamos falar um pouco sobra o controle da energia, na esfinge humana onde estão as chaves do fluxo energético cujos efeitos percebemos na linguagem do corpo? Estamos na fronteira do conhecimento atual, em áreas das mais recentes pesquisas. Existem mais de duzentos pontos de controle já experimentalmente verificados por pesquisadores como Dr. Lawrence Pinneo. 
INTERMEZZO 2
Neste capítulo o autor nos chama a aplicar o que já aprendemos, por isso apresenta diversos exemplos ilustrativos de atitudes corporais, acompanhadas dos seus significados. Parece um dicionário, ou, antes, um desses pequenos vocabulários básicos para turistas, com as expressões mais usadas numa língua que lhe é pouco familiar. 
Lembrando sempre que: 
- Sua simples presença, como observador, já modificará a linguagem do observado;
- Na situação real um leão urra, sacode a juba, é amarelo etc. No papel impresso já se percebe que não é nada disso. Caberá ao leitor traduzir a lição simplificada em plenitude da vida;
- Toda situação deve ser vista no seu contexto;
Antes de começar a usar o vocabulário, pois do contrário à sua eficiência diminuirá na pratica. Outras noções surgirão, tais como a percepção consciente:
- Da direção e intensidade do fluxo de energia, e da tensão causadas pelos seus bloqueios;
- Do número de pontos de contato energético internos e externos;
- Das distâncias, no espaço, entre as pessoas ligadas à noção de território;
- Da necessidade de levar em conta o fator culturaldas atitudes observadas;
O autor usa duas ilustrações uma caricatura de uma paisagem com barquinhos ao sol e outra de meninas em uma festa. A intenção é mostrar que vemos tudo, mas só registramos conscientemente o que nos interessa. O leitor apreciador da anatomia feminina observara melhor do que o estampado das roupas (mas que serão olhadas com atenção por um leitor que costure) e nenhum dos dois olhara com tanto interesse os canudos de refrescos como um leitor fabricante dos mesmos.
Já a caricatura é como uma lente, pode focalizar a luz num ponto só de cada vez ganhando em intensidade e perde em extensão.
Temos três fatores a levar em conta:
Nossa própria presença – Usa o exemplo: o “turista” invadiu “território” alheio.
Não podemos reduzir gente viva a estruturas mortas sem perder algo de essencial, que é a própria vida! - Usa o exemplo de uma fotografia.
Contexto da situação a decodificar.- Usa o exemplo de uma história em quadrinhos. 
VOCABULÁRIO PRÁTICO
Para afina ainda mais a percepção do leitor, o autor usa um vocabulário prático para saber de que maneira o corpo se expressa algumas das principais emoções humanas. Por meio de desenhos com uma técnica de “balões” tal como histórias em quadrinho.
Os rostos expressam sentimentos que podemos chamar de enlevo, contentamento, beatitude, tranquilidade amorosa etc. Como rostos e as mãos ostentam emoção idêntica, o sentimento é mutuo. 
A primeira ilustração mostra um casal se acariciando, a segunda mostra duas pessoas em uma aparente em uma sala de espera dentre outros exemplos em diferentes situações. Nelas percebemos Avidez (origem: frustação oral), Expectativa( de confirmação da satisfação esperada), Receio(nesta emoção o fluxo energético “serpente” começa a se dividir em direções opostas), Sensualidade( ato inconsciente ), Inveja (desejo inconsciente do contato sensual), Desconfiança (rejeição intranquila de contato humano), Mutismo( quando não podemos ou queremos externar nossos sentimentos), Persuasão (esforço de...) , Sair (de uma dada situação), Proteção, Desafio (temos que “passar a frente”), Regressão(a um estado infantil), Culpa(sentimento de modo inconsciente de punição). O corpo fala o que a mente contém. 
Linguagem dos objetos (escolha de...) todo e qualquer objeto relacionado com a pessoa adquire uma linguagem própria. Exemplo: exibir uma Mercedes fala! 
Princípio Psicofisiológico - Cada modificação no estado fisiológico é acompanhada por uma mudança apropriada no estado mental-emocional e reciprocamente cada modificação no estado mental-emocional é acompanhada por uma mudança apropriada no estado fisiológico. Por exemplo o “stress” é uma situação biofísica e bioquímica anormal.
O estado de tensão é a acumulação de energia contraindo certos músculos à espera da ação decisiva para alcançar certo objetivo. As tensões são passageiras naturais da vida, mas parece bloqueada quando nos angustiamos, como por exemplo, a luz vermelha do semáforo que tem que ser respeitada.
Os pais são os principais agentes de repressão ou adiamento destas descargas, em vez da mãe dizer: “Não defeque nas calças ou urine na cama, há uma voz interior que nos impede de o fazer. Cabe ao Ego civilizado apaziguar esta luta entre o Id e o mundo exterior de um lado e o superego do outro. Ora, cada vez que a águia impede o boi de agir, a energia se acumula no musculo antagônico ao que obedeceria ao boi. Podemos dizer que a serpente-energia se enrola, tensa, num no muscular, mas não deixa dar o bote. Toda postura forçada permanente que se traduz em linguagem “fixa” do corpo, é uma expressão corporal. 
A análise “bioenergética” do Lowen consiste justamente em fazer uma verdadeira psicanálise psicossomática que abrange ao mesmo tempo o corpo e a mente;
Luz vermelha - Bloqueio de pouca duração e/ou intensidade. Desviamos nossa energia para um canal paralelo. É o murro na mesa para não amassar a cara desse sujeito aí! Doeu um pouco (o que foi um “bom” castigo por sermos quase tão “maus” como ele) mas a dor passou; evitamos o que é “mau”, e isto foi “bom”). Em linguagem do corpo: Atitudes agressivas (ou auto agressivas) por ocasião do contexto favorável à sua expansão.
Luz vermelha mesmo – Bloqueio pertinaz e/ou intenso. A energia extravasa, causando sintomas pertinazes e/ou intensos nas atitudes corporais. Em linguagem do corpo: atitudes agressivas (ou auto agressivas) constantemente repetidas ou mesmo permanentes.
Quinto Princípio - chegamos à conclusão que a linguagem do corpo tem uma estrutura determinada; 
Semantemas => harmônicos / discordantes 
As harmônicas são sempre mensagens mais fortes (os fluxos energéticos são num mesmo sentido, sem interferência entre si e há uma potencialização mais elevada). Por isso são mais fáceis de serem notadas por um observador.
Vigor e nitidez – Outra coisa importante para você “ler”: O “tamanho da escrita” (vigor) e a sua “caligrafia” (nitidez). 
Energemas => concordantes (entre si) / discordantes (entre si)
Braço, nariz ou mão dizem palavras ou até frases inteiras. Somadas formam um sentido geral que, por percepção. Para exemplificar o autor usou o exemplo e ilustração do naufrago na ilha deserta ao juntar os pauzinhos e coquinhos isolados (morfemas) para formar o semantema “SOS” em código Morse.
O AMOR E A SUA EXPRESSÃO CORPORAL 
As mensagens individuais- O que é o amor? Como amamos as coisas? E as pessoas? A humanidade não é um clube.
A águia- ama o raciocínio, o saber, a satisfação da sua curiosidade. É realista foge da ilusão. E procura enxergar longe.
O leão- ama o sentimento, músicas, cores, poesias, forma. Distingue entre lágrimas e o riso, o coração batendo de esperança ou o peito arfando em desespero. Não raciocina é impulsivo. 
O boi- ama os prazeres simples, aqueles que são importantes para a sobrevivência do ser humano: respirar o bom ar, fazer bater bem o sangue, beber e comer bem defender bem o corpo de todos os perigos físicos e caprichar nos atos de excitação. 
Amamos as coisas de modo obvio e simples. Quando a águia nos arma uma equação, pegamos um papel e lápis e vamos as fórmulas. Nosso leão vai tirar uma soneca e o boi apenas exige uma poltrona cômoda. E quando o leão em nos se extasia diante de um bonito sapato na vitrina? Ruge no ouvido da águia até esta fazer o cálculo do preço do sapato versus despesas mais necessárias. Se vencer a briga, falta só o boi concordar que o sapato esteja cômodo no pé.
Amamos as pessoas de forma semelhante as coisas, mas um bicho pode se evidencia mais que o outro cada um com sua característica.
Amor de boi – o boi diz “estou precisando”. Mostra intumescimento, secreção, sensação de desejo físico.
Amor de leão – o leão, que surgiu muito mais tarde na evolução quer ser o fiscal do boi. Romântico e impressionável é o grande sentimental, ama platonicamente.
Amor de águia- esse bicho não ama, na acepção sentimental da palavra. Apenas aprecia. Julga. E calcula onde está seu interesse.
O AMOR E SUA EXPRESSÃO CORPORAL 
A troca energética em que se trata a estrutura do amor e similares cada “animal” nosso como um EU separado. Ao perceber o entusiasmo com que sua mensagem pessoal é respondida é uma sensação de êxtase, de experiência sublime pois o fluxo da energia é reciprocamente estimulado, potencializando-se de instante a instante! 
Para que a pessoa esteja bem com ela mesma, basta isso: é a harmonia da sua razão, sua emoção e seus instintos. Para exemplificar o autor usa uma ilustração e o exemplo de duas pessoas estranhas uma de cada lado de um muro em duas situações diferentes.
Grupo – (união amistosa em...) este semantema que, aliás, podemos chamar de semantema harmônico grupal, é fácil de ser observado. A ilustração mostra uma reunião social, um ambiente alegre, descontraído mais ou menos prolongada e a presença de diversos grupos distintos, de pessoas mais ligadas entre si. No início permanecerão mais estreitamente agrupadas, à medida que a festa prossegue podem forma-se novos agrupamentos causados por novas simpatias. Mas se pode notarisso pelas atitudes corporais. 
Invasão de território – (com troca insciente de liderança). No homem apaixonado a energia está localizada no leão. Mas quando a mulher “cedeu” subitamente foi ELA que mostrou querer domina-lo quando na realidade ela estava sendo dominada pelo súbito despertar do boi dela mesma. 
Amor a profissão pode salta aos olhos – Podemos observar isso muito bem em uma pessoa que descobriu sua vocação, mostra-o na linguagem do corpo nas suas atitudes de bom animo, atenção, descontração, energeticamente produtivo. Em contrapartida a pessoa que está na profissão errada mostra características inversas. 
FRONTEIRAS INVISÍVEIS 
O seu EU não é limitado pela sua pele; as fronteiras do seu corpo são invisíveis. Freud, em “Eu e o Id” disse que a nossa pele era o limite entre o ego e o mundo exterior. Nosso Eu inclui o exterior. O território faz parte do “EU” é o espaço pessoal e social. A territorialidade régua a densidade das espécies de seres vivos, ou seja, a distância ideal entre seus componentes individuais para diversas manifestações da vida comum. Assim como queremos diminuir ou aumentar distancias quando certos sentimentos nos dominam. A autor nos mostra o poder do discernimento e nos incentiva a experimentar discernir, medir territórios além de utilizar diversas ilustrações para consolidar esse conhecimento. 
PODEMOS DOMINAR A LINGUAGEM DO NOSSO CORPO?
A plena consciência – O homem não consegue esconder sua linguagem inconsciente de um observador avisado... e nem mesmo dele mesmo! 
O homem não consegue dominar a linguagem inconsciente do seu corpo!
E porque não? Porque ele não vai além do estágio 4 da sua possível evolução!
Em um breve resumo vamos comentar esses estágios:
Você não vai resistir ao desejo de identificar ao seu próprio estágio evolutivo.
Você se sentira tentado a identificar o estágio alcançado pelos outros.
Você aprenderá que o êxito das suas tentativas do item anterior dependerá do grau alcançado nessa escala. 
GASTANDO ENERGIA NOS NOSSOS USUAIS CONFLITOS INTERNOS INCONSCIENTES, ESTA NOS FALTA (EM PROPORÇÃO A INTENSIDADE E/OU FREQUENCIA DESTES CONFLITOS), AO DESEJARMOS OBSERVAR OS MESMOS FENOMENOS NOS OUTROS!
Você saberá o porquê da impossibilidade geral de repressão da linguagem corporal inconsciente. 
Você vai perceber por que não “ouve” continuamente a “fala” do seu próprio corpo – quanto mais a dos outros. 
Você perceberá, talvez, alcançar um momento de plena consciência objetiva de como, em teoria, sentir-se diante da possibilidade de percepção direta consciente e continua sem ser abalado na sua essência pelo observado.
Por uma espécie indescritível de discernimento intuitivo “Einsehen”, “insight” ou como queira rotula-lo é possível que você consiga ter uma ideia distante capaz de vislumbrar o estágio 7.
Muitos acreditam que, quando estão pensando estão conscientes! Grande engano, os pensamentos também nos dominam: a melhor prova é que é extremamente difícil parar para pensar. O autor sugere uma experiência para comprovar esse fato. Tente se concentrar num relógio afim de ouvir seu barulhinho em poucos segundos você não o ouve, pois, seus pensamentos o impediram! Assim também a linguagem do nosso corpo. É possível tornamo-nos consciente das nossas posturas e que queremos controla-las. 
MÉTODOS DE MODIFICAÇÃO PSICOSOMÁRICA DO HOMEM 
Até o momento falamos sobre a linguagem do nosso corpo. Vimos o quanto o nosso corpo expressa os nossos pensamentos, as nossas emoções e as nossas reações instintivas. Entretanto se o nosso corpo expressa a nossa personalidade, será que, mudando certos aspectos corporais podemos mudar algo no nosso ser mental emocional e instintivo? Seremos uma esfinge diferente?
A resposta é “sim” é óbvia, nas alterações do equilíbrio quantitativo entre os componentes do nosso corpo. Um exemplo clássico: que acontece se engordarmos demais? Esperamos o elevador onde, antes, subíamos alegremente as escadas. Gordos demais, perdemos no mínimo, a sinceridade. E diante de um grupo de pessoas, reagimos ou fugindo (não gosto de ir à praia). Mas basta “perder” o excesso de peso que a personalidade antiga volta.
A ioga é provavelmente o método mais antigo que se conhece para educação da nossa personalidade integral. Assim como a dança desenvolve a harmonia do nosso Ser através da harmonia dos nossos movimentos. O Judô JU (ceder, suavidade) e DO (doutrina, principio) é mais do que a técnica de defesa pessoal ou esporte. É um meio de desenvolver, mais harmonicamente, nosso ser integral.
A técnica de Alexander 
F.M. Alexander, em 1900, perdeu a voz, nenhum tratamento médico dava resultado. Observando-se diariamente diante de um espelho verificou aos poucos que o seu corpo inteiro estava envolvido, relacionado a posturas inadequadas.

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