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Concessão de Aeroportos wrd

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Universidade Estácio de Sá 
 
 
 
 
 
 
 
 
Concessão de Aeroportos 
 
 
 
Trabalho apresentado ao professor 
Ricardo Moyses Resende, pelos alunos 
Alessandro Rosa de Carvalho, Alícia 
Emmerick Veras, Isabella Paiva 
Oliveira, Rebecca Cabral da Silva, 
Daniel Fernandes, Wesklley Rosa dos 
Santos como avaliação da matéria 
Finanças do Setor Aéreo, do Curso de 
Ciências Aeronáuticas. 
 
 
Praça XI 
Outubro/ 2018 
 
 
CONCESSÃO DE AEROPORTOS 
 
SUMÁRIO 
 Introdução 
o Como se dava o cenário anteriormente as concessões 
o O quê motivou os processos de concessão 
 
 Aeroportos concedidos 
 
 Panorama após concessões 
o Resultados após concessão. 
o Como funciona a primeira revisão após concessão. 
 
 Novas concessões previstas 
 
 
 
Introdução 
 
Nas últimas décadas, o setor aéreo passou por mudanças estruturais notáveis, que 
desencadearam um salto quantitativo sem paralelo em sua história recente. O marco inicial foi à 
introdução da competição no mercado de linhas aéreas. As rodadas de liberalização, ao 
engendrarem a redução das barreiras à entrada de novas companhias aéreas e a liberdade tarifária, 
impuseram às passagens aéreas uma tendência persistente de queda. Em razão disso e do 
aquecimento da atividade econômica, o número de passageiros passou a crescer a taxas 
impressionantes. Enquanto, de 1997 a 2002, o tráfego crescia 4% a.a. , de 2003 até 2016 passou a 
crescer a taxas ao redor de 10% a.a. Assim, o movimento de passageiros, que era de 71,2 milhões 
de passageiros anuais (MPA) em 2003, atingiu o patamar de 196,6 MPA em 2013. 
Por conseguinte, o aumento do fluxo de passageiros dessa magnitude logo encontrou obstáculo 
na infraestrutura aeroportuária. Com efeito, já em 2009, no âmbito da elaboração de um estudo do 
setor aéreo (MCKINSEY & COMPANY, 2010), tinha-se o diagnóstico de que grande parte dos vinte 
maiores aeroportos, nos períodos de pico, operava com elevados níveis de atrasos e com 
componentes de embarque lotados, em razão de restrições operacionais nos pátios de aeronaves e 
nos terminais de passageiros. Isso forçou a entrada na segunda fase de transformações, que 
envolveu um rearranjo institucional e a concessão à iniciativa privada de importantes aeroportos da 
Infraero, com o objetivo de aumentar a capacidade e a qualidade do serviço da infraestrutura 
aeroportuária. 
O passado recente trouxe uma série de desafios a serem enfrentados pelo setor aéreo brasileiro. 
Mudanças estruturais no setor, que favoreceram sobremaneira o aumento da competição entre as 
companhias aéreas, acompanhadas de um período de desenvolvimento econômico notável, 
viabilizaram um representativo aumento no movimento de passageiros em nossos aeroportos. O 
ritmo de tal aumento não encontrou correspondência na ampliação da infraestrutura aeroportuária do 
país, tornando premente a adoção de medidas que viabilizassem a adequação do setor aéreo 
brasileiro a essa nova realidade. 
Conforme versa o artigo 21, inciso XXI, item c, da Carta Magna brasileira, Compete à União – 
explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: a navegação aérea, 
aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária. 
A fim de gerir a infra-estrutura aeroportuária em de 1973, autorizada pela Lei n° 5.862 foi 
fundada a INFRAERO, uma empresa pública federal brasileira de administração indireta, vinculada 
ao Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, sendo responsável pela administração dos 
principais aeroportos do país. 
Nos dias atuais com objetivo de atrair investimentos para ampliar, aperfeiçoar a infraestrutura 
aeroportuária brasileira e, consequentemente, promover melhorias no atendimento aos usuários do 
transporte aéreo no Brasil, o governo federal deu início a uma série de concessões de aeroportos. 
Para tal são estabelecidos contratos de concessão, os quais geridos e fiscalizados pela Agência 
Nacional de Aviação Civil – ANAC estabelecem níveis de qualidade dos serviços determinados para 
esses aeroportos, baseados em padrões internacionais. 
 
A motivação para as concessões de aeroportos 
A média mundial de crescimento no movimento de passageiros foi de 40%, de 2003 a 2010. 
No Brasil, o aumento foi de 118%, no mesmo período. Entre 2009 e 2010, a variação foi de 6,6% 
no mundo e de 21,3% no Brasil. Esse aumento fez com que houvesse uma necessidade crescente 
de investimentos para a manutenção da qualidade no atendimento nos aeroportos e para a adoção 
de padrões internacionais de operação. 
Apesar do forte aumento no tráfego nos últimos anos, o mercado de viagens aéreas ainda tem 
grande potencial de expansão. Ao considerar a razão de passageiros por habitante, nota-se que o 
mercado brasileiro encontra-se em estágio inicial de desenvolvimento. Enquanto a média em 
mercados mais maduros é de 3,3 passageiros por habitante, no Brasil a razão é de 0,98. Assim, é 
razoável que o tráfego de passageiros continue a sustentar taxas de crescimento significativas nos 
próximos anos. 
Assim, o governo brasileiro avaliou que, como em outros segmentos da economia, a parceria 
com a iniciativa privada viabilizaria com mais rapidez os investimentos, a troca de experiências e a 
absorção das melhores práticas no setor. 
 
Privatização X Concessão 
Diferentemente da privatização, a concessão é regulada por meio de contrato que prevê a 
devolução ao Estado dos bens e serviços ao fim do período contratual ou a qualquer momento por 
interesse público. Na privatização ocorre a venda dos bens e a transferência definitiva da atividade 
econômica. Além disso, é importante ressaltar que, no caso da concessão dos aeroportos, a 
INFRAERO, empresa estatal, permanecerá com até 49% do capital. 
As Concessões 
Através da ANAC se inicia o processo por meio da publicação de minuta de edital e de 
contrato, que ficão disponíveis para consulta pública pelo período de um mês. A Consulta Pública 
está prevista em lei e têm o objetivo de permitir o levantamento de questionamentos e sugestões 
para o aperfeiçoamento das condições previstas no edital e contrato de concessões. 
Depois do processo de Consulta Pública, esclarecimentos e alterações necessárias, e de 
submissão ao Tribunal de Contas da União – TCU para a avaliação e orientações, publica-se o 
edital definitivo para a concessão, que será realizada por meio de leilão público. 
Esse modelo de leilão foi escolhido com objetivo de estimular a concorrência entre os licitantes 
e permitir, posteriormente, a comparação de padrões operacionais entre aeroportos, melhorando a 
prestação de serviço aos usuários. 
Os recursos arrecadados com o leilão são destinados ao Fundo Nacional de Aviação Civil – 
FNAC, que tem como objetivo destinar recursos ao sistema da aviação civil, sendo aplicado em 
projetos de desenvolvimento e fomento da infraestrutura aeroportuária e aeronáutica civil. 
Vence o leilão a empresa que oferecer um maior valor de contribuição ao sistema 
aeroportuário, ou seja, pagar o maior lance acima do valor mínimo estipulado pelo governo. Sendo 
permitida a participação de empresas estrangeiras, desde que associadas a empresas nacionais. 
Destaca-se que as empresas podem concorrer no leilão de mais de um aeroporto, entretanto 
podendo levar apenas um. 
 
O papel da INFRAERO nesse cenário 
Ao início das concessões a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária – INFRAERO 
era operadora de 66 aeroportos que concentravam 97% do movimento de passageiros no Brasil, 
que em 2010, processaram 155,4 milhões de passageiros. 
Após a concessão dosaeroportos, a INFRAERO continua operando os demais aeroportos 
sendo a mesma acionista das concessões, com até 49% do capital social. 
Com poder nas decisões das suas “sócias”, a INFRAERO participa da governança dos 
aeroportos na proporção de sua participação acionária nas concessionárias, com poder de decisão 
em temas relevantes, que são estabelecidos em acordos de acionistas firmados entre as partes. O 
que fica a cargo da concessionária é o procedimento operacional do aeroporto. 
A Infraero vai perder receitas? A perda da parcela de receitas dos aeroportos concedidos será 
mais que compensada pelo recebimento de dividendos decorrentes da participação acionária nas 
concessionárias e de recursos do FNAC para investimentos nos demais aeroportos. 
Com relação às obras em curso que a INFRAERO esteja realizando nesses aeroportos, 
continuarão a ser executadas, ficando as obras novas, iniciadas após a concessão, na 
responsabilidade das concessionárias. 
 
Fonte: https://casa-civil.jusbrasil.com.br/noticias/2854329/perguntas-e-respostas-sobre-a-concessao-
de-aeroportos (acesso em 31ago18) 
Fonte: https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/bitstream/1408/9394/2/7%20-
%20A%20l%C3%B3gica%20atual%20do%20setor%20aeroportu%C3%A1rio%20brasileiro_P.pdf 
(acesso em 31ago18) 
 
 
 Aeroportos Concedidos 
 A concessão de aeroportos tem como objetivo atrair investimentos para ampliar, aperfeiçoar a 
infraestrutura aeroportuária brasileira e, consequentemente, promover melhorias no atendimento aos 
usuários do transporte aéreo no Brasil. Os níveis de qualidade dos serviços determinados para esses 
aeroportos, baseados em padrões internacionais, estão previstos nos contratos de concessão, que são 
geridos e fiscalizados pela ANAC. 
 No Brasil, no total, existem atualmente 10 aeroportos concedidos, sendo eles: Aeroporto de Brasília, 
Confins, Galeão, Florianópolis, Fortaleza, Guarulhos, Natal, Porto Alegre, Salvador e Viracopos. 
 
Aeroporto Internacional Presidente Juscelino Kubitschek – Brasília, DF 
 O Aeroporto de Brasília (DF) foi concedido à iniciativa privada em leilão realizado na BMF&BOVESPA 
em 06/02/2012, onde o nome da concessionária é Inframérica. Ela é a maior operadora aeroportuária 
privada do mundo
 
e fruto da união da Infravix Empreendimentos S/A, empresa controlada pelo 
Grupo Engevix, com a Corporación América S/A, empresa argentina de concessões aeroportuárias. Cada 
empresa detém participação de 50% no consórcio. O objeto da concessão foi a concessão de serviços 
públicos para a ampliação, manutenção e exploração da infraestrutura do complexo aeroportuário. 
 Os investimentos e obras começaram com a assinatura do contrato em 14/06/2012 e sua eficácia em 
24/07/2012. Em março de 2013 caracterizando como o final da fase IA foi realizada a transferência das 
operações da Infraero para concessionária. Logo após, no término da fase IB, houve a entrega de 
investimentos obrigatórios (O terminal de passageiros com capacidade para processar simultaneamente 
1.000 passageiros, pátio para 24 aeronaves, acessos diários e investimentos para atender as demandas). 
 Em 2014 e 2016 foi realizada a recomposição do nível de serviço oferecido anteriormente. Também 
em 2016, foi estabelecida a fase II, que contava com a manutenção do nível de serviço e gatilhos de 
investimento. Nessa segunda etapa, em 2018 está sendo implementada novas áreas de segurança de fim 
de pista. Por final, o termino da fase II está prevista para 2037. 
 Aeroporto Internacional Tancredo Neves – Confins, MG 
 Para o Aeroporto de Confins, o valor mínimo de contribuição fixa era de cerca de R$ 1,1 bilhão. O 
leilão foi realizado pela BM&F Bovespa em 22 de novembro de 2013, onde o nome da concessionária é 
BH Airport. A BH Airport é uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) formada pelo Grupo CCR, uma 
das maiores companhias de concessão de infraestrutura da América Latina, e por Zurich Airport, operador 
do Aeroporto de Zurich, o principal hub aéreo da Suíça e considerado um dos melhores aeroportos do 
mundo, além da Infraero, estatal com experiência de mais de 40 anos na gestão de aeroportos no Brasil, 
que tem 49% de participação. 
 Os investimentos e obras começaram com a assinatura do contrato em 07/04/2014 e sua eficácia 
07/05/2014 em Janeiro de 2015 caracterizando como o final da fase IA foi realizada a transferência das 
operações da Infraero para concessionária. Logo após em dezembro de 2015, foi realizada a adequação 
do sistema de pistas de rolamento. Já em novembro de 2016, deu-se o termino da fase IB, caracterizada 
pela entrega de investimentos obrigatórios e recomposição do nível de serviço, como a ampliação do 
terminal de passageiros, 14 pontes de embarque adicionais, pátio para 44 aeronaves e acessos viários e 
estacionamento para atender a demanda prevista. No início da fase II, em 2016, houve a manutenção do 
nível de serviço e gatilhos de investimento, seguidos da retirada de obstáculos no sistema de pista e 
nivelamento das faixas preparadas. Para 2020 existe a demanda de uma pista de pouso e decolagem 
com comprimento de 2.500m, para aeronaves código E. Por fim, a fase II se encerra em 2044. 
Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim – Rio de Janeiro, RJ 
 Em relação ao aeroporto do Galeão, foi concedido à iniciativa privada em leilão realizado na 
BMF&BOVESPA em 22/11/2013. A data de eficácia do contrato é de 07/05/2014 e no mesmo ano, em 
dezembro, foi realizada a implantação de área de segurança de fim de pista. No começo de 2015, no 
término da fase I-A, foi realizada a transferência das operações da Infraero para a concessionaria. Em 
dezembro, deu-se a adequação do sistema de pistas para operações de aeronaves código F e acessos 
viários e estacionamento com vagas adicionais. Em março de 2016 o término da fase I-B, onde houve a 
entrega de outros investimentos obrigatórios e recomposição do nível de serviço. Em maio de 2016 houve 
o início da fase II seguido da manutenção do nível de serviço e de gatilhos de investimento. A previsão do 
termino da entrega de investimentos obrigatórios da fase II é em maio de 2039. 
Aeroporto Internacional Hercílio Luz – Florianópolis, SC 
 Já a concessão do aeroporto de Florianópolis é mais recente, sendo concedida a iniciativa privada em 
leilão como os anteriores mencionados. A eficácia de seu contrato é de agosto de 2017. A transferência 
das operações da Infraero para concessionaria é datada de abril de 2018, dando o término da fase I-A 
dos investimentos e obras. Para novembro de 2019 seguem diversos investimentos programados como 
por exemplo expansão de estacionamentos e acessos viários, implantação de áreas de segurança de fim 
de pista, adequação das pistas de taxi e seus acostamentos e faixas de pista. O fim da fase II, que leva a 
manutenção de serviço além de mais gatilhos de investimentos, se apresenta programado para 2047. 
 
Aeroporto Internacional Pinto Martins – Fortaleza, CE 
 
 O Aeroporto Internacional de Fortaleza (CE) foi concedido à iniciativa privada em leilão realizado na 
BMF&BOVESPA em 16/03/2017 para a concessionária: Fraport Brasil S.A. Aeroporto de Fortaleza. 
Objeto da concessão foi a concessão dos serviços públicos para a ampliação, manutenção e exploração 
da infraestrutura aeroportuária do Complexo Aeroportuário. 
 
 A Fraport Brasil – Fortaleza é subsidiária da Fraport AG Frankfurt Airport Services Worldwide, uma 
das empresas líderes no mercado global de aeroportos, que oferece uma gama completa de serviços 
integrados de gerenciamento e consultoria. Proprietária e operadora do aeroporto de Frankfurt, maior 
aeroporto da Alemanha com mais de 60 milhões de passageiros por ano, éuma empresa altamente 
experiente em operações aeroportuárias. Seu portfólio inclui 30 aeroportos pelo mundo. 
 
 Os investimentos e obras se iniciaram com a assinatura do contrato que se deu em 28/07/2017 e sua 
eficácia em 29/08/2017. Em abril deste ano foi declarado o fim da das I-A que define a passagem total do 
controle da administração do aeroporto da INFRAERO para a concessionária. Em outubro de 2019 está 
previsto o término da fase I-B que determina a entrega dos investimentos obrigatórios. 
 
 Em dezembro de 2019 está prevista a ampliação da pista de pouso e decolagem 13/31 para 2.755m, 
código “E” em pista de aproximação de precisão. Em outubro de 2021 está previsto o término da fase I-C 
e início da fase II no mesmo mês do ano, promovendo a manutenção do nível de serviço e gatilhos de 
investimento. O término da fase II está previsto para agosto de 2047. 
 
 
 
Aeroporto Internacional Governador André Franco Montoro/ Guarulhos – São Paulo, SP 
 
 O Aeroporto Internacional de São Paulo (SP) foi concedido à iniciativa privada em leilão realizado na 
BMF&BOVESPA em 06/02/2012 para a concessionária: GRU Airport. Objeto da concessão foi a 
concessão dos serviços públicos para a ampliação, manutenção e exploração da infraestrutura 
aeroportuária do Complexo Aeroportuário. 
 
 O consórcio formado pelas empresas Invepar e ACSA (Airports Company South Africa) foi anunciado 
como vencedor do leilão de concessão. O contrato foi assinado em julho de 2012 por um período de 20 
anos, formando a Concessionária do Aeroporto Internacional de Guarulhos S.A., que responde por 51% 
da participação acionária, e se soma aos 49% da estatal Infraero. Durante o período de transferência 
operacional, em 15 de novembro de 2012, o aeroporto ganhou uma nova marca: GRU Airport – Aeroporto 
Internacional de São Paulo. 
 
 Os investimentos e obras se iniciaram com a assinatura do contrato que se deu em 14/06/2012 e sua 
eficácia em 11/07/2012. Em fevereiro de 2013 foi declarado o fim da fase I-A que define a passagem total 
do controle da administração do aeroporto da INFRAERO para a concessionária. Em maio de 2014 foi 
declarado o término da fase I-B que determina a entrega dos investimentos obrigatórios. 
 
 Em maio de 2014 deu-se o início da fase I-C que se tratava da recomposição do nível de serviço. Em 
maio de 2016 se deu o fim da fase I-C e deu-se o início da fase II no mesmo mês do ano, promovendo a 
manutenção do nível de serviço e gatilhos de investimento. O término da fase II está previsto para julho 
de 2032. 
 
Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves – Natal, RN 
 
 O Aeroporto Internacional de Natal (RN) foi o primeiro aeroporto concedido à iniciativa privada em 
leilão realizado na BMF&BOVESPA em 22/08/2011 para a concessionária: Inframérica. Objeto da 
concessão foi a concessão dos serviços públicos para a ampliação, manutenção e exploração da 
infraestrutura aeroportuária do Complexo Aeroportuário. 
 Com 28 anos de concessão, a Inframerica, composta pela Corporación América, o maior operador 
aeroportuário privado do mundo, traz para a capital do Rio Grande do Norte uma grande iniciativa. Com 
um investimento de 480 milhões de reais e entrega antecipada em 7 meses, o Aeroporto de Natal nasce 
com capacidade para atender até 6 milhões de passageiros/ano. 
 
Os investimentos e obras se iniciaram com a assinatura do contrato que se deu em 28/11/2011 e sua 
eficácia em 24/01/2012.A fase I se constitui da construção do aeroporto do zero. A fase II se dá início em 
31/05/2014 quando o aeroporto é aberto ao trafego aéreo tendo como principais características um novo 
terminal de passageiros, 8 pontes de embarque e pátio para 8 aeronaves contando com mais 10 posições 
remotas. O fim do contrato está previsto para janeiro de 2040. 
 
Aeroporto Internacional Salgado Filho – Porto Alegre, RS 
 
 O Aeroporto Internacional de Porto Alegre (RS) foi concedido à iniciativa privada em leilão realizado na 
BMF&BOVESPA em 16/03/2017 para a concessionária: Fraport Brasil S.A. Aeroporto de Porto Alegre. 
Objeto da concessão foi a concessão dos serviços públicos para a ampliação, manutenção e exploração 
da infraestrutura aeroportuária do Complexo Aeroportuário. 
 
 A Fraport Brasil – Porto Alegre é subsidiária da Fraport AG Frankfurt Airport Services Worldwide, uma 
das empresas líderes no mercado global de aeroportos, que oferece uma gama completa de serviços 
integrados de gerenciamento e consultoria. Proprietária e operadora do aeroporto de Frankfurt, maior 
aeroporto da Alemanha com mais de 60 milhões de passageiros por ano, é uma empresa altamente 
experiente em operações aeroportuárias. Seu portfólio inclui 30 aeroportos pelo mundo. 
 
 Os investimentos e obras se iniciaram com a assinatura do contrato que se deu em 28/07/2017 e sua 
eficácia em 31/08/2017. Em abril deste ano foi declarado o fim da das I-A que define a passagem total do 
controle da administração do aeroporto da INFRAERO para a concessionária. Em outubro de 2019 está 
previsto o término da fase I-B que determina a entrega dos investimentos obrigatórios. 
 
 Em dezembro de 2019 está prevista a ampliação da pista de pouso e decolagem 11/29 com 3.200m, 
para aeronaves código “E” em pista de aproximação de precisão. Em novembro de 2021 está previsto o 
término da fase I-C e início da fase II no mesmo mês do ano, promovendo a manutenção do nível de 
serviço e gatilhos de investimento. O término da fase II está previsto para agosto de 2042. 
 
Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães – Salvador, BA 
 
 O Aeroporto Internacional de Salvador (BA) foi concedido à iniciativa privada em leilão realizado na 
BMF&BOVESPA em 16/03/2017 para a concessionária: Concessionária do Aeroporto de Salvador S.A. - 
CASSA. Objeto da concessão foi a concessão dos serviços públicos para a ampliação, manutenção e 
exploração da infraestrutura aeroportuária do Complexo Aeroportuário. 
 
 Graças à sua expertise de operadora de aeroportos com perfis e dimensões diversos em todo o 
mundo, a VINCI Airports conduz com eficiência projetos de infraestrutura de grande porte, otimizando as 
interações entre concessões, operações e construção. A empresa, sendo parte do Grupo VINCI, pode 
também alavancar recursos específicos, para construções de grande porte, complementando suas 
competências próprias em design de projetos, construção e administração. 
 
 Os investimentos e obras se iniciaram com a assinatura do contrato que se deu em 28/07/2017 e sua 
eficácia em 31/08/2017. Em abril deste ano foi declarado o fim da das I-A que define a passagem total do 
controle da administração do aeroporto da INFRAERO para a concessionária. Em outubro de 2019 está 
previsto o término da fase I-B que determina a entrega dos investimentos obrigatórios. 
 
 
 Em Novembro de 2019 está previsto o início da fase I-C para serem realizados investimentos 
obrigatórios e prescritivos. Em novembro de 2021 está previsto o término da fase I-C e início da fase II no 
mesmo mês do ano, promovendo a manutenção do nível de serviço e gatilhos de investimento. O término 
da fase II está previsto para agosto de 2047. 
 
 Aeroporto Internacional de Viracorpos – Campinas, SP 
 
 O Aeroporto Internacional de Campinas (SP) foi concedido à iniciativa privada em leilão realizado na 
BMF&BOVESPA em 06/02/2012 para a concessionária: Aeroportos Brasil Viracopos. Objeto da 
concessão foi a concessão dos serviços públicos para a ampliação, manutenção e exploração da 
infraestrutura aeroportuária do Complexo Aeroportuário. 
 
 Os concessionários Aeroporto Brasil Viracopos é formada pela INFRAERO e 
pelo consórcio Aeroportos Brasil. Este é formado pelas empresas: UTC Participações, Triunfo 
Participações e Egis. 
 
TPI - Triunfo Participaçõese Investimentos S.A. - Atua no setor de infraestrutura com participação em 
empresas executoras de serviços públicos nos segmentos rodoviário, portuário e de geração de energia 
elétrica. 
UTC Participações S.A. - Participa dos segmentos de produção de óleo e gás (UTC Óleo e Gás), 
montagem industrial (UTC Engenharia), construção civil pesada (Constran), empreendimentos imobiliários 
(TEC Empreendimentos Imobiliários), estaleiros (Estaleiro Paraguaçu) e montagem de plataformas 
offshore (Quip). 
 Egis Airport Operation - Operadora francesa responsável pelo gerenciamento do transporte aéreo de 13 
milhões de passageiros, em 11 aeroportos no mundo. Com sede na França, a Egis Airport Operation é 
totalmente dedicada ao transporte aéreo, oferecendo uma linha completa de serviços e produtos nos 
segmentos de gerenciamento de transporte aéreo, aeroportos e operações aéreas. 
 Os investimentos e obras se iniciaram com a assinatura do contrato que se deu em 14/06/2012 e sua 
eficácia em 11/07/2012. Em fevereiro de 2013 foi declarado o fim da das I-A que define a passagem total 
do controle da administração do aeroporto da INFRAERO para a concessionária. Em maio de 2014 
ocorreu o término da fase I-B que determina a entrega dos investimentos obrigatórios. 
 
 Em maio de 2016 deu-se início da fase II, promovendo a manutenção do nível de serviço e gatilhos de 
investimento. O término da fase II está previsto para Julho de 2042. 
 
Fontes: https://www.anac.gov.br/assuntos/paginas-tematicas/concessoes 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cons%C3%B3rcio_Infram%C3%A9rica 
https://www.anac.gov.br/Anac/assuntos/paginas-tematicas/concessoes/jk/concessao-jk 
https://www.anac.gov.br/assuntos/paginas-tematicas/concessoes/galeao/ 
https://www.anac.gov.br/assuntos/paginas-tematicas/concessoes/Confins 
https://www.anac.gov.br/assuntos/paginas-tematicas/concessoes/florianopolis/aeroporto-internacional-de-
florianopolis 
 
 
PANORAMA APÓS CONCESSÕES 
 
 
 
 
 
 Principais resultados das rodadas anteriores: 
 16 grupos participaram dos leilões 
 8 operados distintos (competição) 
 Lances vencedores somaram: R$ 49 bilhões 
 Ágio médio: 205% 
 Investimento total estimado: R$33 bilhões 
 Já foram investidos R$ 17 bilhões 
 Aumento da capacidade aeroportuária e melhoria da qualidade dos serviços 
 Foco nas receitas comerciais 
 Os investimentos para melhorar o nível de serviço aumentaram o índice de satisfação do passageiro. 
 
Como ocorre a Primeira Revisão dos Parâmetros da Concessão? 
 A primeira Revisão dos Parâmetros da Concessão será iniciada e concluída no quinto ano da 
concessão, contado da Data de Eficácia, e as subsequentes a cada período de 5 (cinco) anos, tendo 
sempre o início e encerramento no quinto ano de cada período, de forma a possibilitar o cumprimento do 
disposto. 
 
Quais os objetivos? 
 A Revisão dos Parâmetros da Concessão tem como objetivo permitir a determinação: 
6.15.1. dos Indicadores de Qualidade do Serviço 
6.15.2. da metodologia de cálculo dos fatores X e Q 
6.15.3. da Taxa de Desconto a ser utilizada no Fluxo de Caixa Marginal 
Quem participa? 
 Deve ser composta pelos dirigentes dos aeroportos concedidos, bem como os superintendentes da 
Agência Nacional de Aviação Civil. 
 
Fonte: https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/bitstream/1408/9394/2/7%20-
%20A%20l%C3%B3gica%20atual%20do%20setor%20aeroportu%C3%A1rio%20brasileiro_P.pdf 
https://www.anac.gov.br/assuntos/paginas-tematicas/concessoes/nova-rodada/apresentacoes/concessao-
de-aeroportos-sac 
 
NOVAS CONCESSÕES PREVISTAS 
 Em 9 de junho de 2015 foi anunciada pelo Governo Federal uma nova fase do “Programa de 
Investimentos em Logística: Aeroportos”, aplicada para o triênio 2015-2018. Nessa fase, quatro 
aeroportos foram incluídos no Plano Nacional de Desestatização por meio do Decreto n.º 8.517/2015: 
Aeroporto Internacional de Porto Alegre (RS); Aeroporto Internacional de Salvador (BA), Aeroporto 
Internacional de Florianópolis (SC); Aeroporto Internacional de Fortaleza (CE). Em conjunto, esses 
aeroportos operam atualmente 11,6% de passageiros, 12,6% de cargas e 8,6% das aeronaves do tráfego 
aéreo brasileiro. 
 Para esta rodada, são estimados investimentos, ao longo das concessões, na ordem de R$ 6 bilhões de 
reais de capital exclusivamente privado, já que a Infraero não participará como acionista. A concessão 
dos aeroportos tem objetivo de ofertar uma infraestrutura aeroportuária ainda mais qualificada, integrada 
e moderna para o país. 
 De acordo com as regras do edital, o leilão dos quatro aeroportos ocorrerá de forma simultânea, sendo 
o vencedor de cada aeroporto aquele que der o maior valor de contribuição ao sistema. A novidade dessa 
rodada ficou por conta da possibilidade de um mesmo grupo econômico poder vencer mais de um 
aeroporto, desde que não situados na mesma região geográfica. 
 O prazo dos contratos de concessão desses aeroportos será de 30 anos, com exceção do Aeroporto 
Internacional de Porto Alegre, cujo prazo será de 25 anos. Todos podem ser prorrogados por até 5 anos, 
uma única vez, sob condições específicas previstas no contrato. 
 Audiência Pública - A versão final dos documentos jurídicos publicados são resultado de duas 
audiências públicas. Inicialmente, a audiência pública (AP nº 09/2016), realizada entre 4 de maio e 20 de 
junho de 2016, contou com sessões presenciais em Brasília (DF), Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), 
Fortaleza (CE) e Salvador (BA). Em razão de alterações propostas pelo Ministério dos Transportes, 
Portos e Aviação Civil (MPTA) nos Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), 
assim como em função de ajustes regulatórios propostos pela área técnica da ANAC, alguns pontos 
foram submetidos à Audiência Pública nº 24/2016, entre 28 de outubro e 07 de novembro de mesmo ano 
 
NOVA RODADA DE CONCESSÕES 
 Na próxima rodada de concessão (2018/2019), seriam ofertados, inicialmente, 13 aeroportos à 
iniciativa privada. A decisão de concessão desses aeroportos ocorreu com a publicação de decreto 
presidencial de 24 de outubro de 2017, que os incluiu na lista de empreendimentos do Programa de 
Parcerias de Investimentos (PPI) do Governo Federal. 
 Após o encerramento da Audiência Pública nº 11/2018, o Governo Federal decidiu pela exclusão do 
aeroporto de Barra do Garças (MT). Assim, o processo seguirá com a oferta de 12 aeroportos à iniciativa 
privada. São eles Recife (PE), Maceió (AL), Aracaju (SE) João Pessoa (PB), Campina Grande (PB), 
Juazeiro do Norte (CE), localizados na região Nordeste do país; Vitória (ES) e Macaé (RJ), na região 
Sudeste; e os aeroportos mato-grossenses de Várzea Grande (Cuiabá), Rondonópolis, Sinop e Alta 
Floresta. 
 Esses 12 aeroportos respondem por 9,5% do mercado doméstico, com quase 20 milhões de 
passageiros/ano. Esta será a primeira rodada de concessão de blocos de aeroportos. 
 A decisão de concessão desses aeroportos ocorreu com a publicação de decreto presidencial de 24 de 
outubro de 2017, que os incluiu na lista de empreendimentos do Programa de Parcerias de Investimentos 
(PPI) do Governo Federal. 
 
 
Fontes: https://www.anac.gov.br/assuntos/paginas-tematicas/concessoes/nova-
rodada 
 
https://www.anac.gov.br/assuntos/paginas-
tematicas/concessoes/concessoes_em_andamento

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