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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL/CAPES CENTRO DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA LICENCIATURA EM FÍSICA COORDENADORA DA DISCIPLINA: ELYS RAQUEL PRÉ-CÁLCULOPRÉ-CÁLCULO SISTEMAS DE EQUAÇÕES DO 1° GRAU Quando duas equações do 1o grau estão relacionadas entre si, temos um sistema de equações do 1o grau com duas variáveis. Exemplos: ⎧2 x − y = 5 ⎩ x + y = 10 Existem dois métodos para resolução dos sistemas de equações do 1o grau com duas variáveis: o método da substituição e o da adição. Método da substituição exemplo: Resolver o sistema: ⎧ x + y = 12 (1) ⎨ ⎩x− y =4 (2) 1o passo: Escolhe-se uma das equações e isola-se uma das variáveis; por exemplo, isolamos o x na equação (2). x− y = 4 x = 4 + y 2o passo: Substitui-se o valor isolado na outra equação e encontra-se o valor da variável restante; no caso substituímos x na equação (1) pelo valor encontrado (x= 4 + y), e encontramos o valor de y. x + y = 12 (4 + y ) + y = 12 4 + y + y = 12 4 + 2 y = 12 2 y = 12 − 4 2y = 8 y = 4 3o passo: Substitui-se o valor encontrado em qualquer uma das equações; no caso substituímos na equação (2). x− y = 4 x−4 = 4 x = 4 + 4 x = 8 Portanto o conjunto solução é o par ordenado (8,4). S = {(8,4)} Método da adição Aplicaremos o método no mesmo problema anterior. Solução: As duas equações apresentam termos opostos: y na primeira e –y na segunda. 1o passo: Ao somarmos as equações, cancelamos a variável y, encontrado o valor da variável x. x + y = 12 x− y =4 2 x = 16 x=16/2 x=8 +_____________ Um outro caso: ⎧ 2 x + y = 11 (1) ⎨ ⎩ x − 2 y = −2 (2) Solução: Não adianta somar as equações, pois não há termos opostos. É necessário, portanto, usar um artifício.Multiplicamos a 1a equação por 2. 2 x + y = 11 (×2) ⎧4 x + 2 y = 22 ⎨ ⎩ x − 2 y = −2 Observe que agora, as duas equações apresentam termos opostos (2y na 1a e -2y na 2a ). 4 x + 2 y = 22 x − 2 y = −2 5 x = 20 x=20/5 x = 4 + _______________ Substituindo x = 4 na 2a equação temos: x − 2 y = −2 4 − 2 y = −2 4 + 2 = 2y 6 = 2y 6/2 =y y=3 Portanto, o par ordenado (4,3) é a solução do sistema. S = {(4,3)} Exercícios de Fixação 1. Resolva o sistema abaixo, usando o método da substituição: ⎧ x + 5 y = 26 ⎩ 2x + y = 7 2. Resolva o sistema abaixo, usando o método da adição: ⎧ 2 x + y = −3 ⎩ x − 3 y = −26 EQUAÇÃO DO 2º GRAU Chamamos de equação do 2.° grau à equação do tipo: ax2 + bx + c = 0 Com a, b, c R e a ≠ 0. Sendo: a = coeficiente de x2 b = coeficiente de x c = termo independente Exemplos: a) Na equação x2 + 2x + 5 = 0, temos a = 1, b = 2 e c = 5. b) Na equação 3x2 – 3x – 9 = 0, temos a = 3, b = -3 e c = -9. c) Na equação 2x + 3x2 + 1 = 0, temos a = 3, b = 2 e c = 1. Cuidado! Observe que a equação não está escrita na forma ax2 + bx + c = 0 Compare: ax2 + bx + c = 0 2x + 3x2 + 1 = 0 Para encontrarmos as raízes (solução) da equação do 2ograu completa, basta aplicarmos a fórmula de Báskara. A expressão b2 – 4ac é representada pela letra grega ∆ (delta), e é chamada discriminante. A existência ou não de raízes depende, exclusivamente, do Discriminante. Se ∆ > 0, a equação tem duas raízes reais e diferentes. Se ∆ = 0, a equação tem duas raízes reais e iguais. Se ∆ < 0, a equação não tem raízes reais. 1) Resolva a equação x2 + 4x + 4 = 0 Solução: Sabemos que a = 1, b = 4 e c = 4 ∆ = b2 – 4ac ∆ = 4 2 − 4 1 4⋅ ⋅ ∆ = 16 − 16 ∆=0 ∆ = 0 → As duas raízes são reais e iguais. Portanto, as duas raízes são iguais a -2; logo S = { -2} RELAÇÃO ENTRE OS COEFICIENTES E AS RAIZES DE UMA EQUAÇÃO DO 2° GRAU As raízes da equação ax2 + bx + c =0 são dadas por Assim, Soma (S = x1 + x2 ) das Raízes Usando os resultados anteriores obtemos que Produto (P = x1 · x2 ) das Raízes Usando os resultados anteriores obtemos que INEQUAÇÃO DO 1° GRAU Uma inequação é uma desigualdade que se verifica para alguns valores atribuídos às variáveis. Toda inequação que pode ser escrita numa das seguintes formas 0 0 0 0 ax b ax b ax b ax b + > + < + ≥ + ≤ Onde a e b são números reais quaisquer com a ≠ 0 INEQUAÇÃO PRODUTO Determinando a raiz da função (y = 0) e a posição da reta (a > 0 crescente e a < 0 decrescente). y1 = 2x + 6 2x + 6 = 0 2x = – 6 X = –3 y2 = – 3x + 12 –3x + 12 = 0 –3x = –12 x = 4 (2x + 6) ( – 3x + 12) > 0. os possíveis valores devem ser maiores que zero, isto é, positivo. x Є R / –3 < x < 4 INEQUAÇÃO QUOCIENTE Resolver as funções y1 = x + 1 e y2 = 2x – 1, determinando a raiz da função (y = 0) e a posição da reta (a > 0 crescente e a < 0 decrescente). y1 = x + 1 x + 1 = 0 x = –1 y2 = 2x – 1 2x – 1 = 0 2x = 1 x = 1/2 x Є R / –1 ≤ x < 1/2 PROGRESSÃO ARITMÉTICA É uma seqüência composta por números que estão dispostos em uma determinada ordem pré-estabelecida. SEQUÊNCIA NUMÉRICA Vale para qualquer sequência numérica: Para obtermos os elementos de uma sequência é preciso ter uma lei de formação da seqüência. Por exemplo: an = 2n + 1, n E N* Determine os cinco primeiros elementos dessa seqüência: Termo Geral de uma P.A. Fórmula do Termo Geral EXEMPLO: Propriedades da P.A • Um termo qualquer, excetuando os extremos é a média aritmética entre o termo anterior e o posterior. • Numa P.A. limitada, a soma dos termos extremos é igual a a soma dos termos eqüidistantes dos extremos. • Numa P.A. de quantidade de termos ímpar, o termo central é a média aritmética dos extremos e dos eqüidistantes aos extremos. Soma de termos da P.A exemplo: somar o números inteiros de 1 até 10: PROGRESSÃO GEOMÉTRICA Toda sequência onde cada termo, a partir do segundo, é igual ao anterior multiplicado por uma constante, não nula, denominada de razão (q) é chamada de PROGRESSÃO GEOMÉTRICA (PG). EXEMPLOS 1) (2, 4, 8, 16, …) q = 2 2) (1, 5, 25, 125, …) q = 5 3) (- 2, 6, - 18, 54, …) q = - 3 4) (4, 4, 4, 4, …) q = 1 Para determinar a razão de uma PG devemos dividir qualquer termo pelo seu antecedente. Então q= anan−1 CLASSIFICAÇÃO Para classificar uma PG verificamos o valor de q. 1) PG crescente: quando os valores dos termos vão crescendo. a1 > 0 e q > 1, por exemplo: (1, 2, 4, 8, 16, ... ) a1 < 0 e 0 < q < 1, por exemplo (- 1 , - 1/2, - 1/4, ....) 2) PG decrescente: quando os valores dos termos vão diminuindo. a1 > 0 e 0 < q < 1, por exemplo: (64, 32, 16, 8,... ) a1 < 0 e q > 1, por exemplo: (- 2, - 4, - 8,...) 3) PG constante: são aquelas que os termos são iguais, ou seja, a razão é igual a q = 1. Por exemplo: (5,5,5,5,...,5) 4) PG alternante ou oscilante: é uma PG que os seus termos intercalam em negativos e positivos, ou seja, que a1 ≠ 0 e q < 0. Por exemplo: (- 2, 6, - 18, 54, ...) TERMO GERAL O termo de ordem n, denominado termo geral da PG é dado por: Propriedades de uma P.G Tomando 3 termos consecutivos de uma PG, o termo do meio elevado do quadrado é igual ao produto dos outros dois termos. Em uma PG podemos escrever 3 termos consecutivos da seguinte forma: x/q, x, x.q O produto dos termos que se encontram nos extremos é igual ao produto de dois termos equidistantes dos extremos. Produto de n Termos de uma P.G Soma dos n primeiros termos de uma P.G. ● A soma dos n primeiros termos de uma PG é dadapor ● Ex.: Calcula a soma dos nove primeiros termos de uma PG de razão 3 e primeiro termo igual a 1. ( ) 1 1 1 n n q S a q − = − ( )9 9 1 3 1 3 1 S a − = − ( )19683 1 196821. 9841 2 2n S − = = = CONJUNTO representa uma coleção de objetos. O conjunto de todos os brasileiros. O conjunto de todos os números naturais. O conjunto de todos os números reais tal que x²-4=0. Em geral, um conjunto é denotado por uma letra maiúscula do alfabeto: A, B, C, ..., Z. Definição: É um dos componentes de um conjunto. • José da Silva é um elemento do conjunto dos brasileiros. • 1 é um elemento do conjunto dos números naturais. •-2 é um elemento do conjunto dos números reais que satisfaz à equação x²-4=0. Em geral, um elemento de um conjunto, é denotado por uma letra minúscula do alfabeto: a, b, c, ..., z. Elemento Pertinência: É a característica associada a um elemento que faz parte de um conjunto. · José da Silva pertence ao conjunto dos brasileiros. · 1 pertence ao conjunto dos números naturais. · -2 pertence ao conjunto de números reais que satisfaz a equação x²-4=0. Símbolo de pertinência: Se um elemento pertence a um conjunto utilizamos o símbolo ∈ que se lê: "pertence". Para afirmar que 1 é um número natural ou que 1 pertence ao conjunto dos números naturais, escrevemos: 1 N∈ Para afirmar que Maria não é do conjunto dos homens ou não pertence ao conjunto dos homens, escrevemos: 0 N∉ Um símbolo matemático muito usado para a negação é a barra / traçada sobre o símbolo normal. CONJUNTO VAZIO O conjunto vazio (representado graficamente por Ø) é o único conjunto que não possui elementos Todo conjunto também possui como subconjunto o conjunto vazio representado por {} ou Ø Dado o conjunto C = { y | y é natural e 2 < y < 3 } é um conjunto que não possui nenhum elemento, esse tipo de conjunto é chamado de conjunto vazio. Indicamos um conjunto vazio por { } ou ∅ , nunca por {∅}. CONJUNTO UNITÁRIO Por exemplo: A = { x | x é par e 4 < x < 8 } ou A = {6} B = { x | 2x + 1 = 7 e x é inteiro } ou B = {3} Os dois conjuntos acima são exemplos de conjuntos unitários. Pois possuem apenas um elemento. CONJUNTO UNITÁRIO Dados os conjuntos A e B, diz-se que A está contido em B, denotado por A ⊂ B, se todos os elementos de A também estão em B. SUBCONJUNTO UNIÃO OU REUNIÃO Dados dois conjuntos quaisquer A e B, chama-se união ou reunião de A e B o conjunto formado pelos elementos que pertencem a pelo menos um desses conjuntos (podendo, evidentemente, pertencer aos dois), isto é, o conjunto formado pelos elementos que pertencem a A ou a B. Em símbolos: Exemplos: • {1; 2} U {3; 4} = {1; 2; 3; 4} • {n, e, w, t, o, n} U {h, o, r, t, a} = {a, e, h, n, o, r, t, w} Seja A o conjunto dos eleitores que votaram em Lula para Presidente e B o conjunto dos eleitores que votaram em Arlete para Governadora do DF, no primeiro turno das eleições de 2006. É certo supor que houve eleitores que votaram simultaneamente nos dois candidatos no primeiro turno. Assim somos levados a definir um novo conjunto, cujos elementos são aqueles que pertencem ao conjunto A e ao conjunto B. Esse novo conjunto nos leva à seguinte definição geral. Sejam A e B dois conjuntos quaisquer. Chamaremos intersecção de A e de B (ou de A com B) a um novo conjunto, assim definido: Exemplos: INTERSEÇÃO Seja A o conjunto dos eleitores que votaram em Lula para Presidente e B o conjunto dos eleitores que votaram em Arlete para Governadora do DF, no primeiro turno das eleições de 2006. É certo pensar que teve eleitores que votaram em Lula mas não votaram em Arlete. Isto nos leva ao conjunto dos elementos de A que não são elementos de B. Sejam A e B dois conjuntos quaisquer. Chamaremos a diferença entre A e B o conjunto dos elementos de A que não pertencem a B. Exemplos: • {a, b, c} - {a, c, d, e, f} = {b} • {a, b} - {e, f, g, h, i} = {a, b} • {a, b} - {a, b, c, d, e} = Ø DIFERENÇA COMPLEMENTO DE UM CONJUNTO O complemento do conjunto B contido no conjunto A, denotado por CAB, é a diferença entre os conjuntos A e B, ou seja, é o conjunto de todos os elementos que pertencem ao conjunto A e não pertencem ao conjunto B. CAB = A-B = {x: x ∈ A e x B}∉ Graficamente, o complemento do conjunto B no conjunto A, é dado por: Quando não há dúvida sobre o universo U em que estamos trabalhando, simplesmente utilizamos a letra c posta como expoente no conjunto, para indicar o complemento deste conjunto. Sejam A e B dois conjuntos, tais que o número de elementos de A seja n(A) e o número de elementos de B seja n(B). Nota: o número de elementos de um conjunto, é também conhecido com cardinal do conjunto. Representando o número de elementos da interseção A Ç B por n(A Ç B) e o número de elementos da união A È B por n(A È B) , podemos escrever a seguinte fórmula: n(A ∪ B) = n(A) + n(B) - n(A ∩ B) NÚMERO DE ELEMENTOS DE UM CONJUNTO CONJUNTO DAS PARTES O conjunto de todos os subconjuntos de um conjunto dado A é chamado de conjunto de partes (ou conjunto potência ) de A, denotado por P(A) ou 2A. Se S é o conjunto de três elementos {x, y, z} a lista completa de subconjuntos de S é: { } (conjunto vazio); {x}; {y}; {z}; {x, y}; {x, z}; {y, z}; {x, y, z}; e portanto o conjunto de partes de S é o conjunto de 8 elementos: P(S) = {{ }, {x}, {y}, {z}, {x, y}, {x, z}, {y, z}, {x, y, z}}. CONJUNTO NUMÉRICOS Conjunto Numéricos Conjuntos dos números reais ( R ) São todos os números que podem ser representados em uma reta chamada, reta real Intervalos Os intervalos são uma forma de representação bastante utilizada quando desejamos representar “partes” da reta real Podem ser: abertos ( ) Fechados [ ] Semi-abertos ( ] ou [ ) Intervalos Intervalo fechado: [ a, b] = {x » | a ≤ x ≤ b}∈ Intervalo aberto:( a, b ) = {x » | a < x < b}∈ Intervalo fechado à esquerda:[ a, b ) = {x » | a ≤ x ∈ < b} Intervalo aberto à esquerda : ( a, b] = {x » | a < x ≤ ∈ b} Intervalos infinitos [ a, +∞ ) = {x R | x ≥ a}∈ ( a, +∞ ) = {x R | x > a}∈ ( −∞, a ] = {x R | x ≤ a}∈ ( −∞, a ) = {x R | x < a}∈ ( −∞, +∞ ) = R Elevar um número real a, a diferente de zero à potência n (pertencente a N* e n ≥ 2), significa multiplicar a por ele mesmo n vezes: POTÊNCIAS E RAIZES DE NÚMEROS REAIS an = a.a.a.....a (n fatores) Por definição 0 10 então 1 0 entãoa a e a a a≠ = ≠ = 0 0 0 6 1 ( 3) 1 1 1 = − = = Exemplo: 0a ≥Se , a raiz quadrada de a é o número positivo b tal que b2 = a. Raiz Quadrada a b= Observação: ( ) 2 2 3 9 9 3 3 9 porém = = − = Se a e b são números positivos, então: ; ;2 4 2 4 2 2 a a a a a a a b ab a a a a a a bb = = = × = ⇒ × = = = Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54
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