PSICOIMUNOLOGIA

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prOFª. MARIA APARECIDA DA S. ARAUJO
PSICOIMUNOLOGIA
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PSICOIMUNOLOGIA
 Psicoimunologia - é uma ciência que dedica às pesquisas das
 relações entre as emoções e a imunidade.
 
 As primeiras constatações do estresse emocional foram relatadas 
 em 1943, quando então se comprovou um aumento na excreção
 urinária dos hormônios da glândula suprarrenal , de pilotos e
 instrutores aeronáuticos em vôos simulados.
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Imunologia: compreensão do papel dos linfócitos e 
 macrófago, a identificação da estrutura das imunoglobulinas.
Reconhecimento do estado de imunocompetência 
presente nas doenças autoimunes e várias afecções de natureza 
bacteriana, virótica e neoplásica.
Vários trabalhos tem comprovado que o processo imunológico 
é regulado pelo sistema nervoso central e endócrino.
O processo imunológico e as influências de estresse e 
emoções sobre o mesmo.
 
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 Três tipos de células produzem a resposta imune: os macrófagos, 
 os linfócitos T (responsáveis pela imunidade celular) e os linfócitos
 B, produtores de anticorpos.
 1ª fase - Os macrófagos apresentam o antígeno aos linfócitos.
 2ª fase - acontece a proliferação de linfócitos B e T.
 3ª fase - Os linfócitos T destroem as células alvos diretamente ou 
 por secreção que atraem e ativam os macrófagos e estes,
	 por sua vez, fagocitam as células. 
	 Os linfócitos B agem produzindo anticorpos que, 
 destroem os antígenos diretamente
 ou fazem que sejam fagocitados 
 pelos macrófagos.
 
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 O estresse, por via hormonal, atua sobre as três populações
 celulares:
 1- As células B parecem ser suscetíveis à destruição por 
 corticosteróides.
 2- Os linfócitos T são afetados pelo hormônio do crescimento e
 corticosteróides, que atuam no timo.
 3- Os macrófagos são os alvos principais do estresse, que sofrem 
 influência da função hipofisária, tireoidiana e adrenal.
 O sistema imunológico é o grande elo que explica as interações
 entre os fenômenos psicossociais e a patologia humana, como as
 doenças de hipersensibilidade, autoimunes, infecçiosas e
 neoplásicas.
 
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 Década de 1930 mostra a importância do estado psíquico na 
eclosão das neoplasias, tornando as células 
 “receptíveis” às transformações malígnas.
 Situações de perdas e separações, demonstram uma maior
 predisposição a depressão, ansiedade e desesperança, precedendo o
 surgimento de neoplasias.
 Relacionar vivências de perdas/ más experiências infantis/ 
 sentimentos de privação e desespero.
 
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 Mecanismos psicológicos que influencia processos malignos 
é a contração dos músculos lisos, sobretudo na disseminação das 
neoplasias digestivas, e a estase da corrente sanguínea, facilitando 
a passagem das células malígnas pelo endotélio
 e a formação de metástases.
 Atualmente a hipótese mais em voga é que o paciente submetido 
 ao estresse ou em estados depressivos, seu organismo perderia a
 capacidade de reconhecer e anular células malígnas mutantes, que
 passariam então a reproduzir-se livremente.
 
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Doenças bacterianas e virais
 Estados infecciosos podem ser induzidos a partir de influências
 psicológicas.
 Sob condições normais as bactérias , por exemplo, do trato 
 respiratório , não proliferam excessivamente nem atravessam a
 barreira mucosa. Sob a ação do estresse, a mucosa e a flora se
 modificam e o equilíbrio é rompido. Os microorganismos penetram
 e o organismo defende-se mal, pois os macrófagos alterados por ações
 hormonais fracassam em apresentar os antígenos aos linfócitos B, 
 com consequente diminuição da produção de anticorpos.
 A tuberculose foi das primeiras enfermidades na qual se 
 reconheceu uma participação psíquica em sua gênese e evolução.
 
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 Doenças autoimunes 
 Importantes doenças são reunidas neste grupo devido à presença
 de fenômenos comuns de autoagressão imunitária.
 Há produção de complexos imunitários que se comportam como
 autoantígenos e anticorpos e a presença de células do sistema 
 imunológico (linfócitos T) que passam a reagir contra os próprios 
 tecidos do hospedeiro. 
 Na etiopatogenia destas enfermidades, fatores hereditários ,
 agressões infecciosas ao sistema imune e fatores psicossociais 
 também desempenham um relevante papel.
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 Neste grupo estão a tireoidite de Hashimoto, a síndrome de
 Sjogren, a hepatite crônica ativa, a ileíte regional , glomerulonefrites, 
 artrite reumatóide, o hipertireoidismo e a colite ulcerativa entre 
 tantas outras doenças.
 Em várias pesquisas tem encontrado em quase todos os casos 
 dessas patologias, situações conflitivas antecedendo o início da 
 doença.
 A colite ulcerativa é hoje incluída neste grupo pelo achado de 
 anticorpos anticólon e pela frequente presença de manifestações 
 sistêmicas, cutâneas e articulares, principalmente.
 
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 Colite ulcerativa - é uma das doenças mais estudadas do ponto
 de vista psicossomática. É uma doença que compromete o cólon 
 descendente e o sigmóide, apresentando diarréia com muco e sangue,
 dores abdominais, febre, emagrecimento, distensão abdominal, 
 anorexia, prostração com mal estar.
 Existem pesquisas que acham que
 esta doença é o equivalente somático 
 de uma depressão psicótica.
 Engel em revisão de 700 casos desta doença, enfatiza a presença 
 de traços obsessivo-compulsivos e de dependência . 
 Estes pacientes pela grande fraqueza dos seus Egos, tendem a 
 fazer relações simbióticas, cuja ameaça de rotura é o principal fator
 desencadeante. Há melhoras espontâneas quando o doente consegue
 refazer tal tipo de relação.
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 Artrite reumatóide - é uma doença extensamente estudada em 
 seus aspectos psicossomáticos. Sua característica principal é a 
 inflamação persistente das articulações, podendo atingir outros órgãos.
 Aparece em pacientes muito reprimidos em sua vida afetiva , 
 sendo tímidos, quietos e controlados.
 Foi observado através de entrevistas ou acompanhamento
 psicoterápico que havia traços comuns nos pacientes com artrite
 reumatóide de bloqueio afetivo, tendências depressivas e
 masoquista.
 Observa-se que é uma doença
 praticamente ausente em psicóticos.
 
 
 
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 Lupus sistêmico - é uma doença que pode afetar qualquer parte
 do corpo. É caracterizada por inflamação e danos teciduais da pele,
 podendo afetar quase todos os órgãos e sistemas do corpo.
 É nove vezes mais frequente nas mulheres do que nos homens.
 Estudando mulheres com lupus, encontraram, com mais 
 frequência , histórias de privação emocional na infância, relatos de
 situação de estresse, perda de uma relação importante ou medo de 
 uma perda amorosa, antecedendo o início da doença. 
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 Esclerodermia - é uma doença em que a pele torna-se brilhante 
 e dura . Pode ser localizada e sistêmica. Quando sistêmica o paciente
 pode apresentar azia, dificuldade respiratória e pressão arterial
 elevada.
 
 Síndrome de Sjogren - é uma desordem autoimune na qual as 
 células imunes atacam e destroem as glândulas exócrinas que
 produzem lágrimas e saliva.
 Como todas as outras doenças, 
apresentam uma situação conflitiva 
 atuando como fatores desencadeantes. 
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 Síndrome de Raynaud - é uma condiçãoque afeta o fluxo 
 sanguíneo nas extremidades do corpo, mãos e pés, nariz e lóbulo da 
 orelha, quando submetidos a uma mudança de temperatura ou
 estresse.
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