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©2004 by Pearson Education Figuras 11-1 Aula da disciplina de Fenômenos de Transporte Equação da Energia para Fluido Real Parte B Profa. Dra. Jane M. Faulstich de Paiva Curso de Engenharia de Produção Campus de Sorocaba Data: 24/04/18 – Turma A OBS.: A partir deste assunto (PARTE B) - 2ª Prova de F.T. ©2004 by Pearson Education Figuras 11-2 Diagrama de velocidades não-uniformes na Seção • Até o momento foi considerado que o escoamento é uniforme. • No entanto, devido ao Princípio da Aderência sabe-se que o diagrama de velocidades não é uniforme na seção. • Este fato causa uma alteração no termo v2 /2g da equação da energia que considerava a hipótese de escoamento uniforme na seção. • Sabe-se que o diagrama real não é uniforme, pois existe uma velocidade distinta em cada ponto da seção: ©2004 by Pearson Education Figuras 11-3 Diagrama de velocidades não-uniformes na seção • Portanto, o termo da energia cinética correspondente à velocidade necessita de um coeficiente de correção. Assim é necessário introduzir um coeficiente de correção para provocar a igualdade das expressões deduzidas: α (alfa) será o coeficiente de correção da energia cinética ©2004 by Pearson Education Figuras 11-4 Voltando à Equação da energia adaptada deve-se inserir o coeficiente de correção (alfa) na equação: p1 + α1 v1 2 + z1 + HM = p2 + α2 v2 2 + z2 + Hp1,2 γ 2g γ 2g • Com a presença de α (alfa) as velocidades v1 e v2 serão correspondentes adequadamente às velocidades médias nas seções (1) e (2) do escoamento. • O coeficiente α (alfa) é função do diagrama de velocidades, e é estabelecido conforme o tipo de escoamento ... Importante: ©2004 by Pearson Education Figuras 11-5 Considerações • Quando α = ~ 1 e Re >2400, em tubos, pode-se adotar a equação já vista anteriormente: • Em tubos de seção circular, sendo o escoamento laminar, valerá um diagrama correspondente a: v = vmax [ 1 - ( r /R)2 ] • Se o escoamento for turbulento, valerá um diagrama correspondente a: v = vmax [ 1 - ( r /R) 1/ 7 ] p1 + v1 2 + z1 + HM = p2 + v2 2 + z2 + Hp1,2 γ 2g γ 2g R: raio do conduto, tubo ou tubulação Obs.: expressão que será vista no item Desenvolvimento da Camada Limite em Condutos (próximo assunto de aula). α = 2 α = ~ 1 ©2004 by Pearson Education Figuras 11-6 Considerações Adicionais p1 + α1 v1 2 + z1 + HM = p2 + α2 v2 2 + z2 + Hp1,2 γ 2g γ 2g • Esta equação é de grande aplicação em fluidos incompressíveis (líquidos) e até pode ser utilizada, em alguns casos, para gases desde que a variação da massa específica (ρ ) do gás ao longo do escoamento seja desprezível. • A equação abaixo (considerando o coeficiente de correção) é válida, sem restrição, quando o regime é permanente, o fluido é incompressível, e não há trocas de calor induzidas. ©2004 by Pearson Education Figuras 11-7 Equação da Energia para tubulações e similares no caso de diversas entradas e saídas • Mantidas as hipóteses da equação de Bernoulli, ou seja, regime permanente, propriedades uniformes nas seções considerando o coeficiente de correção α, fluido incompressível, sem trocas de calor provocadas; considera-se que a energia que entra no sistema deve coincidir com a energia que sai do sistema no mesmo intervalo de tempo t. ©2004 by Pearson Education Figuras 11-8 Equação da Energia para tubulações e similares no caso de diversas entradas e saídas Σe E = Σs E Onde: e = entradas ; s = saídas • Dividindo a equação pelo intervalo de tempo em que as energias que entraram e saíram foram consideradas, obtém-se: Σe E/t = Σs E/t ©2004 by Pearson Education Figuras 11-9 E lembrando que a energia do fluido por unidade de tempo representa a Potência do fluido, teremos que: Onde, em cada seção: Σe N = Σs N Σe γ.Q. H = Σs γ.Q. H Como já visto anteriormente: H = energia total por unidade de peso numa seção ou carga total na seção Q = vazão H = p + αv 2 + z γ 2g ou ©2004 by Pearson Education Figuras 11-10 No caso da presença de uma máquina e de perdas por atrito, teremos que: Onde, como visto anteriormente: Σe γ.Q. H + N = Σs γ.Q. H + Ndiss N = γ.Q. HM N pode estar relacionado a uma bomba ou uma turbina: HM = HB (será + se a máquina for uma bomba); HM = - HT (será - se a máquina for uma turbina); E a Potência dissipada: Ndiss = Σ γ.Q. Hp Na somatória, Q e Hp (perda) a partir de agora, devem se referir a cada trecho do escoamento. ©2004 by Pearson Education Figuras 11-11 No caso da presença de uma máquina e de perdas por atrito, então, a representação geral será: ©2004 by Pearson Education Figuras 11-12 • Exemplo de Aplicação: No sistema da figura, os reservatórios são de grandes dimensões. O reservatório X alimenta o sistema com 20 L/s e o reservatório Y é alimentado pelo sistema com 7,5 L/s. O fluido é água (γH2O= 10 4 N/m3 ). A potência da bomba é 2 kW e o seu rendimento é 80%. Todas as tubulações têm 62 mm de diâmetro; área correspondente à Π.D2/4; e as perdas de carga são: Hp0,1 = 2m ; Hp1,2 = 1m ; Hp1,3 = 4m. Desta forma, determine: a) a potência dissipada na instalação; b) a cota da seção (3) em relação ao centro da bomba. Suponha α2 = 1. Utilize: g = 10 m/s2 Obs.: demonstre as considerações feitas, todas as etapas da resolução e todas as unidades durante os cálculos. Resposta: (a) Ndiss. = 825 W ; (b) h = 14,23 m ©2004 by Pearson Education Figuras 11-13 Bibliografia para estudo (início do conteúdo para a 2ª Prova): BRUNETTI, F. Mecânica dos Fluidos. Editora Pearson Addison Wesley. São Paulo, 2005. Cap. 4 (pág. 98 a 102).
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