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Síntese do episódio Urso Branco de Black Mirror

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Gabriel Santos Novaes (21)
SÍNTESE + CONCLUSÃO DO EPISÓDIO “URSO BRANCO” DE BLACK MIRROR
SÍNTESE:
O episódio "Urso Branco" de Black Mirror começa em uma casa na qual uma mulher não sabe exatamente quem é, contando apenas com flashs que mostram um homem que supostamente é seu marido e uma criança que supostamente é sua filha, no momento em que ela olha para a figura de um urso branco na televisão. Ao sair da casa, a confusão toma conta da mulher que se vê cercada por pessoas que não atendem aos seus pedidos de socorro e a filmam em silêncio a cada passo. De repente, um homem mascarado com o mesmo símbolo que ela viu no televisor atira nela sem hesitação.
 Durante sua fuga ela encontra duas pessoas que parecem não compactuar com o restante da população e que explicam para ela que a população mundial sofreu uma lavagem cerebral provocada por um símbolo que as fazem agir como espectadores daqueles que não foram afetados pela mesma. Da mesma forma, existem caçadores (como o homem que atirou nela), que vão atrás daqueles não afetados pelo símbolo e os eliminam. Agora elas devem ir até o centro de transmissão chamado Urso Branco, destruir o local e libertar a humanidade desse vírus.
 Ao chegar a esse centro de transmissão, descobre-se que tudo se tratava de encenação e que a mulher (Victoria), é na verdade uma assassina acusada de ter matado e torturado, juntamente com seu marido, a criança que estava presente em seus flashs, e ter gravado a cena sem dar atenção aos pedidos de socorro da menina. O marido cometeu suicídio e a mulher foi condenada a ser filmada enquanto sofre perseguições para no final sofrer uma dor semelhante a que causou a menina assassinada, que a faz esquecer-se do que aconteceu para sofrer novamente no dia seguinte.
CONCLUSÃO:
 É notável ao longo de todo o episódio a curiosidade pulsante da sociedade em espionar a vida alheia e chegando a níveis altos, do que é chamado de Voyeurismo - a necessidade viciosa de ver a intimidade das pessoas-, ao acompanhar de maneira inescrupulosa o sofrimento da mulher condenada. A pena imposta a assassina é usada como "cortina" para tornar legal o desejo incessante de espiar os outros da mesma maneira que os prêmios em reality shows, e o julgamento é dado pela exposição através dos meios midiáticos, o que não é muito diferente do que vivemos atualmente.
 No mundo globalizado, o avanço tecnológico facilita as relações comerciais e sociais entre os países. O impacto dela unifica os povos independentemente de sua língua ou cultura, no entanto, alguns progressos da tecnologia são desnecessários e causam o efeito contrário, ao excluir, desunir e alienar as pessoas. O avanço tecnológico caminha com a globalização, fazendo crescer o sensacionalismo da mídia e a transformação da violência em um espetáculo que é mostrado dos primeiros aos últimos minutos do episódio, totalmente em prol da audiência. O gênio do mal do ser humano está em transformar a sentença da assassina em um meio de entretenimento para a sociedade, além de apagar a memória da mesma para que esse entretenimento seja constante, como um produto que é fabricado em série e atende a demanda dos consumidores.
 O capitalismo faz com que o público alienado consuma, mesmo com o sofrimento de outrem, os mais diversos produtos, como o ingresso para fazer parte do "espetáculo" e a compra de bexigas para jogarem na condenada enquanto ela está sendo levada para a tortura e a amnésia. Ou seja, o consumismo é um fator que destrói a moralidade e aqueles que não seguem essa onda consumista serão perseguidos, assim como a protagonista do episódio foi pelo homem mascarado e pelos demais "paparazzis".
 O episódio quer deixar bem claro que enquanto as máquinas de alienação trabalham para destruir toda a decência da população e transformá-las em massas de manobra, outras pessoas lucram com isso. Pouco a pouco, a realidade física é substituída pela virtual e o consumo toma proporções ainda maiores, já que essa realidade virtual é construída justamente como uma árvore que gera frutos para as grandes entidades. Em resumo, ocorre um tipo de "espetacularização" de setores sérios como a própria justiça, e essa "espetacularização" tem um grande preço de venda.

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