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Clínica Cirúrgica N2: S. de Zollinger, Úlcera Péptica e Pancreatite Prof Viviane. Ana Clara Caixeta XV Síndrome de Zollinger Ellison Gastrinoma São neoplasias de células pancreáticas não beta 0.1-1% dos casos de ulcera, então vc vai suspeitar de gastrinoma quando ele tem história de varias ulceras gástricas 5 ou 8, aquela ulcera que trata e recidiva, ulcera difusa pq o local comum de ter ulcera é na primeira porção do duodeno se encontrar alguma na segunda porção já tem que suspeitar, pctes com esofagite severa, trata adequadamente a ulcera e não melhora. 60-70% são malignos 50% têm metástase no momento do diagnóstico Produção excessiva de gastrina devido à hiperplasia de cel do fundo e corpo, com grande secreção de acido clorídrico. Então a gastrina ta aumentada Cabeça do pâncreas 30%, parede duodenal 30% e linfonodos regionais. Então apesar de ser uma neoplasia de células pancreáticas, elas não vão estar exclusivamente só no pâncreas. 50% múltiplos 75% são esporádicos Mais comum em homens de 50 anos Triangulo é o local mais comum onde vamos encontrar essa neoplasia, ele é formado pela cabeça do pâncreas, região duodenal e linfonodos regionais Locais fora do triângulo: estômago, fígado, adenoma ovariano produtor de gastrina Pode estar associado com outras neoplasias como de: paratireóide, feocromocitoma ou prolactinoma Crescimento lento Bom prognóstico na ausência de metástase hepática Triângulo do gastrinoma: 60-90% - superior: união do cístico com o hepático - inferior: junção da 2º com 3º porção duodenal -medial: cabeça do pâncreas Clínica Cirúrgica N2: S. de Zollinger, Úlcera Péptica e Pancreatite Prof Viviane. Ana Clara Caixeta XV Quadro clínico: Dor abdominal é o sintoma mais comum 75% Diarréia: aumento do acido gástrico Maioria tem ulcera no duodeno, mas pode ocorrer no jejuno 1/3 tem sinias e sintomas de DRGE Perda de peso Esteatorréia Quando suspeitar? Várias ulceras gástricas não relacionadas a AINEs Diarréia intratável Ulceras em bulbo e 2º porção do duodeno Recidiva pós operatória Menor que 25 anos História familiar de ulcera Esofagite grave Recorrência da ulcera após tto clínico ou cirúrgico Diagnóstico: 1. Teste de gastrina 2. Teste de estimulação com secretina Gastrina de: 120-1000: duvidoso, solicitar teste de secretina Clínica Cirúrgica N2: S. de Zollinger, Úlcera Péptica e Pancreatite Prof Viviane. Ana Clara Caixeta XV Gastrina > 1000 são quase diagnósticos associado a demonstração de níveis aumentados de acido gástrico. Secreção acida basal maior que 10meq/h Depois que detecta o tumor, tem que localizar o tumor: Cintilografia e USG endoscópica USG trans operatório Angiografia, RNM, TC Precisa de 3 ou mais exames de imagem para localizar o tumor Tratamento Clínico: sempre fazer, evita complicações e promove alívio dos sintomas. O melhor é o inibidor da bomba de prótons (omeprazol 60- 120mg/dia) Tratamento cirúrgico: todo paciente é considerado candidato a ressecção cirúrgica, independente se há doença disseminada ou metastática. Mesmo considerados malignos, tem alta tx de cura TC e RNM são eficazes em localizar grandes tumores e metástase hepática Inspeção de todo o abdome desde o diafragma ate a pelve USG intra-operatório + palpação do pâncreas: localiza 98% dos tumores pancreáticos Endoscopia transoperatória facilita a localização de tumores duodenais Úlcera Péptica perfurada 20 a 40 anos Apenas 20% dos pacientes tem mais de 60 anos de idade Local mais comum: duodeno 7% dos portadores de ulceras gástricas perfuradas tem na verdade carcinoma perfurados Homem Mais grave: gástrica Pq acomete mais idosos com comorbidades, que leva ao atraso no diagnóstico Localização mais comum da ulcera duodenal: Clínica Cirúrgica N2: S. de Zollinger, Úlcera Péptica e Pancreatite Prof Viviane. Ana Clara Caixeta XV -junção piloro duodeno Localização mais comum da UG: -parede anterior do antro Um pcte com sinais de ulcera perfurada o que eu vou fazer? tto é cirúrgico mas sempre tem que fazer biópsia. Na ulcera duodenal precisa de biopsia? Não, pq neoplasias de UD são raras Epigastralgia pode ser a primeira manifestação da doença, porém 60% tem queixas anteriores Causas: - ulcera aguda - ulcera crônica: mais comum -trauma -tumor Agentes implicados na UP aguda e que devem ser questionado na anamnese: Quando suspeitar? Dor epigástrica intensa e localizada, súbita, uso de AINES, extravasamento pela goteira parietocolica direita, dor em QID (cuidado com dx diferencial de apendicite), mas quando o pcte chega em vc ele já vem com quadro de dor difusa, com peritonite, ele sabe quando a ulcera perfurou Fator de piora da dor: movimentação do abdome e diafragma, então é paciente quieto no leito e com respiração superficial Não é comum náuseas e vômitos Dor em ombro: irritação diafragmática Exame físico: tem que saber vai cair na prova O que deve ser encontrado no exame físico geral? Febre, hipotensão e taquicardia. Ele ta em que? Ele ta entrando em choque. Qual tipo de choque? Nesse caso é séptico. SIRS é a mesma coisa que choque séptico grave?(uma boa questão para a prova) O que podemos encontrar no exame físico abdominal? Posição antálgica, com pernas fletidas sobre o tronco Abdome em tábua Distensão abdominal Peritonite difusa Sinal de Jobert Clínica Cirúrgica N2: S. de Zollinger, Úlcera Péptica e Pancreatite Prof Viviane. Ana Clara Caixeta XV Qual a conduta? Rotina de abdome agudo Quais alterações podemos encontrar nos exames laboratoriais? Leucocitose e elevação da amilase Qual o primeiro exame a ser solicitado? Rx de tórax em pé ou sentado, Rx abdômen simples em ortostatismo ou decúbito lateral esquerdo com raios horizontais Se a suspeita for grande e o Rx não visualizar pneumoperitônio, quais são as possibilidades para dar o diagnóstico? SNG + insuflação de, TC, seriografia com contraste hidrossolúvel Pneumoperitônio ocorre em 75% dos casos Perfuração causada pelo tumor pode não haver pneumoperitônio -devido à invasão neoplásica de órgãos vizinhos Isso não é obstrução, é íleo paralítico Tratamento: Cirurgia Conservador: ulcera duodenal perfurada + pele estável + ulcera tamponada demonstrada por eed (seriografia) Tipo de cirurgia para UP perdurada aguda: sutura da perfuração com ou sem epiploplastia (cirurgia de Graham- Steele) e limpeza da cavidade Clínica Cirúrgica N2: S. de Zollinger, Úlcera Péptica e Pancreatite Prof Viviane. Ana Clara Caixeta XV Tipos de cirurgia para ulcera duodenal: Rafia + tto do h.pylori Vagotomia troncular + piloroplastia Cirurgia para UG crônica: Se houver condições a cirurgia mais indicada é a gastrectomia Retirar bordas da lesão para biópsia Prescrição pós operatória (caiu na residência da UFT): dieta zero, hidratação 35ml/kg de soro ringer lactato, antibiótico pq toda cirurgia gástrica vc tem que cobrir gram negativo e anaeróbico com metronidazol 500mg EV de 8/8h ele é o mais usado, rocefim 2g EV 6x por dia ou clindamicina, analgesia pode escolher qual vai usar, anti emético (nausedron, plasil) e protetor gástrico (omeprazol) é obrigatório. Pancreatite Aguda Definição: caracteriza pelo início súbito dos sintomas geralmente com vomito em um indivíduo previamente saudável e o desaparecimento deste sintoma quando o episódio cessa Evolução: auto limitada ou crônica Leve: 3 a 5 dias, 5% de óbito, sem disfunção orgânica Grave: 3 a 7 semanas,10 a 50% de óbito, com disfunção orgânica Clínica Cirúrgica N2: S. de Zollinger, Úlcera Péptica e Pancreatite Prof Viviane. Ana Clara Caixeta XV Inicialmente não tem como prever se a panc vai evoluir pra complicações ou não O pâncreas é um órgão retroperitoneal,fica atrás do estomago e do cólon O pcte com pancreatite faz SIRS pq ele não tem um processo infeccioso, ele tem taquicardia, hipotensão, ele está em um processo inflamatório sistêmico (SIRS) e não infeccioso. Posteriormente se houver translocação bacteriana ele pode evoluir pra sepse. Pancreatite é um dos melhores exemplos de SIRS ( o que é SIRS? quando não tem documentado um foco infeccioso). Ulcera péptica perfurada pode levar a que tipo de choque? Sespse. Pq? Pq tem um foco infeccioso. Com começa a inflamação na pancreatite? Existe uma cascata: - ativação do tripsinogênio: tripsina, lesão acinar, liberação de mediadores químicos, migração de cel inflamatórias - inflamação local: edema, extravazamento, hemorragia, necrose - resposta inflamatória sistêmica: falência de múltiplos órgãos - translocação bacteriana: infecção Patologia: Pancreatite leve: edema instesticial, infiltração de cel inflamatórias, pouca necrose Clínica Cirúrgica N2: S. de Zollinger, Úlcera Péptica e Pancreatite Prof Viviane. Ana Clara Caixeta XV Pancreatite grave: necrose extensa, trombose de vasos intrapancreáticos, ruptura vascular e hemorragia intraparenquimatosa Pancreatite aguda biliar: causa mais comum nos pacientes ocidentais, 35- 50% dos casos de pancreatite, mortalidade de 10%, obstrução da papila maior que causa refluxo da bile para o duto pancreático- início do processo inflamatório. Pancreatite aguda alcoólica: 2º causa nos países ocidentais, mecanismos: motilidade anormal do esficter de Oddi, toxicidade direta e efeitos metabólicos, obstrução por rolhas de proteínas Dor abdominal Características da dor abdominal? 1. Inicio abrupto 2. Constante 3. Mesogástrico 4. Irradiação para o dorso em 50% dos casos “dor em barra” 5. Dor geralmente de forma aguda, atinge rapidamente sua intensidade máxima e não melhora Quais são os fatores desencadeantes? Alimentação copiosa ou após ingesta alcoólica 10-14h após a ingesta de álcool Fatores de melhora: posição sentada, decúbito lateral esquerdo, genupeitoral Fatores de piora: piora com a movimentação Náuseas e vômitos são freqüentes, mas não aliviam a dor e ocorrem mesmo após o estomago ter sido esvaziado Se o pcte relatou que não vomitou, não é pancreatite. Se tem uma forte dor epigástrica de inicio súbito entra como dx diferencial a ulcera péptica perfurada, mas nela não tem vomito. Então, dor epigástrica, dor em hipocôndrio direito e muito vomito é pancreatite Clínica Cirúrgica N2: S. de Zollinger, Úlcera Péptica e Pancreatite Prof Viviane. Ana Clara Caixeta XV Febre é comum, icterícia, sinais de hipovolemia pq ele perde líquido então tem que repor ate 6 litros, paciente inquieto no leito, diminuição de murmúrio vesicular em base pulmonar principalmente a esquerda, derrame pleural, eritrema nodoso: necrose de tecido celular subcutâneo. Choque: hipovolêmico e SIRS Exame físico: distensão abdominal, dor a palpação em epigástrico ou difuso, sinais de irritação peritoneal que pode confundir com UP perfurada Distensão abdominal e peritonite sugerem doença grave Sinal de Gray Tunner (lateral do corpo) e Cullen (no umbigo) não é comum, se tiver quer dizer que tem hemorragia grande e é grave. Sinal de Fox: equimose na base do pênis Qual a causa de desidratação? Seqüestro de líquido para o terceiro espaço e vômitos Quais seriam as duas explicações para icterícia? Compressão do colédoco pelo pâncreas inflamado e coledocolitíase associado Diagnóstico diferencial: obstrução intestinal, colecistite, colangite, ulcera péptica perfurada, isquemia mesentérica, hepatite e apendicite Na suspeita de pancreatite aguda, quais exames solicitar? Clínica Cirúrgica N2: S. de Zollinger, Úlcera Péptica e Pancreatite Prof Viviane. Ana Clara Caixeta XV Rotina de abdome agudo: Rx em AP de abdome deitado, AP de abdome em pé e PA de tórax. Qual exame confirmaria o diagnostico? Amilase Se a amilase vier normal, exclui o diagnóstico? Não Qual a limitação da amilase? Cai em 3-5 dias Nesse caso, qual outro exame pediria? Lipase Amilase elevado é sinal de mau prognóstico? Não Outras causa de aumento de amilase: trauma, pseudocisto, câncer pancreático, doenças da árvore biliar, ulcera perfurada, apendicite aguda, gravidez ectópica, peritonite, isquemia mesentérica, obstrução intestinal, caxumba e parotidite A amilase aumenta em 90% dos casos em 24h e volta ao normal após 3-5 dias, níveis muito altos >1000 sugerem origem biliar e se aumentado após uma semana suspeitar de inflamação ou complicação como pseudocisto, abscesso ou ascite pancreática Hiperlipidemia: amilase normal. Aqui o pcte tem um quadro típico de pancreatite aguda, faz o exame da amilase e ela vem normal, mas a moça do laboratório fala que tinha características de lipídeo no material ai é hiperlipidemia. 10% dos pacientes com pancreatite letal podem apresentar níveis de amilase normais ou quase normais Pcte agudizada pode ter amilase normal ou pouco aumentada Diagnóstico: quadro clínico + amilase aumentada acima de 3x o valor superior da normalidade Outros exames: depende do quadro clinico do pcte hemograma : aumento do hematócrito ( significa que ele ta desidratado, se tem anemia significa que tem hemorragia) e leucocitose Clínica Cirúrgica N2: S. de Zollinger, Úlcera Péptica e Pancreatite Prof Viviane. Ana Clara Caixeta XV uréia, Cr, TGO/TGP(se o pcte ta ictérico tem dx diferencial com hepatite, então tem q pedir tgo e tgp, bilirrubina) Rx de tórax: Quais sinais sugerem? Derrame pleural esquerdo, elevação do diafragma à esquerda, atelectasia de base, afastar pneumoperitônio ou pneumonia Rx de abdome: sinal de amputação de cólon, apagamento do psoas, calcificação do pâncreas: pancreatite crônica, colelitíase, íleo paralítico Avaliando a gravidade: depois que fez o dx tem que avaliar a gravidade do pcte. Tem critérios para isso: A insuficiência renal aqui é por desidratação. Se o paciente tiver grave tem q mandar pra UTI. Na pratica a gravidade do paciente é avaliada pela PTN C reativa e os critérios de RANSON(esses tem que saber, vai cair na prova) Proteína C reativa > 150 em 48-72hs da admissão é sugestivo de necrose Critérios de Ranson: - Na admissão: Clínica Cirúrgica N2: S. de Zollinger, Úlcera Péptica e Pancreatite Prof Viviane. Ana Clara Caixeta XV 1. Idade maior que 55 anos 2. Leucócitos maior que 16.000 3. Glicose maior que 200 4. LDH> 350 5. TGO> 250 - Após 48 horas: 1. Queda de mais de 10 pontos no hematócrito 2. Ureia: aumento de mais de 5mg/dl na BUN (nitrogêncio burinado) ou 10mg/dl na uréia. Isso indica insuf renal 3. Cálcio < 8 4. PaO2 < 60. Significa insuf respiratória, pede gasometria arterial pra ver isso aqui. 5. BE> 4meq/L. Isso é excesso de base, indica q o pcte ta entrando em choque 6. Sequestro de mais de 6 litros. É grave, como eu sei que ele ta perdendo líquido? Pelo balanço hídrico com o tanto que vc infundiu no soro e o tanto que o pcte eliminou na urina. Débito urinário. - Grave >=3 - Mortalidade: <3 sinais: 0.9% 3-4 sinais: 16% 5-6 sinais: 40% >= 7 : 100% - PCR > 150 Definindo a causa muda o tto? Sim pq muda a conduta, se for uma colelitíase é cirúrgico, se for por etilismo o tto é clínico. Clínica CirúrgicaN2: S. de Zollinger, Úlcera Péptica e Pancreatite Prof Viviane. Ana Clara Caixeta XV Quais seriam outras causas? Hiperlipedemia, hipercalcemia, trauma na cirurgia de árvore biliar, obstrução do ducto pancreático por pâncreas divisium, ascaris, tumor, drogas como: azatioprina, estrogênio, furosemida (3º causa mais comum), infecção: caxumba e CMV, familiar, idiopática em 10 a 15%. Quais as 2 principais causas? Litíase biliar e álcool Qual seria então o próximo passo a ser realizado? USG abdominal USG para excluir colecistite e confirmar colelitíase, mas o exame normal não exclui e não é eficiente para avaliar a gravidade Qual o exame de escolha para avaliar a gravidade? TC de abdome com contraste Qual achado na TC que sugere necrose pancreática? Áreas que não captam contraste Qual achado na TC que sugere q a necrose está infectada? Presença de gás Tc de abdome é o exame de escolha pra avaliar a gravidade, ele vê áreas de necrose que são áreas que não captam contraste, aumento focal difuso, borramento da gordura peripancreática, coleção líquida e complicações Indicação da TC de abdome: 1. Ranson >=3 2. Apache >=8 3. distensão abdominal ou sinais de irritação peritoneal 4. USG mostrando líquido e coleção extra pancreática 5. Ptn C reativa > 150 6. dúvida diagnóstica e piora clínica. Então qual a sequencia? Faz o diagnóstico, interna o paciente, avalia a gravidade, descobre a causa da pancreatite e trata o paciente. Tratamento Prescrição: Clínica Cirúrgica N2: S. de Zollinger, Úlcera Péptica e Pancreatite Prof Viviane. Ana Clara Caixeta XV Objetivos do tto: limitar as complicações sistêmicas, prevenir a necrose e infecção pancreática Qual a principal terapia? Reposição hidroeletrolítica e repouso pancreático com jejum Qual o tipo de dieta? Jejum e hidratação com 35ml/kg de soro fisiológico ou Ringer Lactato, se for um pcte idoso geralmente são 2000ml de soro e pcte jovem 3000ml vai depender da avaliação do paciente, se ele não ta hipovolêmico, se tem debito urinário bom. Tem indicação de sonda nasogastrica? NÂO, só se o pcte tiver vômitos ou íleo paralítico, mas isso não vai alterar o curso da pancreatite leve Qual analgésico prescrever? Dipirona e AINEs Qual analgésico não posso usar? Morfina pq causa espasmo no esfíncter de Oddi Qual o analgésico de escolha? Meperidina Tem indicação de nutrição parenteral? Não, somente se pancreatite aguda grave ou previsão de jejum >= 7 dias Antibiótico? Somente se houver infecção da necrose pancreática usar Imipenem Protetor gástrico? Somente em casos de pancreatite grave Quando iniciar a dieta normal, sair do jejum? Quando o pcte estiver assintomático Dieta na pancreatite grave: sonda nasojejunal, nutrição enteral precoce 24 a 48h que contribui para menos translocação bacteriana, menos complicações de punção de acesso central e menor mortalidade e menor disfunção múltipla de órgãos. Não retornar a dieta oral por 5 a 7 dias. Elevação de enzimas e presença de coleções líquidas não é contra indicação a dieta enteral. Quando ela falha tem dor, piora de coleção e persistência de elevação de enzimas, nesse caso indicar nutrição parenteral. Clínica Cirúrgica N2: S. de Zollinger, Úlcera Péptica e Pancreatite Prof Viviane. Ana Clara Caixeta XV Antibióticoterapia: infecção pancreática é a principal causa de mortalidade no paciente, 1/3 que tem necrose desenvolve infecção, ela pode ocorrer no inicio, mas é mais comum após 10 dias por germes do TGI: Escherichia coli, Pseudomonas, Klebsiella e Enterococcus. Quando fazer antibiótico? Profilático: >30% de necrose em pâncreas identificado na TC de abdome, fazer por 7 a 10 dias. O atb diminui a mortalidade na pancreatite grave mas não a taxa de necrose pancreática infectada Tratamento cirúrgico Pancreatite aguda não é cirúrgica!!! Só se tiver complicações como: Indicação de cirúrgica: dúvida diagnóstica: peritonite, complicações: abscesso e pseudocisto, necrose infectada. Principal causa de óbito na primeira semana? SIRS e MODS (disfunção de múltiplos órgãos) Principal causa de morte após a segunda semana? Sepse: infecção Complicações da pancreatite aguda: necrose pancreática, abscesso pancreático, pseudocisto pancreático, ascite pancreática e hemorragia Diagnóstico das indicações cirúrgicas? Necrose, abscesso, pseudocisto pela TC tem áreas hipocaptantes Infecção vê pela punção aspirativa, estado toxêmico grave e TC Qual o melhor momento? Tardio: maior a efetividade da cirurgia e menor o risco, indicação: necrose, pseudo cisto, necrose infectada, abscessos. Faz necrosectomias ou pancreatectomias ou drenagens amplas. Precoce: menor efetividade, maior a disseminação, indicação: toxemia progressiva, hemorragia, peritonites por perfuração de vísceras Coleções fluídas agudas Clínica Cirúrgica N2: S. de Zollinger, Úlcera Péptica e Pancreatite Prof Viviane. Ana Clara Caixeta XV São estágios precoces da pancreatite grave em 50% dos casos, não tem parede com tecido de granulação ou fibrose, a maioria desaparece espontaneamente, a maioria é peripancreática, mas pode ser intrapancreática, pode evoluir para pseudocisto ou se tornar um tecido fibroso e se infecção fazer drenagem percutânea + ATB. Necrose pancreática Podem ser estéreis ou infectadas, ter áreas de necrose gordurosa, tecido se torna pastoso semelhante a uma cola, 70% dos pacientes com necrose evolui para infecção e ocorre geralmente na 2º e 3º semana e a infecção parece ser secundária a translocação bacteriana do cólon. Critérios diagnósticos: clínicos, TC e bioquímicos Pancreatite Aguda: difícil diferenciar necrose estéril de infectada, necrose estéril tbm evolui com febre, acidose e leucocitose, sugere aparecimento ou persistência da febre após a 1º semana Necrose infectada: geralmente a infecção aparece 3-4 semanas após o início do quadro, a drenagem percutânea não tem indicação pq o tecido é pastoso e não sai pelo dreno e a intervenção tardia evolui melhor que a precoce, colocar jejunostomia alimentar e fazer necrosectomia Pseudocisto: coleção de suco pancreático contendo enzimas, não tem epitélio, tem parede com tecido de granulação e fibrose, mais comum de serem extra pancreáticos, mas podem ser intra, se projetam na bolsa omental menor e só aparecem após 4-6 semanas. Pode romper para a cavidade causando ascite pancreática ou para o espaço pleural causando fístula pancreato pleural e hiperamilasemia persistente. Alguns se comunicam com o ducto pancreático e contém enzimas, muitos se resolvem espontâneamente. Indicação de cirurgia quando são sintomáticos, estão em crescimento e associados a complicações. A chance de resolução espontânea depende do tamanho: >6cm tem mais sintomas e menor chance de regressão. Complicações: obstrução gástrica ou duodenal com náuseas, vômitos e plenitude; obstrução biliar: icterícia; pseudoaneurisma Clínica Cirúrgica N2: S. de Zollinger, Úlcera Péptica e Pancreatite Prof Viviane. Ana Clara Caixeta XV Tratamento: Pancreatectomia distal na cauda Drenagem externa: pcte com risco cirúrgico alto, tem mais chance de infecção pelo dreno e de fístula externa Drenagem interna: pode ser feito por endoscopia desde que não haja vasos passando por eles Ascite pancreática: ocorre através da ruptura de um ducto ou de um pseudocisto. O diagnóstico é pelo nível alto de amilase no líquido ascítico e o tto inicial é com suspensão da alimentação enteral, somatostatina, paracenteses repetidas. 60% se resolvem dentro de 2-3 semanas.
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