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Universidade Federal de São João del Rei Prof. Gilberto de Souza 2016 Prevenção do Trauma Atendimento ao trauma Trauma é a causa de morte mais comum entre as idades de 1a 44anos. São cerca de 80% das mortes em adolescentes e 60% na infância, sendo ainda a sétima (7ª)causa de óbito no idoso. O socorrista pode aumentar a quantidade de anos vividos de pacientes traumatizados por meio de um atendimento adequado à vítima. Os cuidados pré-hospitalares podem fazer a diferença entre a vida e a morte em vítimas de trauma; entre sequela temporária, grave ou permanente. Atendimento ao trauma Fase pré evento Trauma não é acidente. Acidente – “um evento ocorrido por acaso ou oriundo de causas desconhecidas” ou “um acontecimento desastroso por falta de cuidado, atenção ou ignorância”. A maior parte das mortes e lesões por trauma se enquadra na segunda definição e pode ser prevenida. A fase pré-evento envolve circunstâncias que provocam uma lesão traumática. O esforço nessa fase se concentra essencialmente na prevenção do trauma. Fase pré evento Fase pré evento Trabalhando para a prevenção do trauma, o socorrista deve: Educar o público incentivando o uso do cinto de segurança nos veículos; Promover meios para diminuir o uso de armas em atividades criminais; Estimular a redução de conflitos; Cuidado de remoção da vítima traumatizada. Fase pré evento Veículos motorizados e armas de fogo estão envolvidos e mais da metade de todos os óbitos por trauma, dos quais a maioria é passível de prevenção. Fase pré evento A legislação que torna obrigatório o uso de capacetes para motociclistas é um exemplo de ação que previne mortes por trauma. Fase pré evento Outro exemplo de óbito por trauma que pode ser prevenido relaciona- se com o motorista alcoolizado. Lei seca (2008) – suspensão da carteira de habilitação por um ano, multa R$ 1.915,00 e 7 pontos na carteira. Com o surgimento de novas legislações, o número de motoristas alcoolizados envolvidos em acidentes fatais tem diminuído consideravelmente desde 1989. Fase evento É o momento do trauma real. Ações realizadas na fase pré-evento podem influenciar o resultado final da fase e vento. Fase pós evento Fase pós evento “Hora de ouro” Pacientes que receberam tratamento definitivo e precoce dos traumas tiveram um índice de sobrevivência muito maior do que aqueles que passaram por atraso no atendimento. Manter oxigenação, perfusão e providenciar uma remoção para o centro especializado para continuar o processo. Serviço de resgate urbano tem um tempo de resposta (tempo decorrido entre o incidente e a chegada do resgate) de 6 a 8minutos. O tempo de transporte da vítima até hospital é de 8 a 10minutos adicionais Fase pós evento “Hora de ouro” São usados de 15 a 20 minutos da nossa “Hora de Ouro” para chegar ao local da ocorrência e remover o paciente. Pacientes com lesões graves tiveram o índice de mortalidade reduzido (17,9% contra 28,2%) quando transportados por veículo particular em vez de ambulância. Esse achado inesperado foi mais provavelmente resultado de socorristas passarem demasiado tempo no local do incidente. Fase pós evento Passar o menor tempo possível no local do incidente. Nos primeiros preciosos minutos, o socorrista deve avaliar o paciente, realizar manobras para a sobrevivência da vítima e prepará-la para o transporte. Transportar a vítima para um hospital apropriado. PORQUE? O tratamento definitivo é em geral o controle de hemorragia e o restabelecimento da perfusão tecidual adequada. Nem sempre se consegue fazer hemostasia em ambiente pré-hospitalar ou sala de emergência, em geral precisa de centro cirúrgico. Princípios básicos Tempo de resposta rápida ao paciente; Promover cuidados eficientes, porém imediatos, para restabelecer a ventilação adequada, prover a oxigenação suficiente e preservar a perfusão adequada para manter a produção necessária de energia para preservação dos órgãos; Rapidamente transportar o paciente para o hospital mais adequado. Princípios básicos Acesso rápido ao paciente depende de um serviço de atendimento pré-hospitalar que ofereça fácil entrada no sistema. Número único192 e 193 Transporte adequado - situações: Área rural Locais afastados Melhor opção: Helicóptero Prevenção do trauma A melhor maneira de ser eficiente e eficaz é em primeiro lugar, prevenir que o trauma aconteça. O socorrista deve desempenhar um papel ativo na prevenção de traumas para alcançar os melhores resultados (todos os níveis). A solução de longo prazo para o problema de trauma é a prevenção. A prevenção de acidentes envolve: O treinamento em casa, na escola e no trabalho; Reforçar apelos por segurança na mídia; Cursos de primeiros socorros e reuniões públicas; Inspeções e fiscalizações por agências reguladoras. Prevenção do trauma A morte decorrente de trauma é um grande problema de saúde pública no mundo inteiro, resultando em quase 14 mil mortes diárias. Principais causa de mortalidade relacionadas com traumas em ordem foram: 1.Trauma por ocorrência nas estradas 2.Violência auto infligida 3.Violência interpessoal 4.Afogamento 5.Envenenamento 6.Guerra 7.Quedas 8.Incêndios Prevenção do trauma Os socorristas dos SME – expostos a uma ampla variedade de situações que podem resultar em acidentes pessoais. Vão a lugares onde há pessoas feridas e doentes; Locais inseguros; Trabalho cria oportunidades para a ocorrência de lesões. Ex: dirigir veículo de ambulância, exposição aos riscos ambientais e doenças infecciosas, estresse Prevenção do trauma Prevenir um trauma é até mesmo mais importante do que tratar um trauma. Quando um trauma é evitado, o paciente e sua família são poupados do sofrimento e apuros econômicos. O National Center for Injury Prevention and Control (NCIPC)estima: US$1empregado em detector de fumaça economiza US$69. US$1empregado em capacete para ciclistas economiza US$29. Um programa de distribuição de detectores de fumaça em Oklahoma reduziu o trauma relacionado com queimaduras em 83%. Prevenção do trauma O objetivo dos programas de prevenção de trauma é propiciar uma mudança no conhecimento, na atitude e no comportamento. As intervenções no: Pré-evento – evitar que o trauma aconteça. Ex.: limite de velocidade e semáforos. Evento – fim de reduzir a gravidade do trauma aliviando o impacto das lesões que ocorrem. Ex.: cinto de segurança, painéis acolchoados nos veículos. Pós-evento – propiciam um meio de aumentar a probabilidade de sobrevivência daqueles que estão traumatizados. Ex.: sistema de combustível que não explode com o impacto. Prevenção do trauma Prevenção do trauma Implementação de estratégias EDUCAÇÃO – Intenção de informar. Ensinar crianças a ligar 192 e193 Alterar a percepção pública do risco e do risco tolerável para mudar normas e atitudes sociais – beber e dirigir, capacetes ao andar de bicicleta. Promovendo mudanças de políticas e educando consumidores para exigir produtos mais seguros. Implementação de estratégias EXECUÇÃO – procura canalizar o poder persuasivo da lei para garantir adesão a estratégias de prevenção simples, mas eficazes. Ex.: uso obrigatório de cinto de segurança; proibição do consumo de álcool e direção (Lei seca); proibição de porte de armas de fogo em aeroporto. ENGENHARIA – inserir a prevenção de trauma em produtos ou ambientes de forma que o hospedeiro não tenha que agir diretamente para ser protegido. Ela é mais cara $$. Ex.: sistemas automáticos de chuveiros contra incêndios. AgradecimentosProfa. Sara Rodrigues Rosado Profa. Márcia Christina Caetano Romano Profa. Liliane de Lourdes Teixeira Silva Obrigado! gilbertounifenas@yahoo.com.br
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