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RESUMO AULA 2 Macroeconomia

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RESUMO AULA 2 – MACROECONOMIA
Índice de preços e inflação
Índices de preços
São estatísticas que visam monitorar mudanças no custo de vida dos consumidores ao longo do tempo.
O aumento do índice de preços significa que um consumidor gasta mais dinheiro para manter o mesmo padrão de vida.
Inflação
Ocorre quando há elevação do nível geral de preços e a equivalente desvalorização do valor da moeda (valor do dinheiro).
O processo inflacionário
Falar em inflação é falar do aumento geral dos preços.
Embora a variação dos preços possa ser diferente para cada produto, a variação do índice geral reflete a média dessas variações.
A inflação não se limita a um grupo específico de bens ou de serviços.
Quando se instala efetivamente, ela alcança, praticamente, todos os produtos, ainda que com intensidades variadas.
Trata-se de um processo dinâmico de preços em alta, e não de uma situação estática de preços altos.
No processo inflacionário, os índices de preços mudam de patamar, reproduzindo-se em níveis cada vez mais altos.
É um processo de alta dos preços em geral, persistente e continuada.
A cada período de tempo, deteriora-se o valor da moeda, ou seja, as pessoas compram menos produtos com o mesmo valor de dinheiro.
Em suma, a inflação é o aumento contínuo e generalizado de preços.
Como a inflação é calculada
A mensuração da inflação é feita através de índices, calculados a partir de preços coletados em intervalos de tempo regulares, ponderados por suas relativas importâncias nos gastos do consumidor.
Os índices atendem a diferentes objetivos e têm diferentes níveis de abrangência setorial ou espacial.
Os principais índices calculados no Brasil são apurados pelas instituições relacionadas a seguir:
IBGE - Calcula o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e o INPCA (Ìndice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que são os índices de preço ao consumidor em âmbito nacional.
FGV – RJ - Calcula, dentre outros, o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) e o IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna), que são índices gerais de preços, calculados como médias ponderadas de outros índices.
FIPE - Calcula o IPC (Índice de Preços ao Consumidor de São Paulo).
Diferenças entre os índices de preços
Etapas para definição do índice de preços
A primeira etapa no cálculo deste índice é a escolha dos itens que compõem a cesta de produtos adquiridos por um consumidor típico, que tem determinada faixa de renda.
Suponha que os produtos adquiridos por ele sejam apenas arroz e feijão. Se o consumidor compra mais arroz do que feijão, o preço do arroz deve ter um peso maior no cálculo do custo de vida, pois ele é mais importante para o consumidor do que o feijão, por exemplo.
Suponha ainda, para finalizar esta etapa, que a cesta do consumidor seja composta por 4 kg de arroz e 2 kg de feijão.
A segunda etapa é a coleta de preços de cada um dos bens e serviços escolhidos em cada instante do tempo.
A terceira etapa corresponde ao cálculo do custo da cesta de bens e serviços, utilizando os preços coletados em diferentes momentos.
Em 2010: O valor da cesta era de R$ 80,00. Sendo, R$ 40,00 de arroz (4kg X 10,00 cada kg) + R$ 40,00 de feijão (2kg X 20,00 cada kg).
Em 2011: O valor da cesta era de R$ 140,00. Sendo, R$ 80,00 de arroz (4kg X 20,00 cada kg) + R$ 60,00 de feijão (2kg X 30,00 cada kg).
Em 2012: O valor da cesta era de R$ 200,00. Sendo, R$ 120,00 de arroz (4kg X 30,00 cada kg) + R$ 80,00 de feijão (2kg X 40,00 cada kg).
Ao manter constante a cesta de bens (4 kg de arroz e 2 kg de feijão), pode-se apurar que o aumento da despesa do consumidor ocorrerá somente em decorrência do aumento do nível de preços, como se pode ver no cálculo a seguir:
A quarta etapa consiste na escolha de um ano base (no caso, 2010) e cálculo do índice.
Valores de cada ano:
2010 - R$80
2011 - R$140
2012 - R$200
Como quinta etapa, pode-se usar o índice de preços ao consumidor para calcular a taxa de inflação em relação ao ano anterior.
IPC:
Ano 1 - 100
Ano 2 – 175
Fatores que podem influenciar no nível de inflação
Em resumo, o Índice de Preços ao Consumidor mostra o custo de uma cesta de bens e serviços em relação ao custo da mesma cesta no ano base. O IPC é usado para medir o nível geral de preços da economia. A variação percentual desse índice mede a taxa de inflação.
São três as razões que podem superestimar a inflação detectada:
O índice não leva em consideração a capacidade que os consumidores têm de substituir, com o passar do tempo, os bens que se tornam mais caros por outros que se tornam relativamente mais baratos;
O índice não leva em consideração aumentos do poder aquisitivo da moeda causado pela introdução de novos bens. Isso porque se, quando existe maior quantia de dinheiro para a mesma quantidade de bens significa que a moeda perdeu valor, uma vez que os preços sobem, então quando há mais bens para a mesma quantia, os preços teriam que descer, e a moeda teria mais valor, mas a cesta fixa de bens impede o registro deste fato;
O índice pode ser distorcido por variações não medidas na qualidade dos bens (produtos) e serviços, que fazem com que os produtos não sejam mais os mesmos na realidade. O índice de preços ao consumidor, que estamos estudando agora, e o deflator do PIB, que vimos no capítulo anterior, medem a inflação.
Deflator do PIB x IPC
Deflator do PIB
Inclui todos os bens e serviços produzidos no país que compuseram o PIB, e não os bens e serviços de uso do consumidor.
Deflator do IPC
Considera apenas os bens e serviços que compuseram a cesta do consumidor.
Por exemplo:
O preço do avião da EMBRAER consta do deflator do PIB, mas não do IPC, pois as pessoas não compram avião no seu dia a dia.
Além disto, as importações afetam o IPC, mas não o deflator do PIB, já que não fazem parte do produto do país.
Ademais, o IPC usa uma cesta fixa de bens (quantidades fixas dos produtos que consomem). Já o deflator do PIB toma por base bens e serviços que vão se alterando ao longo do tempo, na medida em que as quantidades produzidas mudam a cada ano na composição do PIB, além de poderem passar a considerar produtos que não existiam, por exemplo.
A importância dos índices de preços
Os índices de preços são importantes, pois são usados para corrigir os efeitos da inflação quando comparamos valores monetários em diferentes anos.
Quando uma quantia de dinheiro é corrigida por mudança no nível de preços (por força de lei, contrato etc.), diz-se que a quantia está indexada pelos índices que medem a inflação. Os valores serão corrigidos pelos índices de preços.
Por exemplo: se você aluga uma casa por R$2.000,00, quando o IGP-M era 300 e se, um ano depois, este índice tiver aumentado para 600, vê-se que a inflação foi de 100%, ou seja, os preços dobraram.
Se o contrato de aluguel tiver estipulado que o reajuste será indexado pelo IGP-M, o valor será também aumentado em 100%, ou seja, dobrará automaticamente no fim do período para R$4.000,00.
Indexação significa usar os índices de preços para a correção de valores, evitando a perda inflacionária.
Principais índices de preços no Brasil
O Índice Geral de Preços do Mercado – IGP-M, Nos quadros a seguir constam os principais índices calculados no Brasil:
Os efeitos da inflação
A inflação pode ser definida como um aumento contínuo e generalizado do nível geral de preços. Apresenta efeitos perversos que afetam a economia de um país. Podemos ver alguns exemplos a seguir:
Efeito sobre a distribuição da renda - Uma das distorções provocadas pela inflação refere-se à redução do poder aquisitivo das classes de trabalhadores que dependem de salários e possuem prazos legais de reajuste.
Efeito sobre o balanço de pagamentos - Altas taxas de inflação em níveis superiores ao aumento de preços internacionais encarecem o produto nacional em relação ao produzido no exterior. A consequência é o estímulo às importações e desestímulo às exportações, provocando diminuiçãodo saldo da balança comercial (exportações menos importações).
Efeito sobre as expectativas - A inflação afeta as expectativas sobre o futuro. O setor empresarial é afetado, dada a instabilidade e a imprevisibilidade de seus lucros. O empresário não procurará investir na expansão da capacidade produtiva, o que poderá afetar o nível de emprego. As empresas preferem receber os pagamentos em prazos menores e aplicam recursos no mercado financeiro que poderiam ser utilizados para produzir bens ou serviços.
Efeito sobre as condições sociais - Exacerbam-se os indicadores de pobreza, pois a inflação é mais prejudicial para as pessoas de baixa renda, pois não têm acesso a bancos para aplicarem o dinheiro e, pelo menos, ganharem com os juros, o que acaba levando a conflitos interclasses mais acirrados e práticas visando o oportunismo e o imediatismo.
Tipos de inflação
Inflação de demanda (ou de procura) - As altas generalizadas de preços resultam em uma procura agregada excessiva em relação à capacidade de oferta da economia.
Trata-se de uma alta capacidade de dispêndio, assimétrica em relação à capacidade de produção. A procura intensa empurra os preços para cima, dando origem a uma espiral de alta, tanto maior quanto menor for a capacidade ociosa da economia.
Inflação de custos- Decorre da alta expansão dos custos empregados na produção de bens e serviços como o capital, trabalho e recursos naturais.
Sua propagação depende de vários fatores: estrutura competitiva nos mercados de bens e serviços afetados pelos movimentos de alta em seus custos de processamento, importância relativa dos bens e serviços afetados na economia, capacidade dos agentes econômicos em absorver ou repassar as expansões de custos e ao consumidor.
Inflação estrutural- Este tipo de inflação ocorre com desequilíbrios crônicos da economia na estrutura da oferta, distribuição de renda e rigidez de orçamentos públicos.
Este tipo de inflação é típico de países de baixa renda que adotam políticas de crescimento aceleradas. Existe um descompasso crescente entre a oferta agregada e a demanda agregada.
Inflação inercial- Fundamenta-se na capacidade de autopropagação da inflação e na prática generalizada de indexação, ou seja, a correção dos custos dos fatores de produção e dos preços, indefinidamente pelos índices da inflação passada, para que se mantenha a estrutura de preços relativos e se recomponha a capacidade de compra dos salários.
Perpetua-se a inflação passada por um conjunto de fatores mantenedores resultantes de expectativas e comportamentos e da prática generalizada da indexação.
Conceitos relacionados à inflação
Como já vimos, a característica predominante da inflação é a instabilidade sinalizada por altas persistentes de preços. Vale introduzir, ainda, outros conceitos relacionados à inflação:
Histórico da inflação no Brasil
No Brasil, a inflação tem feito parte do cenário econômico desde a época do pós-guerra, em 1946.
As fases do Plano Real
1. CRIAÇÃO DE FUNDO DE EMERGÊNCIA
Em 1993, foi criado o Fundo Social de Emergência, depois chamado de Fundo de Estabilização Fiscal, que desvinculava 20% das receitas orçamentárias.
2. URV
Em 1994, surge a URV (Unidade Real de Valor), que era ajustada diariamente segundo uma média de três índices e era referência para todos os preços da economia.
3. NOVA MOEDA
Em 1994, foi introduzida a nova moeda: o Real. A inflação foi debelada.
A inflação segundo as correntes de pensamento econômico
Dentre as correntes de pensamento econômico que merecem menção sobre a inflação, no Brasil, destacam-se três que podem ser apontadas como principais:
Corrente estruturalista - Está associada à comissão Econômica para a América latina (CEPAL), influenciada pelo economista argentino Raul Prebisch.
O diagnóstico estruturalista para países subdesenvolvidos pressupõe que a inflação está associada a tensões de custos, causadas por deficiências na estrutura econômica como reforma agrária, estrutura oligopólica de mercado e estrutura do comércio internacional.
Atualmente, os estruturalistas têm uma visão mais abrangente, associada a um conflito distributivo entre os setores e agentes que exercem pressão para defender sua parcela na economia: os capitalistas, que objetivam maiores margens de lucro; o governo, via cobrança de impostos e preços de tarifas públicas; e os trabalhadores, por meio dos salários.
Corrente monetarista - Cuja política é preconizada pelo Fundo Monetário Internacional – FMI, baseada nas ideias de Milton Friedman, da Universidade de Chicago.
Apresenta um diagnóstico que associa a inflação brasileira ao desequilíbrio crônico do setor público. A necessidade de financiar a dívida pública leva ao aumento das emissões de moeda, acima das necessidades reais da economia e à elevação de preços.
Advoga uma economia de mercado, com menor intervenção do estado na atividade econômica. São os defensores das privatizações das estatais. São conhecidos como liberais ou neoliberais.
As políticas anti-inflacionárias adotadas foram o ajuste fiscal (para reduzir o déficit e a dívida pública via reformas fiscal, previdenciária e privatização); o controle monetário; e a liberalização do comércio exterior (abertura comercial e valorização cambial).
Corrente inercialista- Associa a inflação aos mecanismos de indexação, que perpetuam a inflação passada, numa espécie de inércia inflacionária.
Os congelamentos de preços e salários, adotados nos planos econômicos, bem como a troca de moeda pelo real, teoricamente livre da inflação, foram medidas adotadas para tentar eliminar a “memória” inflacionária. A política anti-inflacionária adotada foi a desindexação.

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