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FISIOLOGIA SENSORIAL Profª. Rebeca Melo gmelo.rebeca@gmail.com Fisiologia Sensorial A entrada para o sistema nervoso é feita pelos receptores sensoriais que detectam estímulos como o tato, o som, a luz, a dor, o frio etc. Estímulos mecanismos básicos pelos quais a informação é transformada em sinais nervosos, transmitidas e processadas pelo sistema nervoso. Fisiologia Sensorial Receptores Sensoriais Mecanorreceptores Compressão mecânica (tato e audição) Termorreceptores Alterações da temperatura (frio e calor) Nociceptores Danos físicos ou químicos que ocorrem nos tecidos (dor) Receptores eletromagnéticos Luz que incide na retina dos olhos (visão) Quimiorreceptores Sinais químicos (paladar e olfato) Sensibilidade diferencial = específicos para cada tipo de estímulo. Transdução dos estímulos sensoriais em impulsos nervosos Qualquer estímulo que excite o receptor altera o potencial elétrico da membrana do receptor = potencial receptor. Mecanismos dos potenciais: Deformação mecânica do receptor (Corpúsculo de Pacini); Contato com substância química que também abre canais iônicos (Paladar e Olfato); Alteração da temperatura da membrana que modifica a permeabilidade da mesma; Efeitos diretos da radiação eletromagnética Potencial Receptor X Potencial de Ação Quando o estímulo recebido no potencial receptor se eleva acima do limiar ocorrem os potenciais de ação na fibra nervosa conectada ao receptor. Detecção e transmissão de informações táteis Sensações táteis: toque, pressão e vibração MECANORRECEPTORES Receptores Sensoriais Terminações nervosas livres: Encontradas em toda parte da pele incluindo olhos; Corpúsculo de Meissner: Terminação nervosa mielinizada encapsulada e alongada (muito sensível a características espaciais) presente nos dedos e lábios; Discos de Merkel: Transmissão de sinais fortes e adaptáveis, junto com os Corpúsculos de Meissner são responsáveis pela sensação de textura; Receptores Sensoriais Corpúsculos (Órgão terminal) de Ruffini: Localizado nas camadas mais profundas da pele sinalização contínua de deformação da pele e dos tecidos mais profundos (Tato mais forte e pressão). Possuem função térmica principalmente associada ao calor; Bulbo de Krause: Presentes nas mucosas (ao redor dos lábios, olhos e genitália). Possuem função térmica principalmente associada ao frio. Receptores Sensoriais Corpúsculos de Pacini: Presentes imediatamente abaixo da pele (derme), são de rápida adaptação servem para detectar as vibrações dos tecidos e alterações rápidas do estado mecânico. Folículo Piloso: Receptor adaptável que detecta o movimento de objetos sobre a superfície do corpo. Função do receptor Fibra nervosa central Região amielínica Região mielínica Área deformada (estímulo): Entrada de Na+ na membrana potencial receptor Circuito local: Atinge o 1º nó/nodo de Ranvier despolarização (potenciais de ação). Vias Sensoriais Após chegar à medula espinhal, trazidos pelos nervos espinhais, os sinais são transmitidos ao cérebro por duas vias principais: Sistema Anterolateral (Espinotalâmico) dor, temperatura, pressão Sistema da Coluna Dorsal sensações de tato fino (discriminativo) Ambas as vias terminam no córtex somestésico do cérebro. Por que sentimos cócegas e calafrios? Teorias: Cócegas: Sistema de autodefesa do corpo; Estimulação leve através da pele que envolve tanto a estimulação tátil como receptores de dor; O cerebelo consegue prever quando vamos fazer cócegas em nós mesmos o que talvez explica este fato. Calafrio: Ocorre devido a piloereção por um reflexo do SN; Caso seja por temperatura ocorre contração do folículo piloso provocando o arrepio tentativa fisiológica de aumentar a temperatura do corpo (hipotálamo). Dor Estímulos que causam a dor: Todos os receptores de dor são terminações nervosas livres Receptores de dor são estimulados quando os tecidos do corpo estão sendo lesados. Mecânicos, térmicos e químicos. Percepção da dor: praticamente todas as pessoas percebem a dor de forma semelhante. Reatividade à dor: as pessoas reagem à dor de formas diferentes arcabouço psíquico. Sensações Térmicas O ser humano pode perceber sensações do frio ao calor; Receptores de frio, receptores de calor e receptores de dor (graus extremos de calor e frio); Estão localizados abaixo da pele existem de 3 a 10x mais receptores para o frio do que para o calor; São terminações nervosas livres e mielinizadas que funcionam devido a alteração da temperatura no receptor. Doenças de Sensibilidade Hanseníase Diminuição da sensibilidade local Sensação de anestesia com perda de sensibilidade dolorosa ao calor ou frio Neuropatia periférica Perda da sensibilidade Debilidade e atrofia muscular de mãos e pernas Síndrome de Riley-Day Insensibilidade à dor Incapacidade de produzir lágrimas Fibromialgia Dor muscular generalizada e hipersensibilidade à dor Analgesia congênita: Impedimento da transmissão sináptica nas vias da dor Visão, Audição,Olfato e Paladar Visão Esclera: proteção do globo ocular (“parte branca”) Coróide: Nutrição das estruturas do olho Retina: presença dos fotorreceptores Cristalino: lente convergente Pupila: regula a abertura de luminosidade no olho Córnea: diferenciação da esclera Visão Cores Luminosidade: Penumbra Visão em P&B em (baixa luminosidade) Bastonetes e cones possuem substâncias químicas que se decompõem pela exposição à luz. Bastonetes: rodopsina Cones: pigmentos dos cones Visão 1. Sinais visuais saem das retinas pelos nervos ópticos; 2. No quiasma óptico metade das fibras dos nervos se cruzam para o lado oposto, formando os tratos ópticos; 3. As fibras de cada trato fazem sinapse no tálamo (diencéfalo) e em seguida se projetam para o córtex visual primário. Visão Visão em cores Teoria tricromática: O olho humano consegue detectar quase todas as graduações de cores, quando apenas luzes monocromáticas vermelhas, verdes e azuis são misturadas em diferentes combinações. Visão Visão (Visão boa para longe) (Visão boa para perto) (Alteração da focalização) Audição Ouvido externo: Focalização e encaminhamento do estímulo sonoro; Proteção das estruturas internas; Ouvido médio: As vibrações do tímpano transmitem a informação aos ossículos; As vibrações sonoros são passadas do ar para o líquido (Endolinfa); Ouvido interno: O Órgão de Corti contém células ciliadas que recebem as vibrações sonoras e as transformam em impulsos nervosos. Audição Audição Órgão de Corti: órgão receptor que gera impulsos nervosos em resposta à vibração da membrana basilar da cóclea. Receptores: células ciliadas (internas e externas) Tipos de Surdez Causada por comprometimento da cóclea ou do nervo auditivo, ou dos circuitos do SNC do ouvido “surdez nervosa”. Surdez para sons de baixa frequência (banda de rock/motor de avião) sons prejudiciais ao órgão de Corti Surdez para todas as frequências sensibilidade do órgão de Corti a fármacos. Causada por comprometimento das estruturas físicas da orelha que conduzem o som à cóclea “surdez de condução”. Paladar O paladar é originado pela sensação dos corpúsculos gustativos (3.000 a 10.000 no adulto) da boca; Gosto azedo: Percepção de ácidos, a sensação é proporcional à concentração de íons hidrogênio; Gosto salgado: Percepção de sais iônicos; Gosto doce: Pode ser ativado por carboidratos, álcoois aldeídos, cetonas, aminoácidos, etc. Gosto amargo: Substâncias orgânicas de cadeia longa contendo nitrogênio e alcaloides. A alta intensidade deste faz com que o indivíduo rejeite o alimento. Umami: (“delicioso” em japonês) Alimentos que contêm glutamato, como caldos de carne e queijo amadurecidos, molho de soja (shoyu), etc. Em altas concentrações todos os receptores podem ser ativados independente do tipo; Mecanismos hedônicos (prazer) da gustação. Paladar Superfície receptora para o gosto Olfato Pouco desenvolvido em humanos; Células olfatórias: Células receptoras para a sensação do olfato (céls. nervosas bipolares derivadas do próprio SN); O odorante primeiro se difunde do muco para o cílio olfatório; O odorante se liga a uma proteína receptora; Despolarização e ativação de segundos mensageiros; Multiplica o sinal químico. Cânfora Almiscarado Floral Hortelã Etéreo Irritante Pútrido Olfato Cílios olfatórios Sabor SABOR = PALADAR + OLFATO Ao ser mastigado, o alimento libera moléculas que entram pela cavidade nasal junto com o ar. Quando ocorre um resfriado forte, as células ligadas ao nervo olfativo, ficam cobertas de muco. Irritada, a mucosa nasal incha, dificultando a passagem do ar. Tudo isso faz com que as moléculas liberadas pela comida não alcancem as células capazes de identificá- las. Sendo assim, a percepção do gosto fica comprometida.
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