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PDF Aula 050

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Administração Pública
Princípios Constitucionais
Art. 37 – A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...)
Na referência à União, aos Estados, Distrito Federal e Municípios vemos a estrutura
multifacetada de nossa Federação, que tem mais entes do que as tradicionais, onde existe
apenas o poder central e os Estados federados. No Brasil, tanto o Distrito Federal quanto os
Municípios têm status de ente federativo.
Por fim, são expostos os cinco princípios constitucionais, quatro do texto de 1988, sendo
o quinto fruto da Emenda no 19/1998.
Por fim, note-se que existe Administração Pública nos três Poderes e todos eles devem se
submeter aos princípios e, também, a todo o conteúdo do art. 37 e seguintes.
O art. 37, nos incisos I a XVII, versa sobre o regime constitucional
dos agentes públicos.
O art. 37, nos incisos XVIII a XXI, versa sobre diversos temas sobre
a Administração Pública que, por sua importância, interessou ao
constituinte proteger sob o manto da rigidez constitucional.
Administração Pública
• Acessibilidade
• Art. 37.
• I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros
que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos
estrangeiros, na forma da lei;
O art. 5o, caput, já assegura direitos aos estrangeiros residentes no país, o que fez com
que alguns sustentassem a acessibilidade de estrangeiros aos cargos públicos apesar do
teor do antigo art, 37, I. A Emenda no 11/1996 permitiu que as universidades
contratassem profissionais estrangeiros (art. 207, § 1o). Com a atual redação do art. 37,
I, a lei poderá permitir de modo mais franco que estrangeiros ocupem cargos públicos.
Trata-se de norma de eficácia contida, que depende de lei que estabeleça tais situações
excepcionais para que estrangeiros ocupem cargos públicos. Tal lei não poderá deferir a
estrangeiros os cargos privativos de brasileiro nato (art. 12, § 3o). Existe uma previsão
de que o Mercosul traga uma maior integração entre profissionais dos países que o
compõem.
Administração Pública
• Concursos Públicos
• Art. 37.
• II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de
provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na
forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração;
• III – o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período;
• IV – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso
público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para
assumir cargo ou emprego, na carreira;
• Ninguém questiona que o concurso é o melhor sistema para escolher quem vai ingressar no serviço 
público, privilegiando o mérito, a igualdade de oportunidades e o interesse público de contratar os mais 
aptos. O sistema também evita o nepotismo, a perseguição política, os cabides de empregos eleitorais e o 
tráfico de influências. Por outro lado, a realização causa certo transtorno à Administração. Estamos 
convencidos de que a relação custo x benefício justifica a opção pelos concursos. 
Administração Pública
• Prazo de validade dos concursos. O art. 37, III, estabelece o prazo de validade do concurso público. Uma
questão que tem sido muito debatida é se pode a Administração deixar expirar o prazo de validade do concurso
sem convocar candidatos aprovados, havendo vagas a serem preenchidas. A doutrina mais tradicional entende
que a aprovação cria apenas uma expectativa de direito e não um direito (adquirido) à posse. Em posição
diferente, entendemos que se a lei criou um cargo é porque ele é necessário ao Estado. Assim, havendo vaga e
candidatos aprovados, não é lícita a omissão da Administração em prover o cargo. Em muitas ocasiões, isto serve
para fazer economia de gastos em prejuízo do serviço público, com o governo deixando de pagar os vencimentos
respectivos e a população deixando de ser adequadamente atendida pela falta de servidores em número
suficiente. Às vezes, o prazo do concurso se escoa sem as devidas nomeações e sem que seja renovado para,
logo em seguida, a Administração anunciar a realização de um novo certame. Tal conduta é razoável se houver
alguma mudança significativa de programa ou de requisitos para o cargo, e irrazoável se voltada apenas para
utilizar os concursos como forma de arrecadação, o que configura desvio de finalidade.
• Precedência entre candidatos e entre concursos. O art. 37, IV, indica que deve ser respeitada a ordem de
classificação dos candidatos. O mesmo princípio indica que deverá ser respeitada a precedência entre concursos
diferentes para o mesmo cargo.
• Seleções por currículo. Cada vez mais estamos vendo a Administração Pública deixar de fazer o bom e justo
concurso público de provas ou de provas e títulos, para efetuar seleções através de currículos. O Governo vem
interpretando que a nova redação do art. 37, II, que acrescentou texto dizendo que o concurso será feito de
acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, permite a seleção meramente curricular. Nada
mais equivocado. Entendemos que tal espécie de seleção viola a Constituição.
Administração Pública
• Funções de Confiança e Cargos em Comissão
• Art. 37.
• V – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes
de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores
de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei,
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;
É natural que sejam previstas gratificações e espaços para os servidores mais eficientes
e que gozem de maior confiança dos agentes públicos de grau hierárquico mais elevado.
Este sistema contribui para o desenvolvimento das atividades administrativas. Embora
todo servidor deva ser leal, honesto e eficiente, o fato é que os gestores de qualquer
órgão precisam se cercar de assessores confiáveis, necessitando de meios para premiar,
prestigiar e, dependendo do caso, manter profissionais de boa qualificação no seio do
serviço público ou perto de si. Em geral, esta forma de retribuição é pecuniária, ladeada
com o status vinculado. Existem em dois grandes patamares: as funções de confiança e,
acima, os cargos em comissão.
Administração Pública
• Associação Sindical e Direito de Greve
• Art. 37.
• VI – é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;
• VII – o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
específica;
A associação sindical já era assegurada, porém jamais foi editada a lei
complementar reguladora do direito de greve. O novo art. 37, VII, aboliu a exigência
da lei complementar, admitindo a regulamentação da greve no serviço público
através de lei ordinária, teoricamente de mais fácil edição.
Administração Pública
• Tratamento Diferenciado para os Deficientes Físicos
• Art. 37.
• VIII – a lei reservará percentual dos cargos e empregos
públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá
os critérios de sua admissão;
Isonomia não significa tratar a todos igualmente. Na Oração aos Moços, Rui Barbosa
ensinou que:
“A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais,
na medida em que se desigualam. Nesta desigualdade social, proporcionada à
desigualdade natural, é que se acha a verdadeira lei da igualdade.”
Administração Pública
• Contratações Excepcionais
• Art. 37.
• IX – a lei estabelecerá os casos de contrataçãopor
tempo determinado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público;
São as contratações feitas apenas para fazer frente a situações de emergência ou
extremamente peculiares.
Administração Pública
• Fixação e Revisão da Remuneração ou Subsídio
• Art. 37.
• X – a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4o do art. 39 somente
poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada
caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;
a) Regime remuneratório dos agentes públicos.
Vamos nos referir aos servidores em sentido lato, ou seja, estaremos abrangendo em seu conceito os agentes políticos e os
agentes administrativos. Não custa lembrar que entre os agentes administrativos temos os servidores públicos stricto sensu
(civis e militares) e os empregados públicos (os celetistas).
A grande novidade da Emenda no 19 foi a instituição do subsídio, tratado nos arts. 27, § 2o; 28, § 2o; 29, V; 37, X; 37, XI;
37, XV; 39, §§ 4o, 6o e 8o; 48, XV; 49, VII; 51, IV; 52, XIII; 57, § 7o; 93, V; 96, II, b; 128, § 5o, I, c; 135; 144, § 9o; 167, X.
O novo inciso X do art. 37 determina que, apenas por lei, será possível fixar ou alterar a remuneração ou subsídio
percebidos por agentes públicos. Também determina que haverá pelo menos uma revisão geral anual, sempre na mesma data
e sem distinção de índices. Esta revisão visa a manter o valor real da remuneração ou subsídio, compensando eventual
depreciação da moeda. Não se presta esta revisão para correções pontuais de uma ou outra carreira. Caso contrário, não
haveria a previsão de identidade de índices.
A revisão geral anual atingirá os celetistas? Celso Antônio Bandeira de Mello entende que não, vez que estes deverão
receber os aumentos de suas respectivas categorias, conforme seus dissídios coletivos.
Administração Pública
• b) Distinção entre remuneração, subsídio e vencimento
• A Emenda trouxe um pouco de confusão entre os termos. O art. 37, X e XI, fala em “remuneração” e “subsídio”
como categorias distintas. Já os incisos XII, XIII e XV se referem (como é mais próprio) à “remuneração” como
termo genérico e a “subsídio” e “vencimento” como suas espécies. De fato, o ideal é se falar em remuneração
como gênero onde temos duas espécies: o subsídio e o vencimento. O leitor deverá ter cautela com estes termos
para não fazer confusão entre eles, identificando quando a Constituição ou o Examinador estiver utilizando o
termo “remuneração” no sentido genérico e quando estiver se referindo a “vencimento” (o oposto de “subsídio”).
O texto dos incisos XIII e XV do art. 37 mostram que seria melhor este entendimento.
• A Emenda no 19 trouxe modificações ao sistema de remuneração dos agentes políticos, que agora é feita em
parcela única denominada subsídio. A intenção é obter um controle efetivo do que é percebido por tais agentes,
impedindo o acréscimo de vantagens pessoais e qualquer espécie de gratificação, abono, ajuda de custo etc.
• Assim, a primeira distinção a ser feita é entre os que recebem “subsídio” e os que recebem
“remuneração/vencimento”. Receberão subsídio os agentes políticos e certas carreiras que, por sua importância
ou peculiaridade, também possam ou devam ser remuneradas de tal forma, lembrando-se de que o pagamento
através de subsídio é mais uma forma de controle do que de proteção.
Administração Pública
• Ao invés de “remuneração/vencimento”, a regra mais comum, receberão “subsídio”, ou seja, uma parcela única remuneratória, as
seguintes categorias de servidores públicos (lato sensu):
• a) Os membros de poder, detentores de mandato eletivo, Ministros de Estado, Secretários Estaduais e Municipais. Art. 39, §
4o.
• b) Os servidores de carreira cuja lei organizadora tenha optado por essa forma de remuneração. Art. 39, § 8o.
• c) O Ministério Público. Art. 128, § 5o, I, c.
• d) Os exercentes da Advocacia Pública e da Defensoria Pública. Art. 135.
• e) Os Ministros do TCU. Art. 73, § 3o, nos termos da Emenda no 20.
• f) Os servidores policiais. Art. 144, § 9o.
• Ainda sobre o tema, convém lembrar que o Plenário do Supremo Tribunal Federal aprovou, por maioria de votos, duas súmulas
vinculantes 15 e 16, ambas referem-se à remuneração de servidores públicos. A primeira delas trata do cálculo das gratificações
no Serviço Público, enquanto que a segunda determina que o total da remuneração do servidor público (vencimento somado às
gratificações) não pode ser inferior ao salário-mínimo.
• Desta forma, ficaram assim os verbetes aprovados pelo Plenário:
• Súmula Vinculante no 15 – “O cálculo de gratificações e outras vantagens não incide sobre o abono utilizado para se atingir o
salário-mínimo do servidor público.”
• Súmula Vinculante no 16 – “Os arts. 7o, IV, e 39, § 3o (redação da EC no 19/98), da Constituição, referem-se ao total da
remuneração percebida pelo servidor público.”
Administração Pública
• Teto e Limites entre Poderes
• Art. 37.
• XI – a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta,
autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra
espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra
natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-
se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do
Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder
Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do
Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores
Públicos;
A Constituição, com a redação dada pela EC no 41/2003, estabelece o teto das remunerações e subsídios da Administração
direta, autárquica e fundacional, como sendo o subsídio percebido pelos Ministros do Supremo Tribunal Federal (art. 37, XI).
Ademais, no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, aplica-se como limite o subsídio mensal do Governador no âmbito do
Poder Executivo. No âmbito do Poder Legislativo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais funcionará como limite. Já
o subsídio dos Desembargadores, que não poderá ultrapassar 90,25% do subsídio dos Ministros do STF, servirá de limite no
âmbito do Poder Judiciário, sendo aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos
Defensores Públicos.
Administração Pública
• XII – os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não
poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
• * Vide Lei no 8.852, de 4/2/1994.
• Insta observar que o teto remuneratório previsto no art. 37, XI, alcança as empresas públicas e
as sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de
custeio em geral (art. 37, § 9o).
• Teto e vantagens pessoais. Além da discussão a respeito do direito adquirido às vantagens
pessoais de quem receberá subsídio, é interessante notar que aqueles que receberem
remuneração de forma diferente do subsídio, em princípio, manterão o direito às vantagens
pessoais, as quais apenas não poderão ultrapassar o teto. Neste sentido, ver o próprio art. 37,
XI. O texto do art. 37, XII, por seu turno, guarda contradição com o novo inciso XI. Há duas
soluções aqui: a primeira é entenderque o inciso XII ficou sem efeito (como faz, por
exemplo, Carvalho Filho) e a segunda é considerar que o inciso XI cria o teto remuneratório
que a todos se aplica e que o inciso XII trata apenas dos servidores que não recebem subsídio,
onde deverá permanecer o parâmetro com o Poder Executivo.
Administração Pública
• Isonomia, Vinculação e Equiparação Remuneratória
• Art. 37.
• XIII – é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies
remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público;
A isonomia era prevista no art. 39, § 1o. Assim como várias outras normas justas, foi extinta com
a Reforma Administrativa. Após a Constituição de 1988, deveria ter havido um grande reestudo
da estrutura administrativa e dos cargos e funções a fim de definir as relações de remuneração
dentro do sistema. Após essa grande correção geral, não poderia haver aumentos diferenciados.
Ocorre que esse “acerto de contas” nunca ocorreu, pois não interessava a muitos. Foi mais fácil
acabar com a isonomia, através do art. 5o da Emenda no 19, que alterou o teor do art. 39, § 1o.
Para evitar o descalabro de todas as carreiras ficarem se vigiando e brigando entre si por
equiparações, o novo art. 37, XIII, c/c o novo art. 39, § 1o, termina com qualquer intenção de
equiparação entre carreiras distintas. Cada carreira deve ser remunerada conforme sua própria
lógica e necessidade, nos termos dos incisos do art. 39, § 1o, que são lógicos, tanto que seu ensino
nem precisaria ser repisado. O texto do art. 37, XIII, abarca tanto o subsídio quanto a
remuneração/vencimento.
Administração Pública
• Acréscimos Pecuniários
• Art. 37.
• XIV – os acréscimos pecuniários percebidos por servidor
público não serão computados nem acumulados para fins de
concessão de acréscimos ulteriores;
O dispositivo, mais radical que o anterior à emenda, serve para impedir os aumentos em
cascata, os chamados “penduricalhos”, e quaisquer formas usuais de se conceder
aumentos disfarçados a servidores, quase sempre fazendo perder o controle sobre os
gastos com pessoal e criando as famigeradas “vantagens pessoais”.
Administração Pública
• Irredutibilidade do Subsídio ou do Vencimento
• Art. 37.
• XV – o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos
públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste
artigo e nos arts. 39, § 4o, 150, II, 153, III, e 153, § 2o, I;
A Emenda apenas adequou o dispositivo para nele incluir o subsídio. A norma é mais
um dos pontos hilariantes do texto. Primeiro, entende-se que a irredutibilidade é do
valor nominal, ou seja, não protege a remuneração (em sentido lato) da inflação.
Depois, a irredutibilidade é do valor bruto, não protegendo a remuneração dos aumentos
de tributos. As recentes modificações nos percentuais da contribuição para a seguridade
bem demonstram que tal irredutibilidade é de “brincadeirinha”, logicamente de mau
gosto. Assim, não existe irredutibilidade real, mas apenas uma fantasia.
Administração Pública
• Acumulação Remunerada no Serviço Público
• Art. 37.
• XVI – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver compatibilidade de horários, observado
em qualquer caso o disposto no inciso XI:
• a) a de dois cargos de professor;
• b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
• c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
• XVII – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas,
sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta e indiretamente, pelo poder público;
O tema da acumulação é tratado nos incisos referidos; no art. 95, parágrafo único, I; 128, § 5o, II, d; no art.
17, §§ 1o e 2o, do ADCT.
Há quem entenda que a soma das atividades acumuladas não possa ultrapassar o teto do art. 37, XI, ao passo
que outros entendem que a soma pode ultrapassar o teto, não o podendo apenas cada uma das parcelas violar
o teto. A redação do inciso seria redundante se apenas remisse o teto já estabelecido, o que parece indicar
que efetivamente há que se somar as remunerações para verificar o respeito ao teto. Esta interpretação
coincide com o cotejo do dispositivo com o art. 40, § 11, conforme redigido pela Emenda no 20/1998.
O inc. XVII esclarece os limites da inacumulabilidade, que são os mais amplos possíveis. Havendo
participação do poder público, impossível será a acumulação. Esta só não é proibida diante da iniciativa
privada, e mesmo assim haverá de se levar em conta a questão da compatibilidade de horários.
Administração Pública
• Cumulação entre aposentadoria e remuneração. A Emenda no 20 inseriu no art. 37 um §
10o, vedando a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes dos arts. 40,
42 ou 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública. O dispositivo tem três
exceções:
• 1a) quando resultarem de cargos acumuláveis na forma da Constituição;
• 2a) quando alguma das remunerações derivar de cargo eletivo;
• 3a) nos casos de cargos em comissão, declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
• Além destas exceções, por força do art. 11 da própria Emenda no 20/1998, o dispositivo não
se aplica aos agentes que, até a data da publicação da Emenda, tenham ingressado no serviço
público, não podendo, contudo, receber mais de uma aposentadoria pelo art. 40, aplicando-se-
lhes o limite do art. 40, § 11, que se reporta ao art. 37, XI.
Administração Pública
• Acumulação de proventos. A acumulação de proventos é cabível sempre que houver a acumulação dos cargos
ou de cargo com provento. Outro cuidado é distinguir bem as situações já consolidadas, isto é, aqueles que, pelo
sistema atual, já não poderiam mais acumular, mas que o fazem porque não foram atingidos pelas recentes
modificações na Constituição e normas a ela inferiores. Por enquanto, temos um exército de pessoas que se
beneficiam das regras antigas. Pior do que deixá-las gozar aquilo que já não existe seria retirar de todo e
qualquer cidadão brasileiro a segurança de que não será vítima de modificações futuras que lhes retirem aquilo
que honesta e juridicamente adquiriram.
• Uma questão que tem surgido refere-se àqueles que, podendo acumular cargos e funções, pretendem uma
segunda aposentadoria. Muitas vezes o ente estatal recusa a concessão do benefício sob o argumento da
inacumulabilidade. Aqui é preciso bom senso: se a pessoa contribuiu para dois sistemas distintos, se não
aproveitou em um cargo o tempo de contribuição para o outro, é óbvio que poderá acumular as aposentadorias.
Caso contrário, o Estado estaria se enriquecendo ilicitamente. Isso é o óbvio, já dissemos, mas, mesmo assim,
decisões administrativas vêm pretendendo usurpar daquele que serviu a dois sistemas de aposentar-se por ambos.
Na pior das hipóteses, caberia receber de volta tudo o que contribuiu no sistema no qual está sendo impedido de
se aposentar, mas esta solução não nos parece a melhor por dois motivos: primeiro, que não era intenção do
sujeito a “poupança forçada”, mas sim a aposentadoria –, foi este o trato proposto; segundo, que, em face dos
diversos planos econômicos, ninguém tem garantia (que tem relação com a segurança jurídica) de que receberá o
que é justo. A solução correta é simples: verificando-se a contribuição independente nos dois sistemas e o
cumprimento dos requisitos cabíveis em cada um deles, é possível a acumulação de proventos.
Administração Pública
• Precedência da Administração Fazendária
• Art. 37.
• XVIII – a administração fazendária e seus servidores
fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e
jurisdição, precedência sobre os demais setores
administrativos, na forma da lei;
• Determina que, na forma da lei, deverá ser dada prioridadepara a
administração fazendária e seus servidores fiscais. O dispositivo objetiva
facilitar a alma do poder de atuação do Estado, que é a disponibilidade de
verba. Um bom funcionamento da máquina administrativa dispensaria este
dispositivo, de pouco efeito prático.
Administração Pública
• Criação de Entes
• Art. 37.
• XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
• XX – depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das
entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em
empresa privada;
A criação de entidade da Administração indireta deve ser feita através de lei. O
constituinte distinguiu casos de criação por lei específica (para as autarquias) e os casos
de autorização (para as empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações).
No último caso, deverá a lei complementar definir as áreas de atuação. Ver também o
art. 173.
As fundações regidas pelo Direito comum (privadas) não estão sujeitas ao mesmo
regramento que as fundações de direito público.
Administração Pública
• Art. 37.
• XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e
alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei,
o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis
à garantia do cumprimento das obrigações.
Princípios nas licitações. Estão no art. 37, XXI, e na Lei no 8.666/1993, principalmente em seu
art. 3o.
A Emenda no 19, ao modificar o texto do art. 22, XXVII, e o art. 173, § 1o, possibilitou a
criação de normas mais elásticas para as licitações e contratos nas empresas públicas, sociedades
de economia mista e suas subsidiárias. Como continuam a valer os princípios da administração
pública – tais como o da moralidade e da impessoalidade –, certo é que a simplificação das regras
não pode servir de veículo para qualquer espécie de protecionismo ou perseguição de um ou
outro cidadão ou empresa.Os arts. 24 e 25 da Lei no 8.666/1993 tratam das hipóteses de dispensa e de inexigibilidade de licitação; o primeiro caso
quando a mesma for desindicada por um ou outro motivo e o segundo, quando houver inviabilidade de competição.
Administração Pública
• Administrações Tributárias
• XXII – as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por
servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de
suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de
cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.
Inciso acrescentado pela Emenda Constitucional no 42/2003.
Segundo Cláudio Borba, este inciso XXII introduzido ao art. 37 apenas vem reforçar uma
tendência que já aflorava com a Lei Complementar no 104/2001 que, alterando os arts. 198 e
199 do Código Tributário Nacional, expandiu as hipóteses que permitem a troca de informações
entre as Fazendas Públicas da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Além disso, determinou a dotação de recursos prioritários para atividades essenciais ao
funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, o que reforça a
tentativa de moralização e melhoria da máquina administrativa.
Importante ainda atentar para o fato de que a mesma Emenda Constitucional no 42/2003
criou, com o propósito de efetivar esta determinação, a possibilidade de que as receitas de
impostos sejam vinculadas para este fim, dando, para isso, nova redação ao art. 167, IV.
Administração Pública
• Publicidade
• Art. 37.
• § 1o. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela
não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção
pessoal de autoridades ou servidores públicos.
É uma decorrência do princípio da impessoalidade. Não faz sentido aquilo que é pago
pelo povo ser usado para promover quem eventualmente esteja atuando na
Administração. É interessante observar que cada vez que a lei se aperfeiçoa
necessariamente aqueles que a querem burlar também o fazem. Assim, têm surgido
casos de campanhas travestidas de “educativas”, “informativas” ou de “orientação
social”, mas que, no fundo, só vêm à tona em momentos eleitorais ou de
questionamento político. Nesse caso, verificar-se-á o desvio de finalidade, sujeitando a
conduta a controle judicial.
Administração Pública
• Nulidade de Ato e Punição da Autoridade Responsável
• Art. 37.
• § 2o. A não observância do disposto nos incisos II e III
implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade
responsável, nos termos da lei.
O dispositivo é praticamente inútil pois toda e qualquer não observância da
Constituição e/ou das leis implica a nulidade do ato e a punição dos responsáveis,
na forma da lei.
Administração Pública
• Participação do Usuário na Administração Pública
• Art. 37.
• § 3o. A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta,
regulando especialmente:
• I – as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de
serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços;
• II – o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o
disposto no art. 5o, X e XXXIII;
• III – a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na
administração pública.
Não há dúvida de que o cidadão é consumidor dos serviços prestados pelo Estado. Nesse passo,
entendemos que poderia valer-se da Lei de Proteção ao Consumidor (Lei no 8.078/1990), que resultou do art.
5o, XXXII (ver também a Lei no 8.884/1994, que versa sobre infrações contra a ordem econômica).
Ultrapassando estes limites, a nova redação do § 3o foi mais detalhista. O dispositivo anterior apenas dizia
“que as reclamações relativas à prestação de serviços públicos serão disciplinadas em lei”, que foi apenas
mais uma das ocasiões em que o Congresso ficou inerte.
A qualidade dos serviços também será apreciada no caso das concessões e permissões, às quais se aplicam
os princípios do Direito Administrativo e também a Lei no 8.987/1995, cujo art. 7o mencionamos:
Administração Pública
• A Probidade
• Art. 37.
• § 4o. Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos
direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos
bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei,
sem prejuízo da ação penal cabível.
Aqui, são previstas as formas de punição para aqueles que atuarem de modo ímprobo.
As modalidades de punição devem observar, para serem aplicadas, o princípio da
reserva legal.
Administração Pública
• A Prescrição
• Art. 37.
• § 5o. A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por
qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as
respectivas ações de ressarcimento.
A preocupação do § 5o com os prazos de prescrição deriva do risco de que a
demora na apuração resulte na impunidade. Em princípio, contudo, a lei já prevê os
prazos gerais de prescrição, como, por exemplo, acontece no art. 142 da Lei no
8.112/1990. Ressalte-se, pois, que o princípio estabelecido pelo dispositivo em telaé o da prescritibilidade. Outro detalhe é que se torna mais importante criar
condições materiais para o rápido funcionamento do aparelho repressivo do que
ficar apenas elastecendo os prazos de prescrição.
Administração Pública
• Responsabilidade Civil da Administração
• Art. 37.
• § 6o. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços pú1blicos responderão pelos danos que seus
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
A responsabilidade atinge não só as pessoas jurídicas de direito público, mas também
as privadas que assumirem a prestação de serviços públicos. Através do direito de
regresso, a sociedade se protege dos prejuízos causados por agente que tenha agido com
dolo ou culpa. Assim, é feita a reparação, mas o agente que agiu mal é quem suportará,
ao final, o prejuízo. Se o agente não agiu além de seus limites, se não agiu com dolo ou
culpa, ele estará imune a qualquer prejuízo, que é suportado pela sociedade a quem
serve.
Administração Pública
• Controle de Informações Privilegiadas
• Art. 37.
• § 7o. A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de
cargo ou emprego da administração direta e indireta que possibilite
o acesso a informações privilegiadas.
Visa a impedir que exercentes da atividade pública utilizem as informações a que têm acesso nessa
qualidade para obter vantagens indevidas. Imagine-se o que um alto funcionário do Governo não pode
fazer ou ganhar transmitindo antecipadamente para seus “bem-amados” informações a respeito de uma
mudança na política monetária, um novo pacote econômico etc.
Este é um daqueles dispositivos que tentam impor regras de conduta, probidade e honestidade que,
quando não vêm de berço, dificilmente logram ser adotados à força. Outro problema é que aqueles que
detêm tais informações privilegiadas, em geral, estão em postos tão elevados e resguardados pelas
injunções políticas que custa crer que alguma lei os possa deter ou modificar. Por fim, não era necessário
dispor sobre isto na Constituição, bastava lei ordinária.
Administração Pública
• Autonomia Gerencial, Orçamentária e Financeira
• Art. 37.
• § 8o. A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser
ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de
metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
• I – o prazo de duração do contrato;
• II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
• III – a remuneração do pessoal.
O art. 37, § 8o, estabelece a possibilidade de, por contrato, ser concedida autonomia
gerencial, orçamentária e financeira de órgãos e entidades das administrações
direta e indireta. Deve ser ele cotejado com o art. 241, também modificado pela
Emenda no 19.
Este contrato será firmado entre o administrador e o Poder Público, terá por objetivo a
fixação de metas de desempenho e a lei deverá prever o prazo do contrato (inciso I), os
controles e critérios aplicáveis (inciso II) e a remuneração do pessoal (inciso III).
Administração Pública
• Teto Remuneratório nas Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista e suas
Subsidiárias
• Art. 37.
• § 9o. O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia
mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito
Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.
Trata do teto remuneratório nas empresas públicas e sociedades de economia mista e
suas subsidiárias. O que parece ser uma regra restritiva, ao dizer que o teto também se aplica
a estes, é, na verdade, uma regra permissiva. Afinal, o critério é o de que tais entes apenas se
submeterão ao teto se receberem da União, Estados, DF ou dos Municípios recursos para
pagamento de pessoal ou de custeio em geral.
Ora, sendo entidades presentes no giro capitalista, boa parte delas não precisa de verbas
públicas, pois são lucrativas. Além do mais, receber vultosas verbas para investimentos não as
colocará na situação prevista no parágrafo. E, portanto, quase sempre os cidadãos escolhidos
pelos seus méritos para estas entidades poderão ganhar mais do que os Ministros do STF.
Administração Pública
• Acumulação de Proventos com Remuneração
• Art. 37.
• § 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria
decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo,
emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma
desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados
em lei de livre nomeação e exoneração.
Este parágrafo trata da acumulação de proventos com remuneração, Não se aplica
nos casos referidos no art. 11 da Emenda no 20.
Administração Pública
• Exclusão de Parcelas Indenizatórias
• Art. 37.
• § 11. Não serão computadas, para efeito dos limites
remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste
artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.
A Emenda Constitucional nº 47/2005 introduziu este mandamento constitucional para
resolver inúmeras questões judiciais concretas onde os beneficiários buscam tal
equiparação. Todavia, devemos perceber que o Princípio da Irretroatividade da Norma
Constitucional preserva as situações jurídicas consolidadas até a data da promulgação
da retrocitada emenda constitucional.
Administração Pública
• Teto Remuneratório na Administração Pública Direta
• Art. 37.
• § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados
e ao Distrito Federal, fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições
e Lei Orgânica, como limite único o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo
Tribunal de Justiça, limitando a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do
subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto
neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.
Finalmente ficou regulado o teto máximo remuneratório na Administração Pública
Direta. A Emenda Constitucional no 47/2005 tratou do tema e utilizou como parâmetro
o subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, deixando, no entanto, de incidir
sobre os agentes políticos eletivos dos Poderes legislativos dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.

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