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Controles Internos Professora Dayene Paulino Considerações iniciais ✓ Controle permanente: função gerencial de relevância primordial para o sucesso de qualquer empreendimento; ✓Ambiente dos negócios: complexo e escorregadio, cheio de imprevistos; ✓ Fundamental conhecer a qualidade e o grau de confiabilidade dos sistemas contábeis e de controles internos desde a fase de planejamento de seus trabalhos, para auxiliar na adequada identificação das áreas de risco; ✓ Controller: recomendar melhorias nos procedimentos operacionais e de controle interno. Conceito – Controles Internos Conjunto de procedimentos que, integrados ao fluxo operacional da empresa, visa detectar e prevenir desvios – erros e irregularidades, intencionais ou não – que possam: • afetar negativamente o desempenho da entidade; • ocasionar impactos em sua lucratividade e/ou estrutura financeira; bem como •resultar em reflexos significativos em suas demonstrações contábeis para o usuário interno ou externo, relatórios gerenciais e demais análises e demonstrativos operacionais e financeiros. Compliance Controles Internos Inclui outros importantes aspectos, tais como: ✓ sistema de orçamentos da empresa; ✓ definições de custos-padrões e análise das variações; ✓ relatórios operacionais e análises estatísticas do mercado e no qual a empresa atua; ✓ comportamento e desempenho dos concorrentes; ✓ programa de treinamento que visa capacitar os colaboradores da empresa; ✓ planejamento estratégico, etc. Importância e objetivos do sistema de controles internos ✓As empresas são gerenciadas de forma segmentada - executivo responsável em cada uma das diversas divisões, departamentos ou setores: prestar contas periódicas do desempenho de sua área; ✓ controles internos encontram-se em todas as áreas da entidade: venda, recursos humanos, fabricação, compras, tesouraria, etc; ✓Adequado controle sobre essas funções assume fundamental importância para que se atinjam os resultados mais favoráveis com a aplicação de menos recursos - diminuição de desperdícios; ✓Quando não existem procedimentos de controles internos, são frequentes os erros involuntários e desperdícios. Importância ✓ Tamanho e complexidade da organização: quanto maior é a entidade, em geral, mais complexa é a organização estrutural – Relatórios concisos que reflitam a situação organizacional; ✓ Responsabilidades: a responsabilidade pela salvaguarda dos ativos da companhia e pela prevenção ou descoberta de erros ou fraudes é da administração; ✓ Caráter preventivo: um sistema de controle interno que funciona adequadamente constitui a melhor proteção, para a companhia, contra as fraquezas humanas. As rotinas de verificação e revisão são características de um bom controle interno, que reduzem a possibilidade de que erros ou tentativas fraudulentas permaneçam encobertos por muito tempo. Controle a)comparar a realidade com o previsto; b)identificar os desvios, se houver; c)analisar as causas desses desvios; e e)implantar medidas corretivas que visam garantir a continuidade e a integridade da empresa. Objetivos dos Controles Internos Classificação dos controles internos a) Controles do sistema contábil e de informações: fornecer meios que permitam a administração e ao pessoal de supervisão identificar erros ou omissões nos registros contábeis. Exemplos: • avaliação do tipo de informação fornecida; • qualidade da informação apresentada; • sistema de relatórios estratificados para cada nível administrativo. Classificação dos controles internos b) Controles Organizacionais: Compreendem os métodos administrativos e operacionais implantados para uso rotineiro nas diversas atividades da organização. Exemplos de controles organizacionais: • segregações de funções; • definição da delegação de autoridade; • procedimentos para as aprovações e autorizações; • parâmetros para a medição e a quantificação do desempenho operacional. Classificação dos controles internos c) Controles de procedimentos e do fluxo da documentação: inseridos no fluxo diário da documentação, visando garantir que o processamento de uma informação em determinado estágio será conferido nos estágios seguintes. Exemplo: ✓Estabelecida responsabilidade para que operações e transações contabilizadas, seja, quando aplicável, comparadas com a existência física. Artigo jornalístico sobre fraudes no ambiente empresarial Como Identificar uma empresa prestes a fraudar Diretrizes para a implantação ou revisão de um sistema de controles 1- Cada empresa deverá desenvolver seu próprio sistema de controles; 2- Por melhor que seja, nenhum sistema de controles poderá compensar incompetências dos executivos da empresa; 3- Complexidade dos sistemas de controles internos não representa garantia de eficácia e eficiência; 4- Devem ser fixados prazos realistas e exequíveis no processo de implantação do sistema de controles; 5- Decisiva a participação das pessoas na implantação ou aprimoramento dos controles internos e na futura manutenção e operacionalização sistêmica; 6- Sistemas complexos e impraticáveis são inúteis; 7- No processo de implantação ou reformulação, devem ser consideradas também as perspectivas futuras da empresa. Níveis diferenciados para tratamento sistêmico dos controles internos Controles internos estratégicos: fundamentais no contexto estrutural e para servir de guia para o dimensionamento e tratamento das outras categorias de controles; Controles internos diretivos: relacionados às diversas situações de risco a que estão expostas a empresas, variáveis sobre as quais esses controles devem agir para a minimização dos efeitos; e Controles internos operacionais: responsáveis por garantir a eficácia dos antecessores, ao contribuir para a eliminação ou constatação de falhas na realização dos negócios, ineficiência nas tomadas de decisões ou na execução das rotinas de trabalho preestabelecidas. CASO PRÁTICO Para garantir a consecução dos principais objetivos empresariais da instituição bancária – lucratividade, rentabilidade e crescimento –, os diretores estabeleceram uma política de crédito, na qual é definida uma série de diretrizes para a aprovação e realização dos negócios. Entre as diretrizes, estabelecem que o banco irá conceder empréstimos a seus clientes de acordo com a classificação de risco e dentro de limites máximos de comprometimento de capital para cada um, evitando dessa maneira que concentrações em poucos tomadores de recursos ou avaliações malsucedidas da capacidade econômico-financeira dos interessados possam expor a empresa a graves situações de risco. CONTROLES INTERNOS ESTRATÉGICOS CASO PRÁTICO A seguir, a unidade do banco responsável pelo Risco de Crédito modela, institui e normatiza sistemáticas diretivas para serem utilizadas por toda a rede de negócios, visando ao cumprimento das diretrizes estratégicas estabelecidas na Política de Crédito. Essas sistemáticas diretivas são: • avaliação de riscos de clientes; e • atribuição de limites de crédito por cliente. CONTROLES INTERNOS DIRETIVOS CASO PRÁTICO Por último, surgem os controles internos operacionais. No caso, quais seriam as normas complementares de controles que precisariam ser adotadas para garantir a eficácia do cumprimento da Política de Crédito? • segregação de funções nas redes, para garantir que aprovações de limites de crédito e liberação do financiamento sejam executadas por funcionários distintos; • sistemas automatizados que impeçam o registro e aprovação de empréstimos para clientes sem limite de crédito;• supervisão e conferência dos processos de análises do cadastro de clientes etc. CONTROLES INTERNOS OPERACIONAIS Referências OLIVEIRA, L., PEREZ JUNIOR, J., SILVA, C. Controladoria estratégica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2004. PEREZ JÚNIOR.H; SILVA Carlos A. dos S. Controladoria Estratégica. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
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