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Direito Previdenciário - Evolução Histórica da Proteção Social - Parte II

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
A Seguridade Social – Módulo 2
2 de 30www.grancursosonline.com.br
SUMÁRIO
A Seguridade Social ....................................................................................3
Conceito, Organização e Princípios Constitucionais ..........................................3
I – Conceito e organização da Seguridade Social .............................................3
I.I Saúde ...................................................................................................4
I.II Assistência Social ..................................................................................7
I.III Previdência Social ................................................................................9
II – Princípios Constitucionais da Seguridade Social (Art. 194) ........................11
III – Regimes de Previdência Social.............................................................15
Quadro-Resumo .......................................................................................17
Questões de Concurso ...............................................................................18
Gabarito ..................................................................................................25
Questões comentadas ...............................................................................26
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
A Seguridade Social – Módulo 2
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A SEGURIDADE SOCIAL
Olá, aluno(a), tudo bem? Espero que sim! Na aula de hoje, continuaremos o es-
tudo do Direito Previdenciário para o INSS. Veremos o tópico que trata da SEGURI-
DADE SOCIAL, e, para treinarmos tudo aquilo que foi e vai ser estudado, faremos o 
uso de questões. Vamos, juntos, buscar a melhor preparação possível para que você 
esteja pronto(a) quando chegar a hora? Grande abraço e boa aula! 
CONCEITO, ORGANIZAÇÃO E PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
I – CONCEITO E ORGANIZAÇÃO DA SEGURIDADE SOCIAL
Como foi visto no tópico anterior, desde a sua criação, a proteção social passou 
por inúmeras mudanças, ampliando o seu leque de cobertura e os destinatários de 
seus benefícios. No Brasil, o apogeu da proteção social ocorreu com a Constituição 
de 1988, que, ampliando a proteção social, inseriu a previdência em um sistema 
maior – a Seguridade Social –, que, nos termos do art. 194, é assim definido:
“A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Po-
deres Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à 
previdência e à assistência social.”
CARLOS MENDONÇA
Ex-Presidente do Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS). 
Detentor de notório conhecimento em legislação previdenciária, 
conhecido nacionalmente por suas contribuições como Procurador 
Federal do INSS há mais de 15 anos. Carlos Mendonça exerceu, ainda, 
a função de procurador chefe nacional da Procuradoria Federal do Fundo 
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), de coordenador 
geral de Contencioso Judicial da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) 
e de chefe da Divisão de Contencioso do Instituto Brasileiro de Turismo 
(Embratur). Professor do Gran Cursos. Professor Universitário. Autor.
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
A Seguridade Social – Módulo 2
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Portanto, a Seguridade Social é o sistema atual de proteção social, que envolve 
ações de saúde, assistência social e previdência social. É importante não confundir 
a seguridade social com o seguro social, que é sinônimo de previdência social, tan-
to que a sigla INSS significa Instituto Nacional do Seguro Social.
Abordar-se-á cada um dos subsistemas da Seguridade Social: Saúde, Assis-
tência Social e Previdência Social, a seguir.
I.I Saúde
A Constituição disciplina a Saúde nos artigos 196 a 200, deixando assentado que:
“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e eco-
nômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal 
e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” (Art. 196)
Nessa linha de intelecção, sendo a saúde direito de todos e dever do Estado, infe-
re-se a ausência da necessidade de contribuição para o usufruto desse sistema, ou 
seja, a saúde pública é gratuita para os usuários e deve ser fornecida por todos os 
Entes Federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) de forma solidária, o 
que é confirmado pelo seguinte julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal:
“Direito à saúde. Tratamento médico. Responsabilidade solidária dos entes federados. 
Repercussão geral reconhecida. Reafirmação de jurisprudência. O tratamento médico 
adequado aos necessitados se insere no rol dos deveres do Estado, porquanto respon-
sabilidade solidária dos entes federados. O polo passivo pode ser composto por qualquer 
um deles, isoladamente, ou conjuntamente1”.
No entanto, conforme autorizado pelo art. 194 da CF/88, a sociedade (iniciativa 
privada) pode participar do atendimento na área de saúde, a exemplo dos hospi-
tais privados e dos planos de saúde. Em relação aos planos de saúde, preste aten-
1 . RE 855.178 RG, rel. min. Luiz Fux, j. 5-3-2015, P, DJE de 16-3-2015, Tema 793.
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ção, a Lei n. 9.656/1998 determina o ressarcimento à Administração dos serviços 
públicos de atendimento à saúde prestados pelo SUS – Sistema Único de Saúde 
aos clientes de planos de saúde2. Essa previsão legal foi considerada constitucional 
pelo Supremo Tribunal Federal:
“Ação direta de inconstitucionalidade. Lei ordinária 9.656/1998. (...) Prestação de ser-
viço médico pela rede do SUS e instituições conveniadas, em virtude da impossibilidade 
de atendimento pela operadora de plano de saúde. Ressarcimento à administração pú-
blica mediante condições preestabelecidas em resoluções internas da Câmara de Saúde 
Complementar. Ofensa ao devido processo legal. Alegação improcedente. Norma pro-
gramática pertinente à realização de políticas públicas. Conveniência da manutenção da 
vigência da norma impugnada3”.
No tocante aos hospitais privados, a iniciativa privada pode atuar na área de 
saúde, segundo as diretrizes do Sistema Único de Saúde e mediante contrato de 
direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem 
fins lucrativos. De qualquer forma, é vedada a destinação de recursos públicos para 
auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.
Estabelece o § 3º do art. 199 que é vedada a participação direta ou indireta de 
empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no país, salvo nos casos 
previstos em lei.
Além disso, o § 4º do já citado art. 199 veda qualquer tipo de comercialização 
relacionada à remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de 
transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfu-
são de sangue e seus derivados.
Como já afirmado, a atuação na saúde envolve todos os entes da Federação. 
2 . Lei n. 9.656/98, Art. 32. Serão ressarcidos pelas operadoras dos produtos de que tratam o inciso I e o 
§ 1º do art. 1º desta Lei, de acordo com normas a serem definidas pela ANS, os serviços de atendimento 
à saúde previstos nos respectivos contratos, prestados a seus consumidores e respectivos dependentes, 
em instituições públicas ou privadas, conveniadas ou contratadas, integrantes do Sistema Único de 
Saúde – SUS.
3 . ADI 1.931 MC, rel. min. Maurício Corrêa, j. 21-8-2003, P, DJ de 28-5-2004 = RE 594.266 ED, rel. 
min. Dias Toffoli, j. 2-12-2010, 1ª T, DJE de 15-3-2011.
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Assim, as ações devem integrar uma rede regionalizada e hierarquizada,formando 
um Sistema Único, baseado nas seguintes diretrizes (art. 198):
I – descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II – atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem 
prejuízo dos serviços assistenciais;
III – participação da comunidade.
De modo a evitar as flutuações inerentes às políticas públicas, a própria Consti-
tuição estabelece, no § 2º do art. 198, a necessidade de se aplicarem percentuais 
mínimos da arrecadação em ações de saúde. Segundo o referido dispositivo, os 
percentuais mínimos a serem aplicados são os seguintes:
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anual-
mente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da 
aplicação de percentuais calculados sobre:
I – no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício finan-
ceiro, não podendo ser inferior a 15% (quinze por cento);
II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos 
impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 
159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas 
aos respectivos Municípios;
III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação 
dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 
158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º.
§ 3º Lei complementar4, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá:
I – os percentuais de que tratam os incisos II e III do § 2º; (EC n. 86, de 2015)
II – os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Es-
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos 
Municípios, objetivando a progressiva redução das disparidades regionais:
III – as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esfe-
ras federal, estadual, distrital e municipal;
IV – as normas de cálculo do montante a ser aplicado pela União.
4 . LEI COMPLEMENTAR N. 141, DE 13 DE JANEIRO DE 2012: Regulamenta o § 3º do art. 198 da 
Constituição Federal para dispor sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios em ações e serviços públicos de saúde; estabelece os critérios 
de rateio dos recursos de transferências para a saúde e as normas de fiscalização, avaliação e controle 
das despesas com saúde nas 3 (três) esferas de governo; revoga dispositivos das Leis n. 8.080, de 19 de 
setembro de 1990, e 8.689, de 27 de julho de 1993; e dá outras providências.
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Além de ações de saúde, compete ao SUS (art. 200):
I – controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a 
saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, he-
moderivados e outros insumos;
II – executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde 
do trabalhador;
III – ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV – participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
V – incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e 
a inovação;
VI – fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, 
bem como bebidas e águas para consumo humano;
VII – participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de 
substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII – colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
I.II Assistência Social
A Assistência Social foi a primeira manifestação de proteção social articulada 
pela sociedade. A preocupação com os pobres e necessitados acompanha a huma-
nidade desde tempos imemoriais, evoluindo de ações isoladas para formas articu-
ladas pela igreja e, finalmente, como uma atribuição do Estado. Nesse contexto, o 
art. 203 da Constituição de 1988 vaticina que:
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, indepen-
dentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
I – a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II – o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III – a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV – a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a pro-
moção de sua integração à vida comunitária;
V – a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de 
deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria 
manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.
Pelo regramento acima exposto, resta evidente que, assim como a saúde, a as-
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sistência social independe de contribuição, bastando que o interessado demonstre 
preencher os requisitos para a proteção social.
A principal lei sobre o tema é a Lei n. 8.742/1993, denominada LOAS (Lei Or-
gânica da Assistência Social), que prevê o pagamento mensal de 1 salário mínimo 
ao idoso (homem ou mulher com mais de 65 anos) ou ao deficiente físico que com-
provem possuir renda per capita inferior a ¼ do salário mínimo. O citado benefício 
assistencial não gera pensão e não dá direito ao 13º salário.
IMPORTANTE: Impende esclarecer que o STF declarou inconstitucional o 
parágrafo 3º do artigo 20 da Lei Orgânica da Assistência Social (Lei n. 8.742/1993), 
afastando a renda familiar mensal per capita inferior a um quarto do salário mínimo 
como único critério para a concessão do benefício assistencial, por considerá-lo 
defasado para caracterizar a situação de miserabilidade (Reclamação 4374).
As ações governamentais na área da assistência social são de responsabilidade 
de todos os Entes Federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), sendo 
realizadas com recursos do orçamento da seguridade social, além de outras fontes.
É importante destacar que a CF/88 faculta aos Estados e ao Distrito Fede-
ral vincular a programa de apoio à inclusão e promoção social até cinco décimos 
por cento (0,5%) de sua receita tributária líquida, sendo terminantemente proibido 
aplicar esses recursos no pagamento de despesas com pessoal e encargos sociais, 
serviço da dívida e qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos 
investimentos ou ações apoiados5.
5 .Art. 204, Parágrafo único. É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a programa de apoio 
à inclusão e promoção social até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, vedada a 
aplicação desses recursos no pagamento de:
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I.III Previdência Social
A Previdência Social pode ser conceituada como um seguro coletivo, contributi-
vo e compulsório que visa à cobertura de riscos sociais e à manutenção do equilí-
brio financeiro e atuarial6.
A Previdência Social, no plano constitucional, insere-se na Seguridade Social 
como um de seus subsistemas, ao lado da Saúde e da Assistência Social, a teor 
do art. 194. Da mesma forma, integra o elenco de direitos sociais preconizado no 
art. 6º. Nesse contexto, o art. 201 da Constituição dispõe que “a previdência social 
será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação 
obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial”.
Com efeito, infere-se que a Constituição torna o vínculo com a Previdência au-
tomático, sem que haja manifestação de vontade do trabalhador, pois a filiação é 
obrigatória e se perfaz com o simples exercício de atividade remunerada.
Aborda ainda a CartaMaior que o sistema é contributivo, de modo que as presta-
ções seriam devidas mediante o pagamento de contribuições, para a cobertura dos 
seguintes eventos: doença, invalidez, morte, idade avançada, proteção à materni-
dade (especialmente à gestante), desemprego involuntário, salário-família e auxílio-
-reclusão, sendo os dois últimos para os dependentes do segurado de baixa renda.
Repare que o texto constitucional não contempla o tempo de contribuição como 
um risco a ser coberto pelo sistema previdenciário, razão pela qual a mencionada 
aposentadoria não tem natureza de benefício previdenciário, pois não corresponde 
a nenhum risco coberto pelo sistema. Assim, a tendência é que a referida apo-
I – despesas com pessoal e encargos sociais;
II – serviço da dívida;
III – qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiados.
6 . CF/88, Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter 
contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e 
atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: (...)
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sentadoria seja extinta no futuro, o que já ocorreu em vários países. Caso essa 
previsão seja confirmada, os trabalhadores só poderão se aposentar por idade, por 
invalidez ou de forma especial, esta última destinada aos trabalhadores que exer-
çam atividades em condições especiais (ex.: operador de raio X).
Conforme o parágrafo primeiro do artigo 201 da Constituição, é vedada a ado-
ção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos 
beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de ativi-
dades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade 
física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos defi-
nidos em lei complementar7. Neste passo, somente em dois casos o RGPS poderia 
criar regras diferenciadas de aposentadoria:
a) aposentadoria especial, e
b) aposentadoria dos portadores de deficiência.
IMPORTANTE: O art. 40, § 4º, da CF/88 prevê a possibilidade de regras 
diferenciadas no serviço público em 3 (três) situações:
Art. 40, § 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a 
concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, 
ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores:
I – portadores de deficiência;
II – que exerçam atividades de risco; (polícia civil, por exemplo)
III – cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a 
saúde ou a integridade física. (operador de raio X, por exemplo)
Em relação à aposentadoria especial, a Lei n. 8.213/1991 prevê, em seu art. 
57, a jubilação após 15, 20 ou 25 anos de exposição a um agente químico, físico ou 
biológico, de forma permanente, ou seja, não ocasional ou intermitente.
7 . LEI COMPLEMENTAR N. 142, DE 8 DE MAIO DE 2013: Regulamenta o § 1º do art. 201 da 
Constituição Federal, no tocante à aposentadoria da pessoa com deficiência segurada do Regime Geral 
de Previdência Social – RGPS.
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Para o portador de deficiência, a regra diferenciada foi tratada na Lei Comple-
mentar n. 142/2013.
Ressalta-se que nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o 
rendimento do trabalho do segurado da previdência terá valor mensal inferior ao 
salário mínimo. Portanto, se o benefício não substituir o salário de contribuição, 
poderá ter valor inferior ao mínimo, o que não se aplica ao salário-família e ao 
auxílio-acidente, que não objetivam substituir o salário e, assim, podem ter valor 
inferior ao salário mínimo.
Considerando a sistemática de cálculo dos benefícios previdenciários, todos os 
salários de contribuição considerados para a apuração de benefício serão devida-
mente atualizados, na forma da lei. Como a metodologia de cálculo será estudada 
em outra apostila, preferiu-se não aprofundar o tema nesse momento, mas vale 
adiantar que o índice atual de correção monetária é o mesmo que corrige anual-
mente o valor dos benefícios do INSS (INPC).
Ao mencionar reajuste, ante o histórico cenário inflacionário do Brasil, a Cons-
tituição assegura o reajustamento dos benefícios previdenciários para preservar-
-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei8.
II – PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA SEGURIDADE SOCIAL (ART. 194)
A Seguridade Social é regida por 8 princípios, sendo sete extraídos do parágrafo 
único do art. 194 e um do inciso primeiro do artigo 3º da CF/88. Vale ressaltar que 
a Constituição chama os princípios da Seguridade Social de objetivos, sendo eles 
abaixo elencados:
8 . CF 88, ART. 201, § 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter 
permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei.
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A) Universalidade da Cobertura e do Atendimento
A proteção social deve atender a todas as pessoas e cobrir todos os riscos so-
ciais. Como a Seguridade Social se desdobra em três subsistemas, o princípio em 
comento deve ser aquilatado em suas várias vertentes. Assim, é de fácil percepção 
a sua aplicação na saúde, pois se trata de um direito de todos e um dever do Estado. 
Na Assistência Social, o princípio tem plena aplicação, pois é prestada a quem dela 
necessitar, nos termos da lei. Já na Previdência Social, somente quem exerce ativi-
dade remunerada é que recebe a proteção social. Todavia, quem não trabalha pode 
se filiar como facultativo, o que torna a Previdência também um sistema universal.
B) Uniformidade e Equivalência dos Benefícios e Serviços às Populações 
Urbanas e Rurais
Até a Constituição de 1988, havia uma evidente diferenciação entre cidadãos ur-
banos e rurais, principalmente em relação ao valor dos benefícios e no alcance da 
cobertura. Essa discriminação deixa de existir com a aplicação desse princípio. Por uni-
formidade, deve-se concluir que os mesmos benefícios previstos para os urbanos de-
vem estar previstos para os rurais. Por equivalência, que é um corolário da igualdade, 
deve-se buscar um tratamento que leve em consideração as peculiaridades dos rurais.
C) Seletividade e Distributividade na Prestação dos Benefícios e Serviços
Os recursos que mantêm a Seguridade Social são limitados, enquanto as contin-
gências sociais a serem cobertas são ilimitadas. Por essa razão, devem-se selecionar 
os riscos sociais protegidos, delimitando as situações da vida mais prementes, de 
modo que a cobertura chegue às pessoas com maior grau de necessidade. Registra-
-se que o salário-família e o auxílio-reclusão são destinados apenas aos trabalhadores 
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de baixa renda, ou seja, cujo salário de contribuição não ultrapasse R$ 971,00. Os 
benefícios assistenciais são destinados apenas aos necessitados, ou seja, idosos com 
mais de 65 anos de idade ou portadores de deficiência cuja renda per capita familiar 
seja inferior a ¼ do salário mínimo. Esse princípio funciona como um contraponto ao 
princípio da universalidade da cobertura e do atendimento.
D) Irredutibilidade do Valor dos Benefícios
A irredutibilidade do valor dos benefícios possui duas vertentes, uma nominal 
e outra real. Pela irredutibilidade nominal, não pode haver redução numérica do 
benefício (por exemplo: de R$ 1.000,00 para R$ 900,00). Por outro lado, os bene-
fícios previdenciários têm a garantiada preservação de seu valor real (art. 201, 
§ 4º), garantindo-se o reajustamento periódico do benefício. Assim, além de o 
benefício não poder ser reduzido nominalmente, deve receber reajuste periódico.
Todavia, o princípio da irredutibilidade garante, apenas, a irredutibilidade nomi-
nal, pois a preservação do valor real é específica para a previdência social, sendo 
inaplicável à seguridade social. Desta forma, não há garantia de reajuste anual dos 
benefícios assistenciais.
E) Equidade na Forma de Participação no Custeio
Em matéria tributária, a tributação leva em conta a capacidade contributiva e 
a isonomia. Na Seguridade Social, esse princípio admite uma nova vertente, em 
que se leva em consideração outros critérios, como a atividade econômica, o porte 
da empresa, a condição estrutural do mercado e a rotatividade da mão de obra (§ 
9º do art. 201 da CF/88). Nesse passo, o critério diferenciador na forma de contri-
buição para a Seguridade Social leva em consideração outros fatores, a exemplo 
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das instituições financeiras que contribuem com um adicional (art. 22 da Lei n. 
8.212/1991), em função da alta lucratividade desse setor.
F) Diversidade da Base de Financiamento
Como a proteção social é um sistema universal, que deve atender a todas as 
pessoas e todos os riscos sociais, o aporte de recursos para sua manutenção deve 
ter uma fonte perene de recursos, infensa aos influxos da economia moderna. 
Como isso não é possível, a Constituição prevê várias fontes de financiamento. 
Dessa forma, caso haja diminuição da arrecadação oriunda de uma fonte de cus-
teio, as demais manterão o volume de arrecadação. Assim, a Constituição prevê 
que a sociedade financiará a Seguridade Social, de forma direta (contribuições 
sociais) e indireta (impostos) com contribuição do empregador incidente sobre a 
folha de pagamento, receita ou faturamento e lucro. Os trabalhadores também 
devem contribuir. Existem, ainda, contribuições incidentes sobre a importação de 
bens e serviços e sobre o concurso de prognósticos. Outras contribuições poderão 
ser criadas, desde que mediante a edição de lei complementar. As acima citadas 
podem ser criadas por lei ordinária ou medida provisória.
G) Caráter Democrático e Descentralizado da Administração, Mediante 
Gestão Quadripartite
Diante da complexidade do sistema de Seguridade Social, suas decisões devem 
ser compartilhadas com a sociedade, representada por empregadores, emprega-
dos, aposentados e o próprio governo (gestão quadripartite). Outrossim, o art. 10 
da Constituição prevê que “é assegurada a participação dos trabalhadores e dos 
empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profis-
sionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação”.
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H) Solidariedade
Apesar de não constar no rol do parágrafo único do art. 194 da Constituição de 
1988, a solidariedade é o principal princípio do sistema de Seguridade Social, pois 
não há como imaginar um sistema de proteção social que não seja embasado na 
solidariedade. Por outro lado, um dos objetivos da República é construir uma socie-
dade livre, justa e solidária (art. 3º, inciso I, da CF/88).
A Seguridade Social é financiada por toda a sociedade e concede benefícios 
inclusive para os que não contribuem, a exemplo da Saúde e da Assistência So-
cial. Na Previdência Social, os riscos sociais imprevisíveis são pagos mesmo por 
aqueles que não tenham contribuído o suficiente para fazer a contrapartida ao seu 
pagamento, a exemplo da pensão por morte para os dependentes do segurado que 
tenha contribuído uma única vez para o sistema. Nesse caso, os recursos para o 
pagamento do benefício serão fornecidos pela sociedade, que arcará com o custo 
do pagamento da pensão, substituindo o segurado.
III – REGIMES DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
A Constituição prevê três regimes de Previdência no Brasil:
I) Regime Geral de Previdência Social – RGPS
II) Regime Próprio de Previdência Social – RPPS
III) Regime Complementar – RC
O RGPS – Regime Geral de Previdência Social é voltado, basicamente, aos 
trabalhadores da iniciativa privada e àqueles que não trabalham, mas desejam pro-
teção previdenciária, a exemplo das donas de casa, desempregados e estudantes 
(segurados facultativos). Em situações previstas em lei, alguns servidores públicos 
podem ser vinculados ao RGPS, ou seja, servidores que ocupam exclusivamente 
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cargo em comissão e servidores públicos sem regime próprio de previdência.
O órgão que concede e faz a manutenção dos benefícios do RGPS é o INSS – 
Instituto Nacional do Seguro Social, autarquia federal atualmente vinculada ao 
Ministério do Desenvolvimento Social, tendo em vista a extinção do Ministério da 
Previdência pelo governo Temer9.
O RPPS – Regime Próprio de Previdência Social foi concebido aos servido-
res públicos efetivos dos Entes Federativos, ou seja, União, Estados, Distrito Fede-
ral e Municípios.
A União, os Estados e o Distrito Federal possuem, cada um, seu próprio Regime 
de Previdência (RPPS). No que tange aos Municípios, uma boa parcela deles ainda 
não constituiu seu regime próprio de previdência, o que vincula seus servidores ao 
Regime Geral do INSS.
Por fim, a previdência complementar é autônoma em relação aos regimes ofi-
ciais, sendo certo que a adesão é uma faculdade do interessado. Assim, o trabalha-
dor pode ter uma das seguintes vinculações:
a) só RGPS;
b) RGPS + PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR;
c) só RPPS;
d) RPPS + PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR;
e) Só PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR;
f) RGPS + RPPS (PROFESSOR DE ESCOLA PÚBLICA E DE ESCOLA PARTICULAR, 
POR EXEMPLO);
g) RGPS + RPPS + PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR;
h) RPPS + RPPS (PROFESSOR DE ESCOLA PÚBLICA ESTADUAL E MUNICIPAL);
i) RPPS + RPPS + PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR.
9 . Ver Lei n. 13.341/2016.
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QUADRO-RESUMO
Seguridade Social
(Art. 194 da CF/88)
A seguridade social compreende um conjunto integrado 
de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, 
destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à 
previdência e à assistência social.
Saúde
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido 
mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução 
do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal 
e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção 
e recuperação. (Art. 196)
Assistência Social
A assistência social será prestada a quem dela 
necessitar, independentemente de contribuição à 
seguridade social. (Art. 203)
Previdência Social
A previdência social será organizada sob a forma 
de regime geral, de caráter contributivo e de filiação 
obrigatória, observados critérios que preservem o 
equilíbrio financeiro e atuarial. (Art. 201)
Princípios da 
Seguridade Social
I – universalidade da cobertura e do atendimento;
II – uniformidade e equivalência dos benefícios e 
serviços às populações urbanas e rurais;
III – seletividade e distributividade na prestação dos 
benefícios e serviços;
IV – irredutibilidade do valor dos benefícios;
V – equidade na forma de participação no custeio;
VI – diversidade da base de financiamento;
VII – caráter democrático e descentralizado da 
administração, mediante gestão quadripartite, com 
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos 
aposentados e do Governo nos órgãos colegiados;VIII – Solidariedade.
Regimes de 
Previdência
RGPS, RPPS,
PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR.
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QUESTÕES DE CONCURSO
1. (IESES/2018/TJ-CE/CARTÓRIO) A seguridade social compreende um conjunto 
integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a 
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Sobre 
a seguridade e de acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil de 
1988, analise as afirmações a seguir.
I – A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
II – A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma inte-
grada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência 
social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretri-
zes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
III – A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta 
e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orça-
mentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e de 
contribuições sociais.
IV – As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à se-
guridade social constarão dos respectivos orçamentos, integrando, contudo, 
o orçamento da União.
V – A pessoa jurídica, em débito com o sistema da seguridade social, poderá 
contratar com o Poder Público, mas não poderá dele receber benefícios ou 
incentivos fiscais ou creditícios.
Estão corretas apenas as afirmações:
a) I, II e III estão corretas.
b) II, III e IV estão corretas.
c) I, III, IV e V estão corretas.
d) Todas as afirmativas estão corretas.
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2. (CESPE/PGM/MANAUS-AM/PROCURADOR/2018) Julgue o próximo item, relativo 
à organização, aos princípios e ao custeio da seguridade social.
Constitui objetivo da seguridade social manter o caráter democrático e descentrali-
zado da administração, mediante gestão tripartite, com participação dos trabalha-
dores e empregadores e do Estado.
3. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) O princípio da seletividade e distributividade na 
prestação de benefícios e serviços está relacionado à seleção dos riscos sociais e à 
extensão da proteção patrocinada pelo Estado a todas as pessoas.
4. (CESPE/TCM-BA/AUDITOR/2018) O princípio da seguridade social que estabele-
ce a proporcionalidade da contribuição social para o sistema conforme a condição 
financeira dos seus contribuintes denomina-se
a) universalidade da cobertura e do atendimento.
b) seletividade e distributividade.
c) equidade na forma de participação no custeio.
d) diversidade da base de financiamento.
e) uniformidade e equivalência de benefícios.
5. (CESPE/PGE-PE/PROCURADOR/2018) Conforme a doutrina, o princípio previ-
denciário que representa o sistema de repartição da seguridade social e garante 
a prestação de benefícios e serviços independentemente do aporte individual das 
contribuições sociais é o princípio da
a) uniformidade da base de financiamento.
b) seletividade e distributividade na prestação de benefícios e serviços.
c) solidariedade.
d) equidade na forma de participação no custeio.
e) diversidade da base de financiamento.
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6. (CESPE/ABIN OFICIAL/2018) Em relação à organização, à origem e ao custeio 
do sistema de seguridade social, julgue o item a seguir.
A seguridade social nos moldes como é atualmente conhecida é fruto da evolução 
legislativa quanto à garantia dos direitos sociais no Brasil e foi introduzida no orde-
namento jurídico pátrio pela Constituição Federal de 1988.
7. (CESPE/ABIN OFICIAL/2018) Em relação à organização, à origem e ao custeio 
do sistema de seguridade social, julgue o item a seguir.
A seguridade social, que visa garantir direitos relativos à saúde, à previdência e à 
assistência social, possui como fontes de financiamento exclusivamente as contri-
buições sobre a folha de pagamentos e as repassadas pelo empregador, pela em-
presa ou por entidade a ela equiparada.
8. (FUNDEP/TCE-MG/AUDITOR/2018) A Constituição da República Federativa do 
Brasil em vigor consagrou o sistema de seguridade social.
Sobre esse tema, é correto afirmar dispor:
a) A seguridade social compreende um conjunto integrado de iniciativa dos Pode-
res Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar direitos relativos à saúde, à 
previdência, à assistência social e à beneficência social.
b) A seguridade social rege-se pelo princípio da seletividade e da distributividade 
na prestação dos benefícios, princípio este que não se aplica aos serviços em razão 
de seu caráter universal.
c) À seguridade social, aplica-se o princípio da uniformidade e da equivalência dos 
benefícios e serviços às populações urbanas e rurais.
d) O princípio da precedência da fonte de custeio consiste no comando segundo o 
qual nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado 
ou estendido sem a correspondente fonte de custeio, ainda que parcial.
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e) O princípio da gestão democrática determina o caráter democrático e descen-
tralizado da administração, mediante gestão tripartite, com participação dos traba-
lhadores, dos empregados e dos aposentados nos órgãos colegiados.
9. (VUNESP/IPSM/PROCURADOR/2018) Sobre os princípios específicos da Previ-
dência Social, assinale a alternativa correta.
a) Segundo o princípio da filiação obrigatória, nem todo trabalhador que se enqua-
dre na condição de segurado é considerado pelo regime geral como tal, ainda que 
não esteja amparado por outro regime próprio.
b) De acordo com o princípio do caráter contributivo, há a possibilidade jurídica de 
que o ordenamento jurídico brasileiro estabeleça benefício previdenciário sem que 
tenha havido a participação do segurado no custeio.
c) Como exceção ao princípio da indisponibilidade dos benefícios previdenciários, 
admite-se que o benefício seja sujeito a penhora ou sequestro, sendo apenas anulá-
vel a venda dos direitos do beneficiário ou a constituição de ônus sobre o benefício.
d) Como decorrência do caráter compulsório e universal do regime previdenciário 
estatal, não se admite a participação da iniciativa privada na atividade securitária, 
ainda que com a particularidade de ser facultativo para os segurados.
e) A Emenda Constitucional 20/98 erigiu o equilíbrio financeiro e atuarial à con-
dição de princípio básico do sistema previdenciário, devendo o Poder Público se 
atentar sempre para a relação entre custeio e pagamento de benefícios, a fim de 
manter o sistema em condições superavitárias.
10. (IBADE/IPERON-RO/TÉCNICO/2018) Encontram-se entre os princípios e dire-
trizes da Seguridade Social:
a) publicidade; diversidade da base de financiamento; equidade na forma de parti-
cipação no custeio e caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa.
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b) uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e 
rurais; celeridade processual e equidade na forma de participação no custeio.
c) universalidade da cobertura e do atendimento: irredutibilidade do valor dos be-
nefícios e primazia da realidade.
d) seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; duplo 
grau de jurisdição e diversidade da base de financiamento.
e) equidade na forma de participação no custeio: universalidade da coberturae do 
atendimento e irredutibilidade do valor dos benefícios.
11. (IBADE/IPERON-RO/TÉCNICO/2017) Segundo o princípio constitucional da 
contrapartida, nenhum benefício ou serviço da seguridade social pode ser
a) reduzido de seu valor nominal.
b) estendido aos imigrantes sem aprovação de lei idêntica no país de origem.
c) instituído dentro do mesmo ano-calendário em que for criado.
d) criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
e) criado sem aprovação dos organismos internacionais.
12. (IBADE/IPERON-RO/ANALISTA/2017) A Seguridade Social está lastreada em 
uma série de princípios que norteiam toda a legislação e jurisprudência aplicável. 
Encontram-se entre esses princípios os seguintes:
a) uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e 
rurais; primazia da realidade e equidade na forma de participação no custeio.
b) universalidade da cobertura e do atendimento; irredutibilidade do valor dos be-
nefícios e celeridade processual.
c) seletividade e distributividade na prestação benefícios e serviços; publicidade e 
diversidade da base de financiamento.
d) equidade na forma de participação no custeio; universalidade da cobertura e do 
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atendimento e irredutibilidade do valor dos benefícios.
e) duplo grau de jurisdição; diversidade da base de financiamento; equidade na 
forma de participação no custeio e caráter democrático e descentralizado da gestão 
administrativa.
13. (IBADE/IPERON-RO/ANALISTA/2017) Segundo o princípio constitucional da 
contrapartida, nenhum benefício ou serviço da seguridade social pode ser
a) criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
b) estendido aos imigrantes sem aprovação de lei idêntica no país de origem.
c) majorado sem que exista a desaposentação para inclusão de novas origens.
d) concedido sem a atribuição, pelo órgão concedente, do respectivo empenho.
e) concedido sem aprovação prévia pelos órgãos administrativos do INSS.
14. (VUNESP/CÂMARA DE BARRETOS-SP/ADVOGADO/2017) Depreendem-se da 
Constituição Federal vários princípios que orientam a seguridade social no Brasil. 
Dentre eles, encontra-se o princípio
a) da equidade na forma de participação no custeio, pela qual as alíquotas e as 
bases de cálculo são iguais para empregadores e empregados.
b) da seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços, escolhen-
do quais infortúnios são mais graves e qual população merece amparo nesses casos.
c) da diversidade da base de financiamento, pela qual os recursos financeiros de-
vem ser recolhidos exclusivamente junto a empregados e empregadores.
d) do caráter democrático e descentralizado da Administração, mediante gestão 
tripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores e do Governo.
e) de criação, majoração ou extensão de benefício ou serviço da seguridade social 
desde que sejam arrecadados recursos que correspondam a, pelo menos, 50% do 
valor do custeio total.
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15. (VUNESP/CÂMARA DE BARRETOS-SP/ADVOGADO/2017) A garantia constitu-
cionalmente prevista de um salário-mínimo de benefício mensal à pessoa portadora 
de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria 
manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei, é
a) benefício da seguridade social.
b) serviço previdenciário.
c) serviço assistencial.
d) benefício previdenciário.
e) benefício assistencial.
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GABARITO
1. a
2. E
3. C
4. c
5. c
6. C
7. E
8. c
9. e
10. e
11. d
12. d
13. a
14. b
15. e
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QUESTÕES COMENTADAS
1. (IESES/2018/TJ-CE/CARTÓRIO) A seguridade social compreende um conjunto 
integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a 
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Sobre 
a seguridade e de acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil de 
1988, analise as afirmações a seguir.
I – A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
II – A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma inte-
grada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência 
social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretri-
zes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
III – A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta 
e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orça-
mentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e de 
contribuições sociais.
IV – As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à se-
guridade social constarão dos respectivos orçamentos, integrando, contudo, 
o orçamento da União.
V – A pessoa jurídica, em débito com o sistema da seguridade social, poderá 
contratar com o Poder Público, mas não poderá dele receber benefícios ou 
incentivos fiscais ou creditícios.
Estão corretas apenas as afirmações:
a) I, II e III estão corretas.
b) II, III e IV estão corretas.
c) I, III, IV e V estão corretas.
d) Todas as afirmativas estão corretas.
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Comentário
Letra a.
I – Certo. Conforme o teor do art. 194 da CF/88, a seguridade social é um 
conjunto integrado de ações do Poder Público e da sociedade. Da mesma 
forma, seus subsistemas saúde, assistência e previdência social podem ser 
prestados pela sociedade (iniciativa privada) e pelo Poder Público. Ainda que 
não fosse uma dedução natural, a própria Constituição esclarece que “a as-
sistência à saúde é livre à iniciativa privada” (art. 199).
II – Certo. Reprodução do § 2º do art. 195 da CF/1988: “§ 2º A proposta de 
orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos ór-
gãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo 
em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamen-
tárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos”.
III – Certo. Reprodução do art. 195 da CF/88: “Art. 195. A seguridade social será 
financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da 
lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais”.
IV – Errado. Cada ente federativo possui seu próprio orçamento na área de segurida-
de social, tudo de acordo com o parágrafo primeiro do art. 195: “§ 1º As receitas 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social 
constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União”.
V – Errado. É justamente o contrário, não pode contratar, conforme esclarece o pará-
grafo terceiro do art. 195 da CF/88: “§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sis-
tema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com 
o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios”.
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2. (CESPE/PGM/MANAUS-AM/PROCURADOR/2018) Julgue o próximo item, relativo 
à organização, aos princípios e ao custeio da seguridade social.
Constitui objetivo da seguridade social manter o caráter democrático e descentrali-
zado da administração,mediante gestão tripartite, com participação dos trabalha-
dores e empregadores e do Estado.
Comentário
Errado.
Os princípios da seguridade social, também chamados de objetivos, geralmente 
são cobrados nas questões na sua literalidade. Nessa questão, o examinador tro-
cou a palavra quadripartite por tripartite, sendo certo que se esqueceu de incluir o 
aposentado. Assim, o correto seria dispor: “caráter democrático e descentralizado 
da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalha-
dores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados”, 
tudo de acordo com o art. 195, parágrafo único, inciso VII, da CF/1988.
Esse tema requer cuidado redobrado quando analisado à luz da Lei n. 8.212/1991. 
Comparando a redação da Constituição de 88 com a da Lei n. 8.212/1991, tem-se:
CF/1988 Lei n. 8.212/1991
Art. 194. A seguridade social 
compreende um conjunto integrado 
de ações de iniciativa dos Poderes 
Públicos e da sociedade, destinadas a 
assegurar os direitos relativos à saúde, à 
previdência e à assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder 
Público, nos termos da lei, organizar 
a seguridade social, com base nos 
seguintes objetivos:
Art. 1º A Seguridade Social compreende 
um conjunto integrado de ações de 
iniciativa dos poderes públicos e da 
sociedade, destinado a assegurar o 
direito relativo à saúde, à previdência e 
à assistência social.
Parágrafo único. A Seguridade Social 
obedecerá aos seguintes princípios e 
diretrizes:
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VII – caráter democrático e 
descentralizado da administração, 
mediante gestão quadripartite, com 
participação dos trabalhadores, dos 
empregadores, dos aposentados e 
do Governo nos órgãos colegiados.
g) caráter democrático e descentralizado 
da gestão administrativa com a 
participação da comunidade, 
em especial de trabalhadores, 
empresários e aposentados.
Portanto, fique sempre atento ao comando da questão para identificar se ela foi reti-
rada da Constituição ou da Lei. No presente caso, a questão não indicou nem um nem 
outro. Quando isso acontecer, devemos seguir a Constituição, ou seja, gestão quadri-
partite com a participação de trabalhadores, empregadores, aposentados e governo.
3. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) O princípio da seletividade e distributividade na 
prestação de benefícios e serviços está relacionado à seleção dos riscos sociais e à 
extensão da proteção patrocinada pelo Estado a todas as pessoas.
Comentário
Certo.
A seletividade permite selecionar os eventos que serão cobertos, pois assim há 
uma melhor possibilidade de distribuição de justiça social.
4. (CESPE/TCM-BA/AUDITOR/2018) O princípio da seguridade social que estabe-
lece a proporcionalidade da contribuição social para o sistema conforme a condição 
financeira dos seus contribuintes denomina-se
a) universalidade da cobertura e do atendimento.
b) seletividade e distributividade.
c) equidade na forma de participação no custeio.
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d) diversidade da base de financiamento.
e) uniformidade e equivalência de benefícios.
Comentário
Letra c.
O enunciado da questão dispõe sobre proporcionalidade da contribuição em con-
formidade com a situação financeira do contribuinte, o que atrai a incidência do 
princípio da equidade na forma de custeio.
5. (CESPE/PGE-PE/PROCURADOR/2018) Conforme a doutrina, o princípio previ-
denciário que representa o sistema de repartição da seguridade social e garante 
a prestação de benefícios e serviços independentemente do aporte individual das 
contribuições sociais é o princípio da
a) uniformidade da base de financiamento.
b) seletividade e distributividade na prestação de benefícios e serviços.
c) solidariedade.
d) equidade na forma de participação no custeio.
e) diversidade da base de financiamento.
Comentário
Letra c.
A solidariedade, apesar de não figurar no rol do artigo 194 da CF/1988, é o princípio 
mais importante da seguridade, pois é ele que justifica a concessão dos benefícios, 
independentemente do recolhimento das contribuições, principalmente nas situações 
de benefícios não programados (pensão por morte, auxílio-doença e aposentadoria por 
invalidez).
	A Seguridade Social
	Conceito, Organização e Princípios Constitucionais
	I – Conceito e organização da Seguridade Social
	I.I Saúde
	I.II Assistência Social
	I.III Previdência Social
	II – Princípios Constitucionais da Seguridade Social (Art. 194)
	III – Regimes de Previdência Social
	Quadro-Resumo
	Questões de Concurso
	Gabarito
	Questões comentadas

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