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manual de contabilidade bancária

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Manual 
De 
Contabilidade Bancária 
 
 
 
 
Cândido Sozinho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maputo, Maio 2008 
 
 
 
 
 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 1
Capítulo I -INTRODUÇÃO......................................................................................................................................................... 3 
1.1 Evolução Histórica dos Bancos ............................................................................................................................. 3 
1.2 A Evolução Histórica do Sistema Bancário Moçambicano.................................................................................... 4 
1.3 A Actividade Bancária e Suas Funções ................................................................................................................ 5 
1.3.1 Posicionamento da Actividade Bancária no Sistema Económico .................................................................... 5 
1.3.2 O Papel do Banco de Moçambique................................................................................................................. 5 
1.3.3 Intermediação Financeira................................................................................................................................. 6 
1.3.4 Prestação de Serviços ..................................................................................................................................... 6 
1.4 Organização Funcional da Banca ......................................................................................................................... 7 
Capítulo II - Contabilidade Bancária ....................................................................................................................................... 8 
2.1 Conceito ................................................................................................................................................................ 8 
2.2 O Plano de Contas Para Instituições de Crédito e Sociedade Financeiras .......................................................... 8 
2.2.1 Sistematização do Plano de Contas ................................................................................................................ 8 
2.2.2 Posicionamento das Contas no balanço .......................................................................................................... 9 
2.2.3 Análise das classes de contas ....................................................................................................................... 10 
2.2.4 Relações entre classes de contas.................................................................................................................. 11 
2.3 Normas e Princípios Contabilísticos.................................................................................................................... 11 
2.3.1 Normas.................................................................................................................................................................. 12 
2.3.2 Princípios contabilísticos....................................................................................................................................... 12 
Capítulo III - Os Produtos Bancários e a Sua Relevação Contabilística ........................................................................... 13 
3.1 Compreensão...................................................................................................................................................... 13 
3.2 Produtos bancários tradicionais .......................................................................................................................... 13 
3.2.1 Produtos Bancários de Captação de Fundos................................................................................................. 14 
3.2.2 Produtos bancários de concessão de fundos ................................................................................................ 21 
3.3 Produtos Bancários Gerais.................................................................................................................................. 31 
3.3.1 Serviços bancários domésticos...................................................................................................................... 31 
Capítulo IV - Normas Específicas de Contabilização.......................................................................................................... 35 
4.1 Operações em Moeda Estrangeira...................................................................................................................... 35 
4.1.1 Valorimetria .................................................................................................................................................... 35 
4.1.2 O sistema Multicurrency................................................................................................................................. 35 
4.1.3 Operações com Procedimento Contabilístico Específico ..................................................................................... 36 
4.2 Operações de Títulos .......................................................................................................................................... 37 
4.2.1 Classificação dos títulos................................................................................................................................. 37 
4.2.2 Valorimetria dos títulos................................................................................................................................... 37 
4.3 Crédito Vencido, de Cobrança Incerta, em Moeda Estrangeira e Provisões ..................................................... 39 
4.3.1 Classificação temporal do crédito vencido ..................................................................................................... 39 
4.3.2 Percentagens de Provisões ........................................................................................................................... 39 
Capítulo V - Apuramento de Resultados e Demonstrações Financeiras......................................................................... 46 
5.1 Compreensão................................................................................................................................................................ 46 
5.2 Inventário Anual ............................................................................................................................................................ 46 
5.3 Regularização das contas ............................................................................................................................................. 47 
5.4 Balancete Rectificado.................................................................................................................................................... 47 
5.5 Apuramento de resultado .............................................................................................................................................. 47 
5.5.1 Custos................................................................................................................................................................... 47 
5.5.2 Proveitos ............................................................................................................................................................... 48 
5.5.3 Apuramento do resultado...................................................................................................................................... 48 
5.6 Demonstrações Financeiras.......................................................................................................................................... 49 
5.6.1 Balanço .................................................................................................................................................................49 
5.6.2 Demonstração de Resultados............................................................................................................................... 49 
Ficha de Exercícios ................................................................................................................................................................ 54 
Bibliografia.............................................................................................................................................................................. 63 
 
 
 
 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 2
Capítulo I -INTRODUÇÃO 
 
 
1.1 Evolução Histórica dos Bancos 
 
A dinâmica actual da economia exige recursos tecnológicos para acompanhar a moderna estruturação 
administrativa e financeira das empresas essencialmente na circulação de meios de pagamento, 
comandados pelas instituições financeiras que procuram colocar os seus serviços ao menor custo 
possível, sem que lhes escape os controlos adequados, fazendo uso da mais avançada tecnologia de 
informação processando a informação em tempo real. 
 
Entretanto a história dos bancos inicia da maneira mais rudimentar; tanto é que existem divergências 
entre os historiadores na sua narração. 
 
As primeiras transações bancárias surgiram com o advento das primeiras moedas , as quais tiveram 
origem em diversos países desenvolvidos da antiguidade, cerca de cinco séculos antes de cristo, como 
na Lídia (Ásia Antiga), Argus (Grécia). 
 
Em Antenas (Grécia) e Roma surgiram, posteriormente, comerciantes de moeda, que efectuavam 
trocas ou câmbio. Eram os trapezista, na Grécia, e os argentáris, em Roma, que se encontravam em 
bancas rústicas, instaladas em praça pública, nas quais expunham as moedas destinadas à 
comercialização. 
 
Com o decorrer do tempo, as operações de troca foram ganhando vulto, passando os cambistas a 
receber depósitos, pagando juros a taxas baixas e emprestando aos mercadores a taxas mais 
elevadas. 
 
Somente na Idade Média surgiram os primeiros estabelecimentos com a designação de bancos e o 
primeiro, segundo os historiadores, foi o Banco da Veneza, fundando em 1171, sendo admitida também 
a existência de uma instituição bancária criado pelo governo chinês em 1050. 
 
Consoante as divergências existentes entre os inúmeros “tratados” sobre a matéria, a relação da 
constituição dos bancos abaixo classificados expressa os registos históricos mais comummente 
utilizados a saber (veja a tabela abaixo): 
 
 
 
Ano Banco País 
1050 Banco da China China 
1171 Banco da Veneza Veneza 
1408 Banco de São Jorge Gênova 
1609 Banco de Amsterdã Holanda 
1619 Banco de Hamburgo Alemanha 
1621 Banco de Nureberg Alemanha 
1656 Primeiro Banco de Emissão, Fundadopor Johan Palmstruch em Estocolmo Suécia 
1694 Banco da Ingalaterra Inglaterra 
1716 Banco da França França 
1791 Primeiro Banco de Emissão Norte Americano EUA 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 3
1808 Banco do Brazil Brazil 
1824 Nederlandsche Handel-Maatschappij Holanda 
1860 Banco Imperial da Rússia Rússia 
1863 Crédit Lyonnais França 
1864 Société Génerale França 
1880 Banco di Roma Itália 
1887 Nuevo Banco Italiano Argentina 
1894 Banca Commerciale Italiana Itália 
 
 
1.2 A Evolução Histórica do Sistema Bancário Moçambicano 
 
 A caracterização da evolução do sistema bancário moçambicano pode se dividir em três partes: 
período antes da independência, desde a independência até 1987, período após a introdução do 
programa de reabilitação económica (PRE). 
 
O sistema financeiro moçambicano antes da independência contava com cerca de dez bancos 
comerciais de entre eles se destacam: o Instituto de Crédito de Moçambique, Montepio de Moçambique 
Banco, Nacional Ultramarino (BNU), Banco Pinto & Sotto Maior e o Banco Standard Totta de 
Moçambique (BSTM). 
 
No período colonial, as actividades do banco central no país eram exercidas pelo BNU que, na prática, 
funcionava como uma dependência do Banco de Portugal (banco central português), portanto sem 
nenhuma autonomia, e funcionava sobretudo como um banco comercial. Depois da independência, as 
actividades do BNU foram herdadas pelo então Banco de Moçambique que, simultaneamente, passou 
a desenvolver as funções de banco central e de banco comercial. 
 
Com a independência e através da lei 5/77 e 6/77 que preconizava a restruturação da banca foram 
nacionalizados todos os bancos com excepção do BSTM. A partir daquelas instituições financeiras 
herdadas do colonialismo, foram criados em 1977 apenas dois bancos estatais: o Banco de 
Moçambique (BM) e o Banco Popular de Desenvolvimento (BPD) e o sector financeiro passo a contar 
com três bancos comerciais uma vez que o B.M. para além das suas funções como banco central 
também desempenhava funções comerciais. 
 
 Em 1987, o governo introduziu o PRE que, dentre vários objectivos visava reverter a tendência cada 
vez mais degradante da economia e do desempenho das firmas. No entanto, o PRE implicou a 
liberalização da economia que por sua vez, impôs novas tarefas ao Banco de Moçambique. Daí, surgiu 
a necessidade de uma maior dinâmica do Banco de Moçambique no seu papel de condutor da política 
monetária e de crédito, e de supervisão do sistema financeiro nacional. A concretização dessa 
necessidade determinou a retirada das funções comerciais e a criação do Banco Comercial de 
Moçambique em 1992. 
 
No âmbito da política da liberalização da economia, e através da lei 28/91 o sector bancário é aberto ao 
investimento privado e como resultado desta política, nascem novos bancos comerciais em 
Moçambique, tais como: Banco de Fomento (BF), Banco Comercial e de Investimento (BCI), Banco 
Internacional de Moçambique (BIM), Banco Internacional de Comércio (ICB), African Banking 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 4
Corporation (ABC), Banco Mercantil e de Investimentos (BMI), Banco de Desenvolvimento e Comercio 
(BDC). 
Actualmente os bancos comerciais estão embarcar numa política de diversificação dos seus negócios, 
caracterizado por criação de pequenas empresas do grupo viradas para serviços especializados tais 
como: banca de investimentos, private banking, leasing e dealers. 
 
 
1.3 A Actividade Bancária e Suas Funções 
 
A actividade bancária tem como função principal a dinamização da actividade económica interna bem 
como as suas relações com o exterior e ainda a materialização dos objectivos macroenómicos do 
governo. Essa função é exercida através da oferta de produtos e serviços financeiros e exercício de 
uma correcta supervisão (Banco de Moçambique). 
 
Nesta secção, ira-se abordar as principais funções da actividade bancária, conhecer o posicionamento 
dos bancos no sistema económico e compreender a importância da legislação do sistema bancário e o 
papel do Banco de Moçambique como autoridade monetária. 
 
 
1.3.1 Posicionamento da Actividade Bancária no Sistema Económico 
 
Para o governo garantir o alcance dos seus objectivos macro-económicos define políticas de actuação 
tais como: orçamental, monetária, fiscal, cambial e controlo da inflação. Dentre essas políticas a 
monetária e controlo da inflação ou preços se afiguram mais importantes. 
 
A concretização das políticas acima referidas exige que o governo desenvolva determinadas acções de 
controlo em diferentes âmbitos: controlo do crédito, liquidez dos bancos e das taxas de juro. É aqui que 
surge a intervenção do sistema bancário na materialização da política económica e financeira do país. 
 
Em momentos de inflação galopante, as entidades governamentais estabelecem restrições de crédito, 
aumentamas taxas de reservas obrigatórias diminuindo a quantidade de moeda em circulação, 
aumentam as taxas de juros das facilidade permanentes concedida pelo Banco Central e estimulam as 
poupanças dos cidadãos, criando depósitos atractivos. 
 
 
1.3.2 O Papel do Banco de Moçambique 
 
O sistema financeiro Moçambicano é constituído por diversas entidades, tais como: Autoridades 
monetárias, Instituições de crédito e sociedades financeiras. A sua classificação pode ser conforme o 
quadro abaixo: 
 
Classificação das Empresas do Sector Financeiro 
Instituições de Crédito Sociedades Financeiras 
• Bancos Comerciais 
• Caixas Económicas 
• Cooperativas de Crédito 
• Sociedades de Investimentos 
• Sociedades Financeiras de Corretagem 
• Casas de Câmbio 
• Sociedades Gestoras de Fundos de Investimentos 
• Sociedades Gestoras de Património 
• Sociedades de Capital de Risco 
• Sociedades Administradoras de Compras em Grupo. 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 5
O Banco de Moçambique é o principal elemento do sistema financeiro e autoridade monetária do 
sistema bancário: 
 
Banco de Moçambique é o banco central da República de Moçambique, devendo, nesta qualidade, no 
contexto da política económica e financeira e por forma a assegurar o desenvolvimento do País, zelar 
pelo equilíbrio monetário interno e pela sobrevivência exterior da moeda. 
 
São principais funções do Banco de Moçambique: 
 
• Emissão da Moeda; 
• Concessão de empréstimos ao Estado; 
• Fixação de taxas de juro (indicativo); 
• Fixação de taxas de câmbio (indicativo); 
• Compensação de cheques e outras formas de pagamento; 
• Autoriza de abertura de instituições de crédito e sociedades financeira; 
• Supervisão de toda actividade de instituições de crédito e sociedades financeiras e 
• Outras funções atribuídas pela lei. 
 
 
1.3.3 Intermediação Financeira 
 
A principal função dos bancos no sistema económico é a intermediação financeira: canalização de 
recursos financeiros execedetários (poupanças) para onde eles são escassos, que pode ser para o 
investimento ou para o consumo. 
 
Esta função, materializa-se na captação de poupanças sob a forma de depósitos e na sua cedência 
através da concessão de crédito. 
 
 
1.3.4 Prestação de Serviços 
 
A actividade dos bancos não se limita a intermediação financeira, eles prestam uma multiplicidade de 
serviços, que podem ser a compra e venda de moeda estrangeira, pagamentos de juros de obrigações, 
etc.. 
 
A prestação desses serviços é uma função complementar da intermediação financeira, que os bancos 
colocam a disposição dos seus clientes e que muitas das vezes incide sobre os meios de pagamento, 
por exemplo, a compra e venda de moeda estrangeira e cobranças de terceiros ou assume natureza 
diversa, como é o caso de aluguer de cofres, concessão de garantias bancárias, etc.. 
 
As funções complementares ajudam os bancos a aumentar o volume de negócio da sua actividade 
principal, a intermediação financeira, contribuindo indirectamente na captação de depósitos, melhoria 
da qualidade e diversificação estreitando as suas relações com o cliente. 
 
 
 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 6
1.4 Organização Funcional da Banca 
 
As instituições de crédito, tal como outras empresas de grande dimensão, tem uma multiplicidade de 
órgãos a que estão atribuídas as diversas funções com vista a atingir os objectivos da instituição. 
Apesar de as instituições não terem modelos de organização iguais, geralmente existem cinco grandes 
funções que, de acordo com a dimensão da empresa bancária, pode-se encontrar duas ou mais 
fundidas num mesmo departamento, são elas: 
 
• Função comercial 
• Promoção e apoio comercial; 
• Operacionais ou de Execução de operações; 
• Staff ou de apoio técnico; 
• Apoio central. 
 
A função comercial: compreende as tarefas que decorrem do contacto directo com o cliente para a 
satisfação das suas pretensões: prestação imediata de informações, esclarecimentos e oferta de 
produtos bancários. Na prática, esta área engloba estabelecimentos abertos ao público genericamente 
designados por balcões e os órgãos superiores responsáveis por estes estabelecimentos. 
 
Promoção e apoio comercial: os órgãos incluídas nesta área compete a concepção de produtos e 
serviços bancários, preparar e efectuar a promoção, coordenar as acções comerciais e intervir 
directamente em certos mercados. É função de marketing que deve estudar as acções comerciais a 
desenvolver, de acordo com os objectivos estratégicos. 
 
O departamento de operações: esta divisão realiza um conjunto de tarefas, tais como, codificação e 
processamento informático, extracção de listagens, envio de notas de débito e crédito aos clientes. 
Com o desenvolvimento da informática, estas tarefas são realizadas nos balcões, cabendo aos 
serviços centrais apenas o controlo. 
 
Staff e apoio técnico: é uma função responsável por estudos de natureza económica, planeamento 
estratégico, recuperação do crédito, apoio legal, recursos humanos, auditoria, etc.. 
 
Apoio central: estão compreendidas nesta área, a contabilidade, serviços gerais, aplicação de regras 
fiscais, arquivo, etc.. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 7
Capítulo II - Contabilidade Bancária 
 
 
2.1 Conceito 
 
O estudo da Contabilidade Bancária nos países desenvolvidos começa a ganhar maior amplitude 
enquadrado no campo da gestão bancária. No nosso país este ramo de contabilidade aplicada só é 
leccionada por algumas escolas técnicas e algumas faculdades, muitas das vezes dentro dos 
programas de contabilidade sectorial. 
 
Tal como noutros ramos de actividade o departamento de contabilidade numa instituição financeira 
reveste-se de maior importância e com maior relevância que nos outros sectores devido a importância 
que ela tem na economia, daí a necessidade de maior controlo pelas autoridades monetárias. 
 
A Contabilidade Bancária é um ramo da contabilidade aplicada que estuda, regista e controla as 
operações pertinentes a instituições de crédito e sociedades financeiras, determinando o resultado 
destas operações e a situação do patrimonial. 
 
As características específicas do património das empresas bancárias e sociedades financeiras, a 
natureza própria das suas operações, tais como empréstimos, depósitos, cobrança de valores, etc. 
justifica o estudo da Contabilidade Bancária. 
 
 
2.2 O Plano de Contas Para Instituições de Crédito e Sociedade Financeiras 
 
A contabilidade contém uma linguagem fundamental na actividade bancária, e como todas as formas 
de comunicação, vai sofrendo adaptações ao real sobre o qual interage de forma a manter a 
actualidade. A comunicação a este nível estabeleceu-se através da evolução do conceito de 
normalização contabilística que foi influenciando a evolução paralela do Plano de Contas para 
Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras com alterações em 1988, 1994 e 1999. 
 
 
2.2.1 Sistematização do Plano de Contas 
 
O Plano de Contas para as Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras em vigor (Aviso 
13/GGBM/99), estabelece uma aproximação ás regras e práticas da comunidade bancária internacional 
e é constituído por nove classes, nomeadamente: 
 
1. Disponibilidades; 
2. Aplicações; 
3. Imobilizações; 
4. Recursos Alheios; 
5. Contas Internas e de Regularização; 
6. Recursos Próprios e Equiparados; 
7. Custos por Natureza; 
8. Proveitos por Natureza; 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 8
9. Contasextrapatrimoniais. 
 
A organização interna das classes reflecte, de forma explicita a aplicação dos seguintes critérios 
básicos de ordenação: 
 
• Natureza do elemento patrimonial; 
• Sector institucional; 
• Situação da residência; 
• Distinção entre moeda nacional e estrangeira; 
• Prazo das operações e 
• Consideração dos sectores fundamentais da economia. 
 
Esta organização pode ser resumida no seguinte quadro: 
 
Hierarquia das Classes de Contas e Suas Tipificações 
 
 
 
 
Natureza 
• Disponibilidades; 
• Aplicações; 
• Recursos alheios; 
• Imobilizações; 
• Contas internas e de regularizações; 
• Recursos próprios e equiparados ; 
• Custos por natureza e 
• Extrapatrimoniais. 
 
 
 
Sujeitos 
• Sector de actividade: 
o Instituições de crédito; 
o Sociedades financeiras e 
o Outros. 
• Residência: 
o Residentes e 
o Não residentes. 
Prazos das operações • Curto prazo e 
• Médio e longo prazo 
Unidade de medida Moeda nacional e 
Moeda estrangeira. 
 
Garantias conexas 
Garantias do estado; 
Hipotecas ; 
Outras e 
Sem garantia. 
 
 
2.2.2 Posicionamento das Contas no balanço 
 
Apesar de existir discrepância entre o Plano de Contas para Instituições de Crédito e Sociedades 
Financeiras e o Plano Geral de Contabilidade a equação fundamental do balanço é a mesma, se não 
vejamos: 
 
Activo = Passivo + Fundos Próprios 
 
 
Assim se seguirmos o dispositivo horizontal do balanço, as contas irão se posicionar no balanço da 
seguinte maneira: 
 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 9
Activo Passivo 
1. Disponibilidades 
2. Aplicações 
3. Imobilizações 
5. Contas Internas e de Regularização (saldos devedores) 
6. Recursos Alheios 
7. Contas Internas e de Regularização (saldos credores) 
8. Recursos Próprios e Equiparados 
9. Contas Extrapatrimoniais 9. Contas Extrapatrimoniais 
 
 
2.2.3 Análise das classes de contas 
 
Um banco, como qualquer unidade económica, está inserido num determinado ambiente económico 
com o qual mantém permanentes ligações em termos de fluxos reais a que correspondem fluxos 
monetários, mas no sentido oposto a aquele. No sector bancário, dada a natureza da sua actividade 
(intermediação) financeira), haverá fluxos recursos dos poupadores para o banco e deste para os 
investidores. Assim estar-se-á na presença de aplicações, ao falarmos de: 
 
• Aquisição do imobilizado; 
• Concessão de crédito; 
• Depósito noutros bancos; 
• Pagamento de salários; 
• Liquidação de Juros. 
 
Estamos na presença de recursos nas seguintes situações: 
 
• Aumento de capital por entrada de dinheiro; 
• Obtenção de fundos no mercado monetário; 
• Depósito de clientes 
• Cobrança de juros 
 
Tal como em qualquer facto patrimonial, os fluxos são susceptíveis de revestir duas naturezas 
diferentes patrimoniais (factos patrimoniais qualitativos) e de exploração (factos patrimoniais 
quantitativos), veja a tabela abaixo: 
 
Natureza Fluxo 
Patrimoniais De Exploração 
 
 
 
Aplicações 
• Aquisição do imobilizado; 
• Concessão de crédito; 
• Depósito noutros bancos; 
• Pagamento de salários; 
• Liquidação de Juros 
X 
X 
X 
 
 
 
 
 
X 
X 
 
Recursos 
Aumento de capital 
Obtenção de fundos no mercado monetário 
Depósito de clientes 
Cobrança de juros 
X 
X 
X 
 
 
 
X 
 
A dupla sistematização que observou no quadro antecedente, está consagrada no PCICSF através da seriação 
de classes de contas, apenas com duas excepções: 
 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 10
Classe 5 – Contas Internas e de regularização, reúne simultaneamente contas de aplicações e 
recursos e nem sempre traduz ligações ao exterior, quer dizer, o movimento dessas contas muita das 
vezes não representa um fluxo. 
 
Classe 9 – Contas Extrapatrimoniais, envolvem a relevação de responsabilidades ou compromissos 
assumidos pelo Banco ou pelos demais sujeitos perante este e que não houve ainda fluxo patrimonial 
ou de exploração. 
 
 
 
2.2.4 Relações entre classes de contas 
 
Se observar o diagrama acima, verifica-se que existe relação entre classes de contas se não vejamos: 
 
• a integração das contas de custos e proveitos dá origem a resultados que por sua vez permite 
a constituição de reservas e criação de provisões específicas; 
• Os recursos alheios originam juros de operações passivas (custos por natureza); 
• As aplicações originam juros de operações activas (proveitos por natureza); 
 
Aplicação 1 
 
A Gringos & Gringos obteve do Banco Male um empréstimo de 1.200.000 contos pagável em 
prestações semestrais. A taxa de juro foi fixado em 30% anuais. Com base nestes elementos, 
preencha o quadro seguinte, na perspectiva do Banco. 
 
Natureza Fluxo 
Patrimoniais De Exploração 
Aplicações 
Recuros 
 
 
2.3 Normas e Princípios Contabilísticos 
 
O produto final da contabilidade são as demonstrações financeiras e estas devem dar uma imagem 
verdadeira e apropriada do património, da situação financeira, assim como do resultado das operações 
da empresa de modo a satisfazer todos os utentes da informação financeira, sejam eles, credores, 
devedores, accionista estado, etc.. 
 
A qualidade essencial da informação proporcionada pelas demonstrações financeiras é a de que seja 
compreensível pelos utentes acima referidos e só é possível através do cumprimento das normas de 
contabilidade sobretudo as de relevância e fiabilidade. 
 
O plano de contas para instituições de crédito e sociedades financeiras de 1999 , que é de utilização 
obrigatória de todas as instituições sob supervisão do Banco de Moçambique, estão consagradas de 
forma explícita as seguintes normas e princípios contabilisticos: 
 
 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 11
2.3.1 Normas 
 
O PCICSF, sendo de utilização obrigatória, para todas as instituições financeiras, nomeadamente: 
bancos comerciais, empresas de leasing, de factoring, sociedades de compras em grupo, de capital de 
risco, de entre outras sujeitas a supervisão do Banco de Moçambique, estabelece um conjunto de 
normas, a saber: 
 
Relevância: é entendida como sendo a qualidade que a informação tem de influenciar as decisões dos 
seus utentes, ao ajuda-los a avaliar os acontecimentos passados, presentes e futuros ou a confirmar ou 
a corrigir as suas avaliações. 
 
Fiabilidade: é a qualidade que a informação tem de estar liberta de erros materiais e de juízos prévios, 
ao mostrar apropriadamente o que tem por finalidade apresentar ou se espera que razoavelmente 
represente, podendo, por conseguinte, dela depender os utentes. 
 
Não compensação das contas: não são permitidas quaisquer compensações entre saldos devedores 
e credores seja nas contas de terceiros, proveitos, ganhos custos ou perdas. 
 
 
 
2.3.2 Princípios contabilísticos 
 
O seguimento de princípios contabilísticos, reveste-se de grande importância, sobretudo se 
assumirmos que os utentes da informação contabilística ultrapassa as fronteiras de um país, devido ao 
fenómeno de globalização que está mais patente nos mercados financeiros do que em qualquer outro 
sector onde a nacionalidade do capital está cada vez mais diluída. No PCICSF estão patentes os 
seguintes princípios contabilísticos geralmente aceites: 
 
Continuidade: presume-se que a empresa de seguros opera continuamente não tendo intenção nem 
necessidade de entrar em liquidação ou reduzir significativamente a sua actividade. Este princípio é 
fundamental para transmitir confiança aos segurados e ao público em geral. 
 
Consistência: os critérios valorimétricos não podemser modificados de um exercício para o outro, 
caso se verifique uma derrogação a este princípio com efeitos materialmente relevantes, deve constar 
uma nota explicativa anexo as demonstrações financeiras. 
 
Especialização: os proveitos e os custos são reconhecidos quando obtidos ou incorridos, 
independentemente do seu recebimento ou pagamento, devendo incluir-se nas demonstrações 
financeiras dos períodos a que respeitam. 
 
Prudência: as contas devem integrar níveis de precaução exigidos por estimativas realizadas em 
condições de incerteza, não permitindo, contudo, a criação de reservas ocultas ou provisões 
excessivas ou a deliberada quantificação dos activos e proveitos por defeito de passivo e custos por 
excesso. 
 
 
 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 12
Capítulo III - Os Produtos Bancários e a Sua Relevação Contabilística 
 
 
3.1 Compreensão 
 
A banca no exercício da sua actividade tradicional, praticava primordialmente as operações de compra 
e venda de dinheiro, isto é, aceitava, sob forma de activos monetários, depósitos de clientes que depois 
geria e aplicava sob forma de crédito. Actualmente, graças a uma agressiva e sã concorrência, os 
bancos são levados a colocar no mercado produtos e serviços que não lhe competiam 
tradicionalmente como intermediário financeiro. Com efeito a banca promove e divulga a prestação de 
serviços, tais como, transferências, ordens de pagamento, operações sobre títulos de crédito, 
operações cambiais e comercio externo. Esses novos produtos oferecidos pelos bancos, designam-se 
serviços bancários gerais 
 
 Os serviços bancários gerais, representam uma inovação na actividade bancária e tem uma grande 
importância para os bancos, porque através deles os bancos conseguem uma remuneração 
(comissões) sem incorrer em riscos que geralmente acarretam as operações de crédito e se os mesmo 
forem bem concebidos conseguem atrair recursos (depósitos) com menor custo para os aplicar em 
operações mais rentáveis. Assim através das operações de prestações de serviços os bancos podem 
incrementar as suas margens financeiras e consequentemente os resultado. 
 
Actualmente tem aparecido os chamados bancos universais, que para além dos serviços acima 
descritos, oferecem serviços especializados, tais como, serviços de consultoria, serviços de 
intermediação e outros que tradicionalmente eram oferecidos apenas, por empresas de consultoria. 
 
 
 
3.2 Produtos bancários tradicionais 
 
Os produtos bancários tradicionais, tal como referiu anteriormente, são de duas categorias: 
• produtos bancários de captação de fundos, geralmente designados por depósitos e 
• Produtos bancários de concessão de fundos ou créditos bancários. 
 
Actualmente, podemos encontrar uma gama variada de depósitos e créditos mas no essencial são 
todos idênticos ou substitutos. Os bancos procuram introduzir pequenas variáveis de diferenciação, tais 
como: taxas juros diferentes, diferenças nas condições de movimentação; 
saldos mínimos de abertura diferentes, garantias etc..Essas varáveis são normalmente introduzidos 
para satisfazer as necessidades de um determinado segmento de mercado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 13
3.2.1 Produtos Bancários de Captação de Fundos 
 
Os produtos bancários de captação de fundos, são constituídos maioritariamente, pela variada gama 
de depósitos, entretanto quando o montante captado pelo banco nos depósitos não é suficiente pode 
recorrer ao mercado monetário interbancário (MMI) ou a emissão de valores imobiliários (obrigações). 
 
 
 a) Depósito bancário 
 
é um produto que garante ao cliente remuneração e segurança pelos fundos disponibilizados, constitui 
um meio, através do qual, o banco capta recursos financeiros que lhe permitem operações de crédito . 
 
Os depósitos representam a maioria dos recursos de que o banco dispõe, normalmente são 
agrupados em função da seu grau de exigibilidade, a saber: 
 
• depósitos a ordem; 
• com pré-aviso e 
• a prazo. 
 
Se um Banco tem um défice de tesouraria de curto prazo, geralmente recorre ao mercado monetário 
interbancário, e quando a carência de fundos é estrutural, como por exemplo, recursos para 
financiamento de investimentos, recorre-se a emissão de valores imobiliários. 
 
Todos os recursos atrás referidos estão enquadrados na classe 4 – recursos alheios do PCICSF, 
podendo se distinguir os de instituições de crédito no país (conta 40), que são fundamentalmente o 
mercado monetário interbancário e as facilidades permanentes de cedência concedidas pelo Banco de 
Moçambique, Instituições de crédito no estrangeiro (conta 41)os depósito de residentes (conta 42), 
empréstimos (conta 44) e responsabilidades representadas por títulos (conta 45), onde se enquadram 
a emissão de valores imobiliários e ainda os recursos consignados (conta 4602). 
 
Esquematicamente, o tratamento contabilístico das operações de captação de recursos, também 
designadas por operações passivas, podem ser descritas da seguinte maneira: 
 
Depósitos a ordem: 
 
(1) A
(2) C A+B+C (1) (1) B B (3) (3) B D (4) (5) (B - D) (D - B) (6)
(4) D (6) (D - B) (B - D) (5)
(1) C C (2)
112
4200/4210 582 1100
10
1111
 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 14
Legenda: 
 
(1) - Depósito do cliente constituído por numerário (conta 10), cheque sacado sobre outros 
bancos (conta 1111) e sobre o próprio banco (conta 112); 
(2) Débito da conta do cliente sacador do cheque depositado; 
(3) Lançamento da compensação ( cheques sacados sobre outros bancos) 
(4) Lançamento da compensação recebida 
(5) Regularização da compensação se o saldo for favorável 
(6) Regularização da compensação se o saldo for desfavorável 
 
Nota: os registos (5) e (6) são mutuamente exclusivos. 
Depósitos com Pré-aviso e a Prazo 
 
 4200/4210 4201/4211 
(1) A C+D (4) (5) A A (1) 
(2) B A (5) 
 
 524201/524211/524202/524212 4202/4212 
(4) C C (3) B (2) 
 
 
 
 7042201/704211/704202/704212 
 (3) C 
 (4) D 
 
 
 
Legenda: 
(1) Constituição de depósito com pré-aviso; 
(2) Constituição de depósito a prazo; 
(3) Especialização de juros, no final do mês antes do seu vencimento 
(4) Crédito de juros ao cliente na data do vencimento, constituídos por: juros especializados no 
final do mês anterior e os juros produzidos do primeiro dia do mês corrente até a data. 
(5) Vencimento do depósito a prazo e devolução do capital para conta DO. 
 
Nota: na data do vencimento do depósito a prazo, para além do capital, o cliente é creditado 
também pelo valor dos juros (lançamento 4). 
 
 
Tomada de recursos do MMI 
 
 4010 1100 
(4) A A (1) (1) A C+D (3) 
 A (4) 
 
 704010 524010 
(2) C (3) C C (2) 
(3) D 
 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 15
 
Legenda 
 
(1) Tomada dos recurso; 
(2) Especialização de juros; 
(3) Crédito de juros aos na data do vencimento, constituídos por: juros especializados no final do mês anterior 
e os juros produzidos do primeiro dia do mês corrente até a data; 
(4) Devolução dos recursos. 
 
 
Emissão de obrigações 
 
 24 
(1) A B (2) (2) B C (3) 
 
 
 451 4200/4210/1100 
(6) A A (1) (3) C D+E (5) 
 A (6) 
 
 70451 52451 
(4) D (1) (5) D D (4) 
(5) E 
 
 
Legenda 
(1) emissão de obrigações; 
(2) subscrição pelos interessados; 
(3) Realização ; 
(4)Especialização de juros; 
(5) Crédito de juros aos obrigacionistas na data do vencimento, constituídos por: juros especializados no final 
do mês anterior e os juros produzidos do primeiro dia do mês corrente até a data; 
(6) Reembolso. 
 
 
Recursos consignados 
 
 4602 4200/4210/1210 
(4) A A (1) (1) A C+D (3) 
 A (4) 
 
 70451 52451 
(2) C (3) C C (2) 
(3) D 
 
 
Legenda 
 
(5) Recepção dos recurso consignado; 
(6) Especialização de juros; 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 16
(7) Crédito de juros aos na data do vencimento, constituídos por: juros especializados no final do mês anterior 
e os juros produzidos do primeiro dia do mês corrente até a data; 
(8) Devolução dos recursos. 
 
 
 
Aplicação 2 
 
O senhor Dionísio Quintas procedeu no dia 30 de Agosto de 2002 a abertura das seguintes contas: 
 
• Depósito a prazo de 180 dias em MZM 350.000.000,00 
• Depósito com pre - aviso de 30 dias em USD 3.000,00 
 
Todas as operações foram por débito da suas contas de depósito a ordem nas respectivas moedas: 
 
MZM 356001022001 
USD 356001022002 
 
Câmbio MZM USD 23.720,33 
 
Pretende-se: A relevação contabilística dos factos patrimoniais 
 
 
Resolução: 
 Maputo 30 de Agosto de 2003 
 transporte 
 42 Depósito de Residentes 
 420 Moeda Nacional 
 4200 Depósito a Ordem 
 42009 Outros 350,000,000 
 421 Moeda Estrangeira 
 4210 Depósito a Ordem 
 42109 Outros 71,160,990 
 a 42 Depósito de Residentes 
 420 Moeda Nacional 
 4202 Depósito a Prazo 
 42029 Outros 350,000,000 
 421 Moeda Estrangeira 
 4212 Depósito a Prazo 
 42129 71,160,990 
 Abertura de contas de depósito a prazo MN 
 
e DPA em USD por débito da contas 356001022001 e 
356001022002 
 
 
 
 
 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 17
Aplicação 3 
 
O Banco de Lichinga recebeu do seu cliente, Companhia Agrária de Cuamba em 20/06/03, um 
depósito na sua conta nº 110500032003 constituido pelos seguintes valores: 
 
Cheque bancário do BSTM 132.750.000,00 
Cheque sacado sobre o Bnco Austral 150.000.000,00 
Ordem de transferência da sua conta em ZAR 75.000,00 (câmbio 3.150,00) 
 
Pretende-se: o registo no diário geral 
Resolução: 
 Maputo 30 de Agosto de 2003 
 transporte 
 11 Disponobilidades Sobre I. C. No País 
 111 Outras instituições de crédito 
 1111 Cheques a cobrar s/ outras instit. 282,750,000 
 42 Depósito de Residentes 
 421 Moeda Estrangeira 
 4210 Depósito a Ordem 
 42109 Outros 236,250,000 
 a 42 Depósito de Residentes 
 420 Moeda Nacional 
 4200 Depósito a Ordem 
 42009 Outros 519,000,000 
 depósito de 1 cheque bancário sobre o BSTM no 
 valor de 132.750 contos, um cheque sobre BA 
 de 150.000 contos e uma trnsferência de ZAR 75.000 
 __________________ ll__________________________ 
 58 Outras Contas Internas 
 582 Compnsação de Valores 282,750,000 
 a 11 disponobilidades Sobre I. C. No País 
 111 Outras instituições de crédito 
 1111 Cheques a cobrar s/ outras instit. 282,750,000 
 Pela remessa de cheques a compensação 
 
 
Aplicação 4 
 
O Banco Moderno procedeu em 20/06/03 a emissão de 240.000 obrigações de 100.000 cada e 
colocou-os a subscrição pública. No final do prazo todas as obigações estavam subscritas e 
integralmente realizadas da seguinte maneira: 
 
• 100.000 por transferência de conta de clientes em moeda nacional; 
• 25.000 por débito de clientes em USD (câmbio 23.800) e 
• 25.000 foram tomados por outras instituições financeiras, tendo creditado a sua conta no BM. 
 
 
 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 18
Resolução: 
 Maputo, 20 de Jnho de 2003 
 Transporte 
 11 Disponibilidades Sobre I. C. no País 
 110 Banco de Moçambique 
 1100 Depósitos a Ordem 4,000,000,000 
 42 Depósito de Residentes 
 420 Moeda Nacional 
 4200 Depósito a Ordem 
 42009 Outros 16,000,000,000 
 421 Moeda Estrangeira 
 4210 Depósito a Ordem 
 42109 Outros 4,000,000,000 
 a 45 Responsabilidades Repres. por Títulos 
 451 Obrigações 24,000,000,000 
 Pela colocação do empréstimo obrigacionista 
 
 
Aplicão 5 
 
Para fazer face aos défices de tesouraria o Banco Lúrio procedeu a tomada de 30.000.000.000,00 do 
Banco Zambeze através do Mercado Monetário Interbancário (MMI) por trinta dias e a uma taxa anual 
de 16%. 
 
Resolução: 
 
 Maputo, 20 de Jnho de 2003 
 Transporte 
 11 Disponibilidades Sobre I. C. no País 
 110 Banco de Moçambique 
 1100 Depósitos a Ordem 30,000,000,000 
 a 40 Instituições de Crédito no País 
 401 Outras Instituições de Crédito 
 4010 Mecado monetário interbancário 30,000,000,000 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 19
Aplicação 6 
 
Vence nesta o juro de depósito a prazo do cliente Gomes Garrido conta D.O. número 11025214002 no 
valor de 11.332.112,00 e prazo de tomada de recuros do MMI (aplicação 5). 
 
 Maputo, 20 de Julho de 2003 
 Transporte 
 70 juros e Custos Equiparados 
 704 Juros de recursos alheios 
 7040 Instituições de crédito no país 
 704010 Mecado monetário interbancário 400,000,000 
 7042 Depósito de residentes 
 70420 Moeda Nacional 
 704202 Depósito a prazo 11,332,112 
 a 42 Depósito de Residentes 
 420 Moeda Nacional 
 4200 Depósito a Ordem 
 42009 Outros 11,332,112 
 a 11 Disponibilidades Sobre I. C. no País 
 110 Banco de Moçambique 
 1100 Depósitos a Ordem 400,000,000 
 
crédito da conta DO nº 11025214002 pelo juro de DP do 
período e débito da nossa conta DO no BM (juro de MMI) 
 
 
 
b) Compensação de valores 
 
Com o desenvolvimento da actividade bancária e do conceito de moeda escritural, foram-se criando 
meios alternativos de pagamento mais práticos e mais seguros do que a utilização do próprio dinheiro. 
O cheque foi o primeiro e o mais significativo. 
 
Tendo em linha de conta que o sistema bancário é composto por diversas instituições, verifica-se, na 
prática, que uma elevada percentagem de cheques emitidos por uma instituição de crédito acaba de 
reentrar no sistema através de outra, obrigando a circulação de cheques entre várias instituições. Foi 
esta razão que foi criado um sistema de compensação de cheques e outros valores. 
 
Compensação consubstancia-se na entrega de determinados conjuntos de documentos, tais como, 
cheques, ordens de transferências, efeitos comerciais, etc. sacados sobre outros bancos e 
recebimento daqueles que foram sacados sobre si, em local e hora fixa. O serviço de compensação é 
coordenado pelo Banco de Moçambique, disponibilizando o espaço físico para o efeito, controlar o 
horário dos bancos intervenientes, registos dos documentos a serem compensados e o controlo do 
balanceamento da respectiva compensação. 
 
O movimento de compensação, sob o ponto de vista contabilístico, pode caracterizar-se da seguinte 
maneira: 
 
 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 20
Movimentoscontabilísticos da compensação 
Débito Crédito 
• Movimentos que lhe é apresentado, via compensação e 
• Devoluções de Documentos por ele apresentados na 
compensação. 
• As apresentações a compensação e 
• As devoluções de documentos que lhe foram apresentados 
via compensação 
 
 
Aplicação 7 
 
O Banco Nacional recebeu na sessão de compensão de 11 de Setembro de 2003 um conjunto de 
cheques sacados sobre si no valor de 598.937 contos, tendo na mesma ocasião entregue a vários 
bancos os cheques sobre eles sacados no valor de 579.258 contos e devolveu outros no valor 
total de 27.000 contos por diversas irregularidades. 
 
Resolução Valores em contos 
 Maputo 15 de Setembro de 2003 
 transporte 
 11 disponobilidades Sobre I. C. No País 
 110 Banco de Moçambique 
 1100 Depósitos a Ordem 579,258 
 a 58 Outras Contas Internas1 
 582 Compnsação de Valores 579,258 
 Valores apresentados a compensação 
 __________________ ll_________________________ 
 58 Outras Contas Internas2 
 582 Compnsação de Valores 598,937 
 a 11 disponobilidades Sobre I. C. No País 
 110 Banco de Moçambique 
 1100 Depósitos a Ordem 598,937 
 Pelos Valores recebidos na compensação 
 
 
3.2.2 Produtos bancários de concessão de fundos 
 
Os produtos bancários de concessão de fundos visam satisfazer as necessidades de antecipação de 
consumo ou de capital para financiar oportunidades de investimento. Para o banco, esses produtos 
representam uma aplicação de fundos captados nas e outros produtos contra o recebimento de uma 
determinada remuneração. A remuneração varia em função do risco ligado a operação. Esses 
produtos são designados por produtos comerciais de crédito. 
 
Produtos comerciais de crédito, consubstanciam-se na concessão de créditos aos clientes, 
desenhados com diferentes graus de liquidez, formas de mobilização e tipos de garantia. Assim, 
podemos encontrar os créditos por desembolsos, com as respectivas modalidades e os créditos por 
assinatura. 
 
 
1 assume-se que esta conta foi debitada no registo da remessa dos valores a compensação. 
2 esta conta será creditada em contrapartida de várias contas de depósitos, fincando assim saldada. 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 21
A relevação contabilista dos produtos de crédito de concessão de fundos é feita através da classe 2 
aplicações, nas conta 20 – Aplicações em Instituições de Crédito no País (predominantemente 
operações de MMI), 21 - Aplicações em Instituições de Crédito no Estrangeiro, 22 – Crédito a 
Residentes, 23 – Crédito a não Residentes. 
 
 
a) Crédito por desembolso 
 
Consiste na disponibilização pelo banco ao cliente de uma determinada importância por um prazo definido 
e mediante remuneração. Esta modalidade subdivide-se em: 
 
o Crédito por empréstimo; 
o Crédito por abertura de crédito e 
o Crédito por desconto. 
 
 Crédito por empréstimo 
 
Nesta modalidade o banco disponibiliza a um cliente uma certa quantia ficando este obrigado a restitui-la, findo o 
prazo acordado, bem como pagar a devida remuneração. A conta de empréstimo não é mobilizável directamente 
daí que a sua disponibilização é através da conta de depósito à ordem. 
 
Os créditos por empréstimos constituem o maior parcela dos produtos bancários de concessão de fundos e 
caracterizam por ter um plano de amortização preestabelecido, várias formas de reembolso: pagamento do 
capital de uma única vez, pagamento periódico de capital e juros ou ainda atribuição de um período de graça ao 
cliente em que durante o qual não há produção de juros sobre o capital. 
 
Para minimizar o risco da operação os bancos geralmente exigem garantias, que podem ser de várias formas, 
nomeadamente: garantia do Estado, hipoteca, etc.. Existe casos em que se concede crédito sem garantia, em 
função do grau de confiança que a instituição tem com o cliente e o nível do risco envolvido. 
 
Uma das modalidades de crédito por empréstimo muito usado por empresas para cobrirem as suas dificuldades 
de tesouraria pontuais é o descoberto autorizado, em que o banco permite que um cliente saque um 
determinado montante, para além do saldo existente na sua conta. 
 
 
 
Esquematicamente, o tratamento contabilístico dos créditos por empréstimo pode ser representado como se 
segue: 
 
Tratamento contabilístico do crédito por empréstimo 
 4200/4210 220xxx/221xxx 
(1) A C (2) (2) C Cn (4) 
(4) Cn+Jn+J 
 893 80220xxx/80221xxx 
 A (1) Jn (3) 
 J (4) 
 53220xxx/53221xxx 
 (1) (3) Jn Jn (4) 
 
 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 22
Legenda 
 
(1) Débito de preparos ou comissões, como é muitas vezes designado (quantia A); 
Disponibilização do crédito na conta do cliente. No caso de descoberto autorizado, o cliente utiliza 
normalmente a sua conta de depósitos a ordem e periodicamente o banco transfere os saldos devedores da conta 
DO para a subconta apropriada da 220 ou 221 e debita a conta do cliente pelos juros e no final do contrato o 
cliente amortiza a totalidade do saldo a descoberto; 
(2) especialização de juros; 
(3) Débito da conta do cliente pela prestação vencida constituída pelo: prestação do capital, juros especializado no 
final do mês anterior, juro produzido ao longo do mês corrente. 
 
 
 
Aplicação 8 
 
A Comissão de Crédito do Banco Alta Visão apreciou e aprovou a 1 de Julho de 2003, os seguintes 
contratos de empréstimos com várias entidades: 
 
1. Com a Sociedade de Tabacos Sul: um descoberto autorizado com limite mensal de 800.000 
contos a taxa de juro de 17% anual; 
2. Com Green Fishers: Um em empréstimo de 1.200.000 contos por um ano segundo uma taxa 
de juro de 30% com amortizações mensais. A garantia é um aval duma empresa associada do 
mutuário. O plano de amortização está conforme a tabela abaixo: 
 
MONTANTE 1.200.000 CTS i = 30% 
Nº C.INICIAL PMT JUROS CAPITAL SALDO 
 
1 1,200,000 116,985 30,000 86,985 1,113,015 
2 1,113,015 116,985 27,825 89,159 1,023,856 
3 1,023,856 116,985 25,596 91,388 932,468 
4 932,468 116,985 23,312 93,673 838,795 
5 838,795 116,985 20,970 96,015 742,781 
6 742,781 116,985 18,570 98,415 644,366 
7 644,366 116,985 16,109 100,875 543,490 
8 543,490 116,985 13,587 103,397 440,093 
9 440,093 116,985 11,002 105,982 334,111 
10 334,111 116,985 8,353 108,632 225,479 
11 225,479 116,985 5,637 111,348 114,131 
12 114,131 116,985 2,853 114,131 0 
TOTAL 1,403,815 203,805 1,200,000 
 
3. Com Maputo Pub: Um empréstimo de 3.000.000 por 5 anos. A taxa de juro é Maibor 12 meses 
+ 5%. Amortizações trimestrais com parcelas de capital iguais. Preparos 2% do empréstimo. A 
garantia é a hipoteca do edifício que serve de escritórios. A primeira prestação vence daqui a 
30dias. 
 
Trabalho a realizar: A contabilização dos empréstimos 
 
 
 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 23
 Resolução Valores em contos 
 Maputo 1 de Julho de2003 
 Transporte 
 42 Depósito de Residentes 
 420 Moeda Nacional 
 4200 Depósito a Ordem 
 42001 Emresas 60,000 
 a 89 Outros Proveitos e Lucros 
 893 Reembolso de Despesas 60,000 
 Preparos de 2% sobre crédito do Maputo Pub 
 
 22 Crédito a Residentes 
 220 Moeda Nacional2200 Curto Prazo 
 2008 Outras Garantias 1,200,000 
 2201 Médio e Longo Prazo 
 22012 Garantia de Hipoteca 3,000,000 
 a 42 Depósito de Residentes 
 420 Moeda Nacional 
 4200 Depósito a Ordem 
 42001 Empresas 4,200,000 
 Pelo desembolso do crédito 
 
 
Aplicação 9 
 
Vence as primeiras prestações dos créditos concedidos a Green Fishers e Maputo Pub (aplicação 
7), tendo sido feitos os débitos nas respectivas contas DO. Relativamente ao descoberto 
autorizado a Sociedade de Tabacos Sul, o valor a descoberto monta 639.000 contos e a empresa 
fez a respectiva regularização. 
 
A MAIBOR de um ano a esta data estava fixada em 30,4% 
 
Pretende: O registo das operações no diário geral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 24
Resolução: 
 Maputo 31 de Julho de2003 
 Transporte 
 42 Depósito de Residentes 
 420 Moeda Nacional 
 4200 Depósito a Ordem 
 42001 Empresas 1,003,537 
 a 22 Crédito a Residentes 
 220 Moeda Nacional 
 2200 Curto Prazo 
 22008 Outras Garantias 
 220089 Outros 86,985 
 22009 Sem Garantia 
 220094 Descobertos em Depósitos à Ordem 639,000 
 2201 Médio e Longo Prazo 
 22012 Garantia de Hipoteca 
 220125 Empréstimos 150,000 
 a 80 Juros e Proveitos equiparados 
 802 Aplicações 
 8022 Crédito a Residentes 
 80220 Moeda Nacional 
 802200 Curto Prazo 
 8022008 Outras Garantias 
 80220089 Outros 30,000 
 8022009 Sem Garantia 
 802200940 Descob. em Depósitos a Ordem 9,053 
 802201 Médio e Longo Prazo 
 8022012 Garantia de Hipoteca 
 80220125 Empréstimos 88,500 
 Pelo reembolso de créditos e pagamento de juros 
 
 
b) Crédito por abertura de crédito 
 
A abertura de crédito, as vezes chamado crédito em conta corrente é um contrato de crédito em 
que um banco se obriga ter a disposição de um cliente fundos até um determinado mntante e por 
um determinado período de tempo, fundos esses que cliente utilizará de acordo com as suas 
conveniências, estando obrigado a reembolsar ao banco a parte que utilizar, pagar o juro e 
eventuais comissões. 
 
A importância poderá ser creditada numa conta especial, chamada crédito em conta corrente 
que o cliente utilizará levantando fundos directamente ou por transferência para a sua conta DO. 
 
O reembolso do crédito pode ser feito pr duas maneiras diferente: liquidação integral de uma só 
vez ou o cliente faz entregas para reduzir o saldo devedor da conta corrente até a sua extinção. 
 
O tratamento contabilístico dos créditos em conta corrente, pode seguir o representado no 
esquema abaixo: 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 25
Tratamento contabilístico do crédito em conta corrente 
 4200/4210 220xxx/221xxx 
(1) A + B C (2) (2) C Cn (4) 
(4) Cn+Jn+J 
 
 
 893 80220xxx/80221xxx 
 A (1) Jn (3) 
 J (4) 
 
 
 809200 53220xxx/53221xxx 
 B (1) (3) Jn Jn (4) 
 
 
 
 
Legenda 
 
(1) Débito de preparos ou comissões, como é muitas vezes designado (quantia A) e comissão 
de imobilização de conta (quantia B). as comissões de imobilização da conta são 
normalmente debitados para os casos de crédito em conta corrente (caso o contrato de 
mutuo assim determinar), podendo ser no início do contrato ou mensalmente em caso de o 
valor contratado não for utilizado pelo cliente; 
(2) Disponibilização do crédito na conta do cliente. Neste caso, de crédito em conta corrente a 
disponibilização do valor do crédito ocorre mediante a solicitação do cliente e no valor 
desejado e o juro irá recair sobre o montante utilizado; 
(3) especialização de juros; 
(4) Débito da conta do cliente pela amortização do crédito (totalidade do crédito utilizado ou 
parte deste), juros especializado no final do mês anterior, juro produzido ao longo do mês 
corrente. O débito do juro e a amortização do crédito utilizado não ocorre necessariamente 
ao mesmo tempo, salvo no fim do contrato. 
 
Aplicação 10 
 
A Quimigal Comércio Geral, tem encomendas no valor de 580.000 contos, neste momento está 
com estrangulamentos de tesouraria que a leva a ter dificuldades para a compra de matérias 
primas. Para solicionar o problema negociou com o Banco Mikaya que este pós a sua disposição 
durante seis meses. O crédito vencerá juros, a taxa de 14%, calculados sobre o saldo devedor da 
conta e uma comissão de imobilização mensal de 5% sobre o valor da crédito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 26
Resolução 
 Valores em contos 
 Maputo 31 de Agosto de2003 
 Transporte 
 22 Crédito a Residentes 
 220 Moeda Nacional 
 2200 Curto Prazo 
 22009 Sem Garantia 
 220092 Créditos em Conta Corrente 580,000 
 a 42 Depósito de Residentes 
 420 Moeda Nacional 
 4209 Outros Depósitos 580,000 
 Abertura de um crédito a favor da Quimigal 
 
 
Aplicação 11 
 
No final do mês, o saldo da conta era 211.960 contos e o juro total era de 4.305 contos. Foi feito o débito de 
juros e da respectiva comissão de imobilização. 
 
Resolução 
valores em contos 
 Maputo 30 de Setembro de 2003 
 Transporte 
 42 Depósito de Residentes 
 420 Moeda Nacional 
 4209 Outros Depósitos 401,345 
 a 22 Crédito a Residentes 
 220 Moeda Nacional 
 2200 Curto Prazo 
 22009 Sem Garantia 
 220092 Créditos em Conta Corrente 368,040 
 a 80 Juros e Proveitos equiparados 
 802 Aplicações 
 8022 Crédito a Residentes 
 80220 Moeda Nacional 
 802200 Curto Prazo 
 8022009 Sem Garantia 
 80220092 Créditos em Conta Corrente 4,305 
 a 82 Comissões 
 829 Outras Comissões 29,000 
 Pela regularização da conta corrente, débito de comissões e juros. 
 
 
 
 
 
 
 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 27
c) Crédito por desconto 
 
O crédito por desconto contrato em que o banco antecipa o valor do crédito ao seu titular deduzido do 
correspondente juro e eventuais despesas, transmitindo lhe este o respectivo crédito que vai cobrar na 
data do vencimento. 
 
As operações de desconto recaem com maior frequência sobre créditos titulados, tais como letras e 
livranças através do endosso dos respectivos títulos de crédito ao banco após a realização de algumas 
formalidades contratuais. 
 
Após o cumprimento das formalidades o Banco fica com direitos sobre todos os intervenientes no título 
descontado (sacador e sacado), isto é, em caso de falta de cumprimento por parte do sacado o 
cedente do título tem a obrigação de restituir o montante adiantado pelo banco. 
 
O tratamento contabilístico dos créditos por desconto, é conforme o esquema abaixo: 
 
Tratamento contabilístico do crédito por desconto 
 
 4200/4210 220xxx/221xxx 
(3) C C - J - A - B (1) (1) C C (3) 
 
 
 893 80220xxx/80221xxx 
 A (1) Jn (2) 
 
 
 8251 55220xxx/55221xxx 
 B (1) (2) Jn J (1) 
 
 
 
Legenda 
 
(1) concessão do crédito por desconto, sendo: (C – (J+ A + B)) o líquido produto do desconto creditadona 
conta do cliente, A - preparos e portes, B comissões de cobrança, J o juro (calculado em função do 
tempo que falta para o vencimento da letra); 
(2) Imputação do juro deferido aos proveitos, proporcionalmente ao prazo do crédito; 
(3) Pagamento do valor da letra pelo aceitante, por débito em conta podendo ser também por cheque sobre 
outros bancos (1111) ou transferência bancária (recebido na compensação). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 28
Aplicação 12 
 
Após a celebração do contrato de mútuo entre o Banco Zumbo e A Zambeze Industrial este apresentou os 
seguintes Letras para serem descontados: 
 
Sacado Valor Vencimento Praça 
Zumbo Alimentar 180.000.000 30 dias Tete 
Agroquisa 220.000.000 45 dias Maputo 
Malaquias Industrias 56.000.000 15 dias Maputo 
 
Após uma apreciação municiosa da proposta a mesma foi aprovada e creditado na conta depósito do 
cliente, nas seguintes condições: 
 
• Taxa de juro anual 35% 
• Comissões de cobrança 2,5% das letras sacadas sobre a praça e 5% sobre outras praças; 
• Portes 0.5% 
 
Resolução: 
 Maputo 30 de Setembro de 2003 
 Transporte 
 22 Crédito a Residentes 
 220 Moeda Nacional 
 2200 Curto Prazo 
 22009 Sem Garantia 
 220090 Descoto 456,000 
 a 42 Depósito de Residentes 
 420 Moeda Nacional 
 4200 Depósito a Ordem 
 42001 Empresas 421,242
 a 80 Juros e Proveitos equiparados 
 802 Aplicações 
 8022 Crédito a Residentes 
 80220 Moeda Nacional 
 802200 Curto Prazo 
 8022009 Sem Garantia 
 80220090 Desconto 16,578
 a 82 Comissões 
 825 Prestação de Serviços 
 8251 Cobrança de Valores 15,900
 a 89 Outros Proveitos e Lucros 
 893 Reembolso de Despesas 2,280
 Pelo descontos de vários efeitos 
 
 
 
 
 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 29
d) Crédito por assinatura 
 
Ao contrário do que acontece com o crédito por desembolso, o crédito por assinatura não implica 
uma saída de fundos, o banco garante, perante terceiros, o bom cumprimento de uma obrigação 
do seu cliente em troca de uma comissão. Contudo, a instituição financeira pode ser chamado 
caso o seu cliente falte ao compromisso. 
 
Esta modalidade de crédito, engloba as garantias bancárias e os avales bancários. As garantias 
bancárias são mais comuns quando cliente pretende participar num empreendimento que exige a 
imobilização de fundos, como é o caso de obras públicas, fornecimentos, etc., enquanto que o 
aval bancário em um caso específico de aval, quer dizer, estamos na presença de uma letra ou 
outro tipo de efeito comercial, em que o avalista é um banco. 
 
Em termos de relevação contabilística, haverá lugar ao registo de uma comissão ( conta 820 
Garantias prestadas) e da respectiva responsabilidade potencial assumida pelo banco em contas 
de ordem (classe 9). 
 
Aplicação 13 
 
A Pedreira de Goba candidatou-se ao fornecimento de pedras na construção de uma ponte sobre o Rio 
Maputo. A entidade responsável pela obra exige como garantia do cumprimento do fornecimento um 
depósito de 100.000.000,00. A Pedreira não está em condições de imobilizar este valor, pelo que 
solicitou ao Banco Progresso uma garantia bancária e este aceitou mediante uma comissão de 1%. Na 
mesma ocasião solicitou ao Banco que avalizasse uma letra no valor de 50.000.000,00 a uma 
comissão de 5%. A garantia e o aval foram aprovados em 30 de Setembro de 2003. 
 
Resolução: 
 
 Valores em contos 
 Maputo 30 de Setembro de 2003 
 Transporte 
 42 Depósito de Residentes 
 420 Moeda Nacional 
 4200 Depósito a Ordem 
 42001 Empresas 3,500,000 
 a 82 Comissões 
 820 Garantias Prestadas 
 8200 residentes 
 82000 Garantias e avales 3,500,000 
 Débito da conta do cliente Pedreira de Goba 
 pela comissão da sua garantia bancária 
 
Nota: haverá lugar ao registo na conta 9000 – Garantias e avales pela responsabilidade potencial 
assumida. 
Os bancos para além de aplicar os seus recursos nas operações de crédito a clientes, aplicam também 
no mercado monetário interbancário e em valores imobiliários. 
 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 30
Aplicação 14 
 
O Banco G&G, recebeu, em 26 de Setembro de 2003, a confirmação do Banco de Moçambique do débito da 
sua conta em de 30.000.000 contos relativo a cedencia de fundos ao Banco B&B a uma taxa de juro de 30% e 
por um período de 180 dias. 
 
 
Resolução: 
 Valores em contos 
 Maputo 26 de Setembro de 2003 
 transporte 
 20 Aplicações Em Instituições de Crédito no Pais 
 201 Outras Instituições de Crédito 
 2010 Mercado Monetário Interbancário 30,000,000 
 a 11 disponobilidades Sobre I. C. No País 
 110 Banco de Moçambique 
 1100 Depósitos a Ordem 30,000,000 
 Nossa cedência de fundos ao B&B 
 
 
 
3.3 Produtos Bancários Gerais 
 
Os produtos bancários gerais, aparecem com a evolução da própria actividade bancária, como 
consequência duma gestão cada vez mais virada para o cliente. Como a prestação desses serviços os 
bancos ganham uma comissão e podem ainda angariar recursos (depósitos), se o produto for bem 
concebido e agradar ao cliente, para os aplicar em operações mais rentáveis. 
 
Os produtos ou serviços bancários gerais, de acordo com o território onde se realizam e com o tipo de 
moeda usado na transacção, são de dois grupos: domésticos e internacionais. 
 
 
3.3.1 Serviços bancários domésticos 
 
Enquadra-se neste grupo de operações, todas aquelas que se realizam no território nacional e 
expressos em moeda nacional. Entre essas operações estão incluídos a cobrança de conta alheia, as 
transferências a crédito, permanentes, electrónicas, electrónicas interbancárias, home-banking, 
aluguer de cofres, guarda de valores e administração de propriedades. 
a) Cobrança de conta alheia 
 
é a operação pela qual o banco promove a apresentação ou aviso aos aceitantes dos efeitos (letras, 
recibos, livranças, etc. ) sobre eles sacados, reclamando-lhes o respectivo pagamento, ou 
assegurando o débito em conta se o aceitante tiver conta domiciliada no banco. 
 
O banco pode prestar este serviço para cobrança de letras, extractos de factura, livranças, telefones, 
consumo de energia, impostos, etc. A operação proporciona ao banco uma comissão e ao mesmo 
tempo garante a entrada de recursos ou evita a sua saída. 
 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 31
Actualmente assistimos a um recurso cada vez mais crescente de cobranças de consumo de vários 
serviços através da bancas incluindo a utilização de ATMs, tais como, contas de eletricidade e 
telefone. Para o banco, estas operações para além de permitir a melhoria da captção podem 
proporcionar comissões e melhorar a rentabilidade. 
 
 
Aplicação 15 
 
Procedemos ao crédito da conta da EDM pela cobrança de várias facturas no valor de 
1.500.000.000,00. As comissões totalizaram 12.300.000,00. 
 
Resolução: 
 Maputo 30 de Setembro de 2003 
 Transporte 
 10 Caixa 
 100 Notas e Moedas Nacionais 1,500,000,000 
 a 42 Depósito de Residentes 
 420 Moeda Nacional 
 4200Depósito a Ordem 
 42001 Empresas 1,500,000,000 
 Cobrança de fecturas da EDM 
 ________________ ll_________________________ 
 Transporte 
 42 Depósito de Residentes 
 420 Moeda Nacional 
 4200 Depósito a Ordem 
 42001 Empresas 12,300,000 
 a 82 Comissões 
 825 Prestações de Serviços 
 8251 Cobrança de Valores 12,300,000 
 Cobrança de comissão de prestação de serv. 
 
 
b) Transferências de valores 
 
O banco pode proceder, por instrução do cliente, a transferência de valores de uma conta para outra 
dentro do banco ou para uma outra conta fora do banco. Quando a transferência é entre contas 
domiciliadas no mesmo banco, normalmente não se cobra comissões, mas quando é entre contas 
domiciliadas em bancos diferentes o banco exige uma remuneração. O procedimento dos bancos 
sobre este serviço, pode ter algo a ver com o custo da operação ou pode ser uma maneira de 
compensar a perda de recursos. 
 
Com o desenvolvimento tecnológico os clientes tem a possibilidade de ordenar electronicamente 
transferências a crédito através das ATM, e fazer o pagamento de compras diversas de forma 
electrónica, através dos chamados Point of sale (POS), utilizando para o efeito os cartões de crédito 
 
Os Serviços executados através de ATMs e POS, estão disponíveis nos bancos nacionais, apesar de 
ainda apresentarem algumas limitações, por exemplo, as ATM só facultam os serviços de 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 32
levantamento e consulta de saldos e o uso dos cartões de crédito (Visa e Mastercard) ainda é 
bastante limitada. 
 
Contabilísticamente, as operações realizadas nos POS e ATMs são transferência de conta a conta, 
uma vez que trata-se de passagem de valores a terceiros. 
 
 
Aplicação 16 
 
O Banco Zambeze procedeu a execução de uma ordem de transferência dada por Alfeu Mbuyanguana 
no valor de 15.000.000,00 para a conta DO de Guebo Honwana no Banco de Limpompo. A comissão 
de transferência cobrada foi de 5%. 
 
Resolução: 
 Maputo 30 de Setembro de 2003 
 Transporte 
 42 Depósito de Residentes 
 420 Moeda Nacional 
 4200 Depósito a Ordem 
 42009 Outros 15,750,000 
 a 58 Outras Contas Internas 
 582 Compensação de Valores 15,000,000 
 a 82 Comissões 
 825 Prestações de Serviços 
 8255 Transferência de Valores 750,000 
 Débito da sua conta pela ordem de transf. E da comissão 
 Maputo 30 de Setembro de 2003 
 ______________________ II ________________________ 
 58 Outras Contas Internas 
 582 Compensação de Valores 15,000,000 
 a 11 Disponibilidades Sobre I. C. no País 
 110 Banco de Moçambique 
 1100 Depósitos a Ordem 15,000,000 
 Pela regularização da compensação 
 
 
c) Aluguer de cofres 
 
Com esta operação o banco faculta ao cliente um cofre para guardar objectos de reduzida dimensão 
(títulos, jóias, pedras preciosas, etc.) e o cliente tem uma acesso exclusivo e privativo do cofre 
mediante o pagamento de uma comissão e de entrega de uma caução pelas chaves que ficam ao seu 
poder durante a vigência do contrato. 
 
 
 
 
 
 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 33
Aplicação 17 
 
Procedemos ao débito da conta do Obadias Guiringane pela comissão anual de utilização do cofre no valor de 
5.538.000,00. 
 
 Maputo 31 de Dezembro 2002 
 Transporte 
 42 Depósito de Residentes 
 420 Moeda Nacional 
 4200 Depósito a Ordem 
 42009 Outros 5,538,000 
 a 82 Comissões 
 825 Prestações de Serviços 
 8250 Depósito e Guarda de Valores 5,538,000 
 Comissão anual de aluguer de cofre 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 34
 
Capítulo IV - Normas Específicas de Contabilização 
 
 
Os temas a abordar neste capitulo, prendem-se com operações que, dada a sua natureza, são objecto de um 
procedimento contabilístico específico, caso das operações em moeda estrangeira, operações com títulos, 
crédito vencido e as respectivas provisões. 
 
Não se pretende fazer um estudo exaustivo sobre a matéria, mas sim um visão geral do assunto de modo a 
completar a abordagem da Contabilidade Bancária. 
 
 
4.1 Operações em Moeda Estrangeira 
 
4.1.1 Valorimetria 
 
As notas e moedas estrangeiras, são registadas na entrada ao preço de aquisição e as saídas pelo 
valor da venda. 
 
No final de cada mês, a existência de moeda estrangeira será avaliada ao câmbio oficial de divisas, do 
dia, divulgado a título indicativo pelo Banco de Moçambique e as diferenças apuradas serão relevadas 
ma respectiva subconta da conta 720 – Prejuízos e diferenças de reavaliação da posição cambial ou 
830 – Lucros e diferenças de reavaliação da posição cambial. 
 
 
4.1.2 O sistema Multicurrency 
 
O metical é a principal unidade monetária com que as instituições de crédito moçambicanas, 
basicamente, operam. Esta unidade traduz numericamente os activos e passivos nas referidas 
instituições. No entanto, os bancos possuem igualmente valores activos e passivos, expressos em 
moeda estrangeira. Assim, os bancos no geral, utilizam o sistema multi – currency, cujas as 
principais características são as seguintes: 
 
o Consagra a existência de um razão com as respectivas contas para cada moeda, isto 
é, razão de USD, MZM, ZAR, etc.; 
 
o O saldo dessas contas define a posição cambial em cada moeda: credora se os 
activos superam os passivos e devedora no caso contrário; 
 
o Estas razões articulam-se com o razão meticais onde existe a posição cambial com 
saldos simétricos ao das posições em moeda estrangeira. 
 
 
 
 
 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 35
4.1.3 Operações com Procedimento Contabilístico Específico 
 
As operações em moeda estrangeira com objecto de procedimento contabilístico especifico, são as 
seguintes: 
 
• Operações cambiais a vista; 
• Operações cambiais a prazo e 
• Operações cambiais swap. 
 
Operação cambial a vista, é uma transação efectuada de imediato, normalmente dois dias após a 
data do contrato. 
 
Operação cambial a prazo, é uma transação de venda a preço fixo, cuja movimentação de fundos 
será efectuada numa data futura para além de dois dias úteis após a data da contratação. 
 
Operação swap, é uma transação de compra (venda) de uma moeda por outra, a vista e venda 
(compra) a prazo do mesmo montante da primeira moeda, em oposição a um montante contratado da 
segunda. 
 
 
Aplicação 18 
 
A empresa de Transportes Marítimos depositou um cheque de USD 50.000 na sua conta de depósitos 
a ordem em moeda estrangeira. Câmbio 23.780,00. 
 
Resolução: 
 
 1211 Disp s/IC no estrang. 
Outras IC - Cheques a cobrar 58100 Operações Cambiais a Liquidar MN 
50.000 50.000 1.189.000.000 
 
1210 Disp. S/IC no estrang. 4210 Depósito de residentes 
Outaras IC - DO Moeda nacional - DO 
50.000 1.189.000.000 
 
580 - Outras Contas Internas 
Posição Cambial 
 50.000 
 
 
Uma vez que a taxa de câmbio tem carácter variável, a posição cambial é sujeito a reavaliação 
periódica, segundo os princípios definidos no PCICSF. 
 
 
 
 
 
Contabilidade Bancária Cândido Sozinho 36
4.2 Operações de Títulos 
 
 
4.2.1 Classificação dos títulos 
 
Os bancos

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