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Atividade Execução Mod 2

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19/06/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/14
 
MODULO 2
PARTE 1
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA
 
 
INTRODUÇÃO
 
 Sentença ilíquida é aquela que não fixa o valor da condenação, sendo proferida como
exceção, uma vez que sendo o pedido determinado a sentença deverá também, desde logo
descrever o objeto da condenação, em sua qualidade e quantidade, entretanto, há casos em
que o próprio legislador autorizou a indeterminação do pedido (hipóteses do artigo 324, do
Código de Processo Civil), circunstâncias em que a sentença proferida poderá ser
ilíquida (ressalvadas as hipóteses em que o legislador proibiu o juiz de proferir sentença
ilíquida, como por exemplo, nas ações que tramitam pelos Juizados Especiais, conforme artigo
38 c/c 52, I, da Lei n°9.099/95).
 A iliquidez é incompatível com a execução, pois esta requer título líquido, certo e exigível,
consoante o artigo 783, do Código de Processo Civil.
 Quando faltar esse requisito aos títulos judiciais, antes de proceder ao cumprimento da
sentença, se fará sua liquidação para que se fixe o valor ou se individualize o objeto da
execução. Já na hipótese de título extrajudicial a iliquidez faz com que perca a própria
executividade, não sendo então adequada a ação de execução, mas sim a chamada ação
monitória (artigo 700 e seguintes do Código de Processo Civil).
 A respeito da natureza jurídica da liquidação de sentença, no passado, antes da reforma
no CPC/73 operada pela Lei nº11.232/05, era pacífico o entendimento de que se tratava de
processo preparatório, que antecedia a execução e gerava uma sentença declaratória que
atribuía certeza ao título executivo anteriormente gerado.
 Atualmente a liquidação se tornou uma fase do processo de conhecimento que antecede o
cumprimento da sentença, este também mera fase do processo anterior, sendo certo que o
legislador passou a tratar a questão apenas como decisão interlocutória.
 Destarte, diante da clareza do texto legal, entendemos que não é mais possível sustentar
qualquer dúvida doutrinária a cerca da natureza jurídica da liquidação de sentença.
 
LIMITES DA LIQUIDAÇÃO
 
 É certo que a decisão de liquidação não pode em nada alterar o teor da sentença
anterior, sob pena de violar coisa julgada, conforme expressamente veda o artigo 509, §
4°, do nosso Código de Processo Civil.
 A regra, não se aplica aos juros e à correção monetária, cujos pedidos ainda que não
formulados e mesmo que não contidos expressamente na sentença da ação de conhecimento,
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em conformidade com o artigo 332 e a Súmula 254, do Supremo Tribunal Federal, são
considerados implícitos e assim devem ser sempre considerados na liquidação.
 O que não pode ser feito é alterar o percentual de tais juros ou o índice de correção
anteriormente determinados na sentença, ressalvada a hipótese do índice oficialmente extinto
e substituído por outro.
 
CONTRADITÓRIO
 
 Como em qualquer procedimento ou fase do processo, este princípio também é
respeitado na liquidação da sentença, tendo em vista que a parte pode apresentar pareceres e
documentos elucidativos (art. 510, CPC), bem como poderá apresentar contestação (art. 511,
CPC).
 
LIQUIDAÇÃO PARCIAL
 
 Na hipótese de haver na sentença uma parte líquida e outra não, é direito do credor
executar a parte líquida desde logo, circunstância em que a liquidação da outra parte poderá
ser procedida em autos apartados, tal como ocorrerá na hipótese de pendência de recurso,
prevista pelo artigo 509, § 1°, do Código de Processo Civil.
 
LIQUIDAÇÃO EM FASE RECURSAL
 
 O legislador autorizou que se inicie a liquidação de sentença, ainda que desta penda
recurso (artigo 512, CPC), circunstância em que o procedimento de liquidação será realizado
em autos próprios que serão instruídos com cópias dos autos principais, declaradas
autênticas sob a responsabilidade do advogado.
 Esta medida é de evidente economia processual, haja vista que a liquidação da sentença
pode levar tempo, entretanto, todo o procedimento pode ser posto a perder caso haja
alteração da sentença em grau de recurso, risco o qual é assumido inteiramente pelo
liquidante.
 
LIQUIDAÇÃO PELO VENCIDO
 
 A liquidação também pode ser requerida pelo vencido, uma vez que este tenha interesse
em pagar voluntariamente a fim de fugir dos efeitos da mora, observando-se entretanto que,
enquanto não procedida a liquidação, não é possível cobrar a multa prevista no artigo 523, do
Código de Processo Civil.
 
DIFERENÇA ENTRE LIQUIDAÇÃO E ATUALIZAÇÃO DE VALORES
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 Não podemos confundir a apuração de quantia certa, que até então era desconhecida
pelas partes, o que se faz nos títulos judiciais perante o procedimento de liquidação que
estamos estudando, com as meras atualizações de débito, realizadas no curso do
cumprimento da sentença e também nas execuções de título extrajudicial, apenas para
agregar despesas processuais e custas ou atualizar acessórios.
 
ESPÉCIES DE LIQUIDAÇÃO
 
 Nosso legislador processual estabeleceu tratou de três espécies de liquidação, quais
sejam:
a) por cálculo (artigo 524, CPC);
b) por arbitramento (artigo 509, I);
c) pelo procedimento comum (artigo 509, II).
 Vejamos uma a uma:
 
A) LIQUIDAÇÃO POR CÁLCULO
 
 A liquidação por cálculo é na verdade um procedimento cumprido pela própria parte que
ao peticionar requerendo o cumprimento da sentença junta a petição uma memória
discriminada e atualizada do cálculo, procedido consoante o que fora determinado pela
sentença e por essa razão uma parcela da doutrina afirma que não poderia sequer ser
considerada espécie de “liquidação”, já que neste caso não seria necessário nenhum
procedimento especial para apurar o valor.
 Não obstante isso, preferimos manter o tema, entre as espécies de liquidação, não
apenas por apego á tradição, mas por entendermos que por enquanto este ainda é o modo
mais didático de tratar o assunto.
 Assim, feita essa ressalva, é necessário dizer que há também hipóteses em que o cálculo
depende da apresentação de documentos ou informações que estão com o devedor ou
mesmo com terceiro e nessa hipótese deve-se requerer ao juiz que intime a parte ou terceiro
para que apresente tais dados, podendo fixar até 30 (trinta) dias para cumprimento da
diligência (artigo 524, § 4º, do CPC).
 Caso o devedor não apresente esses dados, sem justo motivo, o cálculo apresentado
pelo credor será considerado correto, e sendo o descumprimento injustificado praticado por
terceiro, será expedido mandado de busca e apreensão, sem prejuízo de sua
responsabilização por crime de desobediência.
 Como dito o cálculo é feito pela própria parte, como regra, entretanto, por exceção
poderá ser determinado ao CONTADOR DO JUÍZO, quando os cálculos iniciais parecerem
excessivos ou ainda quando o credor for beneficiário da assistência judiciária gratuita, tendo
em vista a presumida hipossuficiência nesse último caso.
 Feito o cálculo pelo contador, as partes serão intimadas a se manifestar, entretanto se o
credor discordar, a execução prosseguirá pelo valor originalmente requerido, entretanto a
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penhoraserá feita com base no valor encontrado pelo contador (artigo 524, § 1º, do Código
de Processo Civil), aguardando-se a intimação do devedor a respeito da penhora, data a partir
do qual correrá o prazo para eventual impugnação.
 
B) LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO
 
 A liquidação por arbitramento é feita quando:
a) a sentença determinar que assim o seja;
b) as partes convencionaram que assim o seja;
c) a natureza do objeto exija que assim o seja.
 A liquidação por arbitramento é realizada mediante exame pericial cujo objetivo é utilizar
do conhecimento técnico de um profissional que analisará as informações dos autos, e sem
necessidade de produzir outras provas, estimará o valor da condenação. Exemplo: estimar os
lucros cessantes de uma atividade, estimar os danos em uma obra de arte, etc..
 
PROCEDIMENTO
 A liquidação por arbitramento seguirá as seguintes fases:
a) Petição de requerimento: o juiz recebendo a petição nomeará perito, fixando desde logo
prazo para entrega do laudo;
b) As partes são intimadas, através de seus advogados, da nomeação do perito, e têm 15
(quinze) dias para indicar assistentes técnicos e apresentar quesitos (artigo 465, CPC).
c) Apresentado o laudo as partes têm o prazo comum de 15 (quinze) dias para se
manifestarem a respeito.
 
C) LIQUIDAÇÃO PELO PROCEDIMENTO COMUM
 
 Proceder-se-á desta forma quando for necessário alegar e provar fato novo que não
pode ser apurado antes da sentença, o que acontece freqüentemente nas situações
continuativas, por exemplo, nos casos de indenização por danos que se propagam ao longo
do tempo.
 É certo que o procedimento a ser seguido é o comum, conforme preceitua o artigo
511, do Código de Processo Civil, ou seja, o credor pode elaborar petição onde narre os fatos
que tenham relação com a apuração dos valores, não podendo modificar ou inovar a
condenação.
 Exemplo: em uma ação de indenização por atropelamento, a sentença condenatória foi
ilíquida porque no momento em que foi proferida ainda não era possível determinar em
definitivo os danos decorrentes do fato, haja vista que a vítima ainda estava hospitalizada,
assim sendo a extensão dos danos será provada em fase de liquidação por artigos. Deve-se
ressaltar que, no exemplo, as partes não voltarão a discutir a autoria e materialidade do fato
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causador do dano, pois este já está fixado na sentença, mas discutirão as provas de sua real
extensão.
 
PROCEDIMENTO
 Este tipo de liquidação era chamado de “liquidação por artigos”, no antigo CPC/73, e
agora seguirá o procedimento comum em todas as suas regras, assim sendo, temos em
síntese as seguintes fases:
a) Petição requerendo a liquidação por essa forma, onde obrigatoriamente devem constar os
fatos que precisam ser demonstrados a fim de que se chegue a um valor certo. Exemplo: em
uma sentença que condenou o réu a indenizar as despesas de tratamento médico e
psicológico originárias de uma agressão física, devem se elencar a título meramente ilustrativo,
as contas do hospital, do ingresso até a alta médica, as contas de medicamentos, as contas
de fisioterapeuta, as contas de sessões psicológicas realizadas e as que se estimem
necessárias para a total cura da vítima, etc...
b) Intimação do devedor para em 15 (quinze) dias apresentar resposta, a teor do que
determina o artigo 511, do Código de Processo Civil, lembrando que a autoria e a
materialidade dos fatos já reconhecidos pela sentença não podem ser objeto de impugnação
nessa fase, tendo em vista o respeito à coisa julgada;
c) Havendo ou não resposta pode haver ou não direito à réplica;
d) O juiz, sendo o caso, designará audiência preliminar do saneador (artigo 357, V, do CPC),
e, especificadas as provas a serem produzidas, será designada audiência de instrução e
julgamento (se necessária a prova oral), sendo a seguir proferida a decisão interlocutória a
respeito da liquidação.
 
 
MODULO 2
PARTE 2
EXECUÇÃO DEFINITIVA E EXECUÇÃO PROVISÓRIA
 
 
EXECUÇÃO DEFINITIVA
 
 É aquela que se fundamenta em situação presumida pelo Estado como imutável. É a
execução dos títulos extrajudiciais (artigo 784, CPC), pois a lei lhes conferem previamente a
certeza jurídica, e dos títulos judiciais (artigo 515, do CPC) quando submetidas a coisa julgada
(fase de cumprimento de sentença).
 Ainda no que se refere à execução definitiva é preciso observar que mesmo nos casos
em que exista recurso pendente de julgamento, poderá ocorrer a execução definitiva, desde
que o recurso ataque apenas parcialmente a sentença ou acórdão. Exemplo: em uma sentença
que condena o réu ao pagamento de danos materiais e morais, este recorre voltando-se
apenas contra a condenação por danos morais, silenciando quanto aos danos materiais.
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 Neste caso, seria possível a execução definitiva sobre os danos materiais, eis que sobre
esse aspecto houve o trânsito em julgado, em outras palavras, a ausência de inconformismo
do condenado, gerou sua imutabilidade.
 
EXECUÇÃO PROVISÓRIA
 
 É aquela que se fundamenta em decisões judiciais que ainda não transitaram em julgado,
na hipótese de pendência de recursos sem efeito suspensivo, razão pela qual tem um caráter
precário, em virtude da possibilidade de reforma da decisão, como ocorre, por exemplo, nas
apelações previstas no artigo 1.012, do Código de Processo Civil, ou também, no caso de
interposição de recurso especial ou extraordinário.
 
EXECUÇÃO PROVISÓRIA E TUTELA PROVISÓRIA[1]
 
 Diz o art. 519, do CPC, que se aplicam as disposições relativas ao cumprimento da
sentença, provisório ou definitivo, e à liquidação, no que couber, às decisões que concederem
tutela provisória (correspondente ao art.273, § 3º do CPC/73).
 A execução provisória pode ser entendida como a possibilidade de a sentença ou o
acórdão serem executados, isto é, cumpridos antes de seu trânsito em julgado. Dito de outro
modo: a execução provisória é a autorização para que uma decisão judicial surta seus efeitos
concretos mesmo enquanto existirem recursos pendentes de exame perante as instâncias
superiores.
 É, portanto, a partir desta necessária releitura constitucional do processo civil que certos
aspectos podem e devem ser analisados. O da execução provisória — como, de resto,
diversos outros tantos também trazidos pelo movimento das Reformas do CPC/73.
 No embate entre segurança e efetividade, a execução provisória tende, consciente e
expressamente para o segundo. E tal opção, deve refletir-se em cada entendimento acerca
do instituto. Entre aguardar que a decisão jurisdicional se torne imutável para produzir seus
regulares e desejados efeitos e admitir que estes efeitos sejam experimentados mesmo
enquanto há impugnações recursais pendentes de exame, a execução provisória representa a
melhor opção.
 Até porque “coisa julgada” e “efeitos da sentença”, mesmo que, vez por outra,
apresentem-se lado a lado não se confundem conceitualmente. Certo que a “execução
provisória” carece de uma confirmação ulterior — esta se processa sob condição resolutiva,
mas isto, pelas razões já expostas, não a torna provisória. Nenhum ato jurisdicional posterior
(o provimento ou o desprovimento do recurso) modificará, substancialmente, os atos
praticados sob as vestes de uma execução provisória.
 Tais atos prosseguirão até seus ulteriores termos, no caso de confirmação do título
executivo que enseja a execução ou, inversamente,à parte que os sofreu será reconhecido
um outro título executivo para perseguir perdas e danos. Nisto, acreditamos, não há nenhuma
“provisoriedade” nos atos executivos, mas sim, bem diferentemente, uma “imediatidade” ou
antecipação dos efeitos executivos da decisão jurisdicional.
 Se há algo de provisório em tal execução, tal característica só pode ser do título que a
fundamenta. Este sim, rigorosamente, é que depende de uma ulterior “confirmação” mercê do
sistema recursal.
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 A antecipação dos efeitos da tutela na hipótese prevista no art. 294 e seguinte do CPC,
consiste numa das modalidades de tutela de urgência previstas no direito brasileiro
juntamente com a tutela cautelar.
 Considera a antecipação de tutela como algo satisfativo no sentido de conceder ao
demandante a providência definitiva acerca do direito pleiteado, mas no sentido de permitir a
fruição total ou parcial dos efeitos derivados da tutela pleiteada.
 Quer dizer, apesar de ser satisfativa do direito material, a tutela antecipada permite a sua
realização, mas não a sua segurança, posto que feita mediante cognição sumária ou
verossimilhança.
 Em verdade, a tutela antecipatória tem a mesma substância da tutela final, com a única
diferença que consiste em ser lastreada em verossimilhança e, por isso, não resta coberta pela
imutabilidade inerente da coisa julgada material. Afinal a tutela antecipatória é a tutela final,
antecipada com base em cognição sumária.
 O Novo CPC prevê a antecipação de tutela como modalidade de tutela de evidência, mas
vai depender da demonstração cabal da aparência do direito ainda que veementemente e não
necessariamente evidente da existência do direito.
 
 
PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO PROVISÓRIA
 
 É sempre um risco do credor, que fica obrigado a REPARAR PERDAS E DANOS, caso
a sentença seja reformada (artigo 520, I, CPC), ressaltado que sendo esta reforma parcial,
somente nesta ficará sem efeito a execução (artigo 520, III, CPC). As perdas e danos
ocorridos serão apurados nos próprios autos, mediante arbitramento pelo juiz. Exemplo
de situação danosa ao suposto devedor: o credor pede a penhora de um imóvel do executado
que estava prestes a ser vendido para custeio de um tratamento de saúde, o que se inviabiliza
pela determinação de constrição judicial; caso, posteriormente a sentença seja reformada,
entendendo-se que o executado não era na verdade devedor, os prejuízos por ele suportados
devem ser reparados pelo exeqüente que iniciou, sob seu risco, a execução provisória.
 VEDAM-SE, a princípio, atos que impliquem em levantamento de dinheiro ou
alienação de propriedade, ou quaisquer outros que possam causar graves danos ao
executado, ressalvada a apresentação de CAUÇÃO IDÔNEA arbitrada de plano pelo juiz e
prestada nos próprios autos (artigo 520, IV, CPC), ressalvada as hipóteses de
dispensa de garantia.
 O artigo 521, do CPC, autorizou o juiz a dispensar a caução nas seguintes hipóteses:
a) para o crédito alimentar de qualquer natureza;
b) o credor demonstrar situação de necessidade do exeqüente ou,
c) na pendência do agrafo do art. 1.042, do CPC.
 Retorno total ou parcial ao “status quo ante”, caso o recurso seja total ou
parcialmente provido (artigo 520, IV, CPC), o credor deve providenciar o retorno da situação
ao estado anterior. Se a reversão se tornar impossível por qualquer razão, serão apurados
eventuais prejuízos nos próprios autos, mediante arbitramento pelo juiz. 
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 Entretanto, se o Tribunal confirmar a sentença a execução que antes era provisória, se
tornará definitiva. 
 A execução provisória, em virtude dos autos estarem em instâncias superiores, será
feita em autos apartados, sendo certo que o exeqüente instruirá seu pedido com cópias
autenticadas dos documentos que entender necessários, e obrigatoriamente dos seguintes
documentos:
 1. Decisão exequenda;
 2. Certidão de interposição do recurso não dotado de efeito suspensivo;
 3. Procurações outorgadas pelas partes;
 4. Decisão de habilitação, se for o caso e,
 5. Facultativamente com as peçças que a parte considerar necessária.
 Definitiva ou provisória a execução se fará sempre mediante provocação do interessado,
através de petição, que será petição inicial na ação de execução de título extrajudicial, que
obedecerá todos os requisitos do art. 319, CPC; ou se tratando de título judicial, será mero
pedido de providências, requerendo o cumprimento da sentença.
 
[1] Comentários da profa. Gisele Leite In Melo, Nehemias Domingos de. Novo
CPC anotado, comentado e comparado, 2ª. ed. Araçariguama: Rumo Legal,
2016, pp. 474/476.
 
Exercício 1:
A execução é provisória pode ser promovida quando:
 
 
A)
O devedor não é localizado.
 
 
B)
Fundada em título executivo extrajudicial.
 
 
C)
Fundada em sentença impugnada mediante recurso recebido só no efeito
devolutivo.
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D)
Fundada em sentença impugnada mediante recurso recebido em ambos os
efeitos.
 
 
E)
NDA
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
A) Conforme aula. 
B) Conforme aula. 
C) Conforme aula. 
Exercício 2:
Com relação à liquidação, assinale a única opção correta:
 
 
A)
A citação do réu na liquidação de sentença far-se-á diretamente na sua pessoa
do réu.
 
 
B)
A intimação do réu far-se-á na pessoa de seu advogado, constituído nos autos.
 
 
C)
Permite-se na liquidação discutir de novo a lide, ou mesmo modificar a sentença
que a julgou, por que não há trânsito em julgado.
 
 
D)
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Julgada a liquidação, a parte promoverá a competente ação cautelar, citando
pessoalmente o devedor.
 
 
E)
Nesta fase do processo não há lugar para o contraditório, tendo em vista que as
questões de mérito já foram decididas no processo de conhecimento.
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
A) Conforme aula. 
B) Conforme aula. 
Exercício 3:
Far-se-á liquidação por arbitramento quando:
I - Houver necessidade de alegar e provar fato novo.
II - Determinado pela sentença ou convencionado pelas partes.
III - O exigir a natureza do objeto da liquidação.
Assinale a alternativa correta:
 
 
 
A)
I e II.
 
 
B)
II e III.
 
 
C)
I e III.
 
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D)
Somente II
 
 
E)
Todas estão corretas.
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
A) Conforme aula. 
B) Conforme aula. 
Exercício 4:
Em relação à execução provisória os recursos interpostos contra qualquer
decisão terão efeito:
 
 
A)
suspensivo, salvo as exceções previstas em lei, permitida a execução provisória
até a penhora.
 
 
B)
suspensivo, salvo as exceções previstas em lei, permitida a execução definitiva.
 
 
C)
devolutivo, salvo as exceções previstas em lei, permitida a execução definitiva.
 
 
D)
meramente suspensivo, salvo as exceções previstas em lei, permitida a
execução provisória até o leilãoe a praça.
 
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E)
devolutivo, salvo as exceções previstas em lei, permitida a execução provisória
até a penhora.
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) Conforme aula. 
Exercício 5:
Com relação aos requisitos do título executivo, leia as proposições abaixo e
assinale no quadro a resposta correta:
I) Certeza: Não há controvérsia sobre a existência do título.
II) Liquidez: Quando é determinada a importância da prestação.
III) Exigibilidade: Quando seu pagamento não depende de termo ou condição
nem está sujeito a outras limitações.
 
 
 
A)
Somente (I) está correta.
 
 
B)
Somente (II) está correta.
 
 
C)
Somente (III) está correta.
 
 
D)
Somente (I) e (II) estão corretas.
 
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E)
Todas estão corretas.
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
A) Conforme aula. 
B) Conforme aula. 
C) Conforme aula. 
D) Conforme aula. 
E) Conforme aula. 
Exercício 6:
Considerando a previsão do Código de Processo Civil sobre o cumprimento de
sentença, assinale a afirmativa INCORRETA.
 
 
A)
É provisória a execução da sentença transitada em julgado e definitiva quando
se tratar de sentença impugnada mediante recurso ao qual não foi atribuído
efeito devolutivo.
 
 
B)
Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito
promover simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a
liquidação dessa.
 
 
C)
Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em
liquidação, não o efetue no prazo de 15 dias, o montante da condenação será
acrescido de multa no percentual de 10%.
 
 
D)
Do auto de penhora e avaliação será de imediato intimado o executado, na
pessoa de seu advogado, ou, na falta desse, o seu representante legal, ou
pessoalmente, por mandado ou por correio, podendo oferecer impugnação,
querendo, no prazo de 15 dias.
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E)
A regra é de que o executado seja intimado e não citado durante o cumprimento
de sentença.
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) Conforme aula.

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