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Resumo - Pneumonia Bacteriana e Tuberculose Pulmonar

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Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 2017 
 
PNEUMONIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RESUMINHO + LÂMINAS 
Pneumonia lobar (exemplo de inflamação aguda 
fibrinopurulenta). Os dois cortes nesta lâmina são de 
pulmão e mostram os mesmos achados. Chama a 
atenção na imagem escaneada, em cima, que o pulmão 
tem aspecto compacto, não sendo vistos alvéolos 
arejados. Todos alvéolos estão preenchidos por 
exsudato fibrinopurulento. Nisto a pneumonia lobar 
difere da broncopneumonia, onde o processo 
inflamatório é focal. Aqui o acometimento é difuso, 
afetando todo um lobo (daí o termo 'lobar') ou mesmo 
todo um pulmão ou ambos pulmões. 
 As lesões estão mais avançadas que na 
broncopneumonia da lâmina anterior. O exsudato é do 
tipo fibrinopurulento. As células que preenchem os 
alvéolos são neutrófilos, em sua grande maioria já 
degenerados, e chamados piócitos. São os 
componentes fundamentais do pus. Os piócitos (vistos 
na fig. mais embaixo à E. com objetiva de imersão) 
apresentam núcleo muito denso (picnótico) e mais 
segmentado que o de neutrófilos jovens. São células 
em degeneração, muitas em apoptose. Os restos 
nucleares no exsudato derivam de neutrófilos 
apoptóticos. Além dos piócitos há fibrina em forma de 
grumos ou de filamentos róseos, tortuosos e 
emaranhados. 
 Em várias regiões do corte, os septos 
interalveolares estão necróticos ou desapareceram. 
Isto indica evolução para abscesso, ou seja, o 
parênquima sofreu necrose liqüefativa por ação das 
bactérias e neutrófilos. No local onde havia tecido vai 
se constituir uma cavidade cheia de pus, que é 
o abscesso. Neste caso, fala-se em inflamação aguda 
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purulenta abscedida. Abscesso é, por definição, 
uma inflamação purulenta que forma uma cavidade 
nova. Não confundir com empiema, em que o pus se 
acumula em cavidades já existentes, como a pleura 
(empiema pleural), p. ex. Outro termo comum 
é flegmão: é quando o exsudato purulento se difunde 
pelo tecido, mas não há formação de cavidade. Aí usa-
se o termo flegmonosa. 
PNEUMONIA LOBAR 
 
 
 
 
 
 
 
 Abscesso = cavidade nova formada por 
necrose liquëfativa em uma inflamação purulenta. 
 Empiema = acúmulo de pus em cavidades já 
existentes, como a pleura (empiema pleural). 
 Flegmão = difusão do exsudato purulento 
pelo tecido sem formação de cavidade. 
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FASES DAS PNEUMONIAS BACTERIANAS. 
Classicamente, uma pneumonia bacteriana não 
tratada por antibióticos passa por 4 fases: 
a) fase congestivo-edematosa - há hiperemia ativa 
em resposta à infecção bacteriana e os alvéolos ficam 
preenchidos por exsudato que nesta fase é seroso ou 
sero-fibrinoso 
b) fase de hepatização vermelha - o pulmão fica 
compacto e vermelho lembrando o aspecto de fígado. 
Isto ocorre porque os alvéolos estão preenchidos por 
exsudato (que não raro contém também hemácias) e 
perdem o ar que dá ao pulmão o aspecto e consistência 
de esponja. A hiperemia ativa do processo inflamatório 
agudo também contribui para a cor vermelha. 
c) fase de hepatização cinzenta - o exsudato nos 
alvéolos passa a purulento, dando ao pulmão a cor 
acinzentada. Pode também ser amarelada (o pus tende 
a ser amarelo), daí fala-se em hepatização 
flava (praticamente sinônimo de hepatização cinzenta) 
(corresponde ao observado na lâmina A. 64). 
d) fase de resolução - o aparecimento de anticorpos 
contra as bactérias (principalmente o pneumococo) 
leva à resolução da infecção e eliminação do exsudato, 
via fagocitose por macrófagos e eliminação pela tosse. 
Naturalmente hoje, com antibioticoterapia, estas fases 
raramente chegam a seu termo, sendo a infecção 
abortada antes. Tanto a pneumonia lobar (áreas 
extensas) ou a broncopneumonia (múltiplos focos) 
passam pelas mesmas fases, mas, nesta última, os 
vários focos estão em fases diferentes. 
 
 
 
 
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BRONCOPNEUMONIA 
Foco de broncopneumonia e áreas de pulmão normal 
(exemplo de inflamação aguda sero-fibrinosa). Este 
corte de pulmão (imagem escaneada da lâmina, em 
cima) mostra uma área compacta vermelha, 
correspondente a um foco de broncopneumonia. É um 
exemplo de inflamação aguda causada por bactérias, 
e, no caso, em fase inicial. 
 Os alvéolos estão preenchidos por 
exsudato. Exsudato é tudo que sai dos vasos durante 
uma inflamação aguda: fluidos, proteínas do plasma e 
células inflamatórias, principalmente neutrófilos. Até 
hemácias podem fazer parte. O exsudato é portanto 
classificado de acordo com os elementos presentes ou 
predominantes. Aqui o exsudato é 
predominantemente seroso, ou seja, é constituido 
por proteínas, o que dá o aspecto homogêneo róseo. 
Em áreas há tambémfibrina, que aparece como 
material grumoso e eosinófilo. Fala-se em exsudato 
serofibrinoso. Além disso, notam-
se hemácias e neutrófilos, esparsos ou em pequenos 
grupos. Em pequenos vasos hiperemiados é possível 
observar marginação dos neutrófilos e alguns já estão 
na luz alveolar, fazendo parte do exsudato. No pulmão 
normal, notar alvéolos livres e a espessura fina e 
textura delicada dos septos interalveolares, cuja 
celularidade é muito menor que na área inflamada. 
 A broncopneumonia é um tipo de infecção 
bacteriana do pulmão que afeta mais comumente 
pacientes nos extremos da vida: crianças, 
especialmente recém-nascidas, e idosos. Caracteriza-
se por ocorrer em focos disseminados pelo pulmão, 
que podem confluir. A inflamação geralmente está em 
fases diferentes nos diversos focos. Comparar com 
a pneumonia lobar, no quadro seguinte. 
 
 
 
 
 
 
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Pneumonia lobar 
 
Pneumonia broncopulmonar 
 
 
 
 
 
 
 
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SARA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TUBERCULOSE PULMONAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 12-37 Espectro morfológico da tuberculose. A e B, 
Tubérculo característico no menor aumento (A) e no maior 
aumento (B) demonstra caseificação granular central circundada 
por célulasepitelioides e gigantes multinucleadas. Essa é a 
resposta usual observada em pacientes que desenvolveram 
resposta imune mediada por células. Detalhe: Coloração por 
corante específico demonstra raros microrganismos álcool-ácido 
resistentes positivos. C, Ocasionalmente, mesmo em pacientes 
imunocomprometidos, os granulomas tuberculínicos podem não 
demonstrar caseificação central; portanto, independentemente 
da presença ou ausência de necrose caseosa, é indicada a 
utilização de colorações especiais para microrganismos álcool-
ácido resistentes nos casos em que há granulomas. D, Nessa 
amostra de um paciente imunossuprimido, podem ser 
observados mantos de macrófagos epitelioides preenchidos por 
bactérias álcool-ácido resistentes. 
 
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RESUMINHO + LÂMINAS 
Tuberculose pulmonar exsudativa e margem de 
caverna. Fragmento de pulmão mostrando a margem 
de uma caverna, como a da peça R-36, e processo 
inflamatório tuberculoso no parênquima pulmonar 
vizinho. A margem da caverna é constituida por 
material necrótico e exsudato fibrinoso. No tecido 
pulmonar em volta há numerosos tubérculos com 
necrose caseosa. Neste caso, há forte predomínio 
da reação exsudativa, e os tubérculos consistem 
basicamente de áreas de exsudato tuberculoso com 
necrose caseosa central, com tendência a confluirem. 
A reação exsudativa indica má evolução da 
doença. Granulomas (característicos da reação 
produtiva) são escassos. Na periferia dos tubérculos, à 
margem da necrose caseosa, há exsudato 
preenchendo os alvéolos. O exsudato varia de 
aspecto, podendo ser fibrinoso (com grumos ou 
filamentos eosinófilos de fibrina) ou macrofágico. 
O macrófago é a principal célula na resposta 
inflamatória ao bacilo da tuberculose. Há pequena 
quantidade de outras células como neutrófilos e 
linfócitos. Em algumas áreas há formação de 
granulomas incipientes, com necrose caseosa central. 
O granuloma é pequeno, com poucas células 
epitelióides e gigantócitos. 
 
 
 
 
 
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Tuberculose produtiva. Granulomas encapsulados (em 
processo de cura). Fibrose pulmonar. A reação 
produtiva é eficiente para conter o crescimento bacilar 
e o resultado pode ser a cura. Neste caso, as células 
epitelióides e gigantes regridem, dando lugar a uma 
cápsula fibrosa que circunda a área de necrose 
caseosa central (ver peça R-40). A necrose caseosa 
tende a calcificar-se (ver quadro seguinte), embora 
bacilos viáveis possam continuar existindo nela 
indefinidamente. O halo linfocitário, característico dos 
granulomas em atividade, tende a desaparecer com a 
cicatrização. Observa-se também fibrose pulmonar, 
que pode ser difusa e extensa, levando a redução da 
capacidade de expansão do órgão (ver peça R-11).

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