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GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 1 GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS CURSO DE FISIOTERAPIA – FHO- UNIARARAS GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 2 INTRODUÇÃO Esse Guia de testes ortopédicos foi idealizado pelos docentes da disciplina de Fisioterapia Musculoesquelética a partir da necessidade do direcionamento mais especifico acerca da rotina diária da Clinica Escola de Fisioterapia do Centro Universitário Herminio Ometto – FHO – Setor de atendimento as desordens musculoesqueléticas. Ele vem contemplar a formação de um profissional do discente com perfil generalista e humanista, capaz de prestar atendimento em todos os níveis de atenção à saúde propostos pela Organização Mundial de Saúde. O Guia de Testes Ortopédicos é composto de coletânea de teste mais realizados na clinica escola, devendo o discente ainda se aprofundar em outras literaturas para sua formação completa. Acreditamos com o Guia de Testes Ortopédicos contribuir com o aprendizado e divulgação de nossa produção à comunidade acadêmica da FHO- Uniararas. E é com grande satisfação que cumprimentamos todos os alunos que com esforço e dedicação tornaram este trabalho possível. PROFª. DRA. CRISTINA A V GUEDES, coordenadora de curso. IDEALIZADORES DO GUIA: PROFª.MA. ANA PAULA DE AGUIAR. PROFª.MDO. DOUGLAS D MEGIATTO FILHO. ORGANIZADORES DO GUIA: DISCENTES DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA Bruna A. de Freitas Karin A. A. Godoy Marcos G. Mattos Marília Z. Orsari Rafael A. Rugero Thais C. Grou Verena E. Zaniboni GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 3 Sumário Testes Ortopédicos de Tornozelo ................................................................................................ 5 Testes para instabilidade ligamentar ............................................................................... 5 Teste de Gaveta Anterior do Tornozelo .............................................................. 5 Teste de Gaveta Posterior do Tornozelo Inclinação Talar .................................................................................................... 6 Teste para sindesmose .................................................................................................... 7 Teste de Compressão tibiofibular distal .............................................................. 7 Teste para sinal de ruptura do tendão calcâneo .............................................................. 7 Teste de Thompson ............................................................................................. 7 Testes Ortopédicos de Joelho ...................................................................................................... 8 Teste para lesão meniscal ................................................................................................ 8 Teste de Compressão de Apley ........................................................................... 8 Mc Murray ........................................................................................................... 9 Teste para instabilidade ligamentar ................................................................................. 9 Teste de Tração de Apley .................................................................................... 9 Teste de Gaveta Anterior .................................................................................. 10 Teste de Lachman ............................................................................................. 11 Teste de Gaveta Posterior ................................................................................ 11 Teste de Lachman invertido .............................................................................. 12 Teste de Estresse em Valgo .............................................................................. 13 Teste de Estresse em Varo ................................................................................ 13 Teste para disfunção patelofemoral .............................................................................. 14 Raspagem de patela .......................................................................................... 14 Zholer ................................................................................................................ 15 Testes Ortopédicos de Quadril .................................................................................................. 15 Testes para contratura muscular ................................................................................... 15 Teste de Thomas ................................................................................................ 15 Teste de Elly ...................................................................................................... 16 Teste para pubeite (pubalgia) ....................................................................................... 16 Manobra de Grava ............................................................................................. 16 Teste para a articulação sacroilíaca ............................................................................... 17 Teste de Patrick ou Faber ................................................................................. 17 Teste de Hibb .................................................................................................... 18 Teste de Gaenslen ............................................................................................ 19 Testes para a Síndrome do Impacto Acetabular ............................................................ 20 Síndrome do Impacto Acetabular ..................................................................... 20 Testes para outras patologias do quadril ...................................................................... 21 Teste de Trendelemburg .................................................................................. 21 Teste de Bigorna ............................................................................................... 21 Teste de Allis ..................................................................................................... 22 Teste de Ober ................................................................................................... 22 GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 4 Testes Ortopédicos de Ombro .................................................................................................. 23 Teste para tendinite do tendão supra espinhoso .......................................................... 23 Teste de Apley .................................................................................................. 23 Teste de Colisão de Hawkins – Kennedy .......................................................... 23 Teste para tendinite do bicipital .................................................................................... 24 Teste de Yegarson ............................................................................................. 24 Speed Test ........................................................................................................ 24 Testes para ruptura muscular ....................................................................................... 25 Belly Off Test ..................................................................................................... 25 Teste de Lift Off ................................................................................................ 25 Teste de queda do braço .................................................................................. 26Testes para instabilidade da articulação glenoumeral ................................................. 26 Teste de Gaveta Anterior .................................................................................. 26 Teste de Apreensão Anterior ............................................................................ 27 Teste de Gaveta Posterior ................................................................................ 27 Teste de Apreensão Posterior .......................................................................... 28 Teste para Síndrome do Desfiladeiro Torácico ............................................................. 28 Teste de Adson ................................................................................................. 28 Testes Ortopédicos de Cotovelo ............................................................................................... 29 Teste para epicondilite lateral ....................................................................................... 29 Teste de Cozen .................................................................................................. 29 Teste para epicondilite medial ....................................................................................... 29 Cotovelo de Golfista .......................................................................................... 29 Testes Ortopédicos de Punho e Mão .................................................................................. 30 Testes para compressão do nervo mediano ................................................................. 30 Teste de Phalen ................................................................................................. 30 Teste de Phalen Invertido ................................................................................. 30 Teste para tenossinovite do tendão do polegar ........................................................... 30 Teste de Finkelstein .......................................................................................... 30 Referências Bibliográficas ................................................................................................. 31 GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 5 Testes Ortopédicos de Tornozelo Testes para instabilidade ligamentar: Teste de Gaveta Anterior do Tornozelo - Destinado a testar principalmente lesões de ligamento talofibular anterior, o mais comumente lesado. Posicionamento: Em DD, solicitar ao paciente deixar o pé relaxado. Com uma mão o examinador estabiliza a tíbia e a fíbula e com a outra mão mantem o pé do paciente em 20° de flexão plantar, ao mesmo tempo traciona o tâlus para cima e para frente. Fundamento: Espaçamento ao puxar a tíbia é sinal de ruptura do ligamento talofibular anterior. Teste De Gaveta Posterior – Sinal de ruptura do ligamento talofibular posterior. GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 6 Procedimento: segure a face anterior do pé com uma das mãos (estabilizando) e a face posterior da tíbia com a mão oposta, puxando-a anteriormente. Fundamento: espaçamento ao puxar a tíbia indica ruptura do ligamento talofibular posterior. Inclinação talar - O objetivo é determinar se o ligamento calcaneofibular está lacerado. Posicionamento em DD ou lateral com o pé relaxado. Mão desliza lateralmente na parte distal da tíbia e se posiciona abaixo dos maléolos para realizar o teste, a seguir o tálus será inclinado de um lado para outro, realizando adução e abdução da articulação do tornozelo. GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 7 Teste para sindesmose: Teste de Compressão Tibiofibular Distal O paciente posiciona-se em DD. O examinador comprime os maléolos. A ocorrências de dor na perna pode indicar uma lesão na sindesmose, contanto que tenha sido descartada a possibilidade de fratura, contusão e síndrome do compartimento. Teste para sinal de ruptura do tendão calcâneo: Teste de Thompson Procedimento: O paciente posiciona - se em DV. Enquanto o paciente está relaxado, o examinador comprime os músculos da panturrilha (tríceps sural). GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 8 O teste é positivo na ausência de uma flexão plantar quando o musculo é comprimido. É indicativo de ruptura do tendão do calcâneo. Testes Ortopédicos de Joelho Testes para lesão meniscal: Teste de Compressão de Apley Paciente em DV, flexionar o joelho a 90°. Terapeuta estabiliza a coxa do paciente enquanto realiza uma compressão no calcâneo exercendo uma pressão para baixo (contra a maca) e roda internamente e externamente o pé. Dor na lateral do joelho ao rodar a tíbia externamente indica lesão no menisco lateral. GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 9 Dor ao rodar a tíbia levando o pé para dentro indica lesão do menisco medial. Mc Murray Paciente em DD com flexão de joelho, de quadril e dorsiflexão. A seguir o terapeuta roda a tíbia internamente, seguindo de uma extensão de joelho, esta poderá resultar em um estalido, acompanhado de dor (testa menisco medial), realizando o mesmo procedimento, mas com rotação externa do joelho (será testado menisco lateral). GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 10 Testes para instabilidade ligamentar: Teste de Tração de Apley – Testa instabilidade do ligamento medial e lateral. Paciente em DV, flexionar o joelho a 90°. Terapeuta estabiliza a coxa do paciente enquanto realiza uma tração no pé (puxa para cima) e roda internamente e externamente. Ao contrário do teste para menisco, no teste de tração para ligamentos, quando rodar a tíbia internamente estará estressando o ligamento colateral. Quando rodar a tíbia lateralmente estressará o ligamento medial. GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 11 Teste de Gaveta Anterior – Para testar instabilidade anterior do joelho e integridade do ligamento cruzado anterior. Paciente em DD com o joelho flexionado e o pé apoiado sobre a maca. Terapeuta posiciona as mãos atrás do joelho e realiza movimentos de puxar tracionando a tíbia para frente. Se o movimento da tíbia for maior que 5mm anteriormente, ou se apresentar falseio, o teste é positivo e indica lesão de ligamento cruzado anterior. Teste de Lachman - Trata-se de um teste para verificar a instabilidade anterior do joelho. Paciente em DD, o examinador mantém o joelho do paciente posicionado em 30° de flexão. Com uma das mãos o examinador posiciona o fêmur do paciente enquanto que com a outra ele mova a face proximal da tíbia, puxando-a para frente. GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 12 Fundamento: É positivo se houver a sensação de folga e translação anterior suspeitando então de laceração do ligamento cruzado anterior. Teste de Gaveta Posterior – Para testar instabilidade posterior do joelho e integridade do ligamento cruzado posterior. Paciente em DD com o joelho flexionado e o pé apoiado sobre a maca, o terapeuta posiciona as mãos na região da frente da tíbia e realiza movimentos de empurrar. Se apresentar falseio, o teste é positivo e indica lesão de ligamento cruzado posterior. Teste de Lachman Invertido – Indicado para ver instabilidade posterior do joelho. GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 13 Paciente em DV e o joelho com 30° de flexão. O examinador segura a tíbia numa das mãos enquanto que com a outra ele fixa o fêmur a seguir, ele traciona a tíbia para cima empurrando-a posteriormente.Fundamento: Tensionar o ligamento posterior. Uma sensação de folga no final do movimento indica lesão ou laceração do ligamento cruzado posterior. Teste de Estresse em Valgo (ou abdução) – Indicado para avaliar instabilidade ou ruptura do ligamento medial. Paciente em DD, o examinador deve estabilizar a região medial da coxa, segurando a porção inferior da perna. Com a mão que está posicionada na região do joelho deve empurrar medialmente aplicando um estresse forçando o valgo. Primeiramente testado com extensão completa e a seguir com leve flexão (20° a 30°) de modo que ele seja “desbloqueado”. GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 14 Fundamento: Pode haver laceração de ligamento medial se a tíbia mover-se excessivamente afastando-se do fêmur. Teste de Estresse em Varo (ou adução) – Indicado para avaliar instabilidade ou ruptura do ligamento lateral. Paciente em DD, o examinador deve estabilizar a região lateral da coxa, segurando a porção inferior da perna. Com a mão que está posicionada na região do joelho deve empurrar lateralmente, aplicando um estresse forçando o varo. Primeiramente testado com extensão completa e a seguir com leve flexão (20° a 30°) de modo que ele seja “desbloqueado”. GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 15 Fundamento: Pode haver laceração de ligamento lateral se a tíbia mover-se excessivamente afastando-se do fêmur. Testes para disfunção patelofemoral: Raspagem da patela Procedimento: Com o paciente em DD pressione a patela para baixo seguido de mover medialmente e lateralmente. Fundamento: Dor embaixo pode indicar condromalacia, artrite retropatelar, fratura condral e osteocondrite. Dor acima da patela pode indicar bursite pré patelar. GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 16 Zholer Procedimento: Posicionamento DD com joelhos estendidos, o terapeuta traciona a patela em direção ao pé, solicita contração do quadríceps. Se positivo pode indicar condromalacia patelar. Testes Ortopédicos de Quadril Testes para contratura muscular: Teste de Thomas – Para verificar contratura do iliopsoas. Procedimento: O paciente deve estar posicionado em DD em uma maca, em seguida o examinador flexiona a coxofemoral contralateral, trazendo o joelho para o peito e pede ao paciente para o segurar. GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 17 O teste é positivo quando a perna que ficou para baixo se eleva na maca. A falta de extensão completa do quadril (da perna de baixo) com uma flexão do joelho menor que 45° indica contratura do iliopsoas. Teste de Elly - Posicionamento DV, em seguida segure o tornozelo e flexione passivamente o joelho até o pé tocar a nádega. Positivo para contratura de reto femoral, paciente flexionará quadril do mesmo lado, levantando a nádega da maca. Teste para pubeite (pubalgia): Manobra de Grava Procedimento: Paciente em DD. Apoiar o tornozelo na face medial do joelho oposto que estará estendido sobre a maca e as mãos atrás da cabeça. O examinador estabiliza a coxa ipsilateral. Solicita ao paciente que realize força para adução do quadril e simultaneamente realize uma contração concêntrica de reto abdominal contra ação da gravidade. GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 18 O teste é positivo quando o paciente refere dor na região pubiana. Testes para a articulação sacroilíaca: Teste de Patrick (ou Faber) Procedimento: O paciente deve estar posicionado em DD, o membro inferior a ser testada é posicionado de forma que o quadril é colocado em flexão, com rotação externa e abdução e o tornozelo é colocado em cima do joelho oposto. Uma mão estabiliza a EIAS enquanto com a outra o examinador aplica uma força (a fim de forçar maior abdução) contra a face medial do joelho. O teste é considerado positivo quando ocorre dor na virilha ou dor na nádega. O teste indica que pode haver comprometimento da articulação sacroilíaca, do quadril ou espasmo do iliopsoas. Teste de Hibb Procedimento: Com o paciente em DV, flexione a perna até a nádega e mova-a para fora (rotação interna de quadril) fazendo a cabeça do fêmur rodar internamente sobre a fossa do acetábulo, causando ligeira distração na articulação sacroilíaca. GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 19 Dor na articulação sacroilíaca indica presença de lesão nesta, como processo inflamatório ou abcesso ou entorse dos ligamentos sacroilíacos. Dor na articulação do quadril indica lesão nesta articulação. Teste de Gaenslen – Paciente em DV e com o lado afetado posicionado na borda da mesa, instruí-lo a aproximar o joelho do lado não afetado no tórax. A seguir, o examinador coloca a pressão para baixo sobre a coxa afetada até que fique mais baixa do que a borda da mesa. Dor indica uma lesão a articulação sacroilíaca, entorse de ligamento sacroilíaco anterior (iliofemoral, isquiofemoral) ou processo inflamatório da articulação sacroilíaca. GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 20 Testes para a Síndrome do Impacto Acetabular: Síndrome do impacto acetabular – Para verificar laceração labial anterior/ posterior. Posicionamento: em DD, com flexão máxima de quadril. Sindrome do Impacto acetabular anterior: O examinador coloca o quadril em flexão completa, rotação externa e abdução completa. A seguir, ele estende o quadril com realização de rotação interna e adução. É positivo para síndrome do impacto anterior quando ocorre dor ou reprodução dos sintomas do paciente com ou sem estalido. Sindrome do Impacto acetabular posterior: O examinador coloca o quadril em flexão completa, adução e rotação medial. A seguir, ele estende o quadril juntamente com a abdução e a rotação lateral. É positivo quando ocorre desencadeamento da dor na região inguinal, apreensão do paciente ou reprodução de dor com ou sem estalido. GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 21 Testes para outras patologias do quadril: Teste de Trendelemburg - O paciente deve estar em pé. Solicitar a flexão de quadril. O teste considera-se normal, quando o paciente é capaz de manter o nível pélvis, sem ocorrer qualquer compensação. Fundamento: Existem dois tipos de testes positivos indicando condição patológica do quadril. Um sinal de trendelenburg compensado observa-se quando o tronco do paciente se inclina para o mesmo lado da perna testada. Um sinal de trendelenburg não compensado observa-se quando desvio pélvico contralateral. Teste de Bigorna - Posicionamento DD. Percurtir na região inferior do calcâneo com o punho. Positivo para dor localizada no quadril, pode identificar fratura da cabeça do fêmur ou patologia articular do quadril. GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 22 Teste de Allis – Para luxação congênita unilateral do quadril ou displasia. Posicionamento: em DD, joelhos fletidos e quadril com flexão de 90º. Positivo se um joelho for mais alto que o outro. Teste de Ober - Para verificar lesão da banda iliotibial. Procedimento: O paciente encontra-se em decúbito lateral, o lado que está sobre a maca deve estar com o quadril e joelhos fletidos a 90º. O examinador pega no membro inferior que está a cima trazendo-o para extensão e abdução do quadril, então, permite que a força da gravidade atue sobre o membro trazendo-o o máximo possível para adução. Se houver lesão da banda iliotibial, o quadril estará limitado no movimento de adução e/ou o paciente sentirá dor na face lateral do joelho, neste caso,o teste é considerado positivo. GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 23 Testes Ortopédicos de Ombro Teste para tendinite do tendão supra espinhoso: Teste de Apley - Paciente sentado é instruído a pôr a mão do braço afetado atrás da cabeça e tocar o ângulo superior da escapula oposta. A seguir, solicitar ao paciente a colocar a mão no ângulo inferior da escápula oposta. Dor indica tendinite do tendão supra espinhoso. Teste de Colisão de Hawkins-Kennedy - Com objetivo de empurrar o tendão do supra espinhoso contra a superfície anterior do ligamento coracoacromial. Paciente em pé, flexionar o ombro para frente e também o cotovelo a 90°. O avaliador segura o membro que deve estar relaxado, e exerce uma força a uma rotação interna sem resistência do paciente. Dor localizada é indicação de tendinite do supra espinhoso. GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 24 Teste para tendinite do bicipital: Teste de Yegarson - Supinação resistida do antebraço e rotação externa do ombro tencionam o tendão bicipital e o ligamento umeral transverso. Execução: Paciente sentado, cotovelo em flexão 90°, estabilizar o cotovelo com uma das mãos e com a outra aplicar uma resistência contra uma rotação externa do ombro e supinação do cotovelo. Positivo se o tendão produzir um “salto” para fora do sulco biciptal, o ligamento umeral pode estar frouxo ou rompido. Speed Test - Este teste tenciona o tendão do bíceps no sulco biciptal. Execução: Paciente sentado com antebraço estendido, supinado e em flexão de 45 °. O examinador coloca os dedos sobre o sulco biciptal e a mão oposta sobre o punho do paciente. Este deve elevar para frente o braço contra a resistência do examinador. Dor espontânea ou a palpação no sulco biciptal é indicativa de tendinite biciptal. GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 25 Testes para ruptura muscular: Belly Off Test (teste de napoleão) – Para verificar a integridade do musculo subescapular. Paciente na posição sentado ou em pé, o examinador na posição em pé a frente do paciente enquanto move o MS em direção a flexão e rotação medial máxima com o cotovelo em 90º de flexão, até que a palma da mão encoste o abdômen. Procedimento: O paciente deve ser instruído a manter o punho em neutro e ativamente manter essa posição de rotação medial enquanto o examinador libera o punho mantendo o apoio no cotovelo. O teste é considerado positivo quando o paciente é incapaz de manter a posição, o punho flexiona ou uma queda ocorre e a mão é afastada do abdômen. Teste de Lift Off – Paciente sentado ou em pé, o dorso da mão deve estar posicionado na região lombar, em nível de L3. Pede-se que ele afaste a mão do dorso, numa atitude de rotação interna ativa máxima. GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 26 A incapacidade de realizar o gesto, estará ligada a uma provável ruptura do tendão do músculo subescapular. Teste de Queda do Braço - O Examinador abduz o ombro do paciente a 90° e , em seguida, solicita que ele abaixe lentamente em direção a lateral do corpo. O teste e considera positivo quando o paciente é incapaz de retornar o membro superior lentamente para a lateral do corpo ou quando sente uma dor imensa ao tentar fazê-lo, indica uma ruptura no manguito rotador, usualmente no supra espinhoso. Testes para instabilidade da articulação glenoumeral: Teste de Gaveta Anterior - Paciente em DD, terapeuta coloca uma mão na escápula e o polegar sobre o processo coracóide, e com a outra mão que está segurando o braço do paciente executa o movimento de puxar o úmero para a frente. GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 27 Se o movimento for anormal e/ou fizer algum estalido em comparação com o membro contralateral são indicadores de uma instabilidade anterior da articulação glenoumeral. Teste de Apreensão Anterior - Paciente em DD e/ou sentado, com abdução de ombro e flexão de cotovelo a 90º, mantendo a rotação neutra. O terapeuta posiciona uma mão estabilizando a escápula e a outra mão realiza uma força em rotação externa lentamente. Se o paciente apresentar apreensão durante a manobra é positivo para instabilidade glenoumeral anterior. Teste de Gaveta Posterior - Paciente sentado, o avaliador posiciona uma das mãos estabilizando a cintura escapular enquanto a outra mão mantém o úmero em posição neutra. Terapeuta realiza movimento empurrando o úmero para trás. GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 28 Fundamento: Positivo quando ocorre um movimento anormal em comparação com o membro contralateral, indicador de uma instabilidade posterior da articulação glenoumeral. Teste de Apreensão Posterior - Paciente em DD, com flexão (90º) de ombro, flexão de cotovelo e rotação interna. Terapeuta aplica pressão para baixo no cotovelo do paciente. Positivo se o paciente apresentar apreensão indicando instabilidade glenoumeral posterior. Teste para a Síndrome do Desfiladeiro Torácico: GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 29 Teste de Adson - O paciente sentado, estabelecer a amplitude do pulso radial. Comparar a amplitude bilateral. Instrui - ló para inspirar profundamente e reter a respiração, enquanto roda a cabeça e eleva o queixo para o lado que está sendo testado. Se for negativo, fazer o paciente rodar a cabeça e elevar o queixo para o lado oposto. Fundamento: A rotação e extensão da cabeça impõem uma compreensão induzida pelo movimento a artéria subclávia e ao plexo braquial. Uma diminuição ou ausência da amplitude do pulso radial indica uma compressão do comportamento vascular do feixe neurovascular pelo músculo escaleno anterior espástico ou hipertrofiado, presença de uma costela cervical ou uma massa, tal como tumor de Pancoast. Parestesias ou radiculopatias na extremidade superior são indicadoras de compressão do componente neural do feixe neurovascular (Plexo braquial). Testes Ortopédicos de Cotovelo Teste para epicondilite lateral: Teste de Cozen – Procedimento: Com paciente sentado, estabilize o antebraço do paciente. Peça-lhe para cerrar o punho, realize a pronação ativa do antebraço, desvie radialmente e estenda o punho enquanto o examinador aplica uma resistência contra o movimento. GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 30 Fundamento: O teste é considerado positivo quando o paciente apresenta uma dor intensa e súbita na área do epicôndilo lateral do úmero. (epicondilite) Teste para epicondilite medial Cotovelo de Golfista - Procedimento: Com o paciente sentado, estabilizar o braço do paciente. Peça-lhe a extensão de cotovelo e supinação do antebraço. Instrua-o a fletir o punho com a mão cerrada contra a resistência que você estará aplicando na região do punho. Fundamento: O teste é positivo para epicondilite caso o paciente refira dor no epicôndilo medial do úmero. Testes Ortopédicos de Punho e Mão Testes para compressão do nervo mediano: GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 31 Teste de Phalen – Procedimento: Flexione ambos os punhos e aproxime um contra ao outro. Mantenha a posição por 60 segundos. Fundamento: Formigamento na mão ao longo da distribuição do nervo mediano, indica compreensão do nervo mediano no túnel do carpo por inflamação do retículo do musculo flexor, luxação anterior do osso semilunar, alterações artríticas ou tenossinovite dos tendões do flexor dos dedos. Teste de Phalen Invertido – Procedimento: Peça ao paciente para estender o punho afetado e apertar asua mão. Com o seu polegar oposto, pressione o túnel do carpo. Fundamento: Formigamento no polegar, no dedo indicador e na metade lateral do dedo anular pode indicar compreensão do nervo mediano no túnel do carpo por inflamação do retículo do musculo flexor, luxação anterior do osso semilunar, alterações artríticas ou tenossinovite dos tendões do flexor dos dedos. GUIA DE TESTES ORTOPÉDICOS 32 Teste para tenossinovite do tendão do polegar: Teste de Finkelstein – Procedimento: Peça ao paciente para cerrar o punho com o polegar fletido na superfície palmar da mão e forçar o punho medialmente. Fundamento: Cerrar o punho e força-lo medialmente pressiona os tendões do abdutor longo do polegar e do extensor curto do polegar. Dor distal no processo estilóide do rádio indica tenossinovite estenosante dos tendões do abdutor longo do polegar e do extensor curto do polegar. Referências Bibliográficas MAGEE, D.J. Avaliação Musculoesquelética. São Paulo: Barueri, Editora: Manole, 2010, 5ª edição.
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