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Contabilidade Básica Aula 1 a 10

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Contabilidade Básica
Aula 1 - Introdução à Contabilidade
Terminologia da área
A Contabilidade enquanto ciência tem como função administrativa, segundo Marion (2015):
O que se pode perceber é que a Contabilidade se configura como uma importante ferramenta de apoio para que o gestor analise os riscos e auxilie no suporte técnico e lógico para as entidades.
Quando iniciamos os estudos sobre a ciência contábil, nós nos deparamos com o desafio da terminologia, que pode dificultar o entendimento da matéria.
Na língua portuguesa, encontramos palavras que, dependendo do ponto de vista em que são consideradas, assumem significados diferentes.
Vejamos alguns exemplos:
Técnicas contábeis
Para Ferreira (2015), a Contabilidade compreende o registro das operações da empresa em livros mantidos para essa finalidade.
O motivo do registro está no fato de que a Contabilidade tem como função controlar o patrimônio de uma Pessoa Física ou Jurídica, além de gerar as informações para o público com interesse.
O objeto da Contabilidade é o patrimônio das entidades econômico-administrativas. Dessa forma, tem como objetivo permitir:
Para atingir esse fim, a Contabilidade utiliza várias técnicas, tais como:
Informações contábil-financeiras
A Contabilidade se configura como uma importante ferramenta de apoio para que o gestor analise os riscos e dê suporte técnico e lógico para as entidades.
Para o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que trata do tema, o propósito do relatório contábil é fornecer informações contábil-financeiras acerca da entidade que as reporta – aquelas consideradas, de alguma forma, úteis aos stakeholders (partes interessadas).
As pessoas interessadas nas informações contábil-financeiras podem ser:
De acordo com o CPC – Estrutura Conceitual, as demonstrações contábeis são elaboradas e apresentadas para usuários externos em geral, tendo em vista as finalidades específicas de cada usuário.
Sabemos, então, que um papel muito importante da Contabilidade é fornecer informação útil para a tomada de decisões econômicas.
De forma específica, a Contabilidade apresenta as seguintes funções:
Função econômica
Apurar o resultado econômico do período, o qual pode se apresentar na forma de lucro ou prejuízo.
Função administrativa
Controlar o patrimônio da entidade sobre os seguintes aspectos:
Estático – posição em determinado momento, como aquela apresentada no Balanço Patrimonial (BP);
Dinâmico – movimento ou mudanças qualitativas e quantitativas dos elementos.
.
Áreas específicas
Para Iudícibus et al (2013), existem duas abordagens na Contabilidade que ganham status de teoria: a teoria normativa e a teoria positiva.
Como ciência social, a Contabilidade deve ser estudada em áreas específicas, com o intuito de aprimorar as técnicas no aspecto de determinadas atividades a partir de suas finalidades.
Todas essas áreas específicas se relacionam entre si, tais como:
É relevante entender a palavra entidade, que, para a Contabilidade, tem sentido amplo, pois muitos entendem apenas as organizações filantrópicas.
A contabilidade como ferramenta estratégica
A abordagem da Contabilidade como ferramenta estratégica é fundamental, seja para os usuários:
Você sabia?
Os estudos de Santos (2011)  revelam que a Contabilidade já era reconhecida durante a Pré-história. Afinal, no Período Mesolítico, já se utilizavam, por meios de sinais pictográficos, sistemas contábeis registrados em fichas de barro, que continham, por exemplo:
Símbolos de animais;
Materiais têxteis;
Recipientes;
Metais etc.
Com base nessas constatações, podemos perceber que a Contabilidade vem evoluindo muito rápido a partir dos estudos da escola italiana e americana.
Nesse caso, os usuários podem identificar a fraqueza e o vigor financeiro da entidade que reporta a informação, inclusive para auxiliar a avaliação de sua liquidez e solvência, suas necessidades em termos de financiamento adicional e o quão provavelmente bem-sucedido será seu intento em angariar esse financiamento.
De acordo como o CPC 00 R1 a informação contábil precisa ter:
Relevância
Diz respeito à influência de uma informação contábil na tomada de decisões.
As informações são relevantes quando fazem a diferença nas decisões econômicas dos usuários, ajudando-os a avaliar o impacto de eventos passados ou corrigindo suas avaliações anteriores (valor confirmatório), ou ajudando-os nos processos para predizer resultados futuros (valor preditivo).
A relevância depende da natureza e também da materialidade (tamanho) do item em discussão.
Representação fidedigna
Diz respeito a três atributos: a informação precisa ser completa, neutra e livre de erro.
• Para ser completa, ela tem de conter o necessário para que o usuário compreenda o fenômeno retratado.
• Para ser neutra, ela necessita estar desprovida de viés na seleção ou na apresentação, não podendo ser distorcida para mais ou para menos.
• Para ser livre de erro, o processo para obtenção da informação deve ser selecionado e aplicado sem equívocos.
A estimativa terá representação fidedigna se o montante for claramente descrito como tal, e se a natureza e as limitações do processo forem devidamente reveladas.
Existem outras características qualitativas de melhoria das demonstrações contábeis – menos críticas, mas, ainda assim, altamente desejáveis.
De acordo com o CPC 00, são elas:
As características qualitativas tornam as informações mais úteis e confiáveis, pois buscam comunicar aos acionistas não controladores sobre a posição econômica e financeira das entidades das quais fazem parte.
Aula 2 - Patrimônio – conceito e representação gráfica 
Patrimônio
O objeto da Contabilidade é o PATRIMÔNIO: um conjunto de bens, direitos e obrigações avaliado em moeda e pertencente a uma pessoa (Física ou Jurídica).
A finalidade da Contabilidade é controlar o patrimônio das entidades e identificar as alterações ocorridas em sua composição.
Quando desejamos saber a real situação da entidade devemos:
Assim saberemos a situação líquida.
Vamos entender melhor esses componentes?
Bens
Os bens são capazes de satisfazer as necessidades humanas e são suscetíveis de avaliação econômica.
De acordo com Ferreira (2015), eles podem ser classificados como:
Bens corpóreos
Bens materiais, ou seja, aqueles que têm existência física, que podem ser tocados.
Exemplos:
• Dinheiro;
• Edificações;
• Terrenos;
• Veículos;
• Móveis;
• Utensílios;
• Equipamentos de informática;
• Máquinas e equipamentos industriais;
• Instalações elétricas e hidráulicas;
• Ferramentas;
• Estoque (material de escritório, mercadorias, matéria-prima, produtos em fabricação e produtos acabados).
Bens incorpóreos
Bens imateriais, ou seja, aqueles que não existem fisicamente.
Exemplos:
• Programas de computador;
• Marcas de propaganda;
• Patente de fabricação;
• Propriedade literária;
• Propriedade científica.
Bens numerários
Bens que representam os recursos financeiros em dinheiro (reconhecidos como CAIXA).
Bens de consumo
Bens não duráveis, ou seja, aqueles que são consumidos em determinado espaço de tempo.
É necessário analisar com cuidado os gastos com esses bens.
Se comprados em grandes quantidades, eles podem ser lançados em estoque de almoxarifado, mas, se consumidos imediatamente em pequenas quantidades, podem ser lançados direto para a apuração do resultado.
Exemplo: Gastos com material de limpeza e de expediente.
Bens de transformação
Bens utilizados na fabricação de outros bens, ou seja, seus produtos. Eles são registrados em contas chamadas de Matéria-prima dentro do grupo Estoque.
Exemplo:
Madeira usada para construir mesa e cadeira.
Bens de venda
Bens produzidos e acabados ou adquiridos prontos de terceiros para revenda. Eles são lançados em Mercadoria, e os produtos acabados, dentro do grupo Estoque.
Bens de renda
Investimentos feitos pela entidade em ativos não destinados à atividade operacional.
Apesar de nãoserem comprados com o intuito de vender, esses bens são fontes de recursos assim como outras receitas. Eles são registrados no grupo Investimentos.
Exemplo:
Aluguel de um terreno comprado para investimento.
Exemplo:
Madeira usada para construir mesa e cadeira.
Bens de uso
Bens destinados à atividade operacional da entidade.
Exemplos:
• Veículos – usados na entrega de mercadoria;
• Móveis e utensílios – usados nas tarefas do cotidiano da empresa;
• Máquinas – usadas na produção.
Direitos
Ferreira (2015) afirma que, em sentido contábil, os direitos representam créditos, ou seja, valores a receber ou a recuperar nas transações com terceiros, como duplicatas e aluguéis.
Em sua maioria, eles decorrem da atividade operacional como uma venda a prazo.
Podemos citar como exemplos:
Em regra, os direitos são representados por títulos e documentos.
Obrigações
As obrigações são os valores que a entidade deve como resultado de eventos passados. Elas se dividem em:
Representação gráfica do patrimônio
De acordo com Ferreira (2015), a identificação dos elementos que compõem o patrimônio diz respeito a seu aspecto qualitativo. Já a mensuração desses elementos corresponde ao aspecto quantitativo.
A representação gráfica do patrimônio é feita da seguinte forma:
Situações Líquidas patrimoniais
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) deu uma definição bem simples para o Patrimônio Líquido (PL):
Para o BP estar em equilíbrio, o total dos valores do ATIVO deve ser igual ao total do PASSIVO. Mas, na prática, isso acontece raramente.
A diferença desses valores é chamada de Situação Líquida (SL). Assim, a equação fundamental do patrimônio é a seguinte:
A SL – que é sempre disposta no lado do PASSIVO – indica:
As possíveis SLs são:
Ativo e passivo podem ser iguais ou maiores do que zero, mas a SL pode ser maior, igual e menor do que zero.
Ativo e passivo podem ser iguais ou maiores do que zero, mas a SL pode ser maior, igual e menor do que zero.
Tipos de capital
Para Iudícibus et al (2013), existem quatro conceitos de capital. São eles:
Capital Nominal
Investimento inicial realizado pelos sócios de uma entidade e registrado em uma conta chamada de Capital ou Capital Social.
O Capital Nominal corresponde ao PL inicial e só sofre alterações quando:
• Os sócios/proprietários realizam novos investimentos (aumento de capital) ou desinvestimentos (redução de capital);
• Há geração de lucros (aumento do PL) ou prejuízos (diminuição do PL).
Capital Próprio
Recurso evidenciado no patrimônio como PL, pois o ativo é o patrimônio bruto. Esse recurso abrange o Capital Inicial dos sócios da empresa e suas variações.
Capital de Terceiros
Passivo que será exigido da entidade (passivo exigível), utilizado para financiar as atividades empresariais.
Capital Total
Valores disponíveis para a empresa, iguais à seguinte soma:
Capital Próprio + Capital de Terceiros
Você sabia?
Uma questão recorrente em concurso público é aquela que aborda o tema da estática e da dinâmica patrimonial.
A situação estática (em repouso) do patrimônio é evidenciada no BP, e a dinâmica, na Demonstração de Resultado do Exercício (DRE).
Na DRE, são declaradas as contas que alteram a SL do patrimônio (seu resultado) e modificam o Capital Próprio da entidade.
Origem e aplicação de recursos
Para Ferreira (2015), em um gráfico patrimonial, é possível observar o total de recursos que a empresa obteve e que estão a sua disposição.
A Contabilidade identifica todos os fatos administrativos que resultam em origens e aplicações de recursos.
Os registros são feitos com destaque para onde o recurso foi aplicado e de onde foi originado. Sendo assim:
Como já vimos, o passivo representa obrigações com terceiros no período atual, decorrentes de eventos passados e que demandam o consumo de ativos para sua liquidação.
O passivo configura-se, então, como a origem dos recursos. Trata-se do Capital Total à disposição da entidade (Capital de Terceiros + Capital Próprio).
A empresa administra seu ativo para que este gere benefícios futuros, independente de ter forma física (tangíveis) ou não (intangíveis) – como é o caso das marcas e patentes. No ativo, estão, portanto, as aplicações de recursos.
Podemos citar como exemplos:
Método das partidas dobradas
Para registrar suas operações, a Contabilidade adota o método das partidas dobradas – exposto, oficialmente, pelo matemático italiano Luca Pacioli (1445-1517), em 1494.
De acordo com esse raciocínio, o registro contábil implica que um débito em uma ou mais contas deve corresponder a um crédito equivalente em uma ou mais contas, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual à soma dos valores creditados.
Sendo assim:
Não existe DÉBITO sem CRÉDITO, ou seja, não existe APLICAÇÃO sem ORIGEM DE RECURSOS.
O débito e o crédito fazem parte de uma convenção bastante utilizada pela Contabilidade e estão presentes no razonete (livro-razão).
Assim:
Clique aqui para conhecer outras Terminologias contábeis.
Aula 3: Contas patrimoniais e de resultado 
Definição de contas
As contas exercem um importante papel no processo contábil: suprir os usuários acerca do patrimônio e de suas variações.
Isso é feito mediante o registro dos atos e fatos da administração econômica dos componentes do patrimônio e a formação dos resultados realizados em cada período.
Para cada bem ou agrupamentos de bens, de direitos, de obrigações ou de Situação Líquida (SL), há, portanto, uma conta específica.
Da mesma forma, as modificações do patrimônio (positivas ou negativas), oriundas das atividades da empresa, são demonstradas em operações contábeis.
Vamos entender melhor o assunto?
Registro contábil e passos do ciclo contábil
Para começar, é importante identificar os elementos indispensáveis para registrar os fatos nas contas. São eles:
Os passos do ciclo contábil, por sua vez, são:
Natureza das contas
As contas funcionam por movimentos de débito e crédito. Para entendermos esse mecanismo, precisamos, primeiro, conhecer a natureza de cada conta. 
Teorias das contas
Vamos conhecer, agora, as teorias das contas. São elas:
Teoria personalista
Aquela que engloba as seguintes contas:
• Contas do proprietário – SL, receitas e despesas;
• Contas dos agentes consignatários – bens (no ativo);
• Contas dos correspondentes – direito (no ativo) ou obrigações (no passivo exigível).
Teoria materialista
Aquela que engloba as seguintes contas:
• Contas integrais – ativo e passivo exigível;
• Contas diferenciais – SL, receitas e despesas.
Teoria patrimonialista
• Contas patrimoniais – ativo, passivo e SL;
• Contas de resultado – receitas e despesas.
• Contas patrimoniais – ativo, passivo e SL;
• Contas de resultado – receitas e despesas.
A tabela a seguir apresenta o resumo dessas teorias:
Aqui, vamos nos ater àquela adotada no Brasil: a teoria patrimonialista. 
Contas patrimoniais
Como vimos, os bens, os direitos e as obrigações – ativo, passivo e PL, respectivamente – representam as contas patrimoniais. 
Aqui, vamos nos ater àquela adotada no Brasil: a teoria patrimonialista.
As contas patrimoniais são utilizadas para apuração e controle do patrimônio.
Seus componentes podem ser considerados sob dois aspectos:
Contas redutoras
Além do ativo, do passivo e do PL, também são consideradas patrimoniais as contas retificadoras ou redutoras, ou seja, negativas – aquelas que reduzem o saldo do grupo ao qual pertencem e acabam por retificá-lo. 
Essas contas não existem sozinhas, pois são utilizadas para subtrair os saldos de outras operações contábeis. 
As mais conhecidas do ativo são: 
Se estiverem no ativo, as contas redutoras terão saldo credor, mas, se estiverem no passivo ou no PL, terão natureza devedora. 
A conta Cliente apresenta os seguintes dados:
• Natureza – devedora;
• Saldo – R$ 200.000,00;
• Valor aproximado de perda em liquidação duvidosa– 5%. 
Nesse caso, deve ser aberta uma conta no valor de R$ 10.000,00 para retificar aquele de que o administrador pode dispor para pagar suas obrigações.
Logo, essa conta Cliente se evidencia da seguinte forma:
Clientes --------------------------------------------------------------------------- R$ 200.000,00
Perda estimada (líquida duvidosa) ------------------------------------------ (R$ 10.000,00) 
, A conta Cliente apresenta os seguintes dados:, , • Natureza – devedora;
• Saldo – R$ 200.000,00;
• Valor aproximado de perda em liquidação duvidosa – 5%. , , Nesse caso, deve ser aberta uma conta no valor de R$ 10.000,00 para retificar aquele de que o administrador pode dispor para pagar suas obrigações., , Logo, essa conta Cliente se evidencia da seguinte forma:, , Clientes --------------------------------------------------------------------------- R$ 200.000,00
Perda estimada (líquida duvidosa) ------------------------------------------ (R$ 10.000,00) 
Existem poucas contas do passivo retificadoras. Entre estas, podemos citar: juros a apropriar ou a transcorrer. 
No caso do PL, há: 
Contas de resultado
As contas de receitas, de custos e de despesas são consideradas temporárias, pois seus saldos são apurados a cada exercício. Chamamos isso de encerrar ou zerar a conta.
Seu saldo deve ser lançado em uma conta de resultado ou Apuração do Resultado do Exercício (ARE). Depois disso, ele é transferido para o PL.
As contas de resultado dividem-se em:
Despesas
Aquelas que se caracterizam pelo consumo de bens e pela utilização de serviços, com o objetivo de obter receitas.Exemplos
• Energia elétrica;
• Material de expediente;
• Salários etc.
Existem contas que são representadas pelos seguintes gastos:
• Comerciais – comissão, brindes e feiras;
• Administrativos – 13º salário, férias, água, telefone e aluguel;
• Financeiro – juros e despesas bancárias.
Receitas
Aquelas decorrentes das vendas ou das prestações de serviços, mas existem outras receitas operacionais, tais como venda de sucata, ganho na alienação de imobilizado etc.
Comparadas às despesas, há poucas receitas. As mais comuns são:
• Descontos;
• Juros ativos;
• Vendas de mercadorias.
As contas de resultado provocam variações patrimoniais, porque as receitas geram lucros que aumentam o PL, e as despesas geram prejuízos que o diminuem.
Outras classificações de contas
Conforme relata Ferreira (2015), as contas também são classificadas de acordo com outros critérios, como mostra a tabela a seguir:
Aula 4 - Plano de contas
Contas patrimoniais
Vamos conhecer, com mais detalhes, as contas patrimoniais. São elas:
Ativo
Todas as contas que representam os bens e os direitos. Pode ser classificado em:
Passivo
Contas que representam as obrigações e o Patrimônio Líquido (PL). Pode ser classificado em:
Contas de resultado
Vamos entender melhor, agora, as contas de resultado, que aparecem durante o exercício e se encerram no final deste. São elas:
Apresentação das contas
As contas são apresentadas nos seguintes níveis:
OBS: A conta Móveis e utensílios equipamentos de informática, mesas, cadeiras, estantes etc.
O plano de contas deve conter, no mínimo, quatro níveis. São eles:
Nível 1 – Ativo (grupo);
Nível 2 – Ativo circulante (subgrupo);
Nível 3 – Direito realizáveis (conta sintética);
Nível 4 – Contas a receber (conta analítica).
Aula 5 - Registros contábeis – atos/fatos 
Classificação das contas
O patrimônio das empresas está em constante movimento, devido aos acontecimentos que ocorrem diariamente. Disso resulta a importância do registro contábil.
Para que possamos compreender a essência dessa mutação patrimonial, precisamos classificar as contas. Vejamos algumas delas:
Caixa
• Código: 1.1.1.001;
• Ativo;
• Circulante;
• Disponibilidades;
• Função: abrigar os numerários em tesouraria (dinheiro no caixa da empresa);
• Natureza: devedora;
• Debitada: recebimento de duplicatas, vendas à vista (em dinheiro), saques bancários etc.;
• Creditada: em todos os desembolsos (em dinheiro) – pagamentos de títulos, de despesas etc.
Bancos
• Código: 1.1.1.002;
• Ativo;
• Circulante;
• Disponibilidades;
• Função: abrigar toda a movimentação bancária da empresa (banco conta movimento);
• Natureza: devedora;
• Debitada: pelos valores depositados em banco e pela aquisição de empréstimos;
• Creditada: pelos pagamentos em cheques ou pelas diminuições na conta corrente.
Clientes nacionais
• Código: 1.1.2.002;
• Ativo;
• Circulante;
• Direitos;
• Função: abrigar os valores a receber provenientes de vendas a prazo;
• Natureza: devedora;
• Debitada: no ato da venda a prazo para recebimento até exercício social seguinte;
• Creditada: pelo recebimento da duplicata (quando o cliente a resgata).
Estoque mercadoria revenda
• Código: 1.1.3.001;
• Ativo;
• Circulante;
• Estoques;
• Função: abrigar os valores das mercadorias destinadas à venda;
• Natureza: devedora;
• Debitada: nas compras de mercadorias;
• Creditada: nas vendas de mercadorias, nas perdas por avarias ou sinistros.
Seguros a apropriar
• Código: 1.1.4.001;
• Ativo;
• Circulante;
• Despesas do exercício seguinte;
• Função: abrigar os valores relativos a seguros pagos com competência futura;
• Natureza: devedora;
• Debitada: no ato da contratação e do pagamento do seguro;
• Creditada: pela apropriação mensal de parcela proporcional ao número de meses.
Veículos
• Código: 1.3.2.005;
• Ativo;
• Permanente;
• Imobilizado;
• Função: abrigar os valores de aquisição dos veículos de uso na empresa;
• Natureza: devedora;
• Debitada: na compra do veículo ou em reavaliações deste;
• Creditada: na venda de veículos ou baixa por desuso, avaria ou sinistro.
Depreciação acumulada veículos
• Código: 1.3.2.006;
• Ativo;
• Imobilizado;
• Função: retificar o valor dos veículos pelas perdas de valor devido ao uso ou à obsolescência;
• Natureza: credora;
• Debitada: na baixa do bem por venda, desuso, avaria, sinistro etc.
Atos administrativos
Os atos administrativos são acontecimentos que ocorrem na empresa e que não provocam alterações no patrimônio. Exemplos:
Alguns são considerados relevantes, quando seus efeitos se materializam no futuro, traduzindo-se em modificações no patrimônio. Esses atos devem ser registrados pela Contabilidade por meio das contas de compensações.
Fatos administrativos
Fatos administrativos ou contábeis são os acontecimentos que provocam variações nos valores patrimoniais, podendo ou não alterar o Patrimônio Líquido (PL).
Devido a essa modificação, esses fatos devem ser contabilizados por meio das contas patrimoniais e de resultados.
Os fatos administrativos podem ser classificados em três grupos:
Vamos entendê-los!
Fatos permutativos
Aqueles que permutam os elementos componentes do ativo ou do passivo sem modificar o valor do PL. Nesse caso, pode ocorrer troca entre os elementos do ativo, do passivo e entre ambos simultaneamente.
A permutação pode ser:
Fatos modificativos
Aqueles que modificam o PL e que envolvem contas de resultado (receitas e despesas).
Fatos mistos
Aqueles que envolvem, ao mesmo tempo, um fato permutativo e um modificativo, e que podem, portanto, acarretar alterações no ativo e no PL, no passivo e no PL, ou no ativo, no passivo e no PL simultaneamente.
Os fatos mistos são capazes de provocar aumento ou diminuição no patrimônio.
Para facilitar a compreensão dos tipos de fatos administrativos, analise a tabela a seguir:
Aula 6 - Razonete e balancete de verificação 
Razonete
Para compreendermos os lançamentos a débito e a crédito nas contas patrimoniais e de resultado, vamos elaborar os razonetes.
Para facilitar a conciliação e verificação de lançamentos, utilizamos o razonete em T, no qual consta apenas o título da conta, as colunas do débito (à esquerda) e do crédito (à direita) para registro dos respectivos valores.
Veja um exemplo:
Independenteda natureza das contas, o lado direito do razonete sempre será utilizado para lançar o débito, e o lado esquerdo, para lançar o crédito.
 Independente da natureza das contas, o lado direito do razonete sempre será utilizado para lançar o débito, e o lado esquerdo, para lançar o crédito.
Conforme estudamos nas aulas anteriores a respeito da escrituração contábil, cada operação é objeto de um lançamento, ou seja, do registro de fatos contábeis, que são processados com base no método das partidas dobradas.
Inicialmente, esse método envolvia apenas uma conta a débito e uma a crédito. Atualmente, um lançamento pode abranger um ou mais débitos e um ou mais créditos.
De acordo com o número de contas debitadas e creditadas, podemos identificar quatro fórmulas de lançamento. São elas:
Vejamos alguns exemplos de lançamento:
Balancete de verificação
O balancete de verificação é uma demonstração que relaciona cada conta com seu respectivo saldo devedor ou credor.
Nesse caso, os lançamentos serão corretamente efetuados se o total da coluna dos saldos devedores for igual ao total da coluna dos saldos credores.
Para muitas entidades, sua estrutura tem três colunas, organizadas da seguinte forma:
Existem, também, outros modelos de balancete, nos quais as informações aparecem assim lançadas:
Veja um exemplo de balancete:
Algumas observações sobre o balancete de verificação:
Balancete de verificação inicial = Contas patrimoniais + Contas de resultado
Balancete de verificação final = Contas patrimoniais
Balancete de verificação inicial = Contas patrimoniais + Contas de resultado
Balancete de verificação final = Contas patrimoniais.
Aula 7 - Apuração de Resultado do Exercício
O resultado do exercício é utilizado para avaliar o desempenho econômico da entidade.
Por isso, conhecer o resultado obtido com a venda de mercadorias, de produtos ou serviços é de suma importância para o empresário em sua tomada de decisão. Afinal, essa é a atividade operacional das empresas.
Podemos obter o resultado com mercadorias vendidas por meio da seguinte operação:
Após esse momento, serão adicionados e subtraídos os demais valores para a apuração final do resultado do exercício. Veja:
Agora, vamos identificar a sequência ideal dos procedimentos que devem ser tomados para tal apuração:
Podemos elaborar uma Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) de forma dedutiva. Vejamos um exemplo:
Suponha que, fim do ano 2009, a companhia A apresentou os seguintes valores:
A demonstração do resultado do exercício ficaria da seguinte forma:
O resultado do exercício é utilizado para avaliar o desempenho econômico da entidade.
E quanto ao Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)? O que sabemos sobre ele?
De que forma o CMV é apurado?
De que maneira é possível calcular o valor do CMV?
Isso pode ser feito de duas formas, pelos seguintes inventários:
1. Inventário periódico
Quando necessitamos apurar o Resultado Com a venda das Mercadorias (RCM), realizamos um levantamento físico para a avaliação do estoque de mercadorias existente naquela data.
A partir da diferença entre o total das mercadorias disponíveis para venda durante o período e esse estoque final (apurado de forma extracontábil), obtemos o CMV nesse período. Nesse caso, utilizamos, portanto, a contagem física.
2. Inventário permanente
Este controle permanente é efetuado sobre todas as mercadorias que estiverem à disposição para venda, isto é, sobre o CMV e sobre as mercadorias que não foram vendidas (estoque final).
A partir da soma dos custos de todas as vendas, obtemos o CMV total do período. Nesse caso, utilizamos as fichas de controle de estoque.
Principalmente nas médias e grandes empresas, há a necessidade de controle contínuo do valor do estoque de mercadorias. Conseguimos isso por meio da baixa, em cada venda, do CMV.
O processo de baixa de cada venda no CMV acontece da seguinte forma:
Após cada operação de venda e sua contabilização, teremos a conta de vendas atualizada: CMV com o total do custo acumulado e Mercadorias refletindo o valor exato em estoque.
Vamos analisar uma situação:
Uma empresa possui estoque de mercadorias no valor de R$ 15.000 e vende a metade dele por R$ 10.000 a prazo.
Como contabilizar a operação de compra e venda?
a) D - Cliente | C - Vendas 10.000
b) D - CMV | C - Mercadorias 7.500
Uma empresa possui estoque de mercadorias no valor de R$ 15.000 e vende a metade dele por R$ 10.000 a prazo.
Se, após essas transações, a empresa adquirisse mais mercadorias por R$ 6.000 a prazo e apurasse o resultado, como ficaria o seu estoque?
a) D - Mercadorias | C - Fornecedores 6.000
Pelo encerramento das contas de resultado, chegamos à seguinte conclusão:
d) D - Vendas | C - Resultado 10.000
e) D - Resultado | C - CMV 7.500
No sistema do inventário permanente, o controle do estoque de mercadorias pode ser simplificado com o uso de uma ficha de controle.
Vejamos sua aplicação:
Data: 01/06/X1 – Estoque inicial e mercadoria (ventiladores) de R$ 10.000 (10 unidades compradas a R$ 1.000 cada uma)
Data: 02/06/x1 – Venda de 6 unidades por R$ 8.000
Data: 10/06/x1 – Compra de 4 unidades a R$ 1.000 cada uma
Data: 23/06/x1 – Venda de 6 unidades por R$ 8.500
1. Em 02/06: D - CAIXA
C - RECEITA DE VENDAS ............... 8.000
D - CMV
C - MERCADORIAS ......................... 6.000
Em 10/06: D - MERCADORIAS
C - CAIXA ....................................... 4.000
Em 23/06: D - CAIXA
C - RECEITA DE VENDAS ............... 8.500
D - CMV
C - MERCADORIAS ......................... 6.000
Em 30/06: D - CMV
C - MERCADORIAS ......................... 12.000 (CONF FICHA ESTOQUE)
Devemos analisar todas as possibilidades de atribuições de valor, sempre com base no custo (valor de aquisição). Os principais critérios são:
Preço específico
PEPS ou FIFO
UEPS ou LIFO*
*Que não é mais aceito pelas normas internacionais.
Média ponderada móvel
Inventário periódico
Já sabemos que, para apuração do RCM, no caso do inventário periódico, precisamos do levantamento físico do estoque. Isso nos oferece uma informação extracontábil.
Logo:
De acordo com a Receita Federal do Brasil:
Para o cálculo da depreciação do período, a taxa de depreciação deve ser sempre aplicada sobre o valor de aquisição do bem – se NÃO apresentar valor residual!
:
Por isso, primeiro, RETIRAMOS esse valor.
Exemplo
, Carro = 100.000
Valor residual = 10.000 (10%) → 100.000 - 10.000 = 90.000
É sobre esse valor (90.000) que vamos aplicar a taxa de depreciação.
Mas, além da depreciação, é preciso verificar, pelo menos anualmente, a eventual necessidade de reconhecimento de perda por redução do valor recuperável do ativo, conforme o Pronunciamento Técnico CPC 01 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos.
A despesa de depreciação de cada período deve ser reconhecida no resultado, a menos que seja incluída no valor contábil de outro ativo.
No entanto, por vezes, os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo são absorvidos para a produção de outros ativos. Nesses casos, a depreciação faz parte do custo de outro ativo e deve ser incluída em seu valor contábil.
Por exemplo, a depreciação de máquinas e de equipamentos de produção é incluída nos custos de produção de estoque. Por isso, de acordo com Ferrari (2014), utilizamos os métodos linear (ou de quotas constantes) e da soma dos dígitos.
Saiba mais
Para entender melhor a questão, acesse o Pronunciamento Técnico CPC 16 - Estoques.
Método linear
Método que contabiliza, como despesa ou custo, uma parcela constante do valor do bem em cada período.
Vejamos uma aplicação desse método:
No início de janeiro, a empresa comprou um veículo com vida útil estimada de 5 anos pelo valor de R$ 30.000,00, sem valor residual estimado. Qual será o valor da depreciação?
Solução:
No final do primeiro ano, devemos reconhecer a despesa de depreciação de:
R$ 30.000,00 : 5= R$ 6.000,00 por ano
Para calcularmos o valor da depreciação mensal, para efeito de apuração de resultados mensais, basta dividirmos o valor da depreciação anual por 12:
R$ 6.000,00 : 12 = R$ 500,00 por mês
Se considerarmos um valor residual de R$ 3.000,00, o valor anual da depreciação será:
(R$ 30.000,00 - R$ 3.000,00) : 5 = R$ 5.400,00 por ano
Para calcularmos o valor da depreciação mensal, para efeito de apuração de resultados mensais, basta dividirmos o valor da depreciação anual por 12:
R$ 5.400,00 : 12 = R$ 450,00 por mês
A contabilização do valor da depreciação mensal será efetuada da seguinte forma: débito de despesa de depreciação e crédito da conta Depreciação Acumulada.
Portanto, o lançamento será:
Débito: Despesa de Depreciação = R$ 450,00;
Crédito: Depreciação Acumulada = R$ 450,00.
Débito: Despesa de Depreciação = R$ 450,00;
Crédito: Depreciação Acumulada = R$ 450,00.
No final do primeiro ano, o Ativo Imobilizado da empresa deverá ser apresentado no BP da seguinte maneira:
Veículos = R$ 30.000,00
(-) Depreciação Acumulada (R$ 6.000,00) = R$ 24.000,00
Dessa forma, o leitor do BP saberá a idade aproximada do Ativo Imobilizado da empresa.
Depreciação
Já entendemos que a depreciação é a diminuição parcelada de valor que os bens de uso da empresa sofrem.
Trata-se de considerar como despesa ou custo do período uma parte do valor gasto na compra desses bens de uso.
Nesse contexto, alguns conceitos são importantes. Vejamos:
Desgaste pelo uso
Enfraquecimento da capacidade de produção.
Ação do tempo
Exposição aos rigores das variações atmosféricas, como o frio, o calor, a chuva, o sol, a umidade, a maresia etc.
Obsolescência
Em decorrência da evolução tecnológica, os bens se tornam ultrapassados, antiquados, arcaicos e caem em desuso.
A taxa de depreciação é aquela a partir da qual podemos esperar a utilização econômica do bem.
Devemos elaborar cálculos de depreciação com base nos prazos e nas taxas que, até então, eram fixados pela legislação tributária.
Entretanto, periodicamente, as empresas utilizam o critério da recuperabilidade, que consiste na revisão e no ajuste dos critérios usados para a determinação da vida útil econômica.
A legislação tributária, no RIR/99 (artigos 305 a 323), disciplina esse assunto determinando as contas sujeitas à depreciação, bem como fixando prazos, taxas e critérios.
Com o advento da Lei nº 11.638/2007, cujos efeitos passaram a vigorar a partir de 01 de janeiro de 2008, as regras para a fixação do prazo e da taxa de depreciação – que, até então, era definida pelo fisco –, mudaram: agora, prevalece o prazo de vida útil econômica do bem.
No parágrafo 3º do artigo 183 dessa lei, consta que as empresas deverão efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado e intangível, a fim de que sejam registradas as perdas de valor do capital aplicado, e para revisar e ajustar os critérios utilizados para a determinação da vida útil – causas que justificam a depreciação.
Atenção
, A depreciação somente se inicia quando o bem está em condições de uso e de operação. Do contrário, não haverá mais cálculo nem contabilização, permanecendo o valor do bem e a depreciação acumulada com idêntico valor, até que haja reavaliação.
A amortização – que tem o mesmo sentido da depreciação – é o valor correspondente à recuperação dos investimentos feitos em bens intangíveis ou de valores aplicados em despesas que contribuam para a formação de resultados de mais de um exercício contábil, os quais serão lançados como custo ou encargo em cada exercício.
Trata-se, portanto, do desgaste do valor econômico do capital aplicado em bens intangíveis do ativo, necessários à manutenção da empresa, ou seja, o desgaste de bens imateriais.
Há uma conta de resultado (Amortização) e uma conta patrimonial (Amortização Acumulada).
Os bens do ativo intangível com vida útil indefinida não devem ser amortizados, pois, nesses casos, serão feitos testes de recuperabilidade.
Exaustão
A exaustão é a redução do valor, decorrente da exploração, dos recursos minerais, florestais e de outros recursos naturais esgotáveis.
Nesse caso, existe uma perda de valor, porque as imobilizações suscetíveis de exploração – como, por exemplo, as reservas minerais e vegetais (bosques, florestas, jazidas etc.) – se esgotam no decorrer do tempo.
Aqui, devemos aplicar os mesmos métodos utilizados para a depreciação. Logo, seu lançamento é: 
D - Exaustão
C - Exaustão Acumulada
Aula 8 - Demonstração do Resultado do Exercício
Estrutura da DRE
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) apresenta todos os itens de receita e despesa reconhecidos no período, excluindo aqueles relativos a outros resultados abrangentes.
As estruturas da DRE e da Demonstração do Resultado do Exercício Abrangente (DRA) incluem:
Em termos legais, o artigo 187 da Lei nº 6.404/1976 trata sobre a DRE.
Para conhecê-lo, clique aqui.
Em termos legais, o artigo 187 da Lei nº 6.404/1976 trata sobre a DRE.
Para conhecê-lo, clique aqui.
Fonte da Imagem:
Em termos legais, o artigo 187 da Lei nº 6.404/1976 trata sobre a DRE.
Para conhecê-lo, clique aqui.
Além disso, devemos obedecer, ainda, ao regime de competência dos exercícios para as receitas e despesas que serão reconhecidas quando auferidas ou incorridas, independente do efetivo recebimento ou pagamento.
Vamos conhecer a estrutura da DRE. Iremos dividir a estrutura para que possamos apresentar a descrição de cada item.
Estrutura da DRE
Receita bruta de vendas ou receita operacional bruta 
(-) Deduções da receita bruta
(-) Devoluções de vendas 
(-) Abatimentos sobre vendas
(-) Descontos incondicionais concedidos
(-) ISS / ICMS / PIS e COFINS sobre vendas 
(=) Receita líquida de vendas ou receita operacional líquida 
(-) Custo das Mercadorias/Produtos Vendidos/Serviços Prestados
(=) Resultado operacional bruto 
(-) Despesas com vendas 
(-) Despesas gerais e administrativas 
(-) Outras despesas operacionais 
(+) Outras receitas operacionais 
(-) Despesas financeiras 
(+) Receitas financeiras 
(+) Outras receitas 
(-) Outras despesas 
(=) Resultado operacional líquido 
(-) CSLL ou despesa com provisão para CSLL 
(=) Resultado do exercício antes do Imposto de Renda 
(-) Despesa com provisão do Imposto de Renda 
(=) Resultado do exercício após o Imposto de Renda 
(-) Despesa com participações societárias sobre o lucro
Participações de debêntures 
Participações de empregados 
Participações de administradores 
Participações de partes beneficiárias – Fundos de assistência e previdência de empregados 
(=) Resultado líquido do exercício – Lucro/Prejuízo Líquido por Ação
Eliminação de receitas e despesas não operacionais
A Medida Provisória n° 449/2008 (que foi convertida na Lei nº 11.941/2009) acatou mais esta regra existente nas normas internacionais:
A não segregação dos resultados em operacionais e não operacionais.
Assim, no âmbito do processo de convergência com as normas internacionais (leitura sistemática das normas e orientações), as entidades deverão apresentar “outras receitas/despesas” no grupo operacional, e não após a linha do “resultado operacional”.
De acordo com o Decreto nº 3.000/1999 – Regulamento do Imposto de Renda (RIR/1999):
Atenção
Nesse modelo, o resultado significa lucro ou prejuízo!
Em outras palavras:
• Resultado operacional bruto = Lucro ou prejuízo operacional bruto, ou lucro ou prejuízo bruto; 
• Resultado operacional líquido = Lucro ou prejuízo operacional líquido; 
• Resultado do exercício antes do Imposto de Renda = Lucro ou prejuízo do exercício antes do Imposto de Renda; 
• Resultado do exercício após o Imposto de Renda = Lucro ou prejuízo do exercício após o Imposto de Renda.
Se existir prejuízo, não haverá Imposto de Renda a pagar, e os resultados antes e após o Imposto de Renda serão iguais, ou seja:• Resultado líquido do exercício = Lucro ou prejuízo líquido do exercício
Atenção
,Nesse modelo, o resultado significa lucro ou prejuízo!
Em outras palavras:
• Resultado operacional bruto = Lucro ou prejuízo operacional bruto, ou lucro ou prejuízo bruto; 
• Resultado operacional líquido = Lucro ou prejuízo operacional líquido; 
• Resultado do exercício antes do Imposto de Renda = Lucro ou prejuízo do exercício antes do Imposto de Renda; 
• Resultado do exercício após o Imposto de Renda = Lucro ou prejuízo do exercício após o Imposto de Renda.
Se existir prejuízo, não haverá Imposto de Renda a pagar, e os resultados antes e após o Imposto de Renda serão iguais, ou seja: 
• Resultado líquido do exercício = Lucro ou prejuízo líquido do exercício
Lucros ou prejuízos acumulados
Com a publicação da Lei nº 11.638/2007, a conta “Lucros ou prejuízos acumulados” foi extinta como componente do Patrimônio Líquido e passou a ser chamada de “Prejuízos acumulados”.
Atenção
A não manutenção de saldo positivo nessa conta só pode ser exigida das Sociedades por Ações, e não das demais sociedades e entidades.
Atenção
,A não manutenção de saldo positivo nessa conta só pode ser exigida das Sociedades por Ações, e não das demais sociedades e entidades.
Além disso, de acordo com a Lei nº 10.303/2001, o lucro do período que não for distribuído para reservas ou dividendos também deverá ser partilhado como dividendos adicionais.
Conforme destacam os itens 42 e 43 da Deliberação CVM nº 565/2008, a conta “Lucros acumulados” permanecerá nos planos de contas.
Essa conta continuará sendo usada para receber o resultado do exercício, as reversões de determinadas reservas e os ajustes de exercícios anteriores, a fim de distribuir os resultados em suas várias formas e de destinar valores para reservas de lucros.
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) é um tributo incidente sobre o lucro da empresa após ajustes, conforme destacado a seguir:
(-) Participações Estatutárias sobre o Lucro
Como já vimos, o artigo 187 da Lei nº 6.404/1976 – Lei das S/A – define que as Participações Estatutárias sobre o Lucro (PEL) são: 
“VI - as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência aos empregados, que não se caracterizem como despesa;”.
A base de cálculo da PEL é a seguinte: 
(=) Resultado do exercício após o Imposto de Renda
(-) Saldo da conta Prejuízos acumulados
O artigo 190 da mesma lei afirma que:
“As participações de empregados, administradores e partes beneficiárias serão determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com base nos lucros que remanescerem depois de deduzida a participação anteriormente calculada”. 
De acordo com o RIR/1999:
“Art. 462. Podem ser deduzidas do lucro líquido do período de apuração as participações nos lucros da pessoa jurídica: 
I - asseguradas as debêntures de sua emissão; 
II - atribuídas a seus empregados segundo normas gerais aplicáveis, sem discriminações, a todos que se encontrem na mesma situação, por dispositivo do estatuto ou contrato social, ou por deliberação da assembleia de acionistas ou sócios quotistas;
III - atribuídas aos trabalhadores da empresa, nos termos da Medida Provisória nº 1.769-55, de 1999 (art. 359)”.
Esse regulamento também estabelece que as participações de partes beneficiárias de sua emissão e de administradores não são dedutíveis na apuração do lucro real. 
No caso específico da apuração da base de cálculo da CSLL, todas as PEL são dedutíveis, visto que não há restrição legal a respeito.
(-) Exclusões
As exclusões representam valores a serem subtraídos da base de cálculo da CSLL.
(-) Compensações – base de cálculo da CSLL
As compensações referem-se ao saldo da base de cálculo negativa da CSLL de períodos anteriores, que diminuirá a base em períodos futuros até zerar esse saldo. 
É passível de compensação o saldo correspondente à base de cálculo negativa, apurada a partir do ano-calendário de 1992. 
Assim como a legislação do Imposto de Renda, há a limitação de compensação da base de cálculo negativa da CSLL em 30% (trinta por cento) do lucro líquido após adições e exclusões.
Atenção
Se depois dos ajustes (adições, exclusões e compensações), a base de cálculo da CSLL for negativa (menor do que zero), não haverá CSLL no período.
Atenção
, Se depois dos ajustes (adições, exclusões e compensações), a base de cálculo da CSLL for negativa (menor do que zero), não haverá CSLL no período.
Vejamos alguns exemplos:
Despesas indedutíveis
• Despesas com provisões – EXCETO para férias e para 13º salário; 
• Perda com Equivalência Patrimonial;
• Despesas relativas à depreciação, à amortização, à manutenção, aos seguros, aos tributos etc. com bens não relacionados à produção ou à comercialização de bens e serviços; 
• Despesas com brindes;
• Despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores;
• Excesso de juros sobre o Capital Próprio;
• Outras adições.
Receitas não tributáveis 
• Ganho de Equivalência Patrimonial;
• Receita de dividendos;
• Reversão de provisões indedutíveis;
• Juros sobre o Capital Próprio.
Resultado do exercício antes do Imposto de Renda
O resultado do exercício antes do Imposto de Renda é calculado subtraindo-se o resultado operacional líquido da CSLL do período.
Caso não haja CSLL no período, esse resultado será igual ao resultado operacional líquido. Logo:
(=) Resultado operacional líquido
(-) CSLL ou despesa com provisão para CSLL
(=) Resultado do exercício antes do Imposto de Renda
Alíquota e adicional do IRPJ 
A alíquota do Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas é de 15%.
Além do imposto cobrado a essa alíquota, será cobrado um adicional de 10% sobre a parcela do lucro real (presumido ou arbitrado) que exceder o valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do respectivo período de apuração.
Vejamos:
Lucro Líquido por Ação
Esta é a última informação da DRE e corresponde ao lucro líquido do exercício (caso haja lucro no período) dividido pelo número total de ações da empresa. Logo:
Lucro Líquido por Ação (LLA) = LLEx/Total de ações
Atividade
1 - Uma sociedade empresária realizou as seguintes aquisições de produtos no primeiro bimestre de 2011:
• 03/01/2011 – 40 unidades a R$ 30,00;
• 24/01/2011 – 50 unidades a R$ 24,00;
• 01/02/2011 – 50 unidades a R$ 20,00;
• 15/02/2011 – 60 unidades a R$ 20,00.
A empresa não apresentava estoque inicial. No dia 10/02/2011, foram vendidas 120 unidades de produtos a R$ 40,00 cada uma.
Aqui, não consideraremos a incidência de ICMS nas operações de compra e venda. O critério de avaliação adotado para as mercadorias vendidas é o PEPS.
No dia 28/02/2011, o lucro bruto com mercadorias, a quantidade final de unidades em estoque e o valor unitário de custo em estoques de produtos são de:
Gabarito
1ª compra - 40 unidades X R$ 30,00 = R$ 1.200,00
2ª compra - 50 unidades X R$ 24,00 = R$ 1.200,00
3ª compra - 30 unidades X R$ 20,00 = R$ 600,00
Total das vendas - 120 unidades
Total das vendas - R$ 3.000,00 - R$ 1.200,00 = R$ 1.800,00
2 - Uma sociedade empresária apresentou o balancete de verificação levantado em 31/07/2013.
Com base nos dados desse balancete e desconsiderando a incidência tributária, o valor do lucro líquido é:
Gabarito
Lucro antes do resultado financeiro - 5.580,00
Receitas Financeiras - 1.470,00
Despesas Financeiras - (450,00)
Lucro ou prejuízo do exercício - 6.600,00
Aula 9 - Balanço Patrimonial 
Demonstrações contábeis
De acordo com o CPC 26, as demonstrações contábeis proporcionam informação acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho e dos Fluxos de Caixa da entidade.
Além disso, tais demonstrações apresentam os resultados da atuação da administração face a seus deveres e a suasresponsabilidades na gestão dos recursos.
Um elemento da demonstração contábil deve ser reconhecido se:
Saiba mais
A mensuração é um processo que consiste em determinar os montantes monetários, por meio dos quais os elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresentados no Balanço Patrimonial (BP) e na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
,A mensuração é um processo que consiste em determinar os montantes monetários, por meio dos quais os elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresentados no Balanço Patrimonial (BP) e na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
No momento da publicação das demonstrações contábeis, algumas informações devem ser divulgadas em destaque. São elas:
O nome da entidade às quais as demonstrações contábeis dizem respeito, ou outro meio que permita sua identificação;
Se as demonstrações contábeis se referem a uma entidade individual ou a um grupo de entidades;
A data de encerramento do período de reporte, ou o período coberto pelo conjunto de demonstrações contábeis ou Notas Explicativas;
A moeda de apresentação, tal como definido no Pronunciamento Técnico CPC 02 – Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis;
O nível de arredondamento usado na apresentação dos valores nas demonstrações contábeis.
Estrutura básica do Balanço Patrimonial
Vamos estudar, aqui, a demonstração mais importante para a Contabilidade: o Balanço Patrimonial (BP).
De acordo com as Leis nº 11.638/2007 e nº 11.941/2009, o BP é destinado a evidenciar em determinada data a real situação financeira de uma entidade.
O Novo Código Civil Brasileiro (Lei nº 10.406/2002) destaca:
Portanto, o BP deve apresentar a saúde financeira de uma entidade. Sua elaboração precisa atender as normas contábeis e estar de acordo com os princípios da Contabilidade.
Sobre o BP, as demonstrações contábeis informam as variações dos:
Vamos entender melhor esses itens?
Classificações das contas
De acordo com o artigo 178 da Lei nº 6.404/1976, as contas são classificadas do seguinte modo:
Os benefícios econômicos futuros incorporados a um ativo podem fluir para a entidade de diversas maneiras. Por exemplo, o ativo pode ser:
Primeiro
Usado isoladamente ou em conjunto com outros ativos na produção de bens ou na prestação de serviços a serem vendidos pela entidade;
Segundo
Trocado por outros ativos;
Terceiro
Utilizado para liquidar um passivo;
Quarto
Distribuído aos proprietários da entidade.
O ativo pode ser dividido em:
Ativo circulante
Trata-se das disponibilidades, dos valores a receber, dos estoques e de outros valores a receber até o final do exercício subsequente.
O ativo será circulante quando satisfizer quaisquer dos seguintes critérios:
• Espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade;
• Está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado;
• Espera-se que seja realizado até 12 meses após a data do balanço;
• É caixa ou equivalente de caixa (conforme definido no Pronunciamento Técnico CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa), a menos que sua troca ou seu uso para liquidação de passivo se encontre vedada(o) durante, pelo menos, 12 meses após a data do balanço.
Atenção
Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulantes.
Atenção
,Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulantes.
Ativo não circulante
O ativo não circulante é divido em:
Realizável a longo prazo
Normalmente, trata-se de direitos que a entidade tem a seu favor e que são realizados após o final do exercício subsequente.
Exemplo: Duplicatas a receber a longo prazo.
Investimentos
Participações permanentes em outras sociedades e direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante e que não se destinam à manutenção da atividade da companhia ou da empresa.
Exemplos:
• Obras de arte;
• Participações em outras empresas etc.
Imobilizado
Direitos que têm por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa, ou exercidos com essa finalidade – inclusive os decorrentes de operações que transferem à companhia os benefícios, os riscos e o controle desses bens.
Intangível
Direitos que têm por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade – inclusive o fundo de comércio adquirido.
A liquidação de uma obrigação presente pode ocorrer de diversas maneiras, como, por exemplo, por meio de:
Primeiro
Pagamento em caixa;
Segundo
Transferência de outros ativos;
Terceiro
Prestação de serviços;
Quarto
Substituição da obrigação por outra;
Quinto
Conversão da obrigação em item do Patrimônio Líquido.
A obrigação também pode ser extinta por outros meios, tais como pela renúncia do credor ou pela perda de seus direitos.
O passivo pode ser dividido em:
Passivo circulante
Trata-se das obrigações da entidade exigíveis até o fim do exercício subsequente.
Exemplo
Duplicatas a pagar;
Impostos a recolher;
Empréstimos e financiamentos etc.
Exemplo
, 
Duplicatas a pagar;
Impostos a recolher;
Empréstimos e financiamentos etc.
O passivo será circulante quando satisfizer os seguintes critérios:
• Espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade;
• Está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado;
• Deve ser liquidado no período de até 12 meses após a data do balanço;
• A entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante, pelo menos, 12 meses após a data do balanço.
O passivo será circulante quando satisfizer os seguintes critérios:
• Espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade;
• Está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado;
• Deve ser liquidado no período de até 12 meses após a data do balanço;
• A entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante, pelo menos, 12 meses após a data do balanço.
Os demais passivos devem ser classificados como não circulantes. 
Os demais passivos devem ser classificados como não circulantes.
Trata-se de empréstimos, financiamentos e outras obrigações com expectativa de vencimento previsto após o término do exercício subsequente.
Valor das entradas de capital a título de investimento dos sócios mais as reservas originárias de lucros retidos, além de estatutárias e outras que se fizerem relevantes.Atenção
No BP, a entidade deve apresentar ativos circulantes e não circulantes, e passivos circulantes e não circulantes como grupos de contas separados.
A informação acerca das datas previstas para a realização de ativos e para a liquidação de passivos é útil na avaliação da liquidez e solvência da entidade.
Atenção
, No BP, a entidade deve apresentar ativos circulantes e não circulantes, e passivos circulantes e não circulantes como grupos de contas separados.
Para acessar um modelo simples de BP, clique aqui.
Aula 10 - Livros contábeis 
Fatos contábeis
Antes de estudarmos os livros contábeis, vamos nos lembrar dos fatos contábeis – aqueles decorrentes de decisões administrativas que podem vir a alterar (ou não), de forma qualitativa ou quantitativa, o Patrimônio Líquido (PL).
Os fatos contábeis podem ser classificados em:
Fatos permutativos
Também chamados de qualitativos ou compensativos, estes fatos contábeis não alteram a Situação Líquida (SL). Afinal, existe apenas a permuta entre os elementos, ou seja, uma troca entre contas patrimoniais.
Vejamos alguns exemplos:
Compra de mercadorias
Pagamento de fornecedores
Recebimento de clientes
Venda de imobilizado (sem ganho ou perda)
Em todos os casos, não ocorre alteração no PL.
Para entender melhor a questão, analise um caso de fato permutativo na tabela a seguir:
Houve alguma mudança na SL?
Houve um aumento de imobilizado com diminuição do saldo de bancos, o que sugereuma compra à vista no valor de R$ 20.000,00. No entanto, não houve mudança na SL.
Fatos modificativos 
Aqueles que alteram a SL – seja aumentando-a, seja diminuindo-a.
Vejamos alguns exemplos:
Para entender melhor a questão, analise um caso de fato modificativo na tabela a seguir:
Houve alguma mudança na SL?
Houve uma movimentação em receitas e despesas, cujo resultado foi credor, o que gerou um lucro e modificou a SL em R$ 30.000,00 positivamente.
Fatos mistos 
Aqueles permutativos e modificativos concomitantemente. Afinal, além de permutar os saldos entre contas patrimoniais, estes fatos contábeis alteram a SL.
Vejamos alguns exemplos:
Recebimento de clientes com juros
Pagamentos de fornecedores com desconto
Venda de imobilizado com ganho
Para entender melhor a questão, analise um caso de fato misto na tabela a seguir:
Houve alguma mudança na SL?
Houve um gasto antecipado de R$ 20.000,00 que gerou uma saída do caixa. Mas, ao mesmo tempo, houve um aumento da SL decorrente do lucro apurado de R$ 30.000,00.
Livros empresariais ou comerciais
Estes livros podem ser classificados em:
Livros obrigatórios
Aqueles exigidos por lei, como o livro-diário – obrigatório de acordo com o Código Civil.
Livros facultativos
Aqueles que, por não serem exigidos por lei, podem ser adotados ou não, a critério da empresa.
Livros comuns
Aqueles exigidos das empresas em geral, independente de seu tipo societário ou de sua atividade.
Livros especiais
Aqueles exigidos exclusivamente de determinadas sociedades em razão de sua forma jurídica ou de suas atividades. É o caso dos livros exigidos pela Lei nº 6.404/1976 (exclusivos das S.A.).
Exemplos:
• Registro de ações nominativas;
• Atas de assembleias gerais etc.
Livros principais
Aqueles que registram todos os fatos, como é o caso dos livros diário e razão.
Livros auxiliares
Aqueles que se destinam ao controle de determinado componente patrimonial, como o livro-caixa e o livro Contas Correntes.
Livros cronológicos
Aqueles que obedecem à rigorosa ordem de dia, mês e ano em sua escrituração, sem que haja a preocupação de se organizar as informações registradas, como é o caso do livro-diário.
Livros sistemáticos
Aqueles que levam em consideração, essencialmente, a organização das informações registradas de modo mais útil ao contabilista, como o livro-razão
Este livro é obrigatório para os contribuintes tributados pelo lucro real, conforme a legislação do IR, mas facultativo sob a ótica da legislação empresarial.
Trata-se de um livro principal e sistemático que, em virtude de sua eficiência, é indispensável em qualquer tipo de empresa.
O livro-razão agrupa valores em contas de mesma natureza de forma racional, ou seja, em contas individualizadas.
Exemplo
Exemplo
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Neste livro, são registradas todas as operações contabilizáveis de uma entidade, em ordem cronológica e com a observância de certas regras.
Por exigência do Código Civil, o livro-diário é obrigatório para os empresários e para as sociedades empresárias. A legislação do IR também exige que o contribuinte sujeito ao lucro real escriture esse livro.
O livro-diário é obrigatório, comum, principal e cronológico. Nele, o registro de uma operação é chamado de partida de diário.
Entre seus requisitos, estão:
Vejamos exemplos de partidas de diário:
1ª Fórmula
Partidas dobradas que contêm uma única conta a débito e uma única conta a crédito.
Exemplo:
São Paulo, 5 de julho 20x9.
Estoques de mercadorias.
À caixa
Compra à vista de Comercial Xerém Ltda. Conf. s/ Nota Fiscal 777888 ... R$ 10.400.
2ª Fórmula
Partidas dobradas compostas de uma conta a débito e duas ou mais contas a crédito.
Exemplo:
Rio de Janeiro, 7 de julho 20x9.
Estoques de mercadorias
A diversos
À caixa
Compra à vista de F. Macedo Ltda. Conf. s/ Nota Fiscal 3456 ... R$ 3.400.
A fornecedor
Idem, a prazo de J. Cavalcanti S.A. Conf. s/ Nota Fiscal 73 ... R$ 2.500 ... R$ 5.900.
No lançamento do dia 7, a conta Estoques de mercadorias foi debitada pelo total de R$ 5.900, e as contas Caixa e Fornecedores foram creditadas, respectivamente, por R$ 3.400 e R$ 2.500.
3ª Fórmula
Partidas dobradas compostas de duas ou mais contas a débito e uma só conta a crédito.
Exemplo:
São Paulo, 20 de julho 20x9.
Diversos
À caixa
Móveis e Utensílios
Pagos a Móveis Indústrias S.A. Ref. a NF 3478 ... R$ 8.000.
Veículos
Idem, à Soc. Comercial de automóveis Ltda. NF 4565 ... R$ 12.000.
Terrenos
Idem, a Joaquim. Conf. escritura lavrada no 3º tabelião ... R$ 62.000 ... R$ 82.000.
A conta Caixa é creditada pelo total de R$ 82.000, e as contas Móveis e Utensílios, Veículos e Terrenos são debitadas, respectivamente, por R$ 8.000, R$ 12.000 e R$ 62.000.
4ª Fórmula
Partidas dobradas compostas de duas ou mais contas a débito e de duas ou mais contas a crédito.
Exemplo:
Aquisição, na mesma Nota Fiscal, de produtos a serem comercializados e material de consumo – parte paga no ato, e o saldo a ser pago em 30 dias.
Data do lançamento: 20.10.2015
D - Estoque de mercadorias..........................R$ 20.000,00
D - Despesa com material de consumo..........R$ 2.000,00
C - Bancos conta movimento..........................R$ 4.000,00
C - Fornecedores............................................R$ 18.000,00
Escrituração do livro-diário
Até hoje, o livro-diário passou, pelo menos, por três estágios de escrituração. São eles:
Processo manual
Toda escrituração era processada de forma manuscrita. Atualmente, esse processo está em desuso.
Processo mecânico
A escrituração do livro-diário passou a ser feita em fichas ou folhas soltas, as quais, posteriormente, eram copiadas por decalque em livros apropriados.
Processamento eletrônico de dados
Hoje, as empresas processam a escrituração do livro-diário por meio do computador, e as folhas impressas são posteriormente encadernadas.
A legislação tributária disciplina o uso da escrituração dessa forma, cuidando, inclusive, dos critérios a serem observados quanto ao armazenamento de dados em arquivos magnéticos.
Antes de finalizarmos, vejamos algumas curiosidades:
A entidade que está ou esteve inativa deve elaborar o livro-diário?
Aprovada pela Resolução CFC nº 1.121/2008, a NBC TG Estrutura Conceitual estabelece em seu item 23:
“As demonstrações contábeis são normalmente preparadas no pressuposto de que a entidade continuará em operação no futuro previsível. Dessa forma, presume-se que a entidade não tem a intenção nem a necessidade de entrar em liquidação, nem reduzir materialmente a escala das suas operações; se tal intenção ou necessidade existir, as demonstrações contábeis têm que ser preparadas numa base diferente e, nesse caso, tal base deverá ser divulgada”.
Por sua vez, o artigo 4º, parágrafo 2º, da IN 107/2008 do DNRC , afirma:
“O livro não poderá ser dividido em volumes, podendo, em relação a um mesmo exercício, ser escriturado mais de um livro, observados períodos parciais e sequenciais, constantes dos respectivos Termos de Encerramento, de acordo com as necessidades do empresário ou da sociedade empresária”.
Portanto, as demonstrações contábeis devem ser elaboradas independentemente de haver movimentação ou não, devendo, ainda, o livro-diário ser registrado no órgão competente.
O livro-diário pode ser refeito?
O profissional de Contabilidade não pode refazer o livro-diário. De acordo com o artigo 5º da Resolução DNRC nº 107/2008 , o lançamento de retificação deve ser efetuado no exercício em que o erro for detectado.

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