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ARTIGO REUSO DE ÁGUAS

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ATIVIDADE XX (indique o número correspondente conforme lista indicada no início do semestre)
NOME DA ATIVIDADE XXXXXXX (indique o nome correspondente conforme lista indicada no início do semestre)
SÃO PAULO - 2º SEMESTRE 2017
PROFESSOR SUPERVISOR
 Felipe Gonzaga
ALUNOS
Carlos Henrique Campos Souza – RA: 4950370
Clarissa Garcia Pulido – RA: 6485760
Cleiton Moraes – RA: 6493428
 Débora Alves Marques – RA: 4563694
Renata Gorgulho – RA: 7086199
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...............................................................................................................3
1. REUSO DE ÁGUAS................................................................................................5
2. IMPORTÂNCIA DO REUSO DE ÁGUAS....................................................................7
3. ALTERNATIVAS....................................................................................................9
3.1 Cisterna (enterrada) ..............................................................................................9
3.2 Cisterna (apoiada) .............................................................................................11
3.3 Solução adotada......................................................................................................12
4. OBJETO DE ESTUDO..............................................................................................13
4.1 Dimensionamento....................................................................................................15
4.2 Recomendações......................................................................................................16
CONCLUSÃO................................................................................................................18
BIBLIOGRAFIA..............................................................................................................19
“A água é o veículo da natureza.” (Leonardo da Vinci)
INTRODUÇÃO
A água é um recurso natural de extrema importância para a sobrevivência dos seres vivos no planeta e dos ecossistemas. 
Segundo Shiklomanov (1998), o volume de água no planeta Terra, na forma líquida e congelada, é de 1.386 milhões de km³ encontrada em oceanos, lagos, rios, geleiras e no subsolo. 
Por tratar-se de um recurso natural único e que se torna cada vez mais escasso. ¾ da superfície do planeta são compostos por água, mas apenas 2,5% desse total são de água doce. Somadas a essa proporção, destacam-se a distribuição desigual de água pelas regiões do planeta, aumentando a escassez desse recurso (Reuso de água pluvial em edificações residenciais, 2008).
Figura 01 – Volume total de água no mundo
Fonte: Shiklomanov, 1998
Tabela 01 – Produção hídrica do mundo por região
Segundo relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) de 2015, a escassez de água afetará dois terços da população mundial até 2050, sendo necessária a adoção de algumas medidas de precaução a fim de evitar esse quadro e reverter essa possível situação.
Dentre as possíveis soluções para evitar esse problema e controlar os níveis de desperdício do recurso, adota-se a captação de água pluvial, solução que economiza energia, reduz investimentos de infraestrutura e protege o meio ambiente.
REUSO DE ÁGUAS
O reuso de água define-se como a água residuária que está dentro de padrões estabelecidos para utilização (Brasil Escola, 2017). A água residuária é proveniente de água pluvial, banhos, águas usadas para fins gastronômicos e processos industriais.
O reuso de água pode ser dividido direta ou indiretamente, conforme citado por João Carlos de Almeida Mieli (Mieli, 2001), sendo eles classificados por: 
Reuso indireto e não planejado: Utiliza-se a água em determinada atividade, descarrega-se no meio ambiente e novamente utiliza-se o recurso a jusante, ou seja, em sua forma diluída, sem que haja intenção ou controle.
Reuso indireto e planejado: Os efluentes depois de tratados são descarregados de maneira planejada nos corpos de água, para que se utilize o recurso a jusante, com determinado controle, garantindo o atendimento de qualidade do reuso.
Reuso direto e planejado: Efluentes que depois de serem tratados são encaminhados diretamente ao ponto de descarga até o local do reuso.
Reciclagem de água: Conforme citado por Bruna Quick da Silveira (Reuso de água pluvial em edificações residenciais, 2008) é o reuso interno da água, ou seja, antes da descarga em um sistema de tratamento ou local de disposição. Fonte suplementar de abastecimento do uso original.
Vale ressaltar que a água de reuso não tem a mesma qualidade comparada à água potável, não sendo utilizada diretamente para o consumo, porém estima-se que em breve no Brasil isso será possível já que estão sendo realizados diversos trabalhos e pesquisas sobre o assunto (Brasil Escola, 2017). 
Segundo determinado pela CETESB, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, a água de reuso pode ser usada para fins de:
Irrigação paisagística;
Irrigação de campos para cultivos;
Usos industriais;
Recarga de aquíferos;
Usos urbanos não potáveis;
Finalidades ambientais como aplicação em pântanos e indústria de pesca e;
Usos diversos na construção civil.
IMPORTÂNCIA DO REUSO DE ÁGUAS
Países desenvolvidos como Austrália e Alemanha tem prática difundida de captação de água pluvial com métodos simples e de bastante eficiência de custo benefício (Aquastock, 2005), trazendo vantagens como:
Redução de consumo de água de rede pública e diminuição do custo de fornecimento;
Redução da utilização de água potável em descargas, jardins e usos de limpeza, onde não necessita o uso desse recurso, evitando o desperdício de água potável e reduzindo a pressão sobre os mananciais;
Economia ecológica;
Contenção de enchentes;
Conservação de água;
A chuva é um recurso disponível e ilimitado, ao contrário de poços artesianos e caminhões pipa, que competem pelos mesmos recursos da rede pública e;
A água retida nos reservatórios contribui para a redução dos problemas de enchentes nos grandes centros.
A água de reuso mostra-se como uma alternativa para a crise hídrica em que o Brasil se encontra, já que o método promove o uso sustentável de recursos hídricos e diminui lançamentos diretos de esgotos em corpos d’água (Brasil Escola, 2017).
Dentre os benefícios do reuso de água, a Prefeitura Municipal de São Paulo determinou em Plano Diretor Estratégico, Lei n° 16.050 de 31 de julho de 2014, que:
Art. 2º - O benefício tributário disposto consiste na redução do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) aos proprietários de imóveis residenciais e não residenciais que adotarem as seguintes medidas:
I- Sistema de captação da água da chuva;
II- Sistema de reuso de água;
III- Sistema de aquecimento hidráulico solar;
IV- Construção com materiais sustentáveis;
Art. 3º - Para efeito desta Lei considere-se;
I- Sistema de captação da água da chuva: aquele que capta água da chuva e armazena em reservatório para utilização no próprio imóvel;
II- Sistema de reuso de água: aquele utilizado após o devido tratamento da água residual do próprio imóvel, para atividades que não exijam que a mesma seja potável;
III- Sistema de aquecimento hidráulico solar: aquele que utiliza sistema de captação de energia solar térmica para aquecimento de água, com a captação de energia solar térmica para aquecimento de água, com a finalidade de reduzir parcialmente o consumo de energia elétrica na residência;
IV- Construção com materiais sustentáveis: aquele que utiliza matérias que atuem os impactos ambientais, o que deve ser comprovado mediante apresentação de selo certificado.
De acordo com a pretendida normatização legal, referido benefício tributário consiste na redução do Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU para os proprietários de imóveis que adotarem as aludidas medidas, na seguinte conformidade:2% (dois por cento) em se tratando de adoção de sistema de captação de água da chuva e de sistema e reuso de água, 4% (quatro por cento) de sistema de aquecimento hidráulico solar e, finalmente, 6% (seis por cento) no caso de construção com materiais sustentáveis.
ALTERNATIVAS
Dentre as soluções para reuso de água, destaca-se a captação de água através de cisternas (reservatório).
Cisterna (enterrada)
A cisterna, também conhecida como algibe, consiste em um reservatório que capta águas pluviais e armazena para uso em geral. Trata-se de um sistema de reaproveitamento de água e tem o benefício de ter baixo custo.
A cisterna é considerada uma das melhores e mais eficazes alternativas para economizar-se água.
Seu funcionamento consiste em: a água pluvial é captada por calhas e é levada até um filtro, que elimina mecanicamente as impurezas como folhas ou falhos. Um freio d’água impede que a entrada de água na cisterna agite seu conteúdo e suspenda partículas sólidas depositadas no fundo. (ECYCLE, 2017)
Por ser pluvial a água não é considerada potável, ou seja, não adequada para consumo humano.
A maioria das cisternas são enterradas, para evitar incidência de luz, mas existem modelos de cisternas que não são enterradas, o que automaticamente diminui o custo da obra.
Figura 02 – Esquema de reuso de águas por cisterna enterrada
Fonte: JCB Projetos, 2017
Dentre as vantagens da instalação de uma cisterna, consistem:
Atitude ecologicamente responsável, visto que se reaproveita a água pluvial, evitando o uso de recurso hídrico potável;
Instalação simples e pode ser em qualquer ambiente, rural ou urbano;
Economia de aproximadamente 50% na conta de água;
Possui diferentes capacidades de acordo com as necessidades impostas;
Contenção de enchentes;
Ajuda em tempos de crise hídrica e;
Criação de uma cultura de sustentabilidade ecológica em construções.
Dentre as desvantagens da instalação de uma cisterna, consistem:
Necessita de uma rotina de limpeza para evitar contaminação;
Parte interna da cisterna deve ser limpa periodicamente;
Necessita-se de um uma rede de encanamentos rearranjada para a implantação da cisterna;
Cisternas de plástico podem deformar com o tempo, sendo recomendáveis cisternas de alvenaria e;
Cisternas enterradas tem custo alto de instalação.
Cisterna (apoiada)
As cisternas apoiadas, geralmente feitas de fibra ou plástico, são conhecidas também como cisternas verticais. Pode ser colocada em qualquer ponto do terreno estudado, são de fácil manuseio e execução já que chegam prontas do fornecedor.
Figura 03 – Exemplos de cisterna de plástico
Fonte: Costalion, 2017
Dentre as vantagens da instalação de uma cisterna, consistem:
Menor custo benefício;
Execução rápida na obra e;
Facilidade de manutenção e inspeção.
Dentre as desvantagens da instalação de uma cisterna, consistem:
Por não estarem enterradas ocupam espaço no terreno;
Por estarem expostas à luz corre-se o risco da formação de algas no interior das cisternas e;
Solventes e demais materiais químicos utilizados na fabricação podem em alguns casos contaminar a água. 
Solução adotada
Dentre as duas soluções de cisterna, optou-se pela cisterna enterrada de alvenaria. Apesar de seu alto custo de execução, garante-se o adequado tratamento da água e o dinamismo do espaço das instalações da universidade que por ter a cisterna enterrada não serão modificados.
OBJETO DE ESTUDO
O objeto de estudo para a implantação de projeto de reuso de águas é o prédio de artes da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas), localizado no bairro da Vila Mariana, em frente ao Terminal intermodal da Vila Mariana.
Figura 04 – Foto aérea
Fonte: Google Earth, 2017
Trata-se de três edificações, composta por uma edificação de 1 pavimento destinada ao curso de Moda e duas edificações de térreo com mais 4 pavimentos, destinadas ao curso de Arquitetura e Urbanismo, com biblioteca, serviços e área administrativa, respectivamente.
A primeira edificação tem uma forma retangular de aproximadamente 31m x 40m, com área de aproximadamente 1.240,00 m². A segunda edificação tem uma forma retangular com anexos, de aproximadamente 26m x 36,5m, com área de aproximadamente 1.012,71 m². A terceira edificação tem uma retangular de aproximadamente 31m x 20m, de aproximadamente 607m².
As edificações estão implantadas entre as cotas 810,22 e 810,67, tendo acesso social e de serviços pela Avenida Lins de Vasconcelos e acesso de serviços também pela Rua Dona Júlia.
Figura 05 – Planta do terreno
Fonte: Mapa da Cidade de São Paulo, 2017
A água pluvial captada do prédio de Moda será encaminhada por calhas, direcionada para o reservatório de reuso implantado no canteiro localizado a sudeste do terreno. Para a distribuição da água de reuso será utilizadas a área destinada ao paisagismo e os 47 vasos sanitários dispostos nas três edificações.
Figura 06 – Esquema de distribuição da água de reuso
Fonte: Elaborado pelos autores, 2017
Dimensionamento
Para o dimensionamento do sistema, utilizaram-se os parâmetros do Manual de Conservação de águas do Sinduscon (2005) e especificações fornecidas pelo fabricante da estação de tratamento Acqua Brasilis (2012).
Para as tubulações do sistema de água de reuso serão dimensionadas pelo método das unidades de Hunter de contribuição (UHC), conforme tabelas 3,4, 5, 6 e 7 da NBR 8160/99.
Foi considerado índice pluviométrico de 1.350 litros ou 1.35 m³ por metro por ano, conforme indicada o Inmet (Média Mensal de Chuva na capital de São Paulo).
Para o cálculo do consumo diário para os equipamentos hidráulicos foram adotados os seguintes consumos:
Tabela 02 – Consumos água de reuso
Tabela 03 – Consumo do volume de água de reuso
Foi adotado um reservatório inferior junto à estação de tratamento de 9000 l e um reservatório elevado acima das escadas de 6000 l. Em caso de falha do sistema de tratamento, o reservatório superior de reuso acionará um sensor automático de nível crítico que libera a abertura da válvula solenoide, esta instalada no reservatório inferior junto à estação de tratamento que será abastecido com água potável, conforme detalhe.
Figura 07 – Volume total de água no mundo
Fonte: Elaborado pelos autores, 2017
Recomendações
A água da chuva pode ser utilizada somente para consumo não potável. Antes de sua utilização, a verificação da qualidade e da necessidade de tratamento da água de chuva é fundamental para que não ocorram riscos de saúde para os usuários.
Os reservatórios de água de distribuição de água potável e de água de chuva devem ser separados.
Os níveis dos reservatórios de agua potável são monitorados com boias automáticas e válvula solenoide que permite a entrada de água potável em caso do reservatório atingir o nível mínimo crítico (em caso de falha ou manutenção).
A estação de tratamento de reuso é de escopo do fornecedor, que deverá fornecer todos os equipamentos, exceto bombas, reservatórios, e parte civil.
O reservatório, quando alimentado com água de outra fonte de suprimento de água potável, deve possuir dispositivos que impeçam a conexão cruzada.
Os reservatórios devem ser limpos e desinfetados com soluções especificadas de acordo com à ABNT NBR 5626, no mínimo uma vez por ano.
O volume não aproveitável de água de chuva pode ser lançado na rede de galerias de águas pluviais, na via pública ou ser infiltrado total ou parcialmente, desde que não haja perigo de contaminação do lençol freático, a critério da autoridade local competente, de acordo com a ABNT NBR 15527.
A água de chuva reservada deve ser protegida contra a incidência direta da luz solar e do calor, bem como de animais que possam adentrar o reservatório através da tubulação de extravasão.
CONCLUSÃO
A prática do reuso de águas torna-se corriqueira em muitos países, que após do tratamento devido é direcionado para consumo doméstico, industriale agrícola.
A escola da cisterna enterrada garante que a água tratada e utilizada para fins diversos, não representa nenhum risco à saúde pública.
Apesar de o Brasil contar com grande disponibilidade de recursos hídricos, ainda há grandes problemas com a falta de água em muitas cidades brasileiras. Conscientizar a população sobre a importância da economia e conservação de água servida e aproveitamento de água de chuva contribuem para a conservação de água, conforme afirma Simone May (2004). 
O Brasil ainda não é uma das potências no reuso de águas, mas algumas instituições já aderiram a essa prática que visa suprir a demanda de água e adotar estratégias mais sustentáveis. 
É preciso salientar, também, a importância do tratamento de esgotos dos grandes centros urbanos, o que numa visão mais macro representa economia financeira e de água potável.
BIBLIOGRAFIA

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