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UNIVERSIDADE NILTON LINS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL APROVEITAMENTO DE ÁGUA DA CHUVA PARA FINS NÃO POTÁVEIS EM UM EDIFÍCIO RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR NA ZONA CENTRO-SUL DE MANAUS. ACADÊMICOS DIEGO BARROS MACEDO-15012164 IOANES MICHAEL ARAKIAN NETO – 16497337 JOSÉ ROSIVALDO MOURA DA SILVA JÚNIOR – 15013426 ERENILSON RODRIGUES DA FONSECA-15013054 GONSALEIDE TAVARES JUNIOR-13175569 MATEUS SANTOS DE SOUSA-15107569 MYKHAELLA INGRED VELOSO RIBEIRO – 17012714 RICARDO SILVA DOS SANTOS-15098945 PROFª. HELENA KAZUKO HASSEGAWA EZAWA MANAUS - AM Março/2019 1. INTRODUÇÃO É de conhecimento geral que a água é fonte de vida, e todos os seres vivos, indistintamente, dependem dela para sobreviver. Entretanto, o uso irracional deste recurso tem sido de maneira inconsciente ao longo do tempo, principalmente em regiões com grande disponibilidade deste bem natural, o que desperta a procura por alternativas para redução dos desperdícios e a urgência de elaborar maneiras de reutilização. Para Victorino (2007), a visão destorcida de abundância de água própria para consumo serviu de fomento no decorrer histórico para erros humanos cometidos defronte ao mau uso dos recursos hídricos. Estima-se que cerca de 70% da superfície do planeta terrestre é banhada por água, sendo esta encontrada nos estados líquido (oceanos, rios, lagos, aquíferos), sólido (geleiras e neve) e gasoso (umidade do ar); todavia, isso não quer dizer que a água seja um recurso inesgotável. No mundo, 97,5% da água é salgada. A água doce corresponde somente aos 2,5% restantes, sendo que 68,9% da água doce está congelada em calotas polares do Ártico, Antártica e nas regiões montanhosas, 29,9% está compreendida nas águas subterrâneas, e somente 0,266% encontra-se nos lagos, rios e reservatórios. O restante da água doce está na biomassa e na atmosfera em forma de vapor (TOMAZ, 2010). De acordo com os dados da Agência Nacional de Águas (ANA, 2018), Em termos globais, o Brasil possui uma boa quantidade de água. Estima-se que o país possua cerca de 12% da disponibilidade de água doce do planeta. Mas a distribuição natural desse recurso não é equilibrada. A região Norte, por exemplo, concentra aproximadamente 80% da quantidade de água disponível, mas representa apenas 5% da população brasileira. Já as regiões próximas aos Oceano Atlântico possuem mais de 45% da população, porém, menos de 3% dos recursos hídricos do país. A água não está limitada às fronteiras políticas dos países, razão pela qual quase metade da superfície terrestre é conformada por bacias hidrográficas de rios compartilhados por dois ou mais países. O Brasil compartilha cerca de 82 rios com os países vizinhos, incluindo importantes bacias como a do Amazonas e a do Prata, além de compartilhar os sistemas de aquíferos Guarani e Amazonas. Esse cenário se traduz em diferentes e oportunas possibilidades para a cooperação e o bom relacionamento entre os países (ANA, 2018). A expansão populacional consoante a um processo de crescimento desordenado das cidades no decorrer dos anos, vem acarretando uma série de consequências, principalmente em países em via de desenvolvimento, onde esse crescimento não é acompanhado com uma infraestrutura compatível com este. Entre esses problemas sociais, causados pelo “inchamento” das cidades, o de abastecimento de água potável começa a aparecer como um bastante crítico, pois a água é um bem vital e a falta deste pode trazer sérios impactos, inclusive no âmbito da saúde. Graves crises no abastecimento de água em diversas cidades brasileiras e mundiais comprovam que a situação, em diversos locais, já está à beira de um colapso. Em muitos casos, a água utilizada em certas partes das cidades já são captadas a dezenas de quilômetros do local de consumo, aumentando consideravelmente o custo dessa. Contudo, dentre as mais variadas formas de reutilização da água se destaca o aproveitamento de água pluvial que surge como uma técnica relevante para o uso racional deste recurso, por se tratar de uma das soluções mais simples e baratas para preservar a água potável reduzindo o consumo desta, além de servir, como uma drenagem urbana. A prática de captação de água pluvial, auxilia na redução do escoamento superficial, minimizando os problemas com enxurradas e inundações nos grandes centros urbanos, já que a água precipitada é armazenada em um reservatório e assim, não será destinada às galerias, igarapés e rios, consequentemente, diminuindo os gastos públicos com prejuízos causados por alagamentos. De acordo com May (2004), Estreitar a demanda da água fornecida pelas companhias de saneamento é a viabilidade do uso da água de chuva em residências, em vista disso, diminuindo o risco de enchentes em picos de chuvas e os custos com a água potável. Segundo Lee et al. (2000), as técnicas para coleta de água de chuva podem ser classificadas em três categorias: coleta em superfícies de telhados, coleta por meio de superfícies no solo e coleta por meio de barragens, sendo o sistema de coleta de água de chuva em superfícies de telhado considerado o mais simples. A água de chuva captada em residências, pode ser utilizada tanto para fins potáveis – após ser tratada adequadamente – como pode ser utilizada para fins não potáveis, como: em descargas de vasos sanitários, regas de jardins, lavagens de automóveis e calçadas. Aponta a solução ideal para reduzir o consumo de água potável em edificações, minimizando as despesas com o fornecimento concessionado, contribuindo para a preservação ambiental do planeta. A região norte, apesar de ter uma grande disponibilidade hídrica (correspondendo a aproximadamente 80% da disponibilidade total das águas brasileiras) é a região do país onde a população tem menos acesso ao saneamento básico. Segundo dados da ANA(2018), o índice de atendimento da rede de abastecimento de água na Região Norte é o menor do país chegando a 57%, A média brasileira é de mais de 83%. Com a problemática dos desafios enfrentados pelos moradores de Manaus para ampliação do acesso ao abastecimento de água e ao sistema de esgotamento sanitário, este trabalho, apresenta um estudo de literatura sobre o aproveitamento de água da chuva expondo algumas relações entre recursos energéticos e hídricos, e aplica-se a um estudo de caso em uma edificação residencial multifamiliar com apartamento tipo quitinete na zona centro-sul de Manaus. 2. OBJETIVOS 2.1 Geral Estudar a viabilidade técnica do aproveitamento da água da chuva para fins não potáveis, em uma residência multifamiliar na Zona Centro-Sul de Manaus. 2.2 Específicos – Realizar o Levantamento dos dados hidrológicos na região de Manaus; – Estimar a demanda do uso de água no edifício em estudo; – Dimensionar o sistema de armazenamento de água pluvial, bem como o sistema de instalações hidro-sanitarias e de esgoto da edificação; – Analisar a viabilidade da implantação do sistema de captação; 3. JUSTIFICATIVA A Sustentabilidade na construção civil é uma forma de associar as edificações com o meio ambiente. Tem como finalidade amenizar os impactos causados à natureza, minimizando ao máximo os resíduos e utilizando com eficiência os bens naturais, ajudando assim a preservá-los para as gerações futuras. Segundo Rocheta e Farinha (2007, p.2), “a indústria da construção tem uma importância significativa no desenvolvimento sustentável representando uma atividade com grande impacto sobre o meio ambiente, designadamente, nos consumos de energia e de água, na seleção dos materiais e na produção de resíduos”. Uma das formas de diminuir o consumo da água tratada, e com isso contribuir com os mecanismos de sustentabilidade para o meio ambiente, é utilizando o sistema de captaçãoe armazenamento da água da chuva, para fins não potáveis nas edificações residenciais. A prática de redução de consumo, também, auxilia na diminuição de enchentes nas cidades, já que a água precipitada ficará armazenada em um reservatório e assim, não será destinada às galerias e rios, quando mal dimensionadas, consequentemente, diminuindo os gastos públicos com prejuízos causados por alagamentos. Estreitar a demanda da água fornecida pelas companhias de saneamento é a viabilidade do uso da água de chuva em edificações, em vista disso, diminuindo o risco de enchentes em picos de chuvas e os custos com a água potável (MAY, 2004). 4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 4.1 A ÁGUA NA NATUREZA A biosfera (figura 1) é essa estreita faixa de nosso planeta que reúne as condições necessárias para a vida. Com uma espessura de alguns quilômetros nos oceanos e na atmosfera, e uma profundidade de uns poucos metros abaixo do solo, a biosfera é a única parte habitável do planeta. Fora dela, não existe nenhum outro ponto conhecido do universo onde se tenha desenvolvido a vida. (PLANETA, 2008). fonte: http://valdirenepassos.blogspot.com/2011/05/as-esferas-da-terra.html Figura 01 – Representação ilustrativa da Biosfera A superfície da crosta terrestre é recoberta por uma enorme camada de água que denominada de hidrosfera, é a porcentagem de água contida na superfície terrestre. Essa água toda se encontra nos oceanos, rios, lagos, geleiras, vapores, inclusive nos lençóis subterrâneos. Na hidrosfera, a água está em seus mais variados estados físicos, que são o líquido, o sólido e o vapor. Nela estão incluídos também o meio ambiente e até as formas de vida aquáticas, posto que a biosfera compõe a hidrosfera.O planeta Terra é constituído por aproximadamente 71% de água, sendo, portanto, apenas cerca de 29% de terras emersas. 4.1.1 Ciclo Hidrológico O ciclo hidrológico, ou ciclo da água como é chamado, é o movimento contínuo da água presente nos oceanos, continentes (superfície, solo e rocha) e na atmosfera. Esse movimento é alimentado pela força da gravidade e pela energia do Sol, que provocam a evaporação das águas dos oceanos e dos continentes. Na atmosfera, forma as nuvens que, quando carregadas, provocam precipitações, na forma de chuva, granizo, orvalho e neve. De acordo com Tundisi (2003) o ciclo hidrológico é o princípio unificador fundamental de tudo o que se refere à água no planeta. O ciclo é o modelo pelo qual se representam a interdependência e o movimento contínuo da água nas fases sólidas, líquida e gasosa. Fonte: http://www.mma.gov.br/agua/recursos-hidricos/aguas-subterraneas/ciclo-hidrologico.html Figura 02 -Ciclo Hidrológico Toda água do planeta está em contínuo movimento cíclico entre as reservas sólida, líquida e gasosa. Evidentemente, a fase de maior interesse é a líquida, o que é fundamental para o uso e para satisfazer as necessidades do homem e de todos os outros organismos, animais e vegetais. Os componentes do ciclo são: Precipitação: água adicionada à superfície da Terra a partir da atmosfera. Pode ser líquida (chuva) ou sólida (neve ou gelo). Evaporação: processo de transformação da água líquida para a fase gasosa (vapor d’água). A maior parte da evaporação se dá a partir dos oceanos; nos lagos, rios e represas também ocorre evaporação. Transpiração: processo de perda de vapor d’água pelas plantas, o qual entra na atmosfera. Infiltração: processo pelo qual a água é absorvida pelo solo. Ø Percolação: processo pelo qual a água entra no solo e nas formações rochosas até o lençol freático. Drenagem: movimento de deslocamento da água nas superfícies, durante a precipitação. Com o ciclo, uma pequena fração da água do planeta está sempre se transformando em água doce através de um contínuo processo de evaporação e precipitação. Segundo Mancuso e Santos (2003), aproximadamente 40.000.000m3 de água são transferidos dos oceanos para a terra, a cada ano, renovando o suprimento de água doce mundial, quantidade muitas vezes superior à necessária para a população atual do planeta. Conforme Young in May (2003, pag.105), os recursos naturais podem ser classificados em duas grandes categorias: recursos exauríveis, cuja exploração pela atividade humana possa levá-lo à redução, ou mesmo extinção da disponibilidade futura, como por exemplo, os recursos minerais e florestais; e recursos de fluxo, que podem ter suas condições originais restauradas pela ação natural ou humana, como por exemplo o ar e a água. Assim, o ciclo hidrológico, que permite a classificação da água como recurso de fluxo, manteria o “estoque” de água doce, tão necessária às atividades humanas. 4.1.2 IMPORTÂNCIA DA ÁGUA Água, formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio – H2O. Esse simples conceito da sua composição química não revela a grandeza da necessidade desta substância à existência de vida em nosso planeta. Parece tão singelo para algo que é tão vital. KOBIYAMA (2008) comenta esta conceituação e reflete sobre a água como o paradoxo da simplicidade e complexidade da vida. Parece tão simples coletá-la e utilizá-la, talvez por isso nem todos ainda se preocupem com ela. Aos imprudentes, o descuido com a água poderá comprometer nossa existência A água é a essência para toda a vida na terra. É utilizada nas mais diferentes atividades humanas. É essencial na alimentação, na saúde e na higiene. A água é um patrimônio de todos e todos devemos reconhecer o seu valor, cada um de nós tem o dever de a economizar e de a utilizar com cuidado. Alterar a qualidade da água é prejudicar a vida do homem e dos seres vivos. Ela é um dos principais elementos da Biosfera. Portanto, segundo Ilana Wainer, a alteração climática dos oceanos implicará a completa mudança na biosfera (ISTO É 2009). Sendo fundamental para o nosso corpo, a água tem um papel importante na nossa saúde, tendo esta, várias funções em nosso organismo. A água, portanto, elemento indispensável à vida está presente no corpo de todos os seres vivos, distribuída em todas as partes que compõem o organismo. Vital à nossa sobrevivência representa cerca de 70% da massa corporal humana, também tem importância para a produção de alimentos e outras atividades econômicas. SILVA (2011) contextualiza que a “água potável é essencial e imprescindível para que a vida seja possível sobre a face da Terra, é muito mais que um bem, que um recurso, que uma mercadoria, a água potável é concretamente um Direito Humano de primeira ordem”. 4.2. DISPONIBILIDADE DE RECURSOS HÍDRICOS 4.2.1 A nível Global Segundo dados da Agência Nacional das Aguas (ANA, 2018) Estima-se que 97% da água existente no mundo é salgada e não é adequada ao nosso consumo direto nem à irrigação da plantação. Dos 3% de água doce, a maior parte (69%) é de difícil acesso, pois está concentrada nas geleiras, 30% são águas subterrâneas (armazenadas em aquíferos) e 1% encontra-se nos rios. Logo, o uso desse bem precisa ser pensado para que não prejudique nenhum dos diferentes usos que ela tem para a vida humana. Fonte: Adaptado de ANA (2018) Fig. 03 – disponibilidade Total da água no Mundo Nesta pequena porcentagem que nos é concedido o fácil acesso, a água é utilizada pelo homem com diversas finalidades que vão desde a água para beber até a água empregada no desenvolvimento econômico. O problema é que as águas superficiais utilizadas para o abastecimento humano estão mal distribuídas e, atualmente, a sua escassez em vários locais tem chamado atenção, pois sua falta já atinge milhões de pessoas. A água não está limitada às fronteiras políticas dos países, razão pela qual quase metade da superfície terrestre é conformada por bacias hidrográficas de rios compartilhados por dois ou mais países. Dados da UNESCOrevelam que as Américas, juntas, reúnem 46% de todos os recursos hídricos disponíveis, seguidas pela Ásia – maior e mais habitado continente – com 32%, pela África com 9%, depois a Europa com 7%, a Oceania com 6% e a Antártida com 5%. Fonte: Adaptado de Unesco Falando na distribuição da água doce própria para consumo entre as diferentes partes da superfície terrestre, ou seja, entre as diversas localidades, podemos notar como essa distribuição é naturalmente desproporcional. Os países que mais concentram água doce no mundo são Rússia, Brasil, Canadá, Estados Unidos, Índia, Colômbia, República Democrática do Congo e China, correspondendo a aproximadamente 60% da água doce existente no planeta. Fonte: Adaptado de Unesco É válido ressaltar que, no interior dessas massas continentais, também existem disparidades, de forma que algumas áreas apresentam problemas de escassez hídrica, tais como o norte da África, o Oriente Médio, o Sul da Ásia e algumas outras regiões do planeta. Tal fator agrava-se com a poluição de rios e reservas subterrâneas, além do esgotamento dos demais elementos que mantêm o equilíbrio natural do planeta. 4.2.2 No Brasil Em termos globais, o Brasil possui uma posição privilegiada em reação á disponibilidade hídrica. Estima-se que o país possua cerca de 12% da disponibilidade de água doce do planeta. Mas a distribuição natural desse recurso não é equilibrada. A região Norte, por exemplo, concentra aproximadamente 80% da quantidade de água disponível, mas representa apenas 5% da população brasileira. Já as regiões próximas aos Oceano Atlântico possuem mais de 45% da população, porém, menos de 3% dos recursos hídricos do país. (ANA, 2018) BRAISL; 12,00% RESTO DO MUNDO; 88,00% Fonte: adaptado de ANA(2018) A vazão média anual dos rios em território brasileiro é de cerca de 180 mil metros cúbicos por segundo (m3 /s); para efeito de comparação, tal volume de água é equivalente ao conteúdo somado de 72 piscinas olímpicas fluindo a cada segundo. Este valor corresponde a aproximadamente 12% da disponibilidade mundial de recursos hídricos, que é de 1,5 milhões2 de m3 /s. Se forem levadas em conta as vazões oriundas de território estrangeiro e que ingressam no país (Amazônica, 86.321 mil m3 /s; Uruguai, 878 m3 /s e Paraguai, 595 m3 /s), a vazão média total atinge valores da ordem de 267 mil m3 /s (ou seja, cerca de 18% da disponibilidade mundial). A grande questão problemática da água no Brasil está na localização geográfica da disponibilidade desse elemento. A distribuição da água no Brasil é naturalmente desigual, de modo que justamente as áreas menos povoadas do país é que concentram a maior parte dos recursos hídricos. Confira, na tabela a seguir, a relação entre densidade demográfica e a disponibilidade de água entre as diversas regiões do país. Fonte: IBGE/ANA (2010) Como podemos notar, a região Norte, que possui uma densidade de apenas 4,12 habitantes para cada quilômetro quadrado, concentra quase 70% de todos os recursos hídricos disponíveis no Brasil. A maior parte desses recursos encontra-se nos rios da Bacia do Amazonas e, principalmente, no Aquífero Alter do Chão, exclusivo dessa região e com um volume de água superior ao Aquífero Guarani, que se distribui entre as demais áreas (exceto o Nordeste). A região nordestina, por outro lado, conta com uma densidade de 34,15 pessoas para cada quilômetro quadrado, ao passo em que detém apenas 3,3% de todos os recursos hídricos do país, o que seria mais do que suficiente se houvesse políticas públicas de combate à seca nessa área. Vale lembrar que apenas uma parte do Nordeste – a região do Polígono das Secas – é que eventualmente sofre com a falta d'água, e não a região nordestina como um todo. A região Centro-Oeste apresenta um melhor equilíbrio. Sua densidade demográfica apresenta uma média de 8,75 habitantes para cada quilômetro quadrado, e sua população total representa pouco mais que 6% do total da população brasileira. A região possui cerca de 15,7% dos recursos hídricos do país, relativamente bem distribuídos em seu interior, embora o Pantanal mato-grossense detenha a maior parte. Já o Sudeste conta com apenas 6% dos recursos hídricos do país e uma densidade demográfica superior aos 86 habitantes para cada quilômetro quadrado, média que se acentua muito nas áreas das grandes cidades, principalmente Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. A capital paulista é a que mais vem sofrendo com a seca que se iniciou no ano de 2014, embora as raízes do problema de baixa nos reservatórios sejam anteriores. Há, inclusive, uma disputa política muito forte entre Rio e São Paulo envolvendo a transposição do Rio Paraíba do Sul. A região Sul do Brasil, por sua vez, apresenta um desequilíbrio menor, porém não menos preocupante. Com uma densidade demográfica de 48,58 habitantes por quilômetro quadrado e cerca de 15% da população brasileira, os sulistas detêm cerca de 6,5% da água potável do país. Em geral, o que podemos observar é que, apesar da má distribuição da água no território brasileiro, mesmo as áreas com menor disponibilidade de água podem ser corretamente abastecidas se existirem planejamentos e ações públicas de interesse social. Além disso, a conservação de rios, mananciais e também das reservas florestais é de fundamental importância para a preservação desse estratégico e vital recurso natural. 4.2.3 Recursos Hídricos na cidade de Manaus De acordo com a Agência Nacional de água, a Região Hidrográfica Amazônica (RH Amazônica) ocupa 45% do território nacional, abrangendo sete Estados (Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Amapá, Pará e Mato Grosso). Possui uma extensa rede de rios com grande abundância de água, sendo os mais conhecidos: Amazonas, Xingu, Solimões, Madeira e Negro. A densidade populacional é 10 vezes menor que a média nacional, entretanto, a região concentra 81% da disponibilidade de águas superficiais do país. Cerca de 85% da área da RH Amazônica permanece com cobertura vegetal nativa. Fonte: ANA (2018) Ocupando uma área de 5 846100 km², a bacia em questão é a maior do mundo. Nela existe um grande número de rios, a maioria deles é detentora de um grande volume de água. O rio que dá nome à bacia (Amazonas) tem sua nascente nos Andes, mais precisamente no Peru. Durante o seu percurso, o rio é denominado de maneiras distintas. No Brasil, por exemplo, seu primeiro nome é Solimões, mas passa a ser chamado de Amazonas quando converge com o Rio Negro. Em razão dos rios serem caudalosos, a Bacia Amazônica é muito rica em volume de água, aspecto que resulta em um enorme potencial de produção de energia elétrica (é a maior do país com essa característica). Outro potencial extremamente importante da bacia é a navegação. A Bacia Amazônica encontra-se estabelecida na planície Amazônica, portanto o relevo é plano, condição essa que permite que quase todos os rios que integram a bacia, inclusive o Amazonas, sejam navegáveis. O Amazonas, situado na região Norte do país, detém aproximadamente cerca de 70 a 72% dos recursos hídricos nacionais para o consumo humano, divididos em rios principais e afluentes. Manaus possui uma paisagem exótica, privilegiada por densas florestas e entrecortada por quatro bacias hidrográficas e várias microbacias. No entanto, essa condição privilegiada a torna suscetível a problemas de origem cultural e econômico ocasionando ações antrópicas desordenadas que diminuem a disponibilidade de seus recursos hídricos, ao mesmo tempo em que prejudica de forma drástica a sobrevivência do seu principal componente biológico: o homem Dentre as ações antrópicas, destaca-se o crescimento desordenado como um dos principais fatores de degradação dos mananciais hídricos. Os dois maiores períodos de desenvolvimentoeconômico, a era extrativista da borracha e a implantação do modelo da Zona Franca, principalmente este último, aliados a falta de uma estrutura legal e organizacional contribuíram para o crescimento populacional exacerbado com a proliferação de moradias nas margens dos igarapés ocasionando sérios problemas sociais e ambientais que se estendem até os nossos dias. 4.3. O DESPERDÍCIO DE ÁGUA POTÁVEL Atualmente um dos principais problemas relacionados com a disponibilidade e utilização dos recursos hídricos é o desperdício. Nesse contexto, é importante compreender o problema analisando a totalidade da questão, ou seja, a quantidade de água desperdiçada não somente pelo mau uso residencial, mas também pelos equipamentos públicos e práticas econômicas em geral. O consumo da água potável está cada vez mais aumentando no planeta enquanto as fontes estão secando. Entretanto os maiores consumidores é a indústria, o ser humano e a agricultura (NATUREZA ECOLOGICA, 2005). Uma considerável parte desse desperdício acontece também no transporte da água até o consumidor, o que é resultado de tubulações públicas velhas ou danificadas, obras mal realizadas, além dos famosos “gatos” ou redirecionamentos de água clandestinos. Isso acontece em todos os países, que sempre apresentam certa taxa de desperdício de água: o Japão, por exemplo, desperdiça 10% de sua água; a Alemanha perde 9%, seguindo a média dos países europeus. O Brasil, no entanto, chega a desperdiçar 37%, conforme dados da Agência Nacional de Águas (ANA) e, se considerarmos apenas a água tratada, esse número salta para 41%. Os impactos do desperdício da água são graves e traduzem-se na redução do abastecimento de água para a população, na menor disponibilidade de água nas reservas hídricas e na ocorrência de verdadeiras crises hídricas em tempos de seca. Por causa disso, é importante que todos façam a sua parte, desde o cidadão em sua casa, passando pelo Estado, até as diferentes práticas da economia. 4.3.1 A problemática da escassez de água e os Programas de uso racional de recursos hídricos. De acordo com estimativas do Instituto Internacional de Pesquisa de Política Alimentar, estima-se que até 2050 um total de 4,8 bilhões de pessoas estarão em situação de estresse hídrico (SEGALA, 2012). Essa problemática é justificada pelos fatores apresentados anteriormente, os quais tem gerado preocupação e incentivado programas de uso racional sustentável da água e também a busca por novas alternativas e soluções que visem diminuir a carência deste recurso. O Reuso Planejado da Água faz parte da Estratégia Global para a Administração da Qualidade da Água, proposta pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e pela Organização Mundial da Saúde (OMS, 2005). Ela prevê o alcance simultâneo de três importantes elementos que são a proteção da saúde pública, a manutenção da integridade dos ecossistemas e o uso sustentado da água (Reuso, 2005). Sistema de coleta e aproveitamento de água de chuva é considerado uma técnica popular, especialmente em regiões semi-áridas brasileiras (SOARES et al., 2000). Esta região, por apresentar cerca de 80% da área geográfica do subsolo por formação cristalina, sem lençol freático, o armazenamto da água pluvial tem se apresentado a opção mais indicada para suprir o consumo humano (MAY, 2004). De acordo com a rede ASA (Articulação do Semi-árido Brasileiro), foi desenvolvido o programa denominado “Programa um milhão de cisternas” com o intuito de auxiliar o acesso à água potável através da construção de cisternas de placas e melhorar a qualidade de vida da população, sendo que desde o ano de 2003, aproximadamente 420.000 cisternas foram construídas na região (ASA, 2013). Em 1999, no Brasil, foi fundada a Associação Brasileira de Manejo e Captação de Água de Chuva, que é responsável por divulgar estudos e pesquisas, reunir equipamentos, instrumentos e serviços sobre o assunto (ABCMAC, 2008). 4.4. APROVEITAMENTO DE ÁGUA PLUVIAL PARA FINS NÃO POTÁVEIS EM RESIDENCIAS 4.4.1 Captação de Água da Chuva ao longo da história O sistema de captação de água de chuva existe há muito tempo nas mais diversas regiões do mundo. No deserto de Nigev, por exemplo, essa técnica é usada há mais de quatro mil anos. Registros históricos indicam que a água da chuva já é utilizada pela humanidade há milhares de anos. Existem inúmeras cisternas escavadas em rochas, utilizadas para aproveitamento de água pluvial, que são anteriores a 3.000 a.C. Em Israel, encontra-se um dos exemplos mais conhecidos, a famosa fortaleza de Masada, com dez reservatórios escavados na rocha, tendo como capacidade total 40 milhões de litros. No México, existem cisternas ainda em uso, que datam antes da chegada de Cristóvão Colombo à América (TOMAZ, 2003). Escritas antigas revelam o uso de reservatórios na época de Incas, Maias e Astecas. Um dos países que mais utiliza sistemas de aproveitamento de água pluvial e promove estudos e pesquisas nessa área, é o Japão. Como exemplo, tem-se o caso de Tóquio, onde regulamentos do governo metropolitano obrigam que todos os prédios com área construída maior que 30.000 m² ou que utilize mais de 100 m³ por dia de água para fins não potáveis, façam reciclagem da água de chuva e de água servida (água de lavatórios, chuveiros e máquinas de lavar roupas). Além disso, a fim de evitar enchentes, devem ser construídos reservatórios de detenção de água de chuva em áreas de terrenos maiores de 10.000 m² ou em edifícios que tenham mais que 3.000 m² de área construída (TOMAZ, 2003). Países como Estados Unidos, Austrália e Cingapura também estão desenvolvendo pesquisas referentes ao aproveitamento de água pluvial. Em 1992, iniciou-se sistema de uso de água de chuva no Aeroporto de Chagi, em Cingapura. A chuva captada nas pistas de decolagem e aterissagem é coletada e utilizada para descarga dos banheiros (GROUP RAINDROPS, 2002). No Brasil, as instalações mais antigas encontram-se em Fernando de Noronha, datadas de 1943, construídas pelos Norte-americanos. Atualmente, em países como Holanda, a água da chuva é coletada para evitar transbordamento dos canais que rodeiam o país, situado abaixo do nível do mar, e é usada em irrigação e fontes ornamentais. Na Alemanha, é coletada para suprir a péssima qualidade de distribuição da água na cidade. Em algumas regiões da Austrália, o abastecimento publico já se tornou bem caro, devido a escassez, e várias residências optaram pela captação proveniente das chuvas. Atualmente, estuda-se o potencial de uso dessa precipitação atmosférica para descarga em vaso sanitário, rega de jardim e irrigação, lavagem de veículos, uso industrial, uso em fontes ornamentais, uso em refrigeração de ar condicionado, atividades da construção civil, em geral, atividades que não exijam água potável. 4.4.3 Componentes básicos de um sistema para captação de água da chuva Para um sistema eficiente de captação de água de chuva são necessários alguns componentes principais que seguem: Área de captação: Geralmente são os telhados das casas ou indústrias. Podem ser telhas cerâmicas, telhas defibrocimento, telhas de zinco, telhas ferro galvanizado, telhas de concreto armado, telhas de plásticos telhado plano revestido com asfalto, entre outros. O telhado pode estar inclinado, pouco inclinado ou plano. Calhas, condutores: Para captação da água de chuva são necessárias calhas e coletores de águas pluviais que podem ser de PVC ou metálicos. By Pass: A primeira chuva que contém muita sujeira dos telhados pode ser removida manualmente com uso de tubulações que podem ser desviadas do reservatório ou automaticamenteatravés de dispositivos de autolimpeza em que o homem não precisa fazer nenhuma operação. Peneira: Para remover materiais em suspensão usam-se peneiras com tela de 6mm a 13mm conforme American Raiwater Association de janeiro 2009. Reservatório: Podem estar apoiado, enterrado ou elevado. Podem ser de concreto armado, alvenaria de tijolos comuns, alvenaria de bloco armado, plásticos, poliéster, etc Extravasor: Deverá ser instalado no reservatório um extravasor (ladrão). O extravasor deverá possuir dispositivo para evitar a entrada de pequenos animais. 4.4.4 Precipitação Originalmente, a palavra pluvial é oriunda do latim Pluvium, a qual significa chuva. E, desta forma, a denominação de água pluvial ou água da chuva é uma caracterização das águas decorrentes das precipitações. Precipitação é a liberação de água proveniente do vapor d’água da atmosfera sobre a superfície da Terra, apresentando-se sob diversas formas: orvalho, chuvisco, chuva, granizo, saraiva ou neve, diferenciando-se umas das outras através do estado físico em que a água se encontra (TUCCI, 2001; VILLIERS, 2002). A condensação do vapor d’água presente na atmosfera é resultante do seu resfriamento a ponto de saturação, podendo ocorrer devido a ação frontal de outras correntes eólicas, topografia acentuada, fenômenos de convenção térmica ou a combinação de todas essas causas (GARCEZ e ALVARES, 1988). Quando do início do evento de precipitação pode ocorrer a contaminação devido ao carregamento de partículas que estão suspensas no ar. Essas partículas são substâncias nocivas como o dióxido de enxofre (SO2) e óxidos de nitrogênio (Nox). Normalmente, essa contaminação ocorre em áreas urbanas devido a grande quantidade de circulação de veículos e indústrias (TORDO, 2004). 4.4.4.1 Precipitação em Manaus A pluviosidade é o fator decisivo no sistema de captação. O índice anual de chuva do local onde se deseja instalar o procedimento é uma informação fundamental. Os dados utilizados na presente pesquisa, referem-se a cidade de Manaus local da edificação onde será implantado o sistema de captação. Manaus é um município brasileiro e capital do estado do Amazonas. Localiza-se na Latitude: 03º 06' 07" sul e Longitude: 60º 01' 30" oeste, Altitude: 72 metros acima do nível do mar com área de 11458,5 Km². A figura 6 , a seguir mostra o comportamento da chuva em Manaus, os dados foram obtidos do Istituto Nacional de Metereologia (INMET), e apresenta as médias das precipitações calculados a partir de uma série de dados de 30 anos e observados de 1960-1990- (Dados interpolados). Observa-se através do gráfico acima que o mês mais chuvoso em Manaus é o mês de marco e o menos chuvoso é o mês de agosto, os dados apresentados representam o comportamento da chuva e da temperatura ao longo do ano. As médias climatológicas são valores calculados a partir de um série de dados de 30 anos observados. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) em Manaus chove em média por ano 2307 mm. O clima em Manaus é tropical. Na maioria dos meses do ano existe uma pluviosidade significativa. Só existe uma curta época seca e não é muito eficaz. De acordo com a Köppen e Geiger a classificação do clima é Am. 27.4 °C é a temperatura média em Manaus. 4.4.5 Critérios de qualidade da água captada para fins não potáveis De acordo com TOMAZ(2000) A composição da água de chuva varia de acordo com a localização geográfica do ponto de amostragem, com as condições meteorológicas (intensidade, duração e tipo de chuva, regime de ventos, estação do ano, etc.), com a presença ou não de vegetação e também com a presença de carga poluidora. A água de chuva cai das nuvens, mas acaba se contaminando com impurezas acumuladas nas coberturas, como terra, poeira, galhos, folhas, fezes de aves etc. Já Silva (2010), enfatiza que a água para ter boa qualidade deve estar sem cheiro e sem cor. O autor classifica da seguinte forma: Água de Reuso Classe 1 Os usos preponderantes para as águas tratadas desta classe, nos edifícios, são basicamente os seguintes: descarga de bacias sanitárias, lavagem de pisos e fins ornamentais (chafarizes, espelhos de água etc.); lavagem de roupas e de veículos. Exigências mínimas da água não potável: Não deve apresentar mau-cheiro; Não deve ser abrasiva; Não deve manchar superfícies; Água de Reuso Classe 2 Mês Minima (°C) Máxima (°C) Precipitação (mm) Janeiro 23° 31° 264 Fevereiro 23° 30° 290 Março 23° 31° 335 Abril 23° 31° 311 Maio 23° 31° 279 Junho 23° 31° 115 Julho 23° 31° 85 Agosto 23° 33° 47 Setembro 24° 33° 74 Outubro 24° 33° 113 Novembro 24° 32° 174 Dezembro 24° 31° 220 TOTAL 2307 Os usos preponderantes nessa classe são associados às fases de construção da edificação: Lavagem de agregados; Preparação de concreto; Compactação do solo e; Controle de poeira. Água de Reuso Classe 3 O uso preponderante das águas dessa classe é na irrigação de áreas verdes e rega de jardins. Exigências mínimas da água não potável: - não deve apresentar mau cheiro; - não deve conter componentes que agridam as plantas ou que estimulem o crescimento de pragas; Água de Reuso Classe 4 O uso preponderante para esta classe é no resfriamento de equipamentos de ar condicionado (torres de resfriamento). Exigências mínimas da água não potável: - não deve apresentar mau cheiro; - não deve ser abrasiva; - não deve manchar superfícies. A NBR 15527:2007 define ainda os padrões de qualidade que devem ser definidos pelo projetista de acordo com a utilização prevista. Para usos mais restritivos, deve ser utilizada a Tabela 1 da dita norma. Para desinfecção, a critério do projetista, pode-se utilizar derivado clorado, raios ultravioleta, ozônio e outros. Em aplicações onde é necessário um residual desinfetante, deve ser usado derivado c1orado. Quando utilizado o cloro residual livre, deve estar entre 0,5 mg/L e 3,0 mg/L. 4.4.6 Parâmetros de dimensionamento do reservatório Os parâmetros para aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis, estão definidos na norma NBR 15527 (ABNT, 2007) aprovada em setembro de 2007, contém alguns métodos para dimensionamento de reservatório para água pluvial, que são eles: Rippl, Maior período de Estiagem, Métodos empíricos (Brasileiro, Alemão e Inglês) e Simulações. 4.4.7 Cálculo de quantidade de água a ser coletada. De acordo com a norma técnica NBR 5626 – Instalação Predial de Água Fria, a capacidade dos reservatórios de água de chuva deve atender ao padrão de consumo de água para o qual está destinado no edifício considerando ainda a frequência e duração das chuvas bem como as informações sobre o índice pluviométrico. Dependendo do local ou da finalidade da edificação, a capacidade de reservação de água potável da rede pode variar de acordo com as necessidades do cliente, no caso de apartamentos o consumo médio considerado pela NBR 5626 é de 150 litros/dia por pessoa. Os reservatórios de água de distribuição de água potável e de água de chuva devem ser separados. O volume de água de chuva aproveitável depende do coeficiente de escoamento superficial da cobertura, bem como da eficiência do sistema de descarte do escoamento inicial, sendo calculado pela seguinte equação: V = P x A x C x ŋ fator de captação onde: V é o volume anual, mensal ou diário de água de chuva aproveitável; P é a precipitação média anual, mensal ou diária; A é a área de coleta; C é o coeficiente de escoamento superficial da cobertura; ŋ fator de captação é a eficiência do sistema de captação, levando em conta o dispositivo de descarte de sólidos e desvio de escoamento inicial, caso este último seja utilizado. 5. METODOLOGIA Neste trabalho, a partir de dados da revisão bibliográfica e de levantamentosde campo foram analisados modelos de dimensionamento de reservatório de armazenamento em relação ao volume de reservação de água de chuva, visando otimizar a relação entre a disponibilidade da água da chuva e a demanda da mesma na edificação. Foi feito um estudo dos índices pluviométricos da cidade de Manaus a fim de permitir um dimensionamento mais preciso da cisterna. Após a obtenção desses dados, fez-se um tratamento destes, verificando anos de maior e menor precipitação, chuva máxima diária, intensidade máxima, bem como, o comportamento médio das chuvas ao longo dos 30 anos de dados estudados. Esses dados obtidos foram importantes para a obtenção de um volume otimizado de armazenamento da cisterna. Realizou-se estudos com o enfoque na qualidade da água. Esse levantamento foi feito com intuito de garantir a qualidade da água pluvial para os fins desejados. 5. ESTUDO DE CASO 5.1 Apresentação da Edificação Multifamiliar • Localização A edificação alvo deste trabalho experimental é um conjunto residencial multifamiliar em processo de construção, situado na Rua Venezuela, bairro Flores, Manaus, Amazonas. Na figura x é apresentada a edificação multifamiliar. Fonte:https://www.google.com/maps/place/R.+Venezuela,+369+-+Flores,+Manaus 12 - Localização da edificação em estudo Figura 13 – Edificação multifamiliar em estudo • Tipo de telhado O telhado da edificação é de apenas uma água, de zinco industrial, todas as telhas são presas por diversos pontos, garantido a integridade da cobertura. A durabilidade e a resistência são uma das principais vantagens desse tipo de telha. Figura 13– Telhado da edificação. A junção do aço com o zinco torna a telha muito resistente a todo tipo de intempérie climática, suportando ventos, chuvas fortes e altas temperaturas, também são ecológicas, a maioria delas utiliza entre 25% a 95% de material reciclável na composição e pode ser totalmente reciclada ao fim da sua vida útil. Na figura 3, é apresentado o telhado da edificação. Áreas de captação: A área de captação de água de chuva do telhado foi calculado de acordo com o disposto na NBR 10844/1989. como mostra na figura (11b) abaixo. O telhado da edificação em estudo possui uma superfície inclinada com as seguintes dimensões largura 7m x comprimento 32m x altura 1m; portanto utiliza-se a formola (f) da figura 11. Obtendo-se uma área de: A= (a+h/2) x b => A= (7+1/2)x32 = 240 m² Calhas Pluviais: As calhas e condutores já existentes do sistema instalado estão de acordo com a NBR 10.844/89, da ABNT, que trata de instalações prediais de águas pluviais. Nas instalações do projeto, toda água captada da chuva no telhado deverá ser encaminhada ao sistema de filtragem. A Figura 15 mostra parcialmente o sistema de calhas. Figura 15 – Calhas já instaladas na edificação • Tubos de queda verticais e horizontais e complementos Os canais de transporte da água do telhado são 3 (três) canos de PVC de 100 mm verticais que escoam ate o solo. A Figura 16 mostra, onde estão localizados alguns destes condutores. Figura 16- Canais de transporte da água do telhado. • Tratamento Para o tratamento deverá ser utilizado o filtro de água da chuva Fibratec D1 370 mm. Esse tipo de filtro é produzido de acordo com a orientação da norma técnica NBR 15527/07, e tem a finalidade de separar a água da chuva de impurezas acumuladas no telhado ou calha como galhos, folhas, insetos, entre outros. De fácil e baixa manutenção, o corpo do filtro é produzido em Polietileno de Média Densidade e o filtro interno inox. Os detritos são encaminhados para galeria pluvial e a água filtrada é direcionada para a cisterna, pronta para ser utilizada. Este tipo de filtro é autolimpante; retém partículas de até 0,5mm; com alta eficiência na filtragem; oxigena a água e pode ser instalado na parede ou enterrado. A Figura 6 apresenta as medidas do filtro D1 370 mm: Figura 17: filtro de água de chuva D1 370 mm A água de chuva reservada deve ser protegida contra a incidência direta da luz solar e do calor, bem como de animais que possam adentrar o reservatório através da tubulação de extravasão. As tubulações e demais componentes devem ser diferenciados e independentes das tubulações de água potável, não permitindo a conexão cruzada de acordo com ABNT NBR 5626. Pontos de consumo devem ser de uso restrito e identificados e os reservatórios de água de distribuição de água potável e de água de chuva devem ser separados. 5.2 Dimensionamento O dimensionamento de sistemas de captação de água da chuva depende de diferentes fatores, tais como o tamanho do reservatório, padrões de chuva locais e da demanda de água. 5.2.1 Definição das demandas A edificação apresenta atualmente 6 apartamentos construídos no térreo e serão implantados mais 6 apartamentos no pavimento superior, todos com um dormitório(suite) em sua composição perfazendo um total de 12 banheiros, nas quais teremos doze caixas de descargas de vasos sanitários que serão abastecidas com água de chuva. Em nossos cálculos vamos considerar como prioridade o abastecimento das caixas de descargas, se houver excedente de água de chuva será usada para outras finalidades como: jardinagem lavagens de veículos, calcadas, e em outras finalidades desde que se enquadre dentro dos usos permitidos. 4.2.2 Estimativa da População de Edificação Como não se sabe exatamente quantas pessoas vão morar no edifício, vamos estimar utilizando os dados apresentados por Hélio Creder em seu livro Instalações Hidráulicas e Sanitárias conforme segue na tabela 2 abaixo. ESTIMATIVA DE EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS AMBIENTE NUMERO DE PESSOAS QUARTO SOCIAL 2 PESSOAS QUARTO DE SERVIÇO 1 PESSOA Considerando a estimativa do número de pessoas da Tabela 2 a edificação deverá contar com uma população de aproximadamente 24 pessoas, assim distribuídas por: • Número de dormitório sociais da edificação: 12 X 2 = 24pessoas • Total de pessoas da edificação= 24pessoas 4.2.3 Estimativa de gastos com água potável Conforme a NP 126 de 2014 da Manaus Ambiental, a estimativa de consumo médio predial diário em um apartamento com menos de 50 m² para uma pessoa é 150 litros de água por dia. De acordo com esta tabela a previsão de gasto diário com água potável da edificação ficará em torno de: • 24 pessoas x 150 litros = 3600 litros diários • Estimativa total gasto com água potável na edificação para 24 pessoas =3600 litros/dia; 108000 litros/mês; 129.6000 litros/ano= 1296 m³/anuais. A NBR 5626 define o tamanho certo dos reservatórios Inferior e Superior. A função da caixa d’água é ser um reservatório para dois dias de consumo (por precaução para eventuais faltas de abastecimento público de água), sendo que o reservatório inferior deve ser 3/5 e o superior 2/5 do total de consumo para esse período. No caso de prédios, ainda deve ser acrescentar de 15 a 20% desse total para reserva de incêndio. Tipo de Edificação Taxa de Consumo Alojamentos Provisórios 80 L/Pessoa Residências até 50 m² 200 L/Pessoa Residências acima 50 m² 250 L/Pessoa Apartamentos até 50 m² 150 L/Pessoa Apartamentos de 51 m² até 150 m² 200 L/Pessoa Apartamentos acima de 150 m² 250 L/Pessoa Hotéis (s/cozinhas e s/lavanderias) 120 L/Hóspede Hospitais 250 L/Leito Escolas (Internatos) 150 L/Pessoa Escolas (Externatos) 50 L/Pessoa Quartéis 150 L/Pessoa Edifícios Públicos ou Comerciais 50 L/Pessoa Escritórios 50 L/Pessoa Cinemas e Teatros 2 L/Lugar Templos 2 L/Lugar Restaurantes e Similares 25 L/Refeição Garagens 50 L/Automóvel Lavanderias 30 L/Kg de Roupa Seca Mercados 5 L/m² Matadouros (Animais de Grande Porte) 300 L/Cabeça Abatida Matadouros (Animais de Pequeno Porte) 150 L/Cabeça Abatida Fábricas em Geral (Uso Pessoal) 70 L/OperárioPostos de Serviços para Automóveis 150 L/Veículo Cavalariças 100 L/Cavalo Jardins 1,5 L/m² 4.2.4 Média de Descargas Diárias por Pessoa e Estimativa de Consumo de Água nos Vasos Sanitários. O objetivo principal da criação deste sistema é eliminar todo o consumo de água (potável) com as descargas sanitárias. • Consumo médio diário com descargas: Na edificação utilizar-se-á vasos sanitários com caixa acoplada onde a vazão de cada descarga terá um volume de água aproximada de 6 litros. Em nosso pais infelizmente não existem parâmetros de engenharia usados para o consumo residencial de água. No Brasil os dados apresentados são estimados, portanto de acordo com a literatura a média de descargas diária por pessoa é de cinco descargas. Desta forma o consumo estimado da edificação será em torno de: a) Média de descargas por pessoa/dia 5 vezes ao dia x 6 litros (volume da descarga)= 30litros/dia/pessoa. b) Média de descargas porpessoa/mês 30 litros /dia/pessoa X 30 dias =900 litros/mês/pessoa = 0.9 m³ mensal por pessoa. c) Consumo diário em descargas sanitárias da edificação. 24 pessoas x 5 vezes ao dia x 6 litros =720 litros /dia = 0,72 m³ por dia. d) Consumo mensal em descargas sanitárias da edificação. 720 litros por dia X 30 dias= 21.600 litros por mês = 21,6 m³ por mês. e) Consumo anual em descargas sanitárias da edificação: 720 litros por dia X 365 dias= 262.800 litros por ano = 262,80 m³anuais. De acordo com nossas estimativas de cálculos teremos uma economia aproximada de 20,28 % de água potável anual na edificação que será substituída por água de chuva nas descargas. 4.2.5 Dimensionamento dos Reservatórios Neste item vamos dimensionar o reservatório para receber a água de chuva da edificação. De acordo com a norma técnicaNBR 5626 – Instalação Predial de Água Fria, a capacidade dos reservatórios de água de chuva deve atender ao padrão de consumo de água para o qual está destinado no edifício considerando ainda a frequência e duração das chuvas bem como as informações sobre o índice pluviométrico. Dependendo do local ou da finalidade da edificação, a capacidade de reservação de água potável da rede pode variar de acordo com as necessidades do cliente, no caso de apartamentos o consumo médio considerado pela NBR 5626 é de 150 litros/dia por pessoa. Neste projeto vamos dimensionar o reservatório para reservar a água de chuva considerando: O índice pluviométrico da cidade de Manaus de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) é em média por ano 2307 mm/m². A menor média mensal constante e séries históricas de precipitações equivale aproximadamente a 47 mm/m² mensais (INMET, 2019) e ainda devemos considerar que esses índices são variáveis ao longo do ano no Estado, podendo se ter um excedente de água de chuva armazenada que poderá ser destinada para outros usos, como lavagem de garagens e calçadas, entre outros. O produto da menor média mensal de chuva e a área de captação nos fornece o volume do reservatório. Neste estudo de caso teremos: 47 mm/m² mensais x 240 m²= 11. 280 mm/m². Já o volume de água aproveitável (fator de captação=Va) conforme ABNT NBR 15527 de 2007, pode ser obtido pelo Método prático inglês apresentado na Equação 1. V = 0,05 x PxA (1) Onde: P - é a precipitação média anual, em milímetros; A - é a área de coleta, em metros quadrados; V - é o volume de água aproveitável e o volume de água do reservatório, em litros. De acordo com a equação (1) o volume de água aproveitável (fator de captação=Va) de água de chuva será de: V= 0,05 x 2307 mm/m² x 240 m² =27.684 litros por mês. O consumo mensal em descargas sanitárias da edificação é de 21600 litros por mês, usaremos um reservatório de 10 000 mil litros no subsolo e uma de 2000 mil na parte superior da edificação. Os reservatórios usados serão os de fibra de vidro, pois possuem um custo menor, sendo economicamente mais viável, pois é padrão e está disponível em qualquer loja de material de construção. As duas caixas (10000 litros (enterrada no solo) e 2000 litros (elevado)) = totalizam 12000 litros que será suficiente para atender a demanda dos vasos sanitários por 16 dias sem chuva, atendendo em 100% da demanda não potável. O sistema implantado neste projeto atua de forma complementar ao sistema convencional da rede de saneamento de Manaus cobrindo de forma parcial ou total a demanda, no caso de ter-se mais de 16 dias sem chuva será acionada a ligação da água potável para atender a demanda. 5. RESULTADOS E CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo sobre captação e aproveitamento de água da chuva da edificação multifamiliar, levando-se em consideração a precipitação da cidade de Manaus e o fato de a mesma já possuir parte do sistema instalado na edificação, observou-se que o sistema desenvolvido é viável tecnicamente. Avaliando o racionamento de água potável na edificação verificou-se, com base nas simulações de consumo realizadas, que toda água potável destinada as descargas sanitárias podem ser atendida por água de chuva. A demanda de água potável poderá ser reduzida em aproximadamente 20,28 % em função da utilização do aproveitamento de água de chuva, isto significa que com o uso da água pluvial pode-se chegar a uma economia de 262.800 litros de água potável por ano. Levando-se em conta a disparidade no índice pluviométrico na cidade de Manaus e a grande quantidade de chuvas nos diferentes meses, conclui-se que o sistema é suficiente para atender as demandas de descargas nos vasos sanitários, bem como ira dispor de um volume considerável que poderá ser utilizado em outras atividades, como rega de jardins, lavagem de veículos e calcadas entre outras finalidades. Portanto, os resultados das estratégias a serem adotadas na edificação poderão servir como um modelo de sustentabilidade para o setor habitacional, bem como servir de base para que os profissionais da área da construção civil possam cada vez mais desenvolver projetos sustentáveis. 6. CRONOGRAMA No quadro 1, segue o cronograma de atividades para a realização deste projeto de pesquisa. QUADRO 1 – CRONOGRAMA DE ATIVIDADES Fev/19 Mar/19 Abr/19 Mai/19 jun/19 Escolha do tema X Levantamento bibliográfico X X X Elaboração do projeto X X X X Apresentação do projeto X Coleta de dados X X X X Análise dos dados Organização do roteiro/partes X X X Elaboração do Banner X Revisão do Banner X Entrega do Banner X Socialização do trabalho X 7. BIBLIOGRAFIA ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10844 – Instalações prediais de águas pluviais. Rio de Janeiro, 1989. __________NBR 12213. Projeto de captação de água de superfície para abastecimento público. Rio de Janeiro,1992. __________NBR 15527 – Água de chuva – Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis: requisitos. Rio de Janeiro, 2007. __________NBR 5626: Instalação predial de água fria. Rio de Janeiro, 1998. ACQUASAVE. Aproveite a água da chuva. 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