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TRABALHO DE PRATICAS 8 - COMPLETO

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UNIVERSIDADE NILTON LINS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
APROVEITAMENTO DE ÁGUA DA CHUVA PARA FINS NÃO POTÁVEIS EM UM
EDIFÍCIO RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR NA ZONA CENTRO-SUL DE MANAUS.
ACADÊMICOS
DIEGO BARROS MACEDO-15012164
IOANES MICHAEL ARAKIAN NETO – 16497337
JOSÉ ROSIVALDO MOURA DA SILVA JÚNIOR – 15013426
ERENILSON RODRIGUES DA FONSECA-15013054
GONSALEIDE TAVARES JUNIOR-13175569
MATEUS SANTOS DE SOUSA-15107569
MYKHAELLA INGRED VELOSO RIBEIRO – 17012714 
RICARDO SILVA DOS SANTOS-15098945
PROFª. HELENA KAZUKO HASSEGAWA EZAWA
MANAUS - AM
Março/2019
1. INTRODUÇÃO
É de conhecimento geral que a água é fonte de vida, e todos os seres vivos,
indistintamente, dependem dela para sobreviver. Entretanto, o uso irracional deste
recurso tem sido de maneira inconsciente ao longo do tempo, principalmente em
regiões com grande disponibilidade deste bem natural, o que desperta a procura por
alternativas para redução dos desperdícios e a urgência de elaborar maneiras de
reutilização.
Para Victorino (2007), a visão destorcida de abundância de água própria para
consumo serviu de fomento no decorrer histórico para erros humanos cometidos
defronte ao mau uso dos recursos hídricos. Estima-se que cerca de 70% da superfície
do planeta terrestre é banhada por água, sendo esta encontrada nos estados líquido
(oceanos, rios, lagos, aquíferos), sólido (geleiras e neve) e gasoso (umidade do ar);
todavia, isso não quer dizer que a água seja um recurso inesgotável.
No mundo, 97,5% da água é salgada. A água doce corresponde somente aos
2,5% restantes, sendo que 68,9% da água doce está congelada em calotas polares do
Ártico, Antártica e nas regiões montanhosas, 29,9% está compreendida nas águas
subterrâneas, e somente 0,266% encontra-se nos lagos, rios e reservatórios. O
restante da água doce está na biomassa e na atmosfera em forma de vapor (TOMAZ,
2010). 
De acordo com os dados da Agência Nacional de Águas (ANA, 2018), Em
termos globais, o Brasil possui uma boa quantidade de água. Estima-se que o país
possua cerca de 12% da disponibilidade de água doce do planeta. Mas a distribuição
natural desse recurso não é equilibrada. A região Norte, por exemplo, concentra
aproximadamente 80% da quantidade de água disponível, mas representa apenas 5%
da população brasileira. Já as regiões próximas aos Oceano Atlântico possuem mais
de 45% da população, porém, menos de 3% dos recursos hídricos do país.
A água não está limitada às fronteiras políticas dos países, razão pela qual
quase metade da superfície terrestre é conformada por bacias hidrográficas de rios
compartilhados por dois ou mais países. O Brasil compartilha cerca de 82 rios com os
países vizinhos, incluindo importantes bacias como a do Amazonas e a do Prata, além
de compartilhar os sistemas de aquíferos Guarani e Amazonas. Esse cenário se traduz
em diferentes e oportunas possibilidades para a cooperação e o bom relacionamento
entre os países (ANA, 2018).
A expansão populacional consoante a um processo de crescimento
desordenado das cidades no decorrer dos anos, vem acarretando uma série de
consequências, principalmente em países em via de desenvolvimento, onde esse
crescimento não é acompanhado com uma infraestrutura compatível com este. Entre
esses problemas sociais, causados pelo “inchamento” das cidades, o de abastecimento
de água potável começa a aparecer como um bastante crítico, pois a água é um bem
vital e a falta deste pode trazer sérios impactos, inclusive no âmbito da saúde. 
Graves crises no abastecimento de água em diversas cidades brasileiras e
mundiais comprovam que a situação, em diversos locais, já está à beira de um colapso.
Em muitos casos, a água utilizada em certas partes das cidades já são captadas a
dezenas de quilômetros do local de consumo, aumentando consideravelmente o custo
dessa. 
Contudo, dentre as mais variadas formas de reutilização da água se destaca o
aproveitamento de água pluvial que surge como uma técnica relevante para o uso
racional deste recurso, por se tratar de uma das soluções mais simples e baratas para
preservar a água potável reduzindo o consumo desta, além de servir, como uma
drenagem urbana.
A prática de captação de água pluvial, auxilia na redução do escoamento
superficial, minimizando os problemas com enxurradas e inundações nos grandes
centros urbanos, já que a água precipitada é armazenada em um reservatório e assim,
não será destinada às galerias, igarapés e rios, consequentemente, diminuindo os
gastos públicos com prejuízos causados por alagamentos. De acordo com May (2004),
Estreitar a demanda da água fornecida pelas companhias de saneamento é a
viabilidade do uso da água de chuva em residências, em vista disso, diminuindo o risco
de enchentes em picos de chuvas e os custos com a água potável.
Segundo Lee et al. (2000), as técnicas para coleta de água de chuva podem ser
classificadas em três categorias: coleta em superfícies de telhados, coleta por meio de
superfícies no solo e coleta por meio de barragens, sendo o sistema de coleta de água
de chuva em superfícies de telhado considerado o mais simples. 
A água de chuva captada em residências, pode ser utilizada tanto para fins
potáveis – após ser tratada adequadamente – como pode ser utilizada para fins não
potáveis, como: em descargas de vasos sanitários, regas de jardins, lavagens de
automóveis e calçadas. Aponta a solução ideal para reduzir o consumo de água
potável em edificações, minimizando as despesas com o fornecimento concessionado,
contribuindo para a preservação ambiental do planeta.
A região norte, apesar de ter uma grande disponibilidade hídrica
(correspondendo a aproximadamente 80% da disponibilidade total das águas
brasileiras) é a região do país onde a população tem menos acesso ao saneamento
básico. Segundo dados da ANA(2018), o índice de atendimento da rede de
abastecimento de água na Região Norte é o menor do país chegando a 57%, A média
brasileira é de mais de 83%.
Com a problemática dos desafios enfrentados pelos moradores de Manaus para
ampliação do acesso ao abastecimento de água e ao sistema de esgotamento
sanitário, este trabalho, apresenta um estudo de literatura sobre o aproveitamento de
água da chuva expondo algumas relações entre recursos energéticos e hídricos, e
aplica-se a um estudo de caso em uma edificação residencial multifamiliar com
apartamento tipo quitinete na zona centro-sul de Manaus. 
2. OBJETIVOS
2.1 Geral 
Estudar a viabilidade técnica do aproveitamento da água da chuva para fins não
potáveis, em uma residência multifamiliar na Zona Centro-Sul de Manaus.
2.2 Específicos 
 – Realizar o Levantamento dos dados hidrológicos na região de Manaus;
 – Estimar a demanda do uso de água no edifício em estudo;
– Dimensionar o sistema de armazenamento de água pluvial, bem como o sistema de
instalações hidro-sanitarias e de esgoto da edificação;
– Analisar a viabilidade da implantação do sistema de captação;
3. JUSTIFICATIVA
A Sustentabilidade na construção civil é uma forma de associar as edificações
com o meio ambiente. Tem como finalidade amenizar os impactos causados à
natureza, minimizando ao máximo os resíduos e utilizando com eficiência os bens
naturais, ajudando assim a preservá-los para as gerações futuras. Segundo Rocheta e
Farinha (2007, p.2), “a indústria da construção tem uma importância significativa no
desenvolvimento sustentável representando uma atividade com grande impacto sobre
o meio ambiente, designadamente, nos consumos de energia e de água, na seleção
dos materiais e na produção de resíduos”.
Uma das formas de diminuir o consumo da água tratada, e com isso contribuir
com os mecanismos de sustentabilidade para o meio ambiente, é utilizando o sistema
de captaçãoe armazenamento da água da chuva, para fins não potáveis nas
edificações residenciais. 
A prática de redução de consumo, também, auxilia na diminuição de enchentes
nas cidades, já que a água precipitada ficará armazenada em um reservatório e assim,
não será destinada às galerias e rios, quando mal dimensionadas, consequentemente,
diminuindo os gastos públicos com prejuízos causados por alagamentos. Estreitar a
demanda da água fornecida pelas companhias de saneamento é a viabilidade do uso
da água de chuva em edificações, em vista disso, diminuindo o risco de enchentes em
picos de chuvas e os custos com a água potável (MAY, 2004).
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
4.1 A ÁGUA NA NATUREZA
A biosfera (figura 1) é essa estreita faixa de nosso planeta que reúne as
condições necessárias para a vida. Com uma espessura de alguns quilômetros nos
oceanos e na atmosfera, e uma profundidade de uns poucos metros abaixo do solo, a
biosfera é a única parte habitável do planeta. Fora dela, não existe nenhum outro ponto
conhecido do universo onde se tenha desenvolvido a vida. (PLANETA, 2008).
fonte: http://valdirenepassos.blogspot.com/2011/05/as-esferas-da-terra.html 
Figura 01 – Representação ilustrativa da Biosfera 
A superfície da crosta terrestre é recoberta por uma enorme camada de água
que denominada de hidrosfera, é a porcentagem de água contida na superfície
terrestre. Essa água toda se encontra nos oceanos, rios, lagos, geleiras, vapores,
inclusive nos lençóis subterrâneos. 
Na hidrosfera, a água está em seus mais variados estados físicos, que são o
líquido, o sólido e o vapor. Nela estão incluídos também o meio ambiente e até as
formas de vida aquáticas, posto que a biosfera compõe a hidrosfera.O planeta Terra é
constituído por aproximadamente 71% de água, sendo, portanto, apenas cerca de 29%
de terras emersas.
4.1.1 Ciclo Hidrológico
O ciclo hidrológico, ou ciclo da água como é chamado, é o movimento contínuo
da água presente nos oceanos, continentes (superfície, solo e rocha) e na atmosfera.
Esse movimento é alimentado pela força da gravidade e pela energia do Sol, que
provocam a evaporação das águas dos oceanos e dos continentes. Na atmosfera,
forma as nuvens que, quando carregadas, provocam precipitações, na forma de chuva,
granizo, orvalho e neve.
De acordo com Tundisi (2003) o ciclo hidrológico é o princípio unificador
fundamental de tudo o que se refere à água no planeta. O ciclo é o modelo pelo qual se
representam a interdependência e o movimento contínuo da água nas fases sólidas,
líquida e gasosa. 
Fonte: http://www.mma.gov.br/agua/recursos-hidricos/aguas-subterraneas/ciclo-hidrologico.html 
Figura 02 -Ciclo Hidrológico
Toda água do planeta está em contínuo movimento cíclico entre as reservas
sólida, líquida e gasosa. Evidentemente, a fase de maior interesse é a líquida, o que é
fundamental para o uso e para satisfazer as necessidades do homem e de todos os
outros organismos, animais e vegetais. 
Os componentes do ciclo são: 
 Precipitação: água adicionada à superfície da Terra a partir da atmosfera.
Pode ser líquida (chuva) ou sólida (neve ou gelo).
 Evaporação: processo de transformação da água líquida para a fase
gasosa (vapor d’água). A maior parte da evaporação se dá a partir dos
oceanos; nos lagos, rios e represas também ocorre evaporação.
 Transpiração: processo de perda de vapor d’água pelas plantas, o qual
entra na atmosfera. 
 Infiltração: processo pelo qual a água é absorvida pelo solo. Ø
Percolação: processo pelo qual a água entra no solo e nas formações
rochosas até o lençol freático. 
 Drenagem: movimento de deslocamento da água nas superfícies, durante
a precipitação. 
Com o ciclo, uma pequena fração da água do planeta está sempre se
transformando em água doce através de um contínuo processo de evaporação e
precipitação. Segundo Mancuso e Santos (2003), aproximadamente 40.000.000m3 de
água são transferidos dos oceanos para a terra, a cada ano, renovando o suprimento
de água doce mundial, quantidade muitas vezes superior à necessária para a
população atual do planeta. 
Conforme Young in May (2003, pag.105), os recursos naturais podem ser
classificados em duas grandes categorias: recursos exauríveis, cuja exploração pela
atividade humana possa levá-lo à redução, ou mesmo extinção da disponibilidade
futura, como por exemplo, os recursos minerais e florestais; e recursos de fluxo, que
podem ter suas condições originais restauradas pela ação natural ou humana, como
por exemplo o ar e a água. Assim, o ciclo hidrológico, que permite a classificação da
água como recurso de fluxo, manteria o “estoque” de água doce, tão necessária às
atividades humanas.
4.1.2 IMPORTÂNCIA DA ÁGUA
Água, formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio – H2O. Esse
simples conceito da sua composição química não revela a grandeza da necessidade
desta substância à existência de vida em nosso planeta. Parece tão singelo para algo
que é tão vital. KOBIYAMA (2008) comenta esta conceituação e reflete sobre a água
como o paradoxo da simplicidade e complexidade da vida. Parece tão simples coletá-la
e utilizá-la, talvez por isso nem todos ainda se preocupem com ela. Aos imprudentes, o
descuido com a água poderá comprometer nossa existência 
A água é a essência para toda a vida na terra. É utilizada nas mais diferentes
atividades humanas. É essencial na alimentação, na saúde e na higiene. A água é um
patrimônio de todos e todos devemos reconhecer o seu valor, cada um de nós tem o
dever de a economizar e de a utilizar com cuidado. Alterar a qualidade da água é
prejudicar a vida do homem e dos seres vivos. Ela é um dos principais elementos da
Biosfera. Portanto, segundo Ilana Wainer, a alteração climática dos oceanos implicará
a completa mudança na biosfera (ISTO É 2009).
Sendo fundamental para o nosso corpo, a água tem um papel importante na
nossa saúde, tendo esta, várias funções em nosso organismo. A água, portanto,
elemento indispensável à vida está presente no corpo de todos os seres vivos,
distribuída em todas as partes que compõem o organismo. Vital à nossa sobrevivência
representa cerca de 70% da massa corporal humana, também tem importância para a
produção de alimentos e outras atividades econômicas. SILVA (2011) contextualiza
que a “água potável é essencial e imprescindível para que a vida seja possível sobre a
face da Terra, é muito mais que um bem, que um recurso, que uma mercadoria, a água
potável é concretamente um Direito Humano de primeira ordem”.
4.2. DISPONIBILIDADE DE RECURSOS HÍDRICOS
4.2.1 A nível Global
Segundo dados da Agência Nacional das Aguas (ANA, 2018) Estima-se que
97% da água existente no mundo é salgada e não é adequada ao nosso consumo
direto nem à irrigação da plantação. Dos 3% de água doce, a maior parte (69%) é de
difícil acesso, pois está concentrada nas geleiras, 30% são águas subterrâneas
(armazenadas em aquíferos) e 1% encontra-se nos rios. Logo, o uso desse bem
precisa ser pensado para que não prejudique nenhum dos diferentes usos que ela tem
para a vida humana. 
Fonte: Adaptado de ANA (2018) 
Fig. 03 – disponibilidade Total da água no Mundo 
Nesta pequena porcentagem que nos é concedido o fácil acesso, a água é
utilizada pelo homem com diversas finalidades que vão desde a água para beber até a
água empregada no desenvolvimento econômico. O problema é que as águas
superficiais utilizadas para o abastecimento humano estão mal distribuídas e,
atualmente, a sua escassez em vários locais tem chamado atenção, pois sua falta já
atinge milhões de pessoas. 
A água não está limitada às fronteiras políticas dos países, razão pela qual
quase metade da superfície terrestre é conformada por bacias hidrográficas de rios
compartilhados por dois ou mais países. Dados da UNESCOrevelam que as Américas,
juntas, reúnem 46% de todos os recursos hídricos disponíveis, seguidas pela Ásia –
maior e mais habitado continente – com 32%, pela África com 9%, depois a Europa
com 7%, a Oceania com 6% e a Antártida com 5%.
 Fonte: Adaptado de Unesco
Falando na distribuição da água doce própria para consumo entre as diferentes
partes da superfície terrestre, ou seja, entre as diversas localidades, podemos notar
como essa distribuição é naturalmente desproporcional. Os países que mais
concentram água doce no mundo são Rússia, Brasil, Canadá, Estados Unidos, Índia,
Colômbia, República Democrática do Congo e China, correspondendo a
aproximadamente 60% da água doce existente no planeta.
 Fonte: Adaptado de Unesco
É válido ressaltar que, no interior dessas massas continentais, também
existem disparidades, de forma que algumas áreas apresentam problemas de
escassez hídrica, tais como o norte da África, o Oriente Médio, o Sul da Ásia e algumas
outras regiões do planeta. Tal fator agrava-se com a poluição de rios e reservas
subterrâneas, além do esgotamento dos demais elementos que mantêm o equilíbrio
natural do planeta.
4.2.2 No Brasil
Em termos globais, o Brasil possui uma posição privilegiada em reação á
disponibilidade hídrica. Estima-se que o país possua cerca de 12% da disponibilidade
de água doce do planeta. Mas a distribuição natural desse recurso não é equilibrada. A
região Norte, por exemplo, concentra aproximadamente 80% da quantidade de água
disponível, mas representa apenas 5% da população brasileira. Já as regiões próximas
aos Oceano Atlântico possuem mais de 45% da população, porém, menos de 3% dos
recursos hídricos do país. (ANA, 2018)
BRAISL; 12,00%
RESTO DO MUNDO; 
88,00%
Fonte: adaptado de ANA(2018)
A vazão média anual dos rios em território brasileiro é de cerca de 180 mil
metros cúbicos por segundo (m3 /s); para efeito de comparação, tal volume de água é
equivalente ao conteúdo somado de 72 piscinas olímpicas fluindo a cada segundo.
Este valor corresponde a aproximadamente 12% da disponibilidade mundial de
recursos hídricos, que é de 1,5 milhões2 de m3 /s. Se forem levadas em conta as
vazões oriundas de território estrangeiro e que ingressam no país (Amazônica, 86.321
mil m3 /s; Uruguai, 878 m3 /s e Paraguai, 595 m3 /s), a vazão média total atinge
valores da ordem de 267 mil m3 /s (ou seja, cerca de 18% da disponibilidade mundial). 
A grande questão problemática da água no Brasil está na localização geográfica
da disponibilidade desse elemento. A distribuição da água no Brasil é naturalmente
desigual, de modo que justamente as áreas menos povoadas do país é que
concentram a maior parte dos recursos hídricos. Confira, na tabela a seguir, a relação
entre densidade demográfica e a disponibilidade de água entre as diversas regiões do
país.
Fonte: IBGE/ANA (2010)
Como podemos notar, a região Norte, que possui uma densidade de apenas
4,12 habitantes para cada quilômetro quadrado, concentra quase 70% de todos os
recursos hídricos disponíveis no Brasil. A maior parte desses recursos encontra-se nos
rios da Bacia do Amazonas e, principalmente, no Aquífero Alter do Chão, exclusivo
dessa região e com um volume de água superior ao Aquífero Guarani, que se distribui
entre as demais áreas (exceto o Nordeste).
A região nordestina, por outro lado, conta com uma densidade de 34,15 pessoas
para cada quilômetro quadrado, ao passo em que detém apenas 3,3% de todos os
recursos hídricos do país, o que seria mais do que suficiente se houvesse políticas
públicas de combate à seca nessa área. Vale lembrar que apenas uma parte do
Nordeste – a região do Polígono das Secas – é que eventualmente sofre com a falta
d'água, e não a região nordestina como um todo.
A região Centro-Oeste apresenta um melhor equilíbrio. Sua densidade
demográfica apresenta uma média de 8,75 habitantes para cada quilômetro quadrado,
e sua população total representa pouco mais que 6% do total da população brasileira.
A região possui cerca de 15,7% dos recursos hídricos do país, relativamente bem
distribuídos em seu interior, embora o Pantanal mato-grossense detenha a maior parte.
Já o Sudeste conta com apenas 6% dos recursos hídricos do país e uma
densidade demográfica superior aos 86 habitantes para cada quilômetro quadrado,
média que se acentua muito nas áreas das grandes cidades, principalmente Rio de
Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. A capital paulista é a que mais vem sofrendo com
a seca que se iniciou no ano de 2014, embora as raízes do problema de baixa nos
reservatórios sejam anteriores. Há, inclusive, uma disputa política muito forte entre Rio
e São Paulo envolvendo a transposição do Rio Paraíba do Sul.
A região Sul do Brasil, por sua vez, apresenta um desequilíbrio menor, porém
não menos preocupante. Com uma densidade demográfica de 48,58 habitantes por
quilômetro quadrado e cerca de 15% da população brasileira, os sulistas detêm cerca
de 6,5% da água potável do país.
Em geral, o que podemos observar é que, apesar da má distribuição da água no
território brasileiro, mesmo as áreas com menor disponibilidade de água podem ser
corretamente abastecidas se existirem planejamentos e ações públicas de interesse
social. Além disso, a conservação de rios, mananciais e também das reservas florestais
é de fundamental importância para a preservação desse estratégico e vital recurso
natural.
4.2.3 Recursos Hídricos na cidade de Manaus
De acordo com a Agência Nacional de água, a Região Hidrográfica Amazônica
(RH Amazônica) ocupa 45% do território nacional, abrangendo sete Estados (Acre,
Amazonas, Rondônia, Roraima, Amapá, Pará e Mato Grosso). 
Possui uma extensa rede de rios com grande abundância de água, sendo os mais
conhecidos: Amazonas, Xingu, Solimões, Madeira e Negro. A densidade populacional é
10 vezes menor que a média nacional, entretanto, a região concentra 81% da
disponibilidade de águas superficiais do país. Cerca de 85% da área da RH Amazônica
permanece com cobertura vegetal nativa.
Fonte: ANA (2018)
Ocupando uma área de 5 846100 km², a bacia em questão é a maior do mundo.
Nela existe um grande número de rios, a maioria deles é detentora de um grande
volume de água. O rio que dá nome à bacia (Amazonas) tem sua nascente nos Andes,
mais precisamente no Peru. Durante o seu percurso, o rio é denominado de maneiras
distintas. No Brasil, por exemplo, seu primeiro nome é Solimões, mas passa a ser
chamado de Amazonas quando converge com o Rio Negro.
Em razão dos rios serem caudalosos, a Bacia Amazônica é muito rica em
volume de água, aspecto que resulta em um enorme potencial de produção de energia
elétrica (é a maior do país com essa característica). Outro potencial extremamente
importante da bacia é a navegação. A Bacia Amazônica encontra-se estabelecida na
planície Amazônica, portanto o relevo é plano, condição essa que permite que quase
todos os rios que integram a bacia, inclusive o Amazonas, sejam navegáveis. 
O Amazonas, situado na região Norte do país, detém aproximadamente cerca
de 70 a 72% dos recursos hídricos nacionais para o consumo humano, divididos em
rios principais e afluentes. Manaus possui uma paisagem exótica, privilegiada por
densas florestas e entrecortada por quatro bacias hidrográficas e várias microbacias.
No entanto, essa condição privilegiada a torna suscetível a problemas de origem
cultural e econômico ocasionando ações antrópicas desordenadas que diminuem a
disponibilidade de seus recursos hídricos, ao mesmo tempo em que prejudica de forma
drástica a sobrevivência do seu principal componente biológico: o homem
Dentre as ações antrópicas, destaca-se o crescimento desordenado como um
dos principais fatores de degradação dos mananciais hídricos. Os dois maiores
períodos de desenvolvimentoeconômico, a era extrativista da borracha e a
implantação do modelo da Zona Franca, principalmente este último, aliados a falta de
uma estrutura legal e organizacional contribuíram para o crescimento populacional
exacerbado com a proliferação de moradias nas margens dos igarapés ocasionando
sérios problemas sociais e ambientais que se estendem até os nossos dias. 
4.3. O DESPERDÍCIO DE ÁGUA POTÁVEL
Atualmente um dos principais problemas relacionados com a disponibilidade e
utilização dos recursos hídricos é o desperdício. Nesse contexto, é importante
compreender o problema analisando a totalidade da questão, ou seja, a quantidade de
água desperdiçada não somente pelo mau uso residencial, mas também pelos
equipamentos públicos e práticas econômicas em geral.
O consumo da água potável está cada vez mais aumentando no planeta
enquanto as fontes estão secando. Entretanto os maiores consumidores é a indústria, o
ser humano e a agricultura (NATUREZA ECOLOGICA, 2005).
Uma considerável parte desse desperdício acontece também no transporte da
água até o consumidor, o que é resultado de tubulações públicas velhas ou
danificadas, obras mal realizadas, além dos famosos “gatos” ou redirecionamentos de
água clandestinos. Isso acontece em todos os países, que sempre apresentam certa
taxa de desperdício de água: o Japão, por exemplo, desperdiça 10% de sua água; a
Alemanha perde 9%, seguindo a média dos países europeus. O Brasil, no entanto,
chega a desperdiçar 37%, conforme dados da Agência Nacional de Águas (ANA) e, se
considerarmos apenas a água tratada, esse número salta para 41%.
Os impactos do desperdício da água são graves e traduzem-se na redução do
abastecimento de água para a população, na menor disponibilidade de água nas
reservas hídricas e na ocorrência de verdadeiras crises hídricas em tempos de seca.
Por causa disso, é importante que todos façam a sua parte, desde o cidadão em sua
casa, passando pelo Estado, até as diferentes práticas da economia.
4.3.1 A problemática da escassez de água e os Programas de uso racional de recursos
hídricos.
De acordo com estimativas do Instituto Internacional de Pesquisa de Política
Alimentar, estima-se que até 2050 um total de 4,8 bilhões de pessoas estarão em
situação de estresse hídrico (SEGALA, 2012). Essa problemática é justificada pelos
fatores apresentados anteriormente, os quais tem gerado preocupação e incentivado
programas de uso racional sustentável da água e também a busca por novas
alternativas e soluções que visem diminuir a carência deste recurso. 
O Reuso Planejado da Água faz parte da Estratégia Global para a Administração
da Qualidade da Água, proposta pelo Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente e pela Organização Mundial da Saúde (OMS, 2005). Ela prevê o alcance
simultâneo de três importantes elementos que são a proteção da saúde pública, a
manutenção da integridade dos ecossistemas e o uso sustentado da água (Reuso,
2005).
Sistema de coleta e aproveitamento de água de chuva é considerado uma
técnica popular, especialmente em regiões semi-áridas brasileiras (SOARES et al.,
2000). Esta região, por apresentar cerca de 80% da área geográfica do subsolo por
formação cristalina, sem lençol freático, o armazenamto da água pluvial tem se
apresentado a opção mais indicada para suprir o consumo humano (MAY, 2004). 
De acordo com a rede ASA (Articulação do Semi-árido Brasileiro), foi
desenvolvido o programa denominado “Programa um milhão de cisternas” com o intuito
de auxiliar o acesso à água potável através da construção de cisternas de placas e
melhorar a qualidade de vida da população, sendo que desde o ano de 2003,
aproximadamente 420.000 cisternas foram construídas na região (ASA, 2013). 
Em 1999, no Brasil, foi fundada a Associação Brasileira de Manejo e Captação
de Água de Chuva, que é responsável por divulgar estudos e pesquisas, reunir
equipamentos, instrumentos e serviços sobre o assunto (ABCMAC, 2008). 
4.4. APROVEITAMENTO DE ÁGUA PLUVIAL PARA FINS NÃO POTÁVEIS EM
RESIDENCIAS
4.4.1 Captação de Água da Chuva ao longo da história 
O sistema de captação de água de chuva existe há muito tempo nas mais
diversas regiões do mundo. No deserto de Nigev, por exemplo, essa técnica é usada
há mais de quatro mil anos. Registros históricos indicam que a água da chuva já é
utilizada pela humanidade há milhares de anos.
Existem inúmeras cisternas escavadas em rochas, utilizadas para
aproveitamento de água pluvial, que são anteriores a 3.000 a.C. Em Israel, encontra-se
um dos exemplos mais conhecidos, a famosa fortaleza de Masada, com dez
reservatórios escavados na rocha, tendo como capacidade total 40 milhões de litros.
 No México, existem cisternas ainda em uso, que datam antes da chegada de
Cristóvão Colombo à América (TOMAZ, 2003). Escritas antigas revelam o uso de
reservatórios na época de Incas, Maias e Astecas.
Um dos países que mais utiliza sistemas de aproveitamento de água pluvial e
promove estudos e pesquisas nessa área, é o Japão. Como exemplo, tem-se o caso de
Tóquio, onde regulamentos do governo metropolitano obrigam que todos os prédios
com área construída maior que 30.000 m² ou que utilize mais de 100 m³ por dia de
água para fins não potáveis, façam reciclagem da água de chuva e de água servida
(água de lavatórios, chuveiros e máquinas de lavar roupas). 
Além disso, a fim de evitar enchentes, devem ser construídos reservatórios de
detenção de água de chuva em áreas de terrenos maiores de 10.000 m² ou em
edifícios que tenham mais que 3.000 m² de área construída (TOMAZ, 2003). 
Países como Estados Unidos, Austrália e Cingapura também estão
desenvolvendo pesquisas referentes ao aproveitamento de água pluvial. Em 1992,
iniciou-se sistema de uso de água de chuva no Aeroporto de Chagi, em Cingapura. A
chuva captada nas pistas de decolagem e aterissagem é coletada e utilizada para
descarga dos banheiros (GROUP RAINDROPS, 2002). 
No Brasil, as instalações mais antigas encontram-se em Fernando de Noronha,
datadas de 1943, construídas pelos Norte-americanos. Atualmente, em países como
Holanda, a água da chuva é coletada para evitar transbordamento dos canais que
rodeiam o país, situado abaixo do nível do mar, e é usada em irrigação e fontes
ornamentais. Na Alemanha, é coletada para suprir a péssima qualidade de distribuição
da água na cidade. Em algumas regiões da Austrália, o abastecimento publico já se
tornou bem caro, devido a escassez, e várias residências optaram pela captação
proveniente das chuvas. 
Atualmente, estuda-se o potencial de uso dessa precipitação atmosférica para
descarga em vaso sanitário, rega de jardim e irrigação, lavagem de veículos, uso
industrial, uso em fontes ornamentais, uso em refrigeração de ar condicionado,
atividades da construção civil, em geral, atividades que não exijam água potável. 
4.4.3 Componentes básicos de um sistema para captação de água da chuva
Para um sistema eficiente de captação de água de chuva são necessários
alguns componentes principais que seguem:
 Área de captação: Geralmente são os telhados das casas ou indústrias. Podem
ser telhas cerâmicas, telhas defibrocimento, telhas de zinco, telhas ferro
galvanizado, telhas de concreto armado, telhas de plásticos telhado plano
revestido com asfalto, entre outros. O telhado pode estar inclinado, pouco
inclinado ou plano.
 Calhas, condutores: Para captação da água de chuva são necessárias calhas e
coletores de águas pluviais que podem ser de PVC ou metálicos.
 By Pass: A primeira chuva que contém muita sujeira dos telhados pode ser
removida manualmente com uso de tubulações que podem ser desviadas do
reservatório ou automaticamenteatravés de dispositivos de autolimpeza em que
o homem não precisa fazer nenhuma operação.
 Peneira: Para remover materiais em suspensão usam-se peneiras com tela de
6mm a 13mm conforme American Raiwater Association de janeiro 2009.
 Reservatório: Podem estar apoiado, enterrado ou elevado. Podem ser de
concreto armado, alvenaria de tijolos comuns, alvenaria de bloco armado,
plásticos, poliéster, etc 
 Extravasor: Deverá ser instalado no reservatório um extravasor (ladrão). O
extravasor deverá possuir dispositivo para evitar a entrada de pequenos
animais.
4.4.4 Precipitação
Originalmente, a palavra pluvial é oriunda do latim Pluvium, a qual significa
chuva. E, desta forma, a denominação de água pluvial ou água da chuva é uma
caracterização das águas decorrentes das precipitações.
Precipitação é a liberação de água proveniente do vapor d’água da atmosfera
sobre a superfície da Terra, apresentando-se sob diversas formas: orvalho, chuvisco,
chuva, granizo, saraiva ou neve, diferenciando-se umas das outras através do estado
físico em que a água se encontra (TUCCI, 2001; VILLIERS, 2002).
A condensação do vapor d’água presente na atmosfera é resultante do seu
resfriamento a ponto de saturação, podendo ocorrer devido a ação frontal de outras
correntes eólicas, topografia acentuada, fenômenos de convenção térmica ou a
combinação de todas essas causas (GARCEZ e ALVARES, 1988). 
Quando do início do evento de precipitação pode ocorrer a contaminação devido
ao carregamento de partículas que estão suspensas no ar. Essas partículas são
substâncias nocivas como o dióxido de enxofre (SO2) e óxidos de nitrogênio (Nox).
Normalmente, essa contaminação ocorre em áreas urbanas devido a grande
quantidade de circulação de veículos e indústrias (TORDO, 2004). 
4.4.4.1 Precipitação em Manaus
A pluviosidade é o fator decisivo no sistema de captação. O índice anual de
chuva do local onde se deseja instalar o procedimento é uma informação fundamental.
Os dados utilizados na presente pesquisa, referem-se a cidade de Manaus local
da edificação onde será implantado o sistema de captação. Manaus é um município
brasileiro e capital do estado do Amazonas. Localiza-se na Latitude: 03º 06' 07" sul e
Longitude: 60º 01' 30" oeste, Altitude: 72 metros acima do nível do mar com área de
11458,5 Km². 
A figura 6 , a seguir mostra o comportamento da chuva em Manaus, os dados
foram obtidos do Istituto Nacional de Metereologia (INMET), e apresenta as médias das
precipitações calculados a partir de uma série de dados de 30 anos e observados de
1960-1990- (Dados interpolados).
Observa-se através do gráfico acima que o mês mais chuvoso em Manaus é o
mês de marco e o menos chuvoso é o mês de agosto, os dados apresentados
representam o comportamento da chuva e da temperatura ao longo do ano. As médias
climatológicas são valores calculados a partir de um série de dados de 30 anos
observados. 
 De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) em Manaus chove
em média por ano 2307 mm. O clima em Manaus é tropical. Na maioria dos meses do
ano existe uma pluviosidade significativa. Só existe uma curta época seca e não é
muito eficaz. De acordo com a Köppen e Geiger a classificação do clima é Am. 27.4 °C
é a temperatura média em Manaus. 
4.4.5 Critérios de qualidade da água captada para fins não potáveis
De acordo com TOMAZ(2000) A composição da água de chuva varia de acordo
com a localização geográfica do ponto de amostragem, com as condições
meteorológicas (intensidade, duração e tipo de chuva, regime de ventos, estação do
ano, etc.), com a presença ou não de vegetação e também com a presença de carga
poluidora. A água de chuva cai das nuvens, mas acaba se contaminando com
impurezas acumuladas nas coberturas, como terra, poeira, galhos, folhas, fezes de
aves etc.
Já Silva (2010), enfatiza que a água para ter boa qualidade deve estar sem
cheiro e sem cor. O autor classifica da seguinte forma:
 Água de Reuso Classe 1
Os usos preponderantes para as águas tratadas desta classe, nos edifícios, são
basicamente os seguintes: descarga de bacias sanitárias, lavagem de pisos e fins
ornamentais (chafarizes, espelhos de água etc.); lavagem de roupas e de veículos.
Exigências mínimas da água não potável: Não deve apresentar mau-cheiro; Não deve
ser abrasiva; Não deve manchar superfícies;
 Água de Reuso Classe 2
Mês Minima (°C) Máxima (°C) Precipitação (mm)
Janeiro 23° 31° 264
Fevereiro 23° 30° 290
Março 23° 31° 335
Abril 23° 31° 311
Maio 23° 31° 279
Junho 23° 31° 115
Julho 23° 31° 85
Agosto 23° 33° 47
Setembro 24° 33° 74
Outubro 24° 33° 113
Novembro 24° 32° 174
Dezembro 24° 31° 220
TOTAL 2307
Os usos preponderantes nessa classe são associados às fases de construção
da edificação: Lavagem de agregados; Preparação de concreto; Compactação do solo
e; Controle de poeira.
 Água de Reuso Classe 3
O uso preponderante das águas dessa classe é na irrigação de áreas verdes e
rega de jardins. Exigências mínimas da água não potável: - não deve apresentar mau
cheiro; - não deve conter componentes que agridam as plantas ou que estimulem o
crescimento de pragas;
 Água de Reuso Classe 4
O uso preponderante para esta classe é no resfriamento de equipamentos de ar
condicionado (torres de resfriamento). Exigências mínimas da água não potável: - não
deve apresentar mau cheiro; - não deve ser abrasiva; - não deve manchar superfícies.
A NBR 15527:2007 define ainda os padrões de qualidade que devem ser
definidos pelo projetista de acordo com a utilização prevista. Para usos mais restritivos,
deve ser utilizada a Tabela 1 da dita norma. 
Para desinfecção, a critério do projetista, pode-se utilizar derivado clorado, raios
ultravioleta, ozônio e outros. Em aplicações onde é necessário um residual
desinfetante, deve ser usado derivado c1orado. Quando utilizado o cloro residual livre,
deve estar entre 0,5 mg/L e 3,0 mg/L.
4.4.6 Parâmetros de dimensionamento do reservatório
Os parâmetros para aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para
fins não potáveis, estão definidos na norma NBR 15527 (ABNT, 2007) aprovada em
setembro de 2007, contém alguns métodos para dimensionamento de reservatório para
água pluvial, que são eles: Rippl, Maior período de Estiagem, Métodos empíricos
(Brasileiro, Alemão e Inglês) e Simulações.
 
4.4.7 Cálculo de quantidade de água a ser coletada.
De acordo com a norma técnica NBR 5626 – Instalação Predial de Água Fria, a
capacidade dos reservatórios de água de chuva deve atender ao padrão de consumo
de água para o qual está destinado no edifício considerando ainda a frequência e
duração das chuvas bem como as informações sobre o índice pluviométrico. 
Dependendo do local ou da finalidade da edificação, a capacidade de
reservação de água potável da rede pode variar de acordo com as necessidades do
cliente, no caso de apartamentos o consumo médio considerado pela NBR 5626 é de
150 litros/dia por pessoa. 
Os reservatórios de água de distribuição de água potável e de água de chuva
devem ser separados. 
O volume de água de chuva aproveitável depende do coeficiente de escoamento
superficial da cobertura, bem como da eficiência do sistema de descarte do
escoamento inicial, sendo calculado pela seguinte equação: 
V = P x A x C x ŋ fator de captação 
onde: 
V é o volume anual, mensal ou diário de água de chuva aproveitável;
P é a precipitação média anual, mensal ou diária; 
A é a área de coleta; 
C é o coeficiente de escoamento superficial da cobertura; 
ŋ fator de captação é a eficiência do sistema de captação, levando em conta o
dispositivo de descarte de sólidos e desvio de escoamento inicial, caso este último seja
utilizado. 
5. METODOLOGIA
Neste trabalho, a partir de dados da revisão bibliográfica e de levantamentosde
campo foram analisados modelos de dimensionamento de reservatório de
armazenamento em relação ao volume de reservação de água de chuva, visando
otimizar a relação entre a disponibilidade da água da chuva e a demanda da mesma na
edificação.
Foi feito um estudo dos índices pluviométricos da cidade de Manaus a fim de
permitir um dimensionamento mais preciso da cisterna. Após a obtenção desses
dados, fez-se um tratamento destes, verificando anos de maior e menor precipitação,
chuva máxima diária, intensidade máxima, bem como, o comportamento médio das
chuvas ao longo dos 30 anos de dados estudados. Esses dados obtidos foram
importantes para a obtenção de um volume otimizado de armazenamento da cisterna.
Realizou-se estudos com o enfoque na qualidade da água. Esse levantamento
foi feito com intuito de garantir a qualidade da água pluvial para os fins desejados.
5. ESTUDO DE CASO 
 5.1 Apresentação da Edificação Multifamiliar
 • Localização
A edificação alvo deste trabalho experimental é um conjunto residencial
multifamiliar em processo de construção, situado na Rua Venezuela, bairro Flores,
Manaus, Amazonas. Na figura x é apresentada a edificação multifamiliar.
Fonte:https://www.google.com/maps/place/R.+Venezuela,+369+-+Flores,+Manaus
 12 - Localização da edificação em estudo 
Figura 13 – Edificação multifamiliar em estudo 
 • Tipo de telhado
O telhado da edificação é de apenas uma água, de zinco industrial, todas as
telhas são presas por diversos pontos, garantido a integridade da cobertura. A
durabilidade e a resistência são uma das principais vantagens desse tipo de telha. 
Figura 13– Telhado da edificação.
A junção do aço com o zinco torna a telha muito resistente a todo tipo de
intempérie climática, suportando ventos, chuvas fortes e altas temperaturas, também
são ecológicas, a maioria delas utiliza entre 25% a 95% de material reciclável na
composição e pode ser totalmente reciclada ao fim da sua vida útil. Na figura 3, é
apresentado o telhado da edificação.
 Áreas de captação: 
 A área de captação de água de chuva do telhado foi calculado de acordo com o
disposto na NBR 10844/1989. como mostra na figura (11b) abaixo. 
O telhado da edificação em estudo possui uma superfície inclinada com as
seguintes dimensões largura 7m x comprimento 32m x altura 1m; portanto utiliza-se a
formola (f) da figura 11. 
Obtendo-se uma área de: A= (a+h/2) x b => A= (7+1/2)x32 = 240 m²
 Calhas Pluviais: As calhas e condutores já existentes do sistema instalado estão
de acordo com a NBR 10.844/89, da ABNT, que trata de instalações prediais de
águas pluviais. Nas instalações do projeto, toda água captada da chuva no
telhado deverá ser encaminhada ao sistema de filtragem. A Figura 15 mostra
parcialmente o sistema de calhas.
Figura 15 – Calhas já instaladas na edificação 
 • Tubos de queda verticais e horizontais e complementos
Os canais de transporte da água do telhado são 3 (três) canos de PVC de 100
mm verticais que escoam ate o solo. A Figura 16 mostra, onde estão localizados alguns
destes condutores.
Figura 16- Canais de transporte da água do telhado.
• Tratamento
Para o tratamento deverá ser utilizado o filtro de água da chuva Fibratec D1 370
mm. Esse tipo de filtro é produzido de acordo com a orientação da norma técnica NBR
15527/07, e tem a finalidade de separar a água da chuva de impurezas acumuladas no
telhado ou calha como galhos, folhas, insetos, entre outros.
De fácil e baixa manutenção, o corpo do filtro é produzido em Polietileno de
Média Densidade e o filtro interno inox. Os detritos são encaminhados para galeria
pluvial e a água filtrada é direcionada para a cisterna, pronta para ser utilizada. Este
tipo de filtro é autolimpante; retém partículas de até 0,5mm; com alta eficiência na
filtragem; oxigena a água e pode ser instalado na parede ou enterrado. A Figura 6
apresenta as medidas do filtro D1 370 mm:
Figura 17: filtro de água de chuva D1 370 mm
A água de chuva reservada deve ser protegida contra a incidência direta da luz
solar e do calor, bem como de animais que possam adentrar o reservatório através da
tubulação de extravasão. As tubulações e demais componentes devem ser
diferenciados e independentes das tubulações de água potável, não permitindo a
conexão cruzada de acordo com ABNT NBR 5626. Pontos de consumo devem ser de
uso restrito e identificados e os reservatórios de água de distribuição de água potável e
de água de chuva devem ser separados.
5.2 Dimensionamento
O dimensionamento de sistemas de captação de água da chuva depende de
diferentes fatores, tais como o tamanho do reservatório, padrões de chuva locais e da
demanda de água.
5.2.1 Definição das demandas
A edificação apresenta atualmente 6 apartamentos construídos no térreo e serão
implantados mais 6 apartamentos no pavimento superior, todos com um
dormitório(suite) em sua composição perfazendo um total de 12 banheiros, nas quais
teremos doze caixas de descargas de vasos sanitários que serão abastecidas com
água de chuva. Em nossos cálculos vamos considerar como prioridade o
abastecimento das caixas de descargas, se houver excedente de água de chuva será
usada para outras finalidades como: jardinagem lavagens de veículos, calcadas, e em
outras finalidades desde que se enquadre dentro dos usos permitidos. 
4.2.2 Estimativa da População de Edificação
Como não se sabe exatamente quantas pessoas vão morar no edifício, vamos
estimar utilizando os dados apresentados por Hélio Creder em seu livro Instalações
Hidráulicas e Sanitárias conforme segue na tabela 2 abaixo.
ESTIMATIVA DE EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS 
AMBIENTE NUMERO DE PESSOAS 
QUARTO SOCIAL 2 PESSOAS 
QUARTO DE SERVIÇO 1 PESSOA 
Considerando a estimativa do número de pessoas da Tabela 2 a edificação
deverá contar com uma população de aproximadamente 24 pessoas, assim
distribuídas por:
 • Número de dormitório sociais da edificação: 12 X 2 = 24pessoas
 • Total de pessoas da edificação= 24pessoas
4.2.3 Estimativa de gastos com água potável
Conforme a NP 126 de 2014 da Manaus Ambiental, a estimativa de consumo
médio predial diário em um apartamento com menos de 50 m² para uma pessoa é 150
litros de água por dia. 
De acordo com esta tabela a previsão de gasto diário com água potável da
edificação ficará em torno de:
 • 24 pessoas x 150 litros = 3600 litros diários
 • Estimativa total gasto com água potável na edificação para 24 pessoas
=3600 litros/dia; 108000 litros/mês; 129.6000 litros/ano= 1296 m³/anuais.
A NBR 5626 define o tamanho certo dos reservatórios Inferior e Superior. A
função da caixa d’água é ser um reservatório para dois dias de consumo (por
precaução para eventuais faltas de abastecimento público de água), sendo que o
reservatório inferior deve ser 3/5 e o superior 2/5 do total de consumo para esse
período. No caso de prédios, ainda deve ser acrescentar de 15 a 20% desse total para
reserva de incêndio.
Tipo de Edificação Taxa de Consumo
Alojamentos Provisórios 80 L/Pessoa
Residências até 50 m² 200 L/Pessoa
Residências acima 50 m² 250 L/Pessoa
Apartamentos até 50 m² 150 L/Pessoa
Apartamentos de 51 m² até 150 m² 200 L/Pessoa
Apartamentos acima de 150 m² 250 L/Pessoa
Hotéis (s/cozinhas e s/lavanderias) 120 L/Hóspede
Hospitais 250 L/Leito
Escolas (Internatos) 150 L/Pessoa
Escolas (Externatos) 50 L/Pessoa
Quartéis 150 L/Pessoa
Edifícios Públicos ou Comerciais 50 L/Pessoa
Escritórios 50 L/Pessoa
Cinemas e Teatros 2 L/Lugar
Templos 2 L/Lugar
Restaurantes e Similares 25 L/Refeição
Garagens 50 L/Automóvel
Lavanderias 30 L/Kg de Roupa Seca
Mercados 5 L/m²
Matadouros (Animais de Grande Porte) 300 L/Cabeça Abatida
Matadouros (Animais de Pequeno Porte) 150 L/Cabeça Abatida
Fábricas em Geral (Uso Pessoal) 70 L/OperárioPostos de Serviços para Automóveis 150 L/Veículo
Cavalariças 100 L/Cavalo
Jardins 1,5 L/m²
4.2.4 Média de Descargas Diárias por Pessoa e Estimativa de Consumo de
Água nos Vasos Sanitários.
O objetivo principal da criação deste sistema é eliminar todo o consumo de água
(potável) com as descargas sanitárias.
 • Consumo médio diário com descargas:
Na edificação utilizar-se-á vasos sanitários com caixa acoplada onde a vazão de
cada descarga terá um volume de água aproximada de 6 litros.
Em nosso pais infelizmente não existem parâmetros de engenharia usados para
o consumo residencial de água. No Brasil os dados apresentados são estimados,
portanto de acordo com a literatura a média de descargas diária por pessoa é de cinco
descargas.
 Desta forma o consumo estimado da edificação será em torno de:
a) Média de descargas por pessoa/dia
5 vezes ao dia x 6 litros (volume da descarga)= 30litros/dia/pessoa.
b) Média de descargas porpessoa/mês
30 litros /dia/pessoa X 30 dias =900 litros/mês/pessoa = 0.9 m³ mensal por pessoa.
c) Consumo diário em descargas sanitárias da edificação.
24 pessoas x 5 vezes ao dia x 6 litros =720 litros /dia = 0,72 m³ por dia.
d) Consumo mensal em descargas sanitárias da edificação.
720 litros por dia X 30 dias= 21.600 litros por mês = 21,6 m³ por mês.
e) Consumo anual em descargas sanitárias da edificação:
720 litros por dia X 365 dias= 262.800 litros por ano = 262,80 m³anuais.
De acordo com nossas estimativas de cálculos teremos uma economia
aproximada de 20,28 % de água potável anual na edificação que será substituída por
água de chuva nas descargas.
4.2.5 Dimensionamento dos Reservatórios
Neste item vamos dimensionar o reservatório para receber a água de chuva da
edificação. De acordo com a norma técnicaNBR 5626 – Instalação Predial de Água
Fria, a capacidade dos reservatórios de água de chuva deve atender ao padrão de
consumo de água para o qual está destinado no edifício considerando ainda a
frequência e duração das chuvas bem como as informações sobre o índice
pluviométrico.
Dependendo do local ou da finalidade da edificação, a capacidade de
reservação de água potável da rede pode variar de acordo com as necessidades do
cliente, no caso de apartamentos o consumo médio considerado pela NBR 5626 é de
150 litros/dia por pessoa.
Neste projeto vamos dimensionar o reservatório para reservar a água de chuva
considerando:
O índice pluviométrico da cidade de Manaus de acordo com o Instituto Nacional de
Meteorologia (INMET) é em média por ano 2307 mm/m².
A menor média mensal constante e séries históricas de precipitações equivale
aproximadamente a 47 mm/m² mensais (INMET, 2019) e ainda devemos considerar
que esses índices são variáveis ao longo do ano no Estado, podendo se ter um
excedente de água de chuva armazenada que poderá ser destinada para outros usos,
como lavagem de garagens e calçadas, entre outros.
O produto da menor média mensal de chuva e a área de captação nos fornece o
volume do reservatório. Neste estudo de caso teremos: 47 mm/m² mensais x 240 m²=
11. 280 mm/m².
Já o volume de água aproveitável (fator de captação=Va) conforme ABNT NBR
15527 de 2007, pode ser obtido pelo Método prático inglês apresentado na Equação 1.
V = 0,05 x PxA (1)
Onde:
P - é a precipitação média anual, em milímetros;
A - é a área de coleta, em metros quadrados;
V - é o volume de água aproveitável e o volume de água do reservatório, em litros.
De acordo com a equação (1) o volume de água aproveitável (fator de
captação=Va) de água de chuva será de:
V= 0,05 x 2307 mm/m² x 240 m² =27.684 litros por mês.
O consumo mensal em descargas sanitárias da edificação é de 21600 litros por
mês, usaremos um reservatório de 10 000 mil litros no subsolo e uma de 2000 mil na
parte superior da edificação. Os reservatórios usados serão os de fibra de vidro, pois
possuem um custo menor, sendo economicamente mais viável, pois é padrão e está
disponível em qualquer loja de material de construção.
As duas caixas (10000 litros (enterrada no solo) e 2000 litros (elevado)) =
totalizam 12000 litros que será suficiente para atender a demanda dos vasos sanitários
por 16 dias sem chuva, atendendo em 100% da demanda não potável. O sistema
implantado neste projeto atua de forma complementar ao sistema convencional da rede
de saneamento de Manaus cobrindo de forma parcial ou total a demanda, no caso de
ter-se mais de 16 dias sem chuva será acionada a ligação da água potável para
atender a demanda.
5. RESULTADOS E CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O estudo sobre captação e aproveitamento de água da chuva da edificação
multifamiliar, levando-se em consideração a precipitação da cidade de Manaus e o fato
de a mesma já possuir parte do sistema instalado na edificação, observou-se que o
sistema desenvolvido é viável tecnicamente.
Avaliando o racionamento de água potável na edificação verificou-se, com base
nas simulações de consumo realizadas, que toda água potável destinada as descargas
sanitárias podem ser atendida por água de chuva. A demanda de água potável poderá
ser reduzida em aproximadamente 20,28 % em função da utilização do aproveitamento
de água de chuva, isto significa que com o uso da água pluvial pode-se chegar a uma
economia de 262.800 litros de água potável por ano.
Levando-se em conta a disparidade no índice pluviométrico na cidade de
Manaus e a grande quantidade de chuvas nos diferentes meses, conclui-se que o
sistema é suficiente para atender as demandas de descargas nos vasos sanitários,
bem como ira dispor de um volume considerável que poderá ser utilizado em outras
atividades, como rega de jardins, lavagem de veículos e calcadas entre outras
finalidades. 
Portanto, os resultados das estratégias a serem adotadas na edificação poderão
servir como um modelo de sustentabilidade para o setor habitacional, bem como servir
de base para que os profissionais da área da construção civil possam cada vez mais
desenvolver projetos sustentáveis.
6. CRONOGRAMA
No quadro 1, segue o cronograma de atividades para a realização deste projeto
de pesquisa.
 
QUADRO 1 – CRONOGRAMA DE ATIVIDADES 
Fev/19 Mar/19 Abr/19 Mai/19 jun/19
Escolha do tema X
Levantamento bibliográfico X X X
Elaboração do projeto X X X X
Apresentação do projeto X
Coleta de dados X X X X
Análise dos dados
Organização do roteiro/partes X X X
Elaboração do Banner X
Revisão do Banner X
Entrega do Banner X
Socialização do trabalho X
7. BIBLIOGRAFIA
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10844 – Instalações prediais
de águas pluviais. Rio de Janeiro, 1989.
__________NBR 12213. Projeto de captação de água de superfície para
abastecimento público. Rio de Janeiro,1992.
__________NBR 15527 – Água de chuva – Aproveitamento de coberturas em áreas
urbanas para fins não potáveis: requisitos. Rio de Janeiro, 2007.
__________NBR 5626: Instalação predial de água fria. Rio de Janeiro, 1998.
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em:http://www.acquasave.com.br.Acesso em: maio de 2019.
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	1. INTRODUÇÃO
	2.1 Geral
	2.2 Específicos
	3. JUSTIFICATIVA
	6. CRONOGRAMA
	QUADRO 1 – CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
	7. BIBLIOGRAFIA

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