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Higiene e Fisioterapia oral, biofilme, etiologia e estiopatogenia

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Higiene e Fisioterapia Oral – Professor Dr. Durval Bergo Filho
Prevenção
Mesopotâmia – 3.000 AC – Sumérios (ouro);
Chineses madeira – Hebreus “miswak”;
1780 – Willian Addis – 1ª Escova Dental;
1840 – Alemanha e França – Cabo Plástico;
1938 – Japão e E.U.A – Cerdas Sintéticas;
Século XX – Primeiro Creme Dental – Sark.
“Conjunto de medidas que tomadas durante um estado de saúde impedem o estabelecimento da doença”
Estado de Saúde – Manutenção.
Doença Estabelecida – Estacionar o Progresso – Cura.
Após o tratamento periodontal – Impedir a Recidiva.
Motivação
“A motivação se baseia na compreensão do que vem a ser a doença periodontal. O paciente deveria se inteirar do que é normal e patológico em relação à boca e gengiva. Assim, poderá modificar seus hábitos e participar do controle, tratamento e manutenção. A placa colorida por evidenciadores, as características clínicas por inflamação e o sangramento são fortes argumentos para motivar o paciente a escovação.” (KON)
Motivação Direta (Dentista)
.Espelho Toucador;
.Material Pietórico;
.Manequim Odontológico;
.Escova para Manequim;
.Evidenciador de Placa;
.Fio Dental.
Indireta (quando o próprio material é explicativo)
.Recursos Áudio Visual;
.Material Impresso.
Placa Bacteriana – Biofilme
“É uma massa densa não calcificada, estruturada, constituída por microorganismos envolvidos em uma matriz rica em polissacarídeos extracelulares e glicoproteínas salivares firmemente aderida ao dente” (Piochi)
Índice de O’Leary Modificado
O’Leary: Número de faces com placa X 100 e Número de total de dentes na boca X 6
Objetivos e Finalidades de Higienização
.Eliminação e controle da placa dental;
.Redução do número de microorganismos sobre o complexo dento-periodontal;
.Retardar a formação de cálculo;
.Ativar a circulação-ceretinização;
.Prevenção da cárie da doença periodontal;
.Manutenção da saúde dental, gengival e geral;
.Diminuição da inflamação gengival (Todescan);
.Histologicamente e histometricamente (Bari);
.Loe – 1965 e Slots Loesche – 1976;
.Newman e Socransky – 1977.
Evidenciadores
“São substâncias que coram a placa bacteriana, a qual deve ser totalmente eliminada pela escovação e o fio dental.”
.1914 – Skinner (sais de iodo);
.1945 – Raybin (violeta genciana).
Principais Evidenciadores
.Fucsina Básica – Sabor Desagradável;
.Verde Malaquita – Forte toxicidade;
.Entrosina – atóxico, hidrossolúvel, sem efeitos colaterais;
.Violeta de Genciana;
.Merbromino (mercurocromo);
.Timerosal (mertiolato);
.Revelador em dois tons;
.Substâncias Fluorescentes;
.Sprays.
Agentes Mecânicos da Higienização Bucal
.Agentes fisioterápicos – através da ação mecânica, promovem a limpeza das superfícies dentais e massageamento dos tecidos gengivais.
.Dentifrícios (Cremes Dentais).
Classificação da Escova Dental
.Tipos de Cerdas (nylon, poliéster, naturais, borrachas);
.Forma (arredondada, curva e reta);
.Consistência (macia, extra-macia, ultra-macia, média e dura);
.Cabo (reto, angulado e curvo).
Escova Ideal – Bass
.Cabo reto e anatômico – 15 cm
.3 fileiras de tufos de cerdas e cada fileira 6 tufos
.Diâmetro entre 0,7 e 0,012 mm
Técnicas de Escovação
.Sistematização – Toda técnica de escovação deve ser sistematizada, afim de que todas as faces livres dos dentes sejam escovadas, segundo direção das cerdas, tempo e força empregada.
Classificação: Horizontais, Verticais e Oblíquas.
.Bass
.Stilman Modificado
.Charters
.Fones
.Starkey
Técnica de Bass
.Cerdas na margem gengival com inclinação de 45 graus.
.Ligeira pressão vibratória no longo do eixo das cordas (circular), visando o sulco e o Coll gengival;
.Face Vestibular Superior e Inferior – Face Palatina. Face Superior Posterior – Face Lingual Inferior Posterior. Escova na horizontal;
.Face Palatina – Lingual Superior e Inferior Anterior. Escova na vertical;
.Face Oclusal – Movimentos curtos frente – trás;
.Face Distal – Pádua Lima, Língua e Palato.
Stilman Modificado
.Colocar as extremidades das cerdas repousando parte sobre a gengiva e parte sobre cervicaldos dentes, com direção apical, oblíquo ao longo eixo dos dentes;
.Escova com movimentos para frente e para trás;
.Remoção da escova em direção cérvico-oclusal.
Charters
.Direção das cerdas para oclusal com inclinação de 45 graus;
.Com movimentos vibratórios as cerdas vão se deslocando para apical até atingirem o colo do dente.
Fones
.Crianças em idade escolar;
.Com a boca fechada, movimentos circulares abrangendo dentes superiores e inferiores;
.Com a boca aberta, movimentos circulares por palatino-lingual;
.Face oclusal, movimentos ântero-posteriores.
Posição de Starkeys
.Crianças pré-escolares;
.Com a mão esquerda mãe afasta o lábio e a bochecha, e com a mão direita executa os movimentos de escovação (fones ou Stilman);
.Mãe atrás da criança e em frente ao espelho;
.Arcada superior criança com a cabeça inclinada;
.Face oclusal, ântero-posterior.
Fio Dental ou Fita Dental
.Limpeza das faces proximais de todos os dentes, hígidos ou com restaurações.
Outros Recursos para Higienização
.Escova interproximal, unitufo, bitufo, intertufo;
.Alça ou passador de fio dental, super floss;
.Escova elétrica;
.Estimuladores de borracha, palitos (?), porta palitos (?);
.Luvas, dedeiras, limpador de língua
.Hidroterapia;
.Bochechos;
.Controle químico.
“Tudo pode mudar na boca do futuro, menos a necessidade de higienização.”
Controle Químico do Biofilme
Controle Mecânico do Biofilme Bacteriano
Higienização bucal
Raspagem e Alisamento coronário e radicular
Remoção dos fatores iatrogênicos
Outros
Remoção mecânica e rotineira do biofilme dental supragengival
(Desestabilização do biofilme bacteriano.
Recursos para Higienização De Micheli, 1984 Caton, 1988
Escovação e Fio Dental ( EFICIÊNCIA
Agentes Químicos
Gluconato de Clorexidina
Óleos Essenciais
Compostos Quaternários de Amônia
Sais Metálicos
Triclosan
Fluoretos
Enzimas
Peróxidos
Atributos Necessários - Loesche, 1976
Especificidade
Eficácia
Substantividade
Estabilidade
Segurança
Indicações
Suplemento da H.B. mecânica
Infecções periodontais agudas
Previamente aos procedimentos clínicos e principalmente cirúrgicos
Pacientes com aparelho ortodôntico, “overdentures”, implantes, etc
Pacientes especiais e hospitalizados - ausência de coordenação motora
Estomatites, infecções por Candida sp
Em casos de alto risco de cárie
Pacientes com fatores retentivos de placa
CARACTERÍSTICAS
Redução significativa de placa e gengivite.
Não deve alterar a composição da microbiota bucal ou favorecer o desenvolvimento de organismos resistentes ou oportunistas.
Sem efeito tóxico,alergênico, irritante ou carcinogênico.
Council on Dental Therapeutics, 1986
Gluconato de Clorexidina (Periogard)
Agente catiônico
Largo espectro antimicrobiano:
Gram +, Gram -, fungos
Bacteriostático em < concentrações
Bactericida em > concentrações
SUBSTANTIVIDADE
30 % da solução é adsorvida e liberada lentamente.
Concentrações reduzidas até 24 h após.
Depósitos bucais: mucosas e superfícies dentais.
Modo de Ação
Reduz a formação da película adquirida
Reduz a ligação dos microrganismos ao dente
Aumenta a permeabilidade celular bacteriana
** Em altas concentrações: lise e morte
Efeitos Clínicos
Reduz placa de 45% a 61%
Reduz gengivite de 27% a 67 %
*A Clorexidina na forma de bochechos não tem ação significativa nas proximais.
Aplicação Clínica
Bochechos
Dentífricio – Concentração de 0,7% a 0,8% - resultados pobres
Spray – Concentração 0,2% - é eficaz e depende da habilidade do operador
Chicletes – Concentração de 5 mg e 2 vezes ao dia – pouco eficaz
Géis – Concentração de 1,0% a 2,0%, aplicados por profissionaisem moldeiras por 5 minutos – 1 ou 2 vezes ao dia
Vernizes – Concentração 40% - utilizados trimestralmente - + Flúor (pacientes de alto risco de cárie)
Irrigadores – Concentração de 0,02% - usado em bolsas periodontais – microbiota subgengival
Dispositivo de liberação lenta – Periochip
Posologia
Dois bochechos diários com 15 ml da solução a 0,12 % durante 1 minuto.
*A clorexidina apresenta reatividade com certos componentes dos dentifrícios. Aguardar 30 minutos após a escovação.
Efeitos Adversos
Manchas dentárias
Pigmentação da língua
Sensação de queimação
Alteração de paladar
Aumenta na formação de cálculo supragengival
Lesões descamativas
Hipersensibilidade (casos raros)
*Ingestão acidental não é prejudicial!
Óleos Essenciais (Listerine)
- Composto fenólico
- Mistura de óleos essenciais:
* timol 0,064%
* eucaliptol 0,092%
* metil salicilato 0,06%
* mentol 0,042%
* álcool 26,9%
Modo de Ação
Destruição da parede celular
Alteração do metabolismo bacteriano
Extração de LPS - conteudo protéico da placa bacteriana
Efeitos Clínicos
Redução de placa de 20-35 %
Redução de gengivite de 25-35 %
Posologia
Dois bochechos diários com 20 ml da solução por 30 segundos cada um
Efeitos Adversos
Sensação de queimação
Alteração de paladar
Lesões descamativas
Manchas na superfície dental
Compostos Quaternários de Amônia (Cepacol)
Cloreto de Cetilpiridínio 0,05% (fraca substantividade)
Contém óleos essenciais (eucaliptol, mentol, óleo de menta, metil salicilato)
* Agentes cationicos e tensoativos
Alta a permeabilidade da parede celular: lise
Baixo metabolismo bacteriano
Baixa adesão bacteriana ao dente
Efeitos Clínicos
Redução de placa de 25-35 %
Redução de gengivite até 24 %
Efeitos Adversos
Formação de manchas e cálculo
Descamação, sensação de queimação
Cloreto de Cetilpiridínio
Posologia:
Seis bochechos diários com 20 ml da solução por 30 segundos cada um
Sais Metálicos
Citrato de Zinco e Cloreto de Zinco
Associado à sanguinarina: tornou-a eficaz
Adicionado ao triclosan: aumentou sua substantividade
Triclosan
Bisfenol não-iônico
Largo espectro antimicrobiano
Baixa substantividade _ por isso deve possuir um agente químico adicional (ex. citrato de Zinco, copolímero éter polivinilmetil do ácido maleico).
Potencial Antibacteriano
Potencial Antiinflamatório
Modo de Ação
Impede a adesão bacteriana
Impede crescimento de colônias
Efeitos Clínicos
Pequena redução de placa e gengivite
Quando combinado com citrato de Zn
Redução de placa: 28 a 35 %
Redução de gengivite: 33 a 60%
Posologia
Dois bochechos diários com 10 ml da solução por 30 segundos;
Colutórios
Fluoretos
Fluoreto de Sódio 0,05 % - diário
Flureto de Sódio 0,2% - semanal
*Fluoreto Estanhoso 0,01 %
Efeitos sobre o esmalte dentário – aumento da resistência – fluorapatita
Ação no mecanismo de desmineralização/remineralização dentária
Efeitos sobre sensibilidade
Ação antimicrobiana
Indicações
Agente preventivo da cárie dental para pessoas de qualquer idade com risco de cárie:
Restaurações
Cáries em superfícies lisas
Dieta rica em açúcar
Deficiência salivar
Higiene bucal deficiente
Pessoas com aparelhos ortodônticos, sujeitas à desmineralização do esmalte.
Efeitos Clínicos
Redução não significativa de placa e gengivite
Efeito direto sobre Streptococcus mutans
Efeitos Adversos
Ingestão acidental: náuseas, vômito, óbito
Manchas dentárias
Posologia
Um bochecho diário com 10 ml da solução por 1 minuto
Um bochecho semanal com 10 ml da solução por 1 minuto
* Crianças abaixo de 5 ano não devem ser submetidas a este tipo procedimento.
Agentes Oxigenantes
Peróxido de Hidrogênio (1,5%/3,0%)
Indicação principal: infecções agudas
Pequena ação anti-placa
Uso contínuo: ulcerações, danos teciduais
Potencial co-carcinogênico
Atrasa reparação de tecidos
Biotène
Produto de origem enzimática indicado em casos especiais:
Pacientes que recebem quimioterapia
Pacientes que recebem radioterapia
Pacientes com manifestações bucais ulcerativas (ex: epidermólise bolhosa)
Agentes Químicos em Dentifrícios
Fluoretos
Ag. Anti-cálculo
Triclosan
Clorexidina
Ag. Anti-sensibilidade
Bicabornato de Na
Ag. Anti-sensibilidade
Dentifrícios
(constituintes típicos)
Abrasivos
Agentes antibacterianos
Agentes anti-cárie
Agentes dessensibilizadores
Enchimentos e espessadores
Umectantes
Detergentes
Aromatizantes
Corantes
Adoçantes
Dentifrícios com Fitoterápicos
Não oferecem maiores benefícios! (Moran et al., 1991)
Parodontax® (camomila, sálvia, mirra, equinácea, ratania, óleo de hortelã pimenta)
Colgate herbal® (camomila, sálvia, mirra, eucalipto)
Sorriso herbal (malva, canela, hortelã e própolis)
Gessy Cristal (extrato de raspa de juá)
Emoform clorofila®
Agentes Dessensibilizantes (Colgate Sensitive)
Hipersensibilidade: exposição dentinária
(Teoria Hidrodinâmica:
Redução da sensibilidade: substâncias são depositadas nos túbulos dentinários
Os dentifrícios contendo estes agentes devem ser usados por 6 a 12 semanas para que o efeito máximo possa ocorrer.
Nitrato de Potássio
Cloreto de Estrôncio
Fluoreto Estanhoso
Oxalato Férrico 6%
Silica
Agentes Anti-Cálculo
Pirofosfato solúvel
Citrato de Zinco
Interferem no crescimento de cristais de hidroxiapatita
Dentifrícios contendo pirofosfato solúvel ou compostos de Zinco têm demonstrado uma redução de 10 a 50 % na formação do cálculo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O uso de agentes preventivos deve ser um complemento e não um substituto para os métodos mecânicos mais convencionais e eficazes, e somente quando esses aparentarem ser parcialmente ou totalmente ineficazes sozinhos.
Níveis de Prevenção e Aplicação em Odontologia
Chaves(1977) de acordo com Leavell e Clark (1965)
“Existem 5 níveis dentro deste conceito ampliado da prevenção, correspondente à história natural de desenvolvimento de uma doença” 
Níveis de Prevenção
1º Nível: Promoção de Saúde
2º Nível: Proteção Específica
3º Nível: Diagnóstico Precoce e Tratamento Imediato
4º Nível: Limitação do Dano ou Incapacidade
5º Nível: Reabilitação 
1º Nível: Promoção de Saúde
De natureza ampla e inespecífica
 “Consiste em influenciar todas as condições gerais do indivíduo e do meio, de modo favorável à saúde, isto é, dar maior resistência ao e colocá-lo num ambiente adequado a uma vida salutar.” 
Educação em saúde e higiene
Saneamento básico
Habitação
Transporte
Condições adequadas de trabalho
Nutrição apropriada ao clima e idade
Lazer físico e intelectual
Educação familiar – desenvolvimento da personalidade, genética, matrimonial e sexual.
2º Nível: Proteção Específica
Medidas Específicas
Visa proteger o indivíduo especificamente contra determinadas doenças.
Higiene pessoal, imunizações, saneamento básico, proteção contra doenças ocupacionais, proteção contra acidentes, proteção contra agentes cancerígenos e alergênicos, fluoretação da água, iodação do sal, entre outros. 
3º Nível: Diagnóstico precoce e Tratamento imediato
“Se a doença não pode ser evitada, por falta de métodos eficazes ou por não empregarem as medidas existentes, devemos identificar o processo, tanto quanto possível, na sua fase inicial, a fim de efetuarmos o tratamento precoce.” 
Descoberta de casos novos
Exames periódicos individuais e coletivos
Exames seletivos 
4º Nível: Limitação do Dano ou Incapacidade
A evolução da doença no seu curso natural não pode ser evitada, diagnosticada e tratada precocemente.
 A doença está francamente estabelecida.
Evitar sequelas maiores. 
Exemplos: 
Cáries secundárias;capeamento pulpar;
Tratamentoendodôntico; pulpites;
Doenças Periodontais;
Exodontias;
Aparelhos Ortodônticos;
Prótese;
5º Nível: Reablitação
“ A doença evoluiu naturalmente, sem qualquer obstáculo até atingir sua fase final.”
Neste caso visamos o indivíduo mutilado pela doença, a qual não o matou, mas o afastou do convívio comum, deixando-lhe sequelas e incapacidades.
Cabe-nos evitar que o indivíduo se torne um peso para si mesmo, para sua família e para a sociedade.
Recuperar o indivíduo e devolvê-lo à sociedade.
Níveis de Aplicação
1º Nível: Ação governamental ampla
2º Nível: Ação governamental restrita
3º Nível: Relação paciente e profissional
4º Nível: Relação paciente e multiprofissional
5º Nível: Ação individual
* Individual
* Familiar
* Coletivo 
NÍVEIS DE APLICAÇÃO DAS AÇÕES DE SAÚDE 
Níveis de Prevenção Aplicados à Doença Periodontal Descritos por Grant, Stern e Everett (1979)
Tratamento Periodontal
Avaliação Clínica (Anamnese Médica, Odonto Periodontal. Ex.: Clínico Periodontal, Rx, Fotográfico. Modelo de Estudo, Articuladores. Ex.: Laboratoriais e Médicos, Diagnóstico e Prognóstico)
Avaliação Clínica + Procedimentos Básicos ( Reavaliação ( (DS) Manutenção e Controle 
Avaliação Clínica + Procedimentos Básicos ( Reavaliação ( Terapêutica Cirúrgica ( (DS) Manutenção e Controle 
Posição dos Níveis de Prevenção na História Natural da Doença
 
Níveis de Prevenção e de Aplicação da Cárie Dentária
 
História Natural da Cárie Dentária 
A EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE FAZ PARTE DE TODOS OS NÍVEIS DE PREVENÇÃO! 
Etiologia e Etiopatogenia das Doenças Periodontais 
Etiologia
Investigação das causas de uma doença. Conjunto de fatores que contribuem para a ocorrência de uma doença ou estado anormal (Michaelis)
O estudo das causas da doença (AAP,1992)
Doenças Periodontais
São as doenças crônicas mais comuns da humanidade (Greenstein e Lamster, 2000)
Fatores Etiológicos
Determinante
Predisponentes: Locais e Sistêmicos
Modificadores: Locais e Sistêmicos
Gengivite Experimental em Humanos
O acúmulo de placa precede e inicia a gengivite (Loe et al, J Periodontol, 1965)
Fator Determinante
Placa ou Biofilme Bacteriano
Placa ou Biofilme Bacteriano
Constitui-se de populações bacterianas inseridas em uma matriz e aderidas entre si e/ou a superfícies ou interfaces.
Sucessão Bacteriana
Mecanismo de Destruição Tecidual
Efeitos Diretos:
Enzimas Histológicas
Endotoxinas (LPS)
Exotoxinas
Produtos Metabólicos Finais
Etiopatogenia – Page & Schroeder, 1976
Lesões Histológicas:
Inicial
Precoce
Estabelecida
Avançada
Teoria na Placa não Específica
Relação da quantidade de placa acumulada e o grau de inflamação gengival
Maior severidade e prevalência da doença quanto maior o tempo de higiene bucal deficiente
Teoria da Placa Específica
Reconhecimento de diferenças de composição da placa entre os indivíduos e entre sítios do mesmo indivíduo. (Newman at al. J Perio Res, 1976 e Slots. Scand J Dent Res, 1976)
Etiopatogenia – Saúde
Neutrófilos
Monócitos/Macrófagos
Etiopatogenia – Lesão Inicial
Neutrófilos
Monócitos/Macrófagos
Proteínas plasmáticas
Vasculite
Perda de colágeno
Etiopatogenia – Lesão Precoce
Neutrófilos
Monócitos/Macrófagos
Linfócitos B e T
↑Vasculite
Proliferação vascular
↑Perda de colágeno
Etiopatogenia – Lesão Estabelecida
Neutrófilos
Monócitos/Macrófagos
Linfócitos B e T
↑↑Vasculite
↑Proliferação vascular
↑↑Perda de colágeno
Etiopatogenia – Lesão Avançada
Neutrófilos
Monócitos/Macrófagos
Linfócitos B e T
↑↑↑Vasculite
↑↑Proliferação vascular
↑↑↑Perda de colágeno
Produção de IgG
Atividade Osteoclástica
Migração Apical do EJ
Progressão da Doença Periodontal
Gengivite: 
Destruição Reversível
Restrita a tecidos moles
Periodontite:
Destruição Irreversível
Perda de Inserção (destruição de tecidual e reabsorção óssea)
Progressão da Doença Periodontal
Após descobrir, dar o diagnóstico e o tratamento.
Exame Clínico e Radiográfico em Periodontia
Plano de Tratamento Periodontal
1. Detecção da doença periodontal - Diagnóstico
2. Terapia Inicial (relacionada à causa)
3. Reavaliação
4. Terapia Adicional (corretiva)
5. Terapia Periodontal de Manutenção
Lindhe, Nyman, Lang, 2005
Anamnese
Do grego, significa recordação – indica tudo que se refere à memorização dos sinais e sintomas referentes às doenças.
Identificação
Queixa Principal
História Médica
História Dental
Queixa Principal
Representa a razão da consulta e deve ser registrada com as próprias palavras do paciente.
História Médica
Condição Sistêmica:
Problemas cardíacos
Diabetes
Pressão arterial
Distúrbios hepáticos, gastrointestinais, renais, respiratórios, dermatológicos
Medicações
Doenças infecciosas
Gravidez
Alergias
Fumo
Avaliação Médica:
Quimioterapia
Pacientes irradiados
Defeitos do coração
Hemofílicos
Soropositivos para HIV
Diálise renal
Transplantados
Pacientes afetados por drogas terapêuticas
Medicamentos:
Antibióticos
Anticoagulantes
Medicamentos para pressão arterial
Antiinflamatórios esteroidais
Tranqüilizantes
Aspirina
História Dental
Freqüência de visitas ao dentista
Tratamentos dentais – periodontal ?
Hábitos de higiene / parafuncionais
Experiências passadas
Cirurgias
História familiar
Condição Bucal:
Dentes ausentes
Próteses
Tratamentos endodônticos
Tratamento ortodôntico
Hábitos parafuncionais
Problemas oclusais
Hábitos de higiene
História periodontal
Exame Clínico Periodontal
Identificar:
Periodonto clinicamente saudável
Cor
Forma
Volume
Consistência
Aspecto
Contorno
2. Sinais clínicos de inflamação
Alteração de cor
Aumento de volume
Sangramento à sondagem
Exsudato
Sangramento à sondagem:
Sinal mais precoce de inflamação
↑% de periodontopatógenos
↑FSG
↑Número de sítios sangrantes
 ↑Risco de progressão da doença
Supuração:
Exsudato rico em Neutrófilos
Associado inflamação/ infecção
3. Extensão dos danos às estruturas Periodontais
Profundidade Clínica de Sondagem (PCS)
Nível Clínico de Inserção (NCI)
Lesão de furca
Mobilidade
Sondas Periodontais:
Sangramento
PCS
NCI
Técnica de Sondagem:
Realizar uma sondagem suave, percorrendo todo o dente, buscando sempre as maiores profundidades. Marcar 6 pontos: DL, L, ML, MV, V e DV. Sem inclinação da sonda.
Profundidade Clínica de Sondagem (PCS):
Distância entre a margem gengival e a ponta da sonda, durante a sondagem periodontal. (Glossary of Periodontal Terms, 1992)
Nível Clínico de Inserção (NCI):
Distância entre a JEC e a porção mais apical da bolsa, durante a sondagem periodontal. (Glossary of Periodontal Terms, 1992)
Sondagem – Lec – MG
- Utiliza-se sonda milimetrada
LEC-MG = 0 LEC-MG = positivo LEC-MG = negativo
PCSxNCI
Exame Periodontal
Dificuldades da Sondagem:
Cálculo
Sangramento
Muita Placa
Inflamação Tecidual
Muita Dor
Posição desfavorável do dente no arco
Erros Inerentes à Sondagem:
Força aplicada
Angulação da sonda
Diâmetro da ponta da sonda
Grau de inflamação dos tecidos
Contorno dental / anatomia local
Má posição
Sensibilidade táctil
Profundidade Clínica de Sondagem:
Erros Inerentes –Pressão:
Não deve exceder 3 a 130g. 
Quanto maior o infiltrado inflamatório maior a penetração da sonda
Sondas computadorizadas: Pressão constante
Erros Inerentes:
Presença de cálculo e/ou restaurações inadequadas.
Lesões de Furca:
Classificação HorizontalEntrada e Localização:
Molares superiores: no 1/3 P da distância VP para as furcas mesiais, na 1/2 da mesma distância para as furcas distais e no centro da V.
Molares inferiores: aproximadamente na 1/2 da largura MD.
Mobilidade Dental:
Grau 1: Mobilidade horizontal > “normal”
Grau 2: Mobilidade horizontal até 1 mm
Grau 3: Mobilidade horizontal >1 mm em qualquer direção e/ou intrusão
Motivos:
Desorganização de fibras colágenas e reabsorção óssea
Fatores traumatizantes
Lesões endoperiodontais
Abscessos periapicais/periodontais
Adaptação funcional
4. Problemas mucogengivais:
Identificar eventuais problemas como: freios, bridas, retrações gengivais localizadas, ausência de GI;
Identificar a faixa de GI e a JMG; - sonda - corantes - visualmente
5. Problemas oclusais
Má-oclusão
Fator Traumatizante (contato oclusal excessivo, hábitos parafuncionais)
Migração
Patológica
Avaliar:
Mobilidade
Qualidade do remanescente ósseo
Sinais radiográficos
6. Qualidade de controle de placa
Índice de Placa:
0- Sem placa.
1 - Placa observada apenas com explorador.
2 - Acúmulo moderado de placa visível a olho nu.
3 - Placa em abundância.
Índice Gengival:
0 - Ausência de inflamação.
1 - Alteração de cor e textura.
2 - Alteração de cor e volume, sangramento à pressão.
3 - Sangramento espontâneo.
Periograma
Registro gráfico
Parâmetro inicial
Informações
Fácil de ler
Símbolos
Associado ao exame radiográfico estabelece:
Diagnóstico, prognóstico, plano de tratamento e a avaliação da resposta ao tratamento.
Registro Periodontal Simplificado – PSR – APP, 1992
Examinar cada dente
Percorrer com a sonda ao redor de todo o dente
Registra o valor mais alto
Detecção precoce
Execução fácil
Anotações simplificadas
Educa e motiva o paciente
Desvantagens do PSR
Faz uma análise por sextantes, subestimando a prevalência da doença, ignorando a natureza episódica da doença periodontal e baseando a determinação da doença, assim como a necessidade de tratamento na profundidade de sondagem. Por isso não deve ser utilizado em estudos epidemiológicos.
Código do PSR
CÓDIGO 0
CÓDIGO 1
CÓDIGO 2
CÓDIGO 3
CÓDIGO 4
CÓDIGO *
Código 0
Faixa colorida completamente visível.
Ausência de sangramento após a sondagem.
Ausência de cálculo ou margens de restauração deficientes.
Tratamento: cuidados preventivos.
Código 1
Faixa colorida completamente visível.
Sangramento gengival após a sondagem.
Ausência de cálculo ou margens de restauração deficientes.
Tratamento: OHB e remoção de placa subgengival.
Código 2
Faixa colorida completamente visível.
Presença de cálculo supra e/ou subgengival ou margens de restauração deficientes.
Tratamento: OHB e remoção de placa e cálculo, além da correção das margens.
Código 3
Faixa colorida parcialmente visível.
Exame e fichas completa do sextante + radiografias.
Se 2 ou mais sextantes tiverem código 3, é obrigatório o exame completo de todos os sextantes e o exame radiográfico de todos os dentes.
Código 4
Faixa colorida não visível (bolsa >5,5 mm).
É obrigatório o exame completo de todos os sextantes e o exameradiográfico de todos os dentes.
Código *
Qualquer anormalidade para os códigos 0, 1 e 2.
Qualquer anormalidade para os códigos 3 e 4 exige o preenchimento da ficha completa.
Mobilidade, lesão de furca, recessão gengival, problemas mucogengivais
Exame Radiográfico Periodontal
“O exame radiográfico fornece informações e detalhes singulares que não poderiam ser obtidos por nenhum outro método não-invasivo.” (MOL, 2004; ARMITAGE, 1996)
Meio auxiliar
Diagnóstico
Prognóstico
Plano de tratamento
Controles
Periódicos
Jogo completo
Vantagens:
Estima severidade/padrão da perda óssea
Determina comprimento, forma e posição de raízes
Detecta lesões patológicas, efeitos da oclusão
Parâmetro inicial
Limitações:
Gengivite / periodontite incipientes
Imagem bidimensional
Visualização tardia
Defeitos angulares
Faces livres
Não diferencia sítios tratados e não-tratados
Técnicas:
Paralelismo e Bissetriz
Observar:
Dentes ausentes
Dentes inclusos/impactados
Severidade da perda óssea
Proporção coroa/raiz
Lesão periapical
Lâmina dura
Septo interdental
Defeitos ósseos
Ligamento periodontal
Cicatrização
Avaliar:
1. Condição Óssea
2. Condição Dental
3. Anatomia Radicular
Condição óssea:
Perda óssea:
- proporção coroa/raiz
- horizontal/vertical
Condição da crista
Lâmina dura
INTEGRIDADE
AUSÊNCIA DE INTEGRIDADE
Proporção Coroa-Raiz
É a relação, entre a porção extra-alveolar e intra-alveolar do dente. AAP, 1992
Perda Óssea Horizontal
Crista óssea alveolar eqüidistante à JEC de dentes adjacentes
Perda Óssea Vertical:
Crista óssea alveolar apical à JEC em relação ao dente adjacente.
Condição Dental
Posicionamento
Endodontia
Restaurações
Cálculo
Cáries
Anatomia Radicular
Número
Forma
Posição
Furca
Septo
“A radiografia é uma imagem bidimensional de uma complexa estrutura tridimensional.”
“Nenhum diagnóstico pode ser considerado definitivo à partir da análise radiográfica.”
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