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CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 1 20/8/2004 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 02 2. DESCRIÇÃO DO SISTEMA 03 2.1 Segmento Espacial 03 2.2 Segmento de Controle 06 2.3 Segmento do Usuário 08 3. ESTRUTURA DOS SINAIS GPS 08 4. MODOS DE POSICIONAMENTO 14 4.1 Modo Absoluto 14 4.2 Modo Relativo 15 5. MÉTODOS DE POSICIONAMENTO 20 5.1 Método Estático 20 5.2 Método Cinemático 21 5.3 Método Estático-Rápido 21 6. FATORES QUE AFETAM A PRECISÃO 21 7. PLANEJAMENTO DE OBSERVAÇÕES 28 8. PROCESSAMENTO DE DADOS GPS 32 9. SISTEMA DE REFERÊNCIA E SISTEMA DE COORDENADAS 38 10. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 41 CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 2 20/8/2004 1. INTRODUÇÃO 1.1 Histórico A concepção da navegação utilizando sinais de rádio enviados por satélites artificiais teve sua origem com o lançamento em 04 de outubro de 1957 do satélite SPUTNIK I da Rússia. Com o estudo do efeito Dopller descobriu-se que a variação deste efeito é comparável à medida de distância entre as fontes emissora e receptora dos sinais. A partir dai, ocupando pontos de coordenadas conhecidas, conseguiu-se determinar a órbita dos satélites e mais tarde demonstrou-se que esta técnica poderia ser utilizada ao reverso, ou seja, conhecida a órbita do satélite pode-se conhecer a posição do receptor sobre a superfície terrestre, ou próxima desta [Criollo, 1993]. Baseado neste conceito, o Naval Weapons Laboratory e a Universty Jonh Hopkins desenvolveram, entre 1958 e 1963, o Navy Navigation Satel/ite System {NNSS), mais conhecido como Sistema TRANSIT. Em 1964 o Sistema TRANSIT entrou em operação, restrito ao uso militar e em 1967 foi liberado à comunidade civil [Santos, 1990]. O Sistema TRANSIT visava, originalmente, à navegação marítima, porém este sistema teve grandes aplicações dentro da geodésia, graças ao desenvolvimento de técnicas especiais de observação e pós-processamento que possibilitou a obtenção da precisão sub-métrica. Porém este sistema apresentava sérias restrições tais como: a) necessidade de uma duração de rastreio muito extensa para conseguir-se boa precisão, b) longo intervalo de tempo entre passagens sucessivas dos satélites, c) não havia cobertura global, d) dentre outros. A necessidade de respostas em tempo real, a qualquer hora do dia, em qualquer lugar do globo para: a) qual a posição? , b) em que tempo se está trabalhando? e c) qual a direção e velocidade; levaram o departamento de CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 3 20/8/2004 defesa dos Estados Unidos da América a solicitar ao Joint Program Office em estabelecer , desenvolver, testar adquirir e Empregar um sistema de posicionamento espacial, [Soares, 1995], mais eficiente que o sistema TRANSIT. Em 1973 iniciou-se o projeto do novo Sistema de Posicionamento. Global, denominado Navigation System With time and ranging -Global Positoning Sytem -NAVSTAR-GPS. Este sistema também originalmente, criado para fins militares foi aberto à comunidade civil somente na segunda metade da década de 80, isso conseqüência do alto custo do projeto que levou o Congresso dos Estados Unidos, com a aquiescência do Presidente a pressionar o Pentágano a abertura do sistema para uso civil. 2. DESCRIÇÃO DO SISTEMA O Sistema configura-se por três segmentos, a saber: a) Segmento espacial; b) Segmento de Controle e, c) Segmento do Usuário. 2.1 Segmento Espacial O segmento espacial envolve os satélites e os sinais transmitidos pelos mesmos. CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 4 20/8/2004 TABELA 2.1: Característica do Sistema GPS Fonte: [Seeber, 1992] 2.1.1 Identificação dos satélites Os satélites GPS são identificados pelo código de PRN - (Pseudo- Random Noise), variando de 1 a 32, sem que indiquem qualquer ordem de lançamento. Os satélites GPS são fabricados pela Rockwell International e lançados desde 1978. Foram divididos em 3 blocos de lançamento: 2.1.2 Bloco I: Foram lançados 11 satélites deste bloco, no período de 1978 à 1985. 2.1.3 Bloco II: Foram lançados 28 satélites deste bloco, a partir de fevereiro de 1989. Ressalta-se que os satélites deste bloco foram lançados com dispositivos de degradação da precisão no código C/A e encriptamento do código de precisão (P). 2.1.4 Bloco I IR: O planejamento deste bloco é o lançamento de 32 satélites e estes destinam-se à reposição. Os lançamentos iniciaram em 1995. Nestes CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 5 20/8/2004 satélites os relógios são de Maser de hidrogênio, os quais são muito mais precisos que os de césio. CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 6 20/8/2004 CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE É composto por uma estação mestra, localizada em Colorado Springs; 3 antenas e estação de monitoramento, localizadas em Kwajalein, Ascención e Diego Garcia; 2 estações de Monitoramento, localizadas em Hawaii e Colorado Springs. Estas estações tem como objetivo: determinação precisa da órbita de cada satélite; determinação da modelagem matemática de predição destas órbitas; sincronização permanente dos sistemas de relógios dos satélites; transferência de dados atualizados de efemérides para cada buffer dos satélites; controle da degradação do sinal (S/A e NS); correção do p sicionamento dos satélites por comandos de terra; controle de lançamento de n o MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 7 20/8/2004 ovos satélites para manutenção da constelação. CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE -2.3 Segmento dos Usuários Consiste de todos os usuários militares e civis. Receptores apropriados rastreiam os códigos e as fases das portadoras, além das mensagens transmitidas pelos satélites. 3. ESTRUTURA DOS SINAIS GPS pseu posi pseu sinc que MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 8 20/8/2004 O princípio fundamental da navegação está baseado nas medidas de dodistâncias, compreendidas entre o usuário ( antena) e o satélite. A ção geométrica de um ponto fica determinada pela medida de três dodistâncias, porém faz-se necessário uma quarta medida devido à não- ronização entre os relógios do satélite e do receptor e ainda é necessário se conheça a posição do satélite, ou seja, sua órbita [Krueger, 1994]. CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 9 20/8/2004 A fimde determinar as psudodistâncias podem ser utilizadas duas observáveis básicas, os códigos e as portadoras. Os códigos podem ser o código P ( preciso) e o código C/A (fácil aquisição). As portadoras podem ser L 1 e L2, geradas através da multiplicação eletrônica de uma frequência fundamental de 10,23 MHz, produzida pelos relógios atômicos com estabilidade de 10-13. A portadora L 1 é modulada em fase pelos códigos P e C/A, e a portadora L2 apenas pelo código P. A seguir a TABELA 3.1 apresenta os componentes do sinal GPS. CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 10 20/8/2004 a TABELA 3.2, a seguir, apresenta-se as principais características e diferenças entre o código e a portadora: TABELA 3.2: Principais características das fases do código e portadora Fonte: [Krueger, 1994] Com base na TABELA 3.2, as observações da fase do código possuem um nível de ruído mais elevado do que a portadora, porém, nesta última faz-se necessário a resolução de ambiguidades1. Os estudos desenvolvidos provam que a escolha da observável ( código, portadora, portadora modulada em fase pelo código ou combinação linear das portadoras) dependerá do fim a que se destina o trabalho, do custo e da precisão que se deseja obter. CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE Ambiguidade: Incerteza no número inteiro de comprimento de onda que chegam a antena do receptor. A seguir, na FIGURA 3.1 apresenta-se a estrutura dos sinais dos satélites GPS: A s guir, na FIGURA 3.1 apresenta-se a estrutura dos sinais dos satélites GPS: FIG Fon Na mo e MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 11 20/8/2004 URA 3.1 : Estrutura dos sinais GPS te: http:\\www .utexas.edu .deptslgrg/gcraft/noteslgps/GPS. html FIGURA 3.1 está representada a estrutura da fase da portadora, do código e a dulação da fase da portadora com o código- CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 12 20/8/2004 As duas portadoras são moduladas em fase pela função degrau. Esta modulação é feita através da multiplicação da portadora pelo código. Cada transição de +1 para -1 ou de -1 para +1 leva a uma inversão de 1800 na fase da portadora. 3.1 Formato e conteúdo da Mensagem GPS A mensagem GPS é formada por um conjunto de informações geralmente denominado de "Quadro", cada quadro contém um conjunto de 5 sub-quadros. v FIGURA 3.2: Formato da Mensagem GPS Fonte: [Santos, 1992] CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 13 20/8/2004 As duas primeiras palavras de cada subquadro contém a palavra de Telemetria TLM ( Telemetry Word) e a palavra HOW. TLM contém um preâmbulo de 8 bits que funciona como padrão de sincronização, que facilita o acesso ao dado de navegação. HOW, contém o contador Z (Z-count), e muda a cada 6 segundos de tempo decorrentes desde o início da semana (início do segmento de 7 dias do código P). Deste modo, o contador Z varia de O, no início da semana, à 403.199, imediatamente antes do final da (24h.*3600S.*7dias~rdtdZr rIsemana = 403200 .Através o contador , e possível 45s. saber a faixa do código P que deve ser varrida dentro da extensão de 7 dias, permitindo então que o receptor sintonize este código. A palavra HOW contém um número que, multiplicado por 4 fornece o contador Z do próximo subquadro. Os subquadros têm o seguinte conteúdo: -Subquadro 1 : > número da semana GPS; > número do satélite; > idade dos dados do relógio; > saúde do satélite; > coeficiente para correção do relógio do satélite; -Subquadro 2 e 3: > parâmetros orbitais (efemérides transmitidas); -Subquadro 4: > modelo de refração ionosférica; > diferença de tempo GPS-UTC; > alamanaque para os satélites 25 a 32, no caso de mais do que 24 satélites em órbita; > estado de funcionamento (saúde) destes satélites; -Subquadro 5 CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 14 20/8/2004 > almanaque para os primeiros 24 satélites em órbita; > estado de funcionamento (saúde) dos mesmos; 3.2 Sistema de Tempo GPS O sistema de tempo GPS é um sistema de tempo atômico, controlado por osciladores de Césio, e que guarda com o tempo Atômico Internacional uma diferença constante de 19 s. Sua escala teve início às O horas do TUC, no dia 06 de janeiro de 1980. Em 01 de janeiro de 1990 foi rrealizada uma alteração no valor do TUC e, a partir desta data a diferença em questão é de 6 s. [IERS, 1989 apud Santos, 1990]. O tempo GPS é dado através do número da semana e do contador z. O número de semanas GPS varia de 0 à 1.023, o que corresponde a aproximadamente 20 anos. Em segundos pode tomar valores de 0, no começo da semana, até um máximo de 604.800. 3.3 Efemérides O conhecimento da posição Orbital do satélite é fundamental para o cálculo da posição do receptor que o rastreia. O conjunto de coordenadas que definem a posição orbital de um satélite em função do tempo constituem as efemérides. Elas podem ser classificadas em Pós-Processadas (post-processed ephemeris) ou transmitidas (broadcast ephemeris). 4. MODOS DE POSICIONAMENTO 4.1 Modo Absoluto É aquele em que a posição de um ponto é determinada independentemente de outro. A técnica empregada é denominada de posição isolada, de método orbital ou de arcos longos. CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 15 20/8/2004 r Consiste em se determinar as coordenadas de um ponto a partir de um único receptor. Supõe-se que as efemérides, tanto as transmitidas quanto as precisas de todas as passagens, são perfeitamente conhecidas e livres de erros sistemáticos, e isto afeta as coordenadas calculadas do ponto. O posicionamento absoluto em tempo real tem teoricamente sua precisão limitada (0-100 m). FIGURA 4.1: Posicionamento Absoluto Fonte: http: \\www .utexas. edu .depts/grg/gcrafl./notes/gps/GPS .htrnl CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 16 20/8/2004 4.2 MODO RELATIVO OU DIFERENCIAL É aquele em que a posição de um ponto é obtida relativamente à outro ponto de coordenadas conhecidas e precisas, sendo necessário observações simultâneas em dois ou mais pontos. Neste caso, os erros inerentes ao sistema-GPS ( estado do relógio, erros de efemérides, erros por efeitos atmosféricos, dentre outros), são notadamente reduzidos por se poder correlacionar as observações simultâneas entre estações. Desta forma, a precisão se incrementa à ordem de centí metro ou sub-centimétrica -função da distância entre receptores -na determinação dos vetores interestaçães (bases). As ténicas empregadas, neste método, são: a) translocação e, b) arcos curtos. Este modo de posicinamento requer um tratamento posterior à recepção dos dados individuais de cada receptor (pós-processamento ). Nesta fase gera-se métodos de cálculos denominados: a) simples diferença de fase, b) dupla diferençade fase e, c) tripla diferença de fase. CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 17 20/8/2004 4.2.1 Simples Diferença de Fase A Simples diferença de fase é definida como sendo a diferença entre duas leituras simulltâneas da fase da portadora de um mesmo satélite i em duas estações diferentes j,k, das quais a posição relativa deseja-se determinar. Elimina-se o erro do relógio dos satélites. CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 18 20/8/2004 4.2.1 Dupla Diferença de Fase Obtida mediante a diferença de duas simples diferenças simultâneas de duas estações j,k, sobre dois satélites ;=1,2. Elimina-se o erro do relógios do receptor. CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 19 20/8/2004 4.2.2 Tripla Diferença de Fase Diferença de duas duplas diferenças correspondentes as mesmas estações e satélites, em épocas2 diferentes porém muito próximas. A ambiguidade é eliminada. CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 20 20/8/2004 5. MÉTODOS DE POSICIONAMETO ~ Muitos métodos de posicionamento foram desenvolvidos ao longo da utilização do Sistema NAVSTAR-GPS, porém aqui, discutirá somente os mais utilizados. t 5.1 Método Estático Caracteriza-se pela estática da antena sobre um ponto, durante todo o levantamento, representa o método mais preciso de levantamento, quando realizado sobre condições favoráveis e no modo relativo. Segundo Normas Técnicas do IBGE, [IBEG, 1995], recomenda-se: CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 21 20/8/2004 5.2 Método Cinemático Caracteriza-se pelo movimento constante do receptor, durante o rastreio. Este método, apesar de ser menos preciso que o anterior é de grande utilização. Preceitua-se que a antena permaneça estática por pelo menos 2 mim, no ponto inicial e no ponto final ( resolução de ambiguidades). Este método é utilizado quando interessa a rota percorrida e não simplesmente informação geográfica pontual. 5.3 Método Estático-Rápido Refere-se ao procedimento no qual observações são coletadas durante alguns minutos (5-15mim), ao invés de horas como no estático relativo. Dois fatores devem ser considerados, quando na utilização do mesmo. O primeiro, observações da duas fases são complementadas com observações muito precisas de pesudo-distância, permitindo rápida resolução de ambiguidades. E no segundo, novamente observações das duas fases são envolvidas, porém um número maior de satélites garante a redundância necessária para a resolução das ambiguidades. Portanto, este método requer medidas de fase da portadora nas duas frequências L 1 e L2, redundância de satélites (número superior a 4 satélites) e aplica- se bem à bases curtas (Blewitt, 1989 apud. , Cunha, 1997] 6. FATORES QUE AFETAM A PRECISÃO CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 22 20/8/2004 Vários são os fatores que podem influenciar na precisão num posicionamento GPS, uns atuam com maior intensidade e devem ser considerados com maior cuidado, já outras são de menor intensidade, porém no cômputo geral, todos influenciam de sobremaneira na precisão das coordenadas de um ponto obtidas em um posicionamento GPS, cita-se: -F atores impostos pelo sistema; -método de rastreio; -geometria da Constelação; -efeitos troposféricos e ionosféricos; -precisão das efemérides; - multicaminhamento; -erros computados à estação e erros instrumentais; 6.1 Fatores impostos pelo Sistema O Sistema NAVSTAR-GPS, como já mencionado (ver 1.), foi criado para atender a fins militares e, mais tarde aberto à comunidade civil, porém para que houvesse esta abertura, o Departamento de Defesa (DOD), dos Estados Unidos, impôs que deveriam ser impostas restrições quanto a precisão alcançada pelos receptores de uso civil. Para tanto foram criados dois métodos de degradação da precisão o Selective Availabity -SIA e, o Anti- SPOOfing -AIS. o S/A é a variação direta da frequência geradora do código C/A pelo oscilador a bordo do satélite e pode ainda ser efetivada pela introdução de efemérides erradas, por estações de terra, no buffer do satélite. O modo relativo ou diferencial de posicionamento, em tempo real ou pós-processado, elimina quase que por completo o efeito do S/A. O NS é o encriptamento do código P, gerando em substituição o código V. Desta forma os receptores do código p deixam de reconhecer o referido código como sinal transmitido pelo satélites GPS. Nesta situação o receptor interrompe o cálculo de posição e passa a fornecê-la com resultados absurdos.Somente os CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 23 20/8/2004 receptores militares tem acesso ao Auxi/iary Output Chip -AOC, o qual, alimentado por uma chave de discriptografia consegue interpretar o código V. 6.2 Método de rastreio A precisão final das coordenadas obtidas num rastreio dependem diretamente do método de rastreio o qual foi utilizado e as características de rastreio utilizadas. Não se pode comparar por exemplo: -a precisão obtida num rastreio utilizando-se o método estático diferencial, com as coordenadas obtidas num rastreio cinemático diferencial, ou ainda as coordenadas obtidas num rastreio utilizando-se o modo absoluto, com as coordenadas obtidas num modo relativo ou diferencial -.Para tanto, deve-se ter em mente o objetivo do trabalho a ser realizado e a precisão esperada para que se possa escolher um método de posicionamento adequado. As caracteristicas do rastreio, que serão comentadas com maiores detalhes no Capítulo 7. , devem ser adequadas. 6.3 Geometria da Constelação As incertezas em um posicionamento são consequência dos erros nas distâncias combinados com a geometria dos satélites utilizados no posicionamento. CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 24 20/8/2004 O efeito da geometria fica expresso pelos parâmetros da denominada Diluição da Precisão Geométrica -GDOP, onde consideram-se três parâmetros de posição tridimensional e o tempo, dando lugar. segundo o número que eles completam-se em cada solução: PDOP: Diluição da Precisão em posicionamento (3D); HDOP: Diluição da Precisão em coordenadas horizontais (20); VOOP: Diluição da Precisão em coordenada vertical (1 D); TOOP: Oiluição da Precisão em tempo, devido a falta de sincronização entre o relógio do satélite e o relógio do receptor . CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 25 20/8/2004 Portanto, para que se tenha uma precisão considerável na obtençãodas coordenadas de um determinado ponto, deve o operador estar atento aos valores dos OOP's. Geralmente verifica-se no momento do rastreio o valor do POOP, o qual, poderia se dizer, ser uma média dos demais OOP's e, o aconselhável é que valor do mesmo seja sempre inferior a 8.0. A prática em rastreios GPS demonstra que o valores ótimos de PDOP variam entre 1,2 à 2.3. 6.4 Efeitos Troposféricos e lonosféricos A "atmosfera" possui várias camadas, com diferentes constituintes e caracteristicas, existem camadas eletricamente neutras, outras apresentam meio ionizado e assim por diante. Duas camadas são evidenciadas no estudo da trajetória dos sinais emitidos pelos satélites GPS, a troposfera e a ionosfera. Estas camadas perturbam a trajetória dos sinais de duas formas diferentes: acelerando-a ou retardando-a. 6.4.1 Refração Troposférica A camada tropoférica é um meio não disperso, ou seja, a perturbação na trajetória do sinal independe da sua frequência. Devido a este fator não é necessária a utilização de dupla frequência (L 1 e L2) nos levantamentos [Krueger, 1994]. A fim de estimar o atraso na troposfera é necessário considerar nos levantamentos as condições metereológicas locais (temperatura seca e úmida, pressão atmosférica, e pressão do vapor d'água), e aplicar os modelos matemáticos já existentes. Estudos demonstram que para observações de satélites com ângulos de elevação inferiores a 15° há significativos erros nos modelos. O efeito Troposférico fica quase que eliminado para posicionamento relativo com linhas de base não superiores a 10 Km [Krueger, 1994]. Concluindo este efeito é crítico quando necessita-se de levantamento preciso e a determinação de linhas de base em regiões muito acidentadas. CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 26 20/8/2004 6.4.2 Refração lonosférica A propagação do sinal na ionosfera sofre atrasos em função do número total de elétrons nesta camada, da sua espessura e da frequência utilizada. A atividade solar é um dos principais fatores que contribui para a dissociação dos inos neste meio. Logo, a refração inosférica varia com a posição, o tempo e a frequência. Um pequeno erro ocorrerá nos casos onde atividade solar é mínima. A fim de eliminar os efeitos de primeira ordem nestas medidas, os levantamentos devem ser realizados com receptores de dupla frequência (L 1, L2), pois desta forma explora-se o fato da refração ionosférica depender da frequêncioa do sinal. I 6.5 Precisão das Efemérides No momento de um rastreio o receptor recebe o que denominamos de .Efemérides Transmitidas", dentre as várias informações constantes nestas efemérides o que no momento interessa é a órbita do satélite, a qual pode conter erros devido a pequenas perturbações em sua trajetória. A imprecisão na órbita do satélite exercerá fundamental importância para a solução da posição absoluta de um ponto, visto que os satélites são considerados objetos físicos em cada época. Para o posicionamento relativo se as estações (pontos que estão sendo rastreados) estiverem próximas, este erro pode ser desconsiderado, porém para linhas de base de 100 Km, o erro orbital admissível é de 2,5 m para que possa ser garantida a. precisão geodésica. Se o levantamento impõe por alguma razão, linhas de base de100 Km ou superiores, uma alternativa é obeter efemérides precisas (precisão na ordem de 10 crn), as quais são disponibilizadas pelo IGS, gratuitamente pela INTERNET . CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE 6.6 Multicaminhamento Este efeito ocorre quando o sinal emitido pelo satélite chega à antena do receptor por mais de um caminho, ou seja, além do sinal enviado diretamente pelo satélite chegam à antena sinais refletidos principalmente por obstruções próximos à mesma. Estas obstruções podem ser acidentes naturais (arvores, espelho d'água, solo) ou artificiais (casas, prédios, postes,etc.).Este efeito causa mais prejuizos às medidas com código do que com a fase da portadora. Não há um modelo matemático geral para este efeito, e assim o correto é minimizar este efeito evitando o rastreio GPS em locais com muitas obstruções, selecionar um tipo de antena adequado ( de preferência antenas com um grande plano) e, em último caso utilizar material adequado próximo a antena para absorver os sinais indiretos. . MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 27 20/8/2004 CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 28 20/8/2004 6.6 Erros imputados à estação e erros instrumentais Deve-se ter um cuidado muito grande na escolha da estação (local de rastreio) evitando que erros possam ser introduzidos pela própria estação. Citas-se: a) evitar locais com muitas obstruções na circunvizinhança; b) evitar locais muito próximos de antenas de rádio-transmissão e linhas de alta tensão; c) atentar para a precisão das coordenadas da estação fixa; d) observar centragem e nivelamento da antena sobre a estação; dentre outros. Para evitar erros que possam ser acarretados pelo instrumental utilizado, aconselha-se: a) utilizar equipamento adequado de acordo com as características do rastreio e precisão requerida; b) utilizar antena adequada às características de rastreio e precisão requerida; c) utilizar acessórios adequados de acordo com o objetivo do levantamento, dentre outros. 7. PLANEJAMENTO DE OBSERVAÇÕES Qualquer tipo de levantamento deve ser precedido pelo planejamento visando uma otimização dos recursos e uma eficiência no trabalho. Antes de iniciar um levantamento GPS, é necessário conhecimento prévio da área de trabalho, com a finalidade de: -Determinar a existência ou não de obstruções nos pontos a serem determinados ou no transcurso destes e poder evitá-Ios; -Ter acesso aos pontos; CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 29 20/8/2004 -Observar a existência de objetos que possam refletir ou interferir no sinal, evitando multicaminhamento e degradação do sinal; -Dentre outros. Se a área do levantamento apresenta grandes obstruções { centros urbanos, florestas, etc. ), na fase de planejamento deve ser realizado: -Um levantamento aproximado das obstruções, tendo como informação colhida no campo ângulo vertical e azimute das obstruções, ficando assim delimitado o espaço ocupado na horizontal e vertical da obstrução em relação a estação; -Com auxílio de módulo específico do software de processamento, introduzir as informações de obstruções {azimute e ângulo vertical), o que denomina-se "mascara", entrar com as coordenadas aproximadas do local (podem ser obtidas com posicionamento absoluto ou retirado de cartas) e a data do rastreio e, executar a função "Planejamento de observação” o qual disponibilizará ao operador o número de satélites e os valores de DOP para, 0 local e data entrados. Obs: Para que estas informações de visibilidade de satélites e valores de OOP sejam realistas é necessário que seja armazenado no software de processamento um almanaque atualizado. Na fase de planejamento deve ser ainda definido as características do rastreio. Estes dados devem ser introduzidos no receptor antes de iniciar o rastreio. ALMANANAQUE: Informações transmitidas pelos satélites GPS que apresentam dados aproximados das efemérides dos satélites para determinação de suas órbitas para qualquer diado ano. -São elementos que formam as características de um rastreio: a) Duração do rastreio; b) taxa de observação; c) ângulo de elevação e; d) valor máximo de PDOP. CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 30 20/8/2004 a) A duração do rastreio dependerá, basicamente, da precisão requerida, do comprimento de linha de base, método de levantamento, geometria dos satélites e tipo de equipamento utilizado; b) Idem o item a; c) O ângulo de elevação, geralmente utiliza-se 1 SO. Isto significa que satélites com ângulo de inclinação menores do que 15° em relação a linha do horizonte serão descartados. O ângulo de elevação está diretamente ligado aos efeitos troposféricos e ionosféricos. Pesquisas realizadas, demonstram que levantamentos feitos com a imposição de ângulo de elevação acima de 15°, minimiza-se os efeitos troposféricos e ionosféricos. d) Aconselha-se a imposição de PDOP, máximo de 8.0, para que se obtenha uma precisão razoável na determinação das coordenadas de um ponto. Esta imposição é discutível e dependerá da experiência do operador na fase de processamento, em razão do tipo de método de levantamento e em função do tempo de duração, durante o rastreio, de valores superiores a 8.0 do PDOP, pois muitos receptores ao detectarem um PDOP maior do que especificado pelo operador na configuração do mesmo, automaticamente interrompem a "gravação de dados", num levantamento cinemático contínuo, essa interrupção seria fatal ao levantamento e o mesmo teria que ser reiniciado, talvez seria preferível, num levantamento desta natureza e dependendo do objetivo, desconsiderar a imposição de PDOP a priori e simplesmente descartar a trajetória na qual correspondeu o período de PDOP alto e, consequentemente, baixa precisão. A título de exemplo, construir se-á uma tabela de características de um rastreio, TABELA 7.1 : Suponha um levantamento de 10 pontos, em uma área com baixa incidência de obstrução, utilizando-se um par de receptores (L 1 e L2), duas antenas L 1 e L2, CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 31 20/8/2004 com linhas de base variando de 5Km à 10Km, estação fixa de coordenadas conhecidas e de precisão geodésica, segundo planejamento realizado visibilidade de 5 a 8 satélites com boa geometria no período de 13:00 h. às 18:00 h., precisão requerida de 1 a 20 cm. CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 32 20/8/2004 Comentário: A duração do rastreio é de 15 mim, pois utilizar-se-á o método ~ estático rápido, o qual neste caso aplicar-se-á bem pois as linhas de base são curtas (entre 5 e 10 km), os recptores captam L 1 e L2 e o número de satélites e maior que 4 no período em que serão rastreados os pontos; a taxa de observação escolhida foi de 5s., pois em 15 mim, serão 180 épocas e entende- se o necessário para alcançar a precisão requerida, o ângulo de elevação e o PDOP de 15° e 8.0, respectivamente, como recomendado e geralmente utilizado. Um planejamento bem elaborado, incidirá em um levantamento eficiente. 8. PROCESSAM ENTO DE DADOS GPS Consiste em uma fase de extrema importância e que requer uma habilidade muito grande do usuário. O processamento de dados GPS pode ser realizado de várias formas, ou seja, utilizando diferentes algorítimos. A escolha do algorítimo mais eficiente depende do tipo de levantamento, da precisão requerida e qualidade dos dados coletados em campo. Muitas vezes o operador é surpreendido pelo software de processamento disponível, o qual pode não oferecer grandes recursos e em outras vezes, por oferecer muitos recursos. Geralmente os soffware's disponibilizados pelos fabricantes de receptores GPS, os quais são denominados software's comerciais", não oferecem grandes recursos e não possibilitam uma interação com o usuário, são "pacotes" fechados. Existem porém, os software's denomiinados "científicos" os quais foram desenvolvidos por pesquisadores de renomadas Universidades os quais permitem uma interação usuário-programa muito maior, e o usuário representa ma ferramenta indispensável para a proficiência dos resultados. u -Aqui tratará dos software's "comerciais" dado o objetivo específico do curso software disponível. CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 33 20/8/2004 Geralmente as fases de um processamento de dados GPS são: -Verificação de sincronização de tempo de rastreio entre o arquivo de dados da base e os arquivos de dados dos pontos itinerantes. -Processamento dos dados no modo "seção a seção"; -Análise das observações de cada seção e determinação da perda de ciclos; -Uma vez que cada seção esteja limpa (recuperação de ciclos perdidos) investigar-se-á sobre os valores das ambiguidades para eliminação dos parâmetros sistemáticos; -Obtenção de todas as bases independentes e suas matrizes variância- covariância; -Ajustamento em bloco de todas as bases e obtenção da solução correspondente ao ajuste da rede. Para que sejam discutidos os passos de um processamento de dados, necessário se faz, que divida-se o processamento para software's que processam código e portadora L 1 e software's que processam código e portadoras L 1 e L2. Esta divisão necessária pois as funções disponíveis nestes últimos são maiores que as disponibilizadas pelos primeiros. 8.1 Processamento de dados GPS utilizando processador somente para código e L 1 -inicialmente o software deve ser configurado para a apresentação de resultados de acordo com o interesse do usuário, p. ex. I sistema de coordenadas, datum, tolerância, dentre outras; -próximo passo é informar ao módulo de processamento os arquivos de dados referentes a estação base e os arquivos de dados referentes às estações itinerantes; -O próximo passo é escolher o tipo de processamento, geralmente disponibiliza- se: a) processamento utilizando somente o código; b ) processamento utilizando somente fase; e c)processamento utilizando o código e fase. Evidentemente CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 34 20/8/2004 para obtenção de melhores resultados o processamento escolhido deve ser - utilizando código e fase-; -O próximo passo é informar as coordenadas conhecidas e precisas da estação base ( em alguns software's este passo é anterior ao passo supracitado); -A partir deste passo, nenhuma opção, geralmente, é disponibilizada a nível de procedimentos de processamento e a próxima etapa é executar o processamento e analisar oS resultados apresentados; -Caso alguma estação tenha apresentado discrepância de resíduos em relação as demais, uma opção é verificar o arquivo texto ou gráfico doS resíduos de dupla diferença de fase da portadora L 1 para oS satélites envolvidos no rastreio da estação em evidência e observar o( s) satélite( s ) que está( ão ) contribuindo para degradação da precisão e reprocessar esta estação, só que retirando o(S) satélite(s) que estão com resíduos altos. 8.2 Processamento de dados GPS utilizando processador para código e L1 e L2 Estes software's oferecem maiores alternativas de processamento, basicamente: -inicialmente o software deve serconfigurado para a apresentação de resultados de acordo com o interesse do usuário, p. ex. , sistema de coordenadas, datum, tolerância, dentre outras; -próximo passo é informar ao módulo de processamento os arquivos de dados referentes a estação base e os arquivos de dados referentes às estações itinerantes. -próximo passo informar o método de levantamento que foi realizado, para que o software possa direcionar o processamento ao algorítmo mais eficiente; -próximo passo é escolher o tipo de processamento, geralmente disponibiliza- se: a) processamento utilizando somente o código; b) processamento utilizando somente fase; c)processamento utilizando o código e fase; d) ainda opções de processamento com combinações lineares da fase. CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 35 20/8/2004 -O próximo passo é informar as coordenadas conhecidas e precisas da estação base; -A partir deste passo, nenhuma opção, geralmente, disponibilizada, a nível de procedimentos de processamento e a próxima etapa é executar o processamento e analisar os resultados apresentados. -Caso alguma estação tenha apresentado discrepância de resíduos em relação as demais, uma opção é verificar o arquivo texto ou gráfico dos resíduos de dupla diferença de fase da portadora l1 para os satélites envolvidos no rastreio da estação em evidência e observar o(s) satélite(s) que está(ão) contribuindo para degradação da precisão e reprocessar esta estação. só que retirando o(s) satélite(s) que estão com resíduos altos. CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 36 20/8/2004 CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 37 20/8/2004 CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 37 20/8/2004 CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 38 20/8/2004 9. SISTEMA DE REFERÊNCIA E SISTEMA DE COORDENADAS A pesquisa de uma superfície que tivesse tratamento matemático menos sofisticado e que melhor adapta-se a forma da terra levou os geodésicas a adotarem o elipsóide de revolução como a forma matemática da terra. Diversas são as observações e cálculos para definir o elipsóide que melhor se adapte a forma da terra e por este motivo existem muitos elipsóides. No Brasil, os cálculos são conduzidos sobre o elipsóide SAD69 (South American Datum) referência 1967 - ERI-67 I com orientação topográfica no marco geodésico Chuá, localizado em Uberaba-MG. No sistema de Referência do NAVSTAR-GPS é o elipsóide WGS-84 (World Geodetic System -1984 }. Na coleta -se estiver utilizando o modo de navegação ou diferencial em tempo real -, ou no processamento dos dados -pós-processamento -, há de se chamar atenção do usuário para a obtenção de coordenadas no sistema de referência utilizado -no Brasil -SAD 69, e as transformações de coordenadas. Portanto, necessário se faz que os receptores sejam configurados para SAD69, ou o software de processamento configurado para efetuar a transformação de sistemas ou ainda, efetuar a transformação de sistema de referência em algum aplicativo aparte. A diferença entre eixos coordenados do SAD69 para o WGS-84 é de: X= 66, 87 m y= 4,37 m Z= 38,52 m Muito comum é a necessidade das coordenadas no Sistema de Projeção cilíndrica Conforme a qual recebe o nome de Universal Transverse Mercator - CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 39 20/8/2004 UTM, para tanto é necessário uma transformação de coordenadas -Geográficas para Planas. Este processo envolve um rigoroso processo matemático. dado Que deve ser mantida a correspondência, ou seja, tendo transformado coordenadas geográficas lp,Â,H em coordenadas planas UTM, o processo inverso deve ser verdadeiro. Por1anto ressalta-se a atenção do usuário em configurar o Sistema de Referência e Projeções adequadas bem como Meridiano central e zona. Suponha-se que as transformações irão proceder-se em aplicativos, ou seja, por questões práticas não discutir -se-á o modelamento matemático e sim, as informações que deverão ser informadas ao aplicativo a fim de que obtenha- se resultados coerentes. 9.1 Transformação de Sistemas de Referência , Esta transformação não apresenta maiores dificuldades pois, tendo as 11j coordenadas geográficas em WGS84 -obtidas no levantamento GPS, e deseja- se coordenadas geográficas no Sistema de Referência Nacional - SAD69, as informações requeridas geralmente são: Qual o Sistema de Referência de Origem (neste caso WGS84) e qual o Sistema de Referência destino (neste caso SAD69). 9.2 Transformação de Sistema de Coordenadas Neste caso o usuário deve estar atento à informações tais como: a) Sistema de coordenadas origem; b) Sistema de coordenadas destino; c) Datum; d) Meridiano Central; e) zona. É possível a transformação de coordenadas geográficas em coordenadas planas, estando as duas amarradas a um mesmo sistema de referência ou a sistemas de referência distintos (p.ex. coordenadas geográficas em WGS84 para coordenadas planas em SAD69), embora o processamento matemático CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 40 20/8/2004 envolvido seja complexo, o resultado via aplicativos é imediato. Enfim as possibilidades de transformação de coordenadas são muitas, dependendo dos objetivos. A titulo de exemplo, suponha um levantamento GPS realizado em Campo Grande, e obtidas as coordenadas geográficas em WGS84: ip = 20°27'36",02627S , Â = 54°35135" .32108 e H=578.4179 me deseja-se as coordenadas planas UTM em SAD69: Realizando a transformação entre Sistemas de Referência, obter -se-á as coordenadas geográficas do ponto em SAD69: tp = 20o27'34",38S , ptl Â. = 54035'30".53W e H=581.66 m. Houve alteração nas coordenadas, em função da diferença entre eixos coordenados e a ondulação geoidal. Tendo as coordenadas geográficas em WGS84 ou SAD69, para transformá-las em coordenadas planas UTM, as informações necessárias: -Sistema de Coordenadas Destino: Universal Transverse Mercator; -Sistema de Referência destino: SAD69 (ou ainda, Chuá ou SAD69- IBGE, dependendo do aplicativo); - Zona ou fuso: 21S -Meridiano Central: -57 CURSO DE GPS TÍTULO: SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL E SUAS APLICAÇÕES MÓDULO: LEVANTAMENTO TERRESTRE MINISTRANTE: ENGº AGRIM. JADIR BOCATO pg 41 20/8/2004 Como a Longitude do ponto é 54° 35', significa que está entre ac zona ou fuso de 54° à 60° e, portanto zona 21, a letra S significa Sul Meridiano Central: Caso o aplicativo solicita-se o meridiano central, deveria ser informado -57. Isto porque, a longitude do ponto é 54° 35', siginifica que está entre a zona ou fuso de 54° à 60° e, portanto a média entre 54 e 60 é 57 o qual é o meridiano central. O sinal deve ser negativo, pois longitudes à oeste em geodésia recebem o sinal negativo. 1 0. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BLASCHUT, J.T, CHRZANOWSKI, A., SMSTAMOINEN,J.H. ~ Surveina .91lQ Mappina: Springer: -Verlag, New York, 1979. CLARKE,K.C. Analvtical .9D-Q Computer Catoaraphv: Prentice-Hall, New Jersey, 1990. CUNHA, M.J.P. Aplicação .92 Sistema .QQ Posicionamento Global D.Q Cadastramento .QQ Redes .QQ Distribuição Elétrica: Dissertação de Mestrado apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Ciências Geodésicas, Universidade Federal do Paraná, fev., 1997. 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