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Sistema de posicionamento global (GPS) APRESENTAÇÃO O Sistema de Posicionamento Global (GPS), desde sua concepção, tem sido intensivamente empregado em diversos receptores, como automóveis, navios e estações terrestres, devido à possibilidade de fornecer informações relevantes, como posicionamento, velocidade, distâncias, etc. As informações provenientes do Sistema de Posicionamento Global (GPS), como o posicionamento de alvos, permitem a elaboração de mapas temáticos muito importantes para diversas análises (p. ex., de fenômenos naturais ou práticas antrópicas que ocorrem na superfície terrestre). Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer o processo histórico de desenvolvimento do Sistema de Posicionamento Global (GPS), descrever os componentes e meios para o mapeamento e reconhecer as causas e consequências de erros na captação de dados por GPS. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer a historicidade do mapeamento em sua estruturação.• Descrever os componentes e meios para o mapeamento.• Apontar as causas e consequências de erros na captação de dados.• DESAFIO O Sistema de Posicionamento Global (GPS) é uma importante ferramenta que tem sido amplamente utilizada por iniciativas públicas e privadas para monitorar e identificar diversos problemas ambientais, contribuindo para o monitoramento de: qualidade da água em bacias hidrográficas, derramamento de óleo nos mares, desmatamentos e queimadas, dentre outros desastres ambientais. Há muitos softwares disponíveis gratuitamente, como o QGIS e o MAPINFO, que permitem que as informações coletadas pelos receptores GPS possam ser analisadas juntamente com outras (p. ex., limite de Municípios, cursos d’água, vias, tipos de solo, etc.), possibilitando uma compreensão ampla do problema ambiental. Dessa forma, esse conjunto de dados pode ser utilizado no desenvolvimento de produtos cartográficos (como mapas e cartas) que auxiliem na análise dessas questões ambientais e contribuam para a tomada de decisão em relação a processos de recuperação, preservação, etc. A partir do exposto, responda: a) Como o Sistema de Posicionamento Global (GPS) poderia contribuir para analisar esse problema ambiental? b) Quais mapas temáticos poderiam ser elaborados a partir dos dados coletados com o receptor GPS? c) Pensando que esse monitoramento deverá ser feito regularmente, quais cuidados devem ser tomados para evitar que erros ocorram durante a coleta de dados? INFOGRÁFICO O Sistema de Posicionamento Global (GPS) fornece serviços de posicionamento, navegação e tempo de forma gratuita para todos os usuários em escala contínua e global. Esses dados podem ser captados e utilizados pelas mais diversas áreas do conhecimento, como topografia, geografia, navegação, meio ambiente, lazer, etc. Veja, no Infográfico, os componentes que integram o Sistema de Posicionamento Global (GPS), nomeadamente os segmentos espacial, de controle operacional e do usuário, e aprenda sobre as configurações e funcionamento de cada um deles. CONTEÚDO DO LIVRO Ao longo dos séculos, a humanidade buscou encontrar meios que possibilitassem localizar sua posição na superfície terrestre com precisão, como, por exemplo, durante as grandes navegações, quando eram utilizados métodos e instrumentos como bússolas e sextantes para traçar rotas e identificar direções. Com o advento da tecnologia e os avanços científicos, esses instrumentos foram melhorados, até que, em meados de 1960, o Sistema de Posicionamento Global (GPS) já permitia fornecer informações da superfície terrestre, mesmo que apenas para usos limitados. Hoje, no entanto, o GPS é indispensável, seja em terra, mar ou ar. No capítulo Sistema de posicionamento global (GPS), da obra Geoprocessamento, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai reconhecer a historicidade do mapeamento em sua estruturação, aprender a descrever os componentes e meios para o mapeamento e determinar as causas e consequências de erros na captação de dados. Boa leitura. GEOPROCESSAMENTO Franciane Mendonça dos Santos Sistema de posicionamento global (GPS) Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Reconhecer a historicidade do mapeamento em sua estruturação. � Descrever os componentes e meios para o mapeamento. � Apontar as causas e consequências de erros na captação de dados. Introdução Com a evolução da tecnologia, os instrumentos e as técnicas utilizadas para a elaboração de produtos cartográficos se tornaram cada vez mais eficientes, principalmente no que diz respeito à precisão das informações mapeadas e aos detalhes que são possíveis de observar. Nesse sentido, o sistema de posicionamento global (GPS, do inglês global positioning system) tem um papel muito importante para a ciência cartográfica, no que tange à produção de mapas da superfície terrestre. Sua aplicação está relacionada a diversas áreas do conhecimento, como engenharia, topografia, arquitetura, meio ambiente, etc. Neste capítulo, você vai estudar a história do GPS, vai verificar quais são as suas principais características e vai compreender como ocorre o seu funcionamento. Você também vai verificar quais são as possíveis causas e consequências de erros que ocorrem durante o processo de captação de dados por meio desse sistema. 1 Historicidade do mapeamento O homem sempre buscou representar a sua realidade de forma gráfica, o que é comprovado pelas diversas gravuras rupestres encontradas em cavernas, datadas da Pré-História. Percebe-se que as motivações dessas ilustrações eram basicamente a busca por alimentação e moradia, bem como a demons- tração de aspectos como religião e cultura. O mapa mais antigo do mundo foi elaborado pelos babilônios, entre 3.800 e 2.500 a.C., e é denominado mapa de Ga-Sur. Esse mapa representava o vale de um rio localizado entre montanhas na Mesopotâmia (REYES, 1991). Os egípcios contribuíram para o desenvolvimento de técnicas e instrumentos que possibilitavam a caracterização do meio em que viviam, por exemplo, com o desenvolvimento de ferramentas utilizadas para a medição de terras, em meados de 1300 a.C. (THROWER, 2008). Dentre os instrumentos desenvol- vidos pelos egípcios, pode-se destacar o nível em A, que era utilizado para o nivelamento dos terrenos (RANA; SHARMA, 2006). Posteriormente, em meados de 500 a.C., os gregos realizaram grandes avanços a serviço do conhecimento geográfico, amparados pelas descobertas dos babilônios e egípcios. Um exemplo é o desenvolvimento do astrolábio, criado por Hiparco, entre 220 e 150 a.C.; trata-se de um instrumento capaz de determinar a localização de pontos da Terra, por meio da observação de fenômenos celestes (HARLEY; WOODWARD, 1987). Com o objetivo de contribuir para as navegações, os chineses desenvolveram a bússola, em meados de 200 a.C., o que permitiu que os navegantes se orientassem no mar sem dependerem dos astros (RANA; SHARMA, 2006). Os romanos, a partir de 500 a.C., adaptaram o conhecimento dos gregos e fizeram suas próprias contribuições, especialmente para o mapeamento rodoviário e cadastral. Eles contribuíram com o desenvolvimento de algumas ferramentas de levantamento, apesar da negação da esfericidade da Terra e de considerá-la uma superfície plana, contrariando o que foi descoberto pelos gregos (THROWER, 2008). Na Idade Média (de 476 a 1453), houve a negação da ciência e das descobertas dos gregos, em decorrência de preceitos religiosos (OLIVEIRA et al., 2019). Já no Renascimento, período que perdurou de 1400 a meados de 1700, houve importantes descobrimentos. No que tange aos avanços cartográficos, pode-se destacar as grandes navegações, a partir de 1500, e a criação das cartas portulanas. Nesse período, os instrumentos, como os astrolábios, foram mo- dificados e melhorados para se tornarem estáveis e adaptáveis àsnavegações, resultando no sextante, que foi muito utilizado nesse período para medir o ângulo formado entre o horizonte e um alvo determinado (RANA; SHARMA, 2006). Dessa forma, com o passar dos anos e o advento da tecnologia, foram sendo desenvolvidos diversos instrumentos e técnicas, que possibilitaram aprimorar as representações cartográficas. Sistema de posicionamento global (GPS)2 Hoje, uma das ferramentas mais empregadas é o GPS, que fornece dados precisos para a elaboração de mapeamentos da superfície terrestre, reduzindo a quantidade de equipamentos e aumentando a tecnologia associada. De acordo com Kavanagh e Mastin (2013), embora o GPS seja o mais conhecido, existem outros sistemas de navegação por satélite (satnav, do inglês satellite navigation), e todos eles compõem o sistema global de navegação por satélite (GNSS, do inglês global navigation satellite system). O GNSS é definido como a coleção de todos os satnavs, incluindo o GPS. Há vários satnavs operando, sendo que alguns prestam serviços globais e outros apenas regionais, como: � o Galileu, que foi desenvolvido pela União Europeia; � o China’s Compass Navigation Satellite System, conhecido como Com- pass ou Beidou, desenvolvido pela China; e � o Global'naya Navigatsionnaya Sputnikovaya Sistema, conhecido como GLONASS, que foi desenvolvido pela Rússia. A Figura 1 apresenta a constelação de alguns dos principais sistemas de navegação por satélite. Figura 1. Sistemas de navegação por satélite. Fonte: Adaptada de Reid, Walter e Enge (2013). 3Sistema de posicionamento global (GPS) História do sistema de posicionamento global A definição de um sistema de posicionamento, que teria como objetivo deter- minar pontos da superfície terrestre, foi primeiramente elucidada, segundo Schofield e Breach (2007), com o lançamento do satélite Sputnik, em outubro de 1957, pela antiga União Soviética. Posteriormente, em meados de 1960, os Estados Unidos desenvolveram, em conjunto com a Marinha americana, um sistema de navegação por satélite chamado Transit 1B, também conhecido como Navy Navigation Satellite System, que era baseado no efeito Doppler. Esse sistema era basicamente utilizado pela Marinha, fornecendo infor- mações relevantes sobre o posicionamento de frotas submarinas e navios nos oceanos, até que, em 1967, foi disponibilizado para uso civil (LEICK; RAPOPORT; TATARNIKOV, 2015). Porém, de acordo com Lima (2013), esse sistema apresentava algumas limitações, por se tratar de um sistema bidimensional e sofrer grande influência de satélites. De acordo com Schofield e Breach (2007), em 1973, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos iniciou o desenvolvimento de um GPS do tipo NAVSTAR (sigla para sistema de navegação com tempo e variação de tempo). O NAVSTAR tinha por finalidade a aplicação na área militar, como para a de- terminação da localização de tropas, o conhecimento do território inimigo etc. Os primeiros satélites desse sistema foram lançados em 1978, funda- mentalmente para aplicações militares, utilizando receptores operados pelo homem em navios e outros veículos. Uma das primeiras aplicações do GPS para fins militares ocorreu durante a Guerra do Golfo (1991), quando foi uti- lizado nomeadamente para facilitar a determinação da localização das tropas militares no deserto e para contribuir com o lançamento dos mísseis, que, a partir dessa tecnologia, podiam ser lançados com maior precisão (KAPLAN; HEGARTY, 2017). Com o lançamento de novos satélites, esse sistema foi ampliando sua co- bertura, e assim foram surgindo novas possibilidades de aplicações, tornando o GPS não apenas uma ferramenta útil para fins bélicos, mas também para o uso civil, que foi iniciado em meados de 1980 (MARKOSKI, 2018). O termo GNSS passou a ser utilizado em 1991, quando englobava apenas as tecnologias GPS e GLONASS, segundo Albuquerque e Santos (2003). Posteriormente, foi complementado pelo desenvolvimento do sistema Galileu. Sistema de posicionamento global (GPS)4 Acesse o site GPS: The Global Positioning System para saber mais sobre o GPS e a sua amplitude. 2 Componentes e meios para o mapeamento A Terra possui formato esférico, e a sua superfície é caracterizada por nume- rosas proeminências, montanhas, depressões e colinas. Dessa forma, para que sua representação no mapa seja condizente com a realidade, é necessária a substituição dessa superfície irregular por uma área matemática aproximada, na qual as medições possam ser processadas matematicamente (MARKOSKI, 2018). Segundo Kavanagh e Mastin (2013), a área de um elipsoide é considerada a forma geométrica que mais se aproxima da área da superfície física da Terra. Existem certas diferenças entre um geoide e o elipsoide da Terra; no entanto, o elipsoide melhor ajustado ao geoide é conhecido como elipsoide de referên- cia. A Figura 2 apresenta a representação do geoide e do elipsoide de referência. Figura 2. Diferenças entre o geoide e o elipsoide. Fonte: Adaptada de Kavanagh e Mastin (2013). 5Sistema de posicionamento global (GPS) O geoide não é utilizado como superfície de referência pelo sistema GPS, devido à complexidade de cálculos inerentes ao processo de determinação dos pontos na superfície terrestre (ALBUQUERQUE; SANTOS, 2003). Dessa forma, é utilizado como superfície de referência o elipsoide, para a determina- ção do posicionamento e das coordenadas geográficas dos pontos na superfície. O elipsoide permite descrever as coordenadas geográficas posicionais de um ponto em graus de longitude e latitude. As latitudes são linhas conhecidas como paralelos, traçadas horizontal- mente, que especificam a posição norte-sul de qualquer ponto na superfície terrestre e têm como referência a linha do equador. Já as longitudes, conhecidas como meridianos, percorrem a Terra verticalmente e se encontram nos polos norte e sul, tendo como referência o meridiano de Greenwich (NADOLINETS; LEVIN; AKHMEDOV, 2017). O elipsoide de referência do GPS é o WGS-84 (World Geodetic System 1984) — ou seja, os dados obtidos por esse sistema terão como base esse modelo. No entanto, para o Brasil, é utilizado o Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas do ano de 2000 (SIRGAS2000) como referência para os processos de mapeamento. Nesse sentido, é importante saber que os dispositivos GPS têm seu próprio software para converter dados do sistema WGS-84 para qualquer outro sistema, como é o caso do SIRGAS2000. Outra possibilidade é a apresentação de dados (tabelas, gráficos ou situacionais) em vários dispositivos de impressão. Isso significa que os dispositivos GPS fornecem a criação completa de bancos de dados e a sua distribuição em formato digital para uma variedade de usos (MARKOSKI, 2018). O GPS opera a partir de um sistema de radionavegação e foi projetado para que, em qualquer lugar e a qualquer momento, existam satélites or- bitando acima do horizonte do observador, permitindo a determinação da localização de qualquer ponto da superfície terrestre (latitude, longitude e altitude) (SEGANTINE, 2005). O funcionamento do sistema GPS é baseado fundamentalmente na determinação da distância entre um ponto onde está localizado o receptor e os pontos de referência, que são os satélites. Sistema de posicionamento global (GPS)6 Assim, a partir do conhecimento da distância que separa o receptor de no mínimo três satélites, é possível determinar a posição relativa do receptor, com base na intersecção de três circunferências, cujos raios são as distâncias medidas entre o receptor e o satélite (ALBUQUERQUE; SANTOS, 2003). A Figura 3 mostra com ocorre na prática esse processo, que também é conhecido como método geométrico da triangulação. Segundo Segantine (2005), esse cálculo é realizado em função do tempo que o sinal leva para chegar até o receptor, sabendo-se que o sinal viaja a aproximadamente a velocidade da luz. Como essa velocidade é muito alta, o GPS utiliza relógios de alta precisão (relógios atômicos) paragarantir a preci- são nas medições. Os relógios atômicos combinam um oscilador de cristal de quartzo com um conjunto de átomos (por exemplo, o césio), que permitem que a hora seja constantemente atualizada (ALBUQUERQUE; SANTOS, 2003). Figura 3. Método de triangulação para obtenção do posicionamento dos pontos na superfície terrestre. Fonte: Adaptada de Nadolinets, Levin e Akhmedov (2017). 7Sistema de posicionamento global (GPS) Dessa forma, segundo McNamara (2008), os satélites estão posicionados onde um receptor GPS pode receber sinais de pelo menos seis satélites a qualquer momento, em qualquer local da Terra (se nada obstruir os sinais). Cada satélite possui três peças principais, descritas a seguir. � Computador: posicionado a bordo do satélite, esse equipamento permite controlar o voo do satélite e verificar outras funções do satélite. � Relógio atômico: utilizado com o objetivo de manter a hora do satélite exata em três nanossegundos (cerca de três bilionésimos de segundo). � Transmissor de rádio: equipamento utilizado para enviar os sinais para a Terra. O sistema GPS é dividido em três segmentos fundamentais, que são descri- tos por Nadolinets, Levin e Akhmedov (2017) conforme apresentado a seguir. � Segmento espacial: composto por todos os satélites operacionais que formam a constelação. � Segmento de controle: composto por todas as estações terrestres en- volvidas no monitoramento do sistema (estações mestre de controle, estações monitor e estações de controle terrestre). � Segmento de usuários: composto por todos os usuários, bem como os aparelhos receptores. Na Figura 4 estão representados esses segmentos, bem como a interligação entre eles. Sistema de posicionamento global (GPS)8 Figura 4. Representação dos segmentos do sistema de posicionamento global. Fonte: Adaptada de Nadolinets, Levin e Akhmedov (2017). Para saber mais sobre o histórico e o funcionamento do GPS e como ocorre o processo de aquisição de dados, leia o trabalho de Bernardi e Landim (2002) intitulado “Aplicação do sistema de posicionamento global (GPS) na coleta de dados”. 9Sistema de posicionamento global (GPS) Segmento espacial O segmento espacial é composto pelos satélites que estão em órbita ao redor da Terra. O GPS possui uma constelação de 30 satélites (24 operacionais e seis em reserva) que orbitam a uma altura de 20.200 km acima da Terra (Figura 5) (MARKOSKI, 2018). Os satélites levam cerca de 12 horas para completar uma volta na Terra. O sistema GPS, de acordo com Schofield e Breach (2007), foi projetado para que pelo menos quatro satélites estejam sempre à vista pelo menos 15º acima do horizonte. Dessa forma, os seis planos orbitais são igualmente espaçados e inclinados a 55º em relação ao equador. Figura 5. Satélites do sistema de posicionamento global orbitando ao redor da Terra. Fonte: Adaptada de Kavanagh e Mastin (2013). Sistema de posicionamento global (GPS)10 Segmento de controle O segmento de controle, segundo Kavanagh e Mastin (2013), é composto por uma estação de controle principal, chamada de estação de controle mestra, localizada no estado do Colorado (Estados Unidos), estações de monitoramento e antenas de comando localizadas e distribuídas em todo o território mundial, como apresentado na Figura 6. Segundo Markoski (2018), essas estações de controle utilizam relógios atômicos precisos para calcular a pseudodistância de todos os satélites visíveis e enviá-la para a estação de controle principal. Nadolinets, Levin e Akhmedov (2017) acrescentam que as funções mais importantes do segmento de controle são: � observar o movimento dos satélites e computar os dados orbitais (efemérides); � monitorar os relógios dos satélites e prever seus comportamentos; � sincronizar a hora dos satélites a bordo; � retransmitir dados orbitais precisos recebidos de satélites para a estação de controle principal; � retransmitir os dados orbitais aproximados de todos os satélites para a estação de controle principal; � retransmitir informações adicionais, incluindo condição do satélite e erros de relógio para a estação de controle principal. Figura 6. Localização das estações de controle. Fonte: Control... (2017, documento on-line). 11Sistema de posicionamento global (GPS) Dessa forma, as estações de controle consistem em uma rede global de instalações terrestres que coletam os dados dos satélites e os processam au- tomaticamente, a partir do rastreamento dos satélites GPS, retransmitindo essas informações atualizadas para controlar adequadamente os sistemas dos satélites (SCHOFIELD; BREACH, 2007). Essas informações, que são atualizadas nas constelações dos satélites, são transmitidas para os usuários por meio dos receptores, que captam o sinal enviado pelos satélites. Segmento do usuário O segmento dos usuários está relacionado com as possíveis aplicações que o sistema permite, ou seja, está diretamente associado aos diversos receptores GPS, que podem variar em termos de tamanho, modelo, fabricante e, prin- cipalmente, qualidade de recepção. Esses receptores são responsáveis por converter os sinais dos satélites em estimativas de posições, velocidade e tempo (ALBUQUERQUE; SANTOS, 2003). Os receptores GPS recebem os sinais transmitidos pelos satélites GPS incluídos nos componentes espaciais e que estão em adequado funcionamento, o que é garantido pelo segmento de controle. De acordo com Markoski (2018), os receptores GPS podem ser classificados basicamente como: receptor GPS portátil, receptor GPS embutido no veículo, receptor acoplado em relógios e receptores acoplados em smartphones. Segundo Schofield e Breach (2007), o tipo de receptor usado dependerá, em grande parte, dos requisitos do usuário. Os receptores GPS portáteis são utilizados em processos de orientação e movimentação terrestre, como em atividades profissionais de levantamentos topográficos e geodésicos, na agricultura de precisão e em atividades esportivas e recreativas. Por se tratar de equipamentos utilizados ao ar livre, são feitos de materiais resistentes e de boa qualidade, possuem baterias de longa duração, são resistentes à água e são altamente sensíveis, proporcionando navegação mesmo nas condições mais difíceis, como florestas densas, desfiladeiros e assim por diante (MARKOSKI, 2018). Os receptores GPS acoplados em veículos buscam facilitar os transportes por rotas desconhecidas, sendo que a maioria deles possui aplicativos integra- dos, mapas digitais e bancos de dados com informações de ruas, locais etc. (MARKOSKI, 2018). Os receptores GPS acoplados nos smartphones são os receptores mais utilizados atualmente, devido à sua praticidade, por estarem embutidos em celulares (PETROVSKI, 2014). Segundo Markoski (2018), Sistema de posicionamento global (GPS)12 com o aumento de utilizadores de smartphones, vários aplicativos GPS são disponibilizados gratuitamente e comercialmente, facilitando o deslocamento dos usuários na superfície terrestre. Os sinais de rádio transmitidos pelos satélites GPS levam aproximadamente 67 milissegundos para alcançar um receptor na Terra. Esses sinais viajam a uma velocidade constante (velocidade da luz), e o tempo de viagem (do satélite ao receptor) determina a distância exata entre os satélites e o usuário (NADO- LINETS; LEVIN; AKHMEDOV, 2017). Ao utilizar os receptores GPS, para garantir a precisão do sistema, é necessário pelo menos que quatro satélites estejam visíveis. Também é importante perceber que, como os sinais viajam através do ar, prédios e objetos naturais podem representar um obstáculo para sinalizar a recepção, devendo isso ser levado em consideração durante o seu uso nessas condições (MARKOSKI, 2018). Os quatro sinais diferentes são gerados no receptor, com a mesma estrutura dos sinais recebidos dos quatro satélites. Ao sincronizar os sinais gerados no receptor com os dos satélites, o tempo do sinal dos quatro satélites é medido como um desvio de tempo, usado paradeterminar o tempo exato de deslo- camento do sinal e empregado na determinação do posicionamento exato do receptor (NADOLINETS; LEVIN; AKHMEDOV, 2017), conforme ilustra a Figura 7. Figura 7. Medição do tempo de viagem do sinal. Fonte: Adaptada de Nadolinets, Levin e Akhmedov (2017). 13Sistema de posicionamento global (GPS) 3 Erros na captação de dados Várias condições podem reduzir a precisão de um receptor GPS, e estas devem ser estudadas, a fim de minimizar os erros desse sistema. Essa redução nem sempre é simples e demanda investimentos e pesquisas de novas tecnologias (LIMA, 2013). Dentre as possíveis fontes de erros na captação de dados do GPS, podemos destacar o erro de efemérides (ou erro na órbita dos satélites), o erro relacionado com os desvios dos sinais na atmosfera, o erro do relógio do receptor, o erro da trajetória múltipla e o erro devido à geometria dos satélites, descritos a seguir. O erro de efemérides, ou erro na órbita dos satélites, ocorre quando o satélite não transmite corretamente sua posição exata em órbita (MCNA- MARA, 2008). Segundo Lima (2013), esses erros são ocasionados pela atração gravitacional ou pela pressão que a radiação solar exerce sobre o satélite. A localização dos satélites é baseada nos dados de órbita predefinidos que estão sendo enviados ao receptor, e, devido a esses erros, a órbita predicada pode não refletir a órbita real (KAVANAGH; MASTIN, 2013). Quando isso ocorre, as estações de controle (segmento de controle) são responsáveis por enviar a informação ao satélite de que é necessário corrigir a órbita. O erro relacionado com os desvios dos sinais na atmosfera pode ser distin- guido em relação às duas camadas da atmosfera: troposfera e ionosfera (Figura 8). Figura 8. Troposfera e ionosfera. Fonte: Adaptada de Petrovski (2014). Sistema de posicionamento global (GPS)14 Conforme mostra a Figura 8, a troposfera é a região mais baixa da atmos- fera da Terra e vai do nível do solo até cerca de 18 km de altura. Nessa faixa, variações de temperatura, pressão e umidade podem causar variações na velocidade com que as ondas de rádio viajam, resultando em erros de precisão relativamente pequenos (MCNAMARA, 2008). A ionosfera começa a cerca de 50 a 1.000 km acima da Terra, e os sinais de satélite que viajam pela ionosfera são mais lentos, devido ao plasma (um gás de baixa densidade). Embora os receptores de GPS tentem explicar esse atraso, a atividade inesperada do plasma pode causar erros de cálculo (MCNAMARA, 2008). Segundo Petrovski (2014), as especificidades da propagação de sinais de radiofrequências através da atmosfera são importantes, devido aos efeitos ocasionados na precisão do posicionamento e que interferem em todos os equipamentos que utilizam esse sinal (navegação, topografia, etc.). O erro de tempo está relacionado com a sincronização dos relógios dos satélites. Cada satélite é composto por relógios atômicos, que devem ser sin- cronizados com os relógios dos receptores, e estes, por serem menos precisos, acabam acarretando pequenas imprecisões de posição dos pontos (MCNA- MARA, 2008). Como a velocidade da luz é de aproximadamente 300.000 km/s, um erro de 0,01 s dos relógios pode resultar em um erro de posicionamento de cerca de 3.000 km (SCHOFIELD; BREACH, 2007). Esse erro pode ser reduzido quando, na determinação do posicionamento do ponto, utiliza-se um quarto satélite, utilizado para garantir a sincronização dos relógios. O erro da trajetória múltipla ocorre quando o sinal do satélite GPS se encontra com uma barreira artificial ou natural (como árvores, prédios, edificações, etc.) antes de chegar ao receptor (MCNAMARA, 2008). Essa situação ocasiona um atraso no tempo de viagem do sinal e acarreta um erro no cálculo da distância entre o satélite e o receptor (Figura 9). Segundo McNamara (2008), ruas cercadas por prédios altos, copas densas de árvores, desfiladeiros e áreas montanhosas são locais onde esses erros podem ocorrer. Dessa forma, é indicado realizar a modificação do local para tentar melhorar o sinal. De acordo com Nadolinets, Levin e Akhmedov (2017), o efeito da trajetória múltipla pode ser parcialmente compensado por meio da seleção do local de medição (livre de reflexos) e de uma antena de alta tecnologia para recepcionar o tempo de viagem do sinal. 15Sistema de posicionamento global (GPS) Figura 9. Erro da trajetória múltipla. Fonte: Adaptada de Schofield e Breach (2007). O erro devido à geometria dos satélites ocorre devido a interseções de sinal de quatro satélites mal localizados, ou seja, muito próximos uns dos outros, como representado na Figura 10 (MCNAMARA, 2008). Para quan- tificar esse erro, segundo Schofield e Breach (2007), deve ser considerada a chamada diluição de precisão (DOP, do inglês dilution of precision), que pode ser otimizada se muitos satélites (além do mínimo de quatro) forem rastreados pelo receptor. Existem vários tipos de medidas de diluição de precisão: horizontal (HDOP), vertical, de tempo, relativa, geométrica e de posição (PDOP). Segundo Ka- vanagh e Mastin (2013), quanto melhor a geometria dos satélites, menor será o valor de DOP, proporcionando uma maior credibilidade das informações captadas pelo satélite. Um topógrafo, por exemplo, tem mais interesse na posição tridimensional dos pontos na superfície terrestre, e, por isso, a PDOP dos satélites é mais importante para as suas aplicações. Já para navegan- tes, a HDOP é mais importante, devido ao fato de as navegações ocorrerem em um plano horizontal, ao nível do mar (SCHOFIELD; BREACH, 2007). Sistema de posicionamento global (GPS)16 Nos visores dos receptores GPS, principalmente os utilizados para topografia e navegação, por exemplo, será indicada a precisão associada aos satélites disponíveis para determinar o posicionamento do ponto. Esse valor é definido com base em equações. Figura 10. Configuração dos satélites. Fonte: Adaptada de Schofield e Breach (2007). O GPS trouxe grandes avanços para a ciência, em especial, para a ciência cartográfica, por meio da determinação de informações de qualquer alvo que esteja na terra, no mar ou no ar, possibilitando a espacialização dessas informações em mapas digitais. Hoje, essa tecnologia é essencial para di- versas áreas de estudo e pode ser utilizada em receptores. Estes vão desde receptores manuais, que podem ser utilizados, por exemplo, em levantamentos topográficos, até receptores acoplados em smartphones, que garantem a iden- tificação de informações espaciais dos usuários, facilitando seu deslocamento na superfície terrestre. 17Sistema de posicionamento global (GPS) ALBUQUERQUE, P. C. G., SANTOS, C. C. GPS para iniciantes: mini curso. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO, 11., 2003, Belo Horizonte. Anais [...] São José dos Campos: Ministério da Ciência e Tecnologia/INPE, 2003. p. 1-46. BERNARDI, J. V. E.; LANDIM, P. M. B. Aplicação do sistema de posicionamento global (GPS) na coleta de dados. Rio Claro: DGA; IGCE; UNESP, 2002. Texto didático. CONTROL segment. In: GPS.GOV. [S. l.], may 2017. Disponível em: https://www.gps. gov/multimedia/images/GPS-control-segment-map.pdf. Acesso em: 17 ago. 2020. HARLEY, J. B.; WOODWARD, D. (Eds.) Cartography in prehistoric, ancient, and medieval Europe and the Mediterranean. 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No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. REYES, J. L. A. Fundamentos de cartografía. Caracas: Universidad Central de Venezuela, 1991. SCHOFIELD, W.; BREACH, M. Engineering surveying. 6. ed. Boca Raton: CRC Press, 2007. SEGANTINE, P. C. L. GPS: sistema de posicionamento global. São Carlos: EESC/USP, 2005. THROWER, N. J. W. Maps and civilization: cartography in culture and society. Chicago: University of Chicago Press, 2008. 19Sistema de posicionamento global (GPS) DICA DO PROFESSOR O Sistema de Posicionamento Global (GPS) pode ser utilizado para determinar diversas informações acerca de qualquer ponto da superfície terrestre, como velocidade, posicionamento, altitude, distâncias, etc. Desde sua criação, esse sistema tem sido ampla e mundialmente utilizado pelas mais diversas áreas, como marinha, agricultura, agrimensura, topografia, serviços de telecomunicação, e até mesmo para fins pessoais, como uso em automóveis ou atividades de turismo. Nesta Dica do Professor, aprenda um pouco sobre o processo de Trilateração, pelo qual é possível, a partir do Sistema de Posicionamento Global (GPS), determinar o posicionamento do receptor, informação indispensável nos dias atuais. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) Desde os tempos antigos, o homem buscou desenvolver técnicas e instrumentos que facilitassem seu deslocamento na superfície terrestre. Uma das técnicas atuais, mundialmente utilizada, é o Sistema de Posicionamento Global (GPS). Leia as afirmativas a seguir: I. O Sistema de Posicionamento Global é composto de três partes fundamentais: satélites, estações terrestres e receptores. II. O Sistema de Posicionamento Global permite obter somente informações de latitude e longitude de qualquer ponto da superfície terrestre. III. O Sistema de Posicionamento Global tem grandes contribuições para a navegação, topografia e Geodésia. Assinale quais alternativas contêm assertivas corretas. A) Apenas I. B) Apenas II. C) I e II. D) I e III. E) I, II e III. 2) Alguns erros podem ser ocasionados ao se determinar a localização de uma feição na superfície terrestre com a utilização do Sistema de Posicionamento Global (GPS). Um desses erros é ocasionado pela reflexão do sinal nas superfícies próximas ao receptor, tanto naturais quanto artificiais, e é muito comum sua ocorrência em ambientes urbanos e sob copas espessas de árvores. Assinale a alternativa que apresenta corretamente o erro descrito. A) Erro de efemérides. B) Erros de relógio. C) Erro devido a caminhos múltiplos. D) Erro devido a geometria dos satélites. E) Erro relacionado a desvios na atmosfera. O Sistema de Posicionamento Global (GPS) é mundialmente utilizado e foi 3) desenvolvido pelas forças armadas dos Estados Unidos. Ele está totalmente operacional desde 1995 e conta com muitos receptores modernos, responsáveis por receber o sinal dos satélites e determinar sua localização na superfície terrestre. Analise as afirmativas a seguir, que tratam sobre o funcionamento do GPS, e classifique-as em verdadeiras (V) ou falsas (V): ( ) O sistema GPS foi projetado para que, em qualquer lugar do globo e a qualquer momento, existam, pelo menos, quatro satélites acima do plano do observador. ( ) Um GPS requer, pelo menos, dois satélites para calcular a posição 2D (latitude e longitude) do receptor. ( ) São necessários, pelo menos, três satélites para encontrar a posição 3D (latitude, longitude e altitude) do receptor. ( ) Cada um dos satélites GPS está equipado com, pelo menos, um relógio atômico para manter a hora atualizada e precisa. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA. A) V – V – F – F. B) F – F – V – V. C) V – F – V – F. D) V – F – V – V. E) V – F – F – V. O Sistema de Posicionamento Global (GPS) consiste basicamente em segmentos que garantem que opere adequadamente e determine o posicionamento de qualquer 4) ponto da superfície terrestre. Um desses segmentos consiste em estações de monitoramento, que, dentre outras funções, mantêm os satélites em sua órbita adequada, por meio de possíveis manobras, e permitem que os relógios destes estejam sempre ajustados. Leia as alternativas e assinale a que apresenta adequadamente o segmento descrito. A) Segmento espacial. B) Segmento de controle. C) Segmento computacional. D) Segmento operacional. E) Segmento desconhecido. 5) O Sistema de Posicionamento Global (GPS) é um sistema de navegação baseado em satélite que fornece informações baseadas em tempo e localização a um receptor GPS em qualquer ponto da superfície terrestre. A partir dessa contextualização, observe as alternativas a seguir e assinale a que demarca os componentes de um Sistema GPS. A) Segmento espacial, segmento de controle e segmento operacional. B) Segmento espacial, segmento de controle e segmento do usuário. C) Segmento computacional, segmento de controle e segmento do usuário. Segmento interfacial, segmento de controle e segmento do usuário.D) E) Segmento espacial, segmento de controle e segmento desconhecido. NA PRÁTICA O receptor GPS pode ser utilizado por diversas áreas do conhecimento e suas funcionalidades vão desde operações básicas para traçar rotas em atividades pessoais de turismo até auxiliar em levantamentos de terrenos para projetos de construção civil, arquitetura, agrimensura, etc. Veja, Na Prática, um dos processos de levantamentos feitos por Renata para determinar as características de uma propriedade rural. Fique atento aos possíveis erros que poderiam ser ocasionados durante o levantamento e, ao final do estudo, tente descrevê-los e especificar como puderam ser reduzidos ou eliminados do trabalho. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Proposta de metodologia para melhora do posicionamento obtido através de receptores GPS de baixo custo Confira, no link a seguir, a Tese de Doutorado de Erly Caldas Lima, que apresenta uma proposta interessante de melhoria do sistema de posicionamento obtido por meio de receptores GPS de baixo custo. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Análise da precisão de diferentes receptores GNSS para coleta de dados Confira uma discussão sobre a precisão de diferentes receptores GNSS na aquisição de dados em área urbana. O artigo traz também a indicação das limitações encontradas, bem como de quais são as melhores alternativas. Conteúdo interativo disponível na plataformade ensino! Análise comparativa de um levantamento topográfico realizado com GPS e aerofotogrametria O link a seguir apresenta um interessante trabalho que teve como objetivo comparar um levantamento topográfico realizado com auxílio de GPS e aerofotogrametria. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
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