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13 TGD- DO TIPO DO CRIME DOLOSO E CULPOSO

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DO TIPO DO CRIME DOLOSO
Definição de dolo:
Segundo o CP, o crime será doloso quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo (dolo direto e dolo eventual). 
DOLO: é a consciência e a vontade de realização da conduta descrita em um tipo penal. 
Teorias do dolo:
da vontade: dolo é a vontade dirigida ao resultado. A essência do dolo deve estar na vontade, não de violar a lei, mas de realizar a ação e obter o resultado. Pode-se dizer que é o dolo direito do CP, art. 18, I, primeira parte.
do consentimento: também é o dolo a vontade que, embora não dirigida diretamente ao resultado previsto como provável ou possível, consente na sua ocorrência. (assume o risco de produzir o resultado). É o dolo eventual constante no artigo 18, I, Segunda parte do CP. Expressões que se pode dizer que há dolo eventual: Seja como for, dê no que der, em qualquer caso, não deixo de agir. Veja que a pessoa, não quis o resultado. Entre a conduta e o resultado, preferiu aquela, mostrando-se indiferente se ocorrer o resultado.
ELEMENTOS DO DOLO:
consciência da conduta e do resultado;
consciência do nexo causal objetivo entre a conduta e o resultado;
vontade de realizar a conduta e produzir o resultado.
Delitos de intenção:
Trata-se de um crime que contêm uma finalidade ou ânimo que vai além da realização do tipo. As intenções especiais integram a estrutura subjetiva de determinados tipos penais, exigindo do autor a persecução de um objetivo compreendido no tipo, mas que não precisa ser alcançado efetivamente (é o fim especial de agir). Ex. para si ou para outrem; com o fim de obter etc.
DOLO EVENTUAL:
DOLO EVENTUAL: tolerar o resultado, consentir em sua provocação, estar a ele conforme, assumir o risco de produzi-lo não passam de formas diversas de expressar um único momento, o de aprovar o resultado alcançado, enfim, o querê-lo.
DOLO NORMATIVO E DOLO NATURAL:
O primeiro é o que porta a consciência da antijuridicidade e o segundo é a simples vontade de fazer alguma coisa, não contendo a consciência da ilicitude.
ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO:
Já foi explicado acima.
TEORIA DO CRIME CULPOSO
Conceito de Culpa:
Culpa é a inobservância do dever objetivo de cuidado manifestada numa conduta produtora de um resultado não querido, objetivamente previsível.
ESTRUTURA DO TIPO, ILICITUDE E CULPABILIDADE:
É típica toda conduta que infringe o cuidado necessário objetivo.
Nos crimes dolosos, vimos que o crime é um fato típico e antijurídico, sendo a culpabilidade um pressuposto da pena.
Vimos que para caracterizar o fato típico nos crimes dolosos, tem-se que observar os seus elementos: conduta, resultado, nexo causal e tipicidade (nos crimes materiais). Entretanto, os crimes culposos são abertos e não há um tipo fechado, descrevendo a conduta. O julgador tem que investigar se houve ou não a culpa. Assim, para se saber se há um crime culposo, se uma conduta é típica, temos que analisar se infringiu o “cuidado necessário objetivo”.
TIPICIDADE NOS CRIMES CULPOSOS: 
Para resolver a questão da tipicidade do fato, não é suficiente o processo de adequação típica, uma vez que o tipo culposo não é precisamente definido em face da diversidade imensa da formas de conduta. 
PREVISIBILIDADE OBJETIVA
TIPICIDADE: 
Um dos elementos do fato típico culposo é a previsibilidade objetiva. 
Para sabermos se há previsibilidade objetiva, temos que comparar a conduta do agente com a de outra pessoa (prudente, de discernimento, o chamado “homem normal”), colocada nas mesmas condições daquele que praticou a conduta. Devemos fazer uma substituição mental das pessoas, ou seja, tirar a pessoa que praticou a conduta do plano ocorrido e colocar a pessoa de discernimento e prudência. Se esta pessoa, de discernimento e prudência, nas mesmas condições que a primeira, também praticar o fato, não será típica a conduta, se não praticar, será típica. É típica a conduta que deixou de observar o cuidado necessário objetivamente previsível. A imprevisibilidade objetiva exclui a tipicidade. 
CULPABILIDADE:
Já na culpabilidade, temos que analisar a previsibilidade subjetiva:
Nesta, é observado não a conduta de uma pessoa de discernimento e prudente, mas sim a possibilidade de o sujeito, “segundo suas aptidões pessoais e na medida de seu poder individual, prever o resultado. Quando o resultado era previsível para o sujeito, temos a reprovabilidade da conduta.
CULPA CONSCIENTE E INCONSCIENTE: 
Na culpa inconsciente o resultado não é previsto pelo agente, embora previsível. É a culpa comum, que se manifesta pela imprudência, negligência ou imperícia. 
Na culpa consciente o resultado é previsto pelo sujeito, que espera levianamente que não ocorra ou que possa evitá-lo. É a chamada culpa com previsão. A previsão é elemento do dolo, mas excepcionalmente pode integrar a culpa. A culpa consciente se diferencia do dolo eventual. Neste o agente tolera a produção do resultado, o evento lhe é indiferente, tanto faz se ocorra ou não. Ele assume o risco da produção do resultado. Na culpa consciente, ao contrário, o agente não quer o resultado, não assume o risco nem ele lhe é tolerável ou indiferente. O resultado lhe é previsto, mas acredita, confia em sua não produção.
Ex. uma pessoa que atira em uma caça que está perto de seu companheiro. Confia em sua pontaria, é um campeão de tiro. Não quer o resultado e nem assume o risco de sua produção, uma vez que é campeão de tiro. O caçador atira e mata seu companheiro.
A culpa consciente equipara-se a inconsciente, assim como o dolo eventual se equipara ao direto.
CULPA PRÓPRIA E IMPRÓPRIA.
Culpa própria é a comum, em que o resultado não é previsto, embora seja previsível. Nela o sujeito não quer o resultado nem assume o risco de produzi-la.
Culpa imprópria é o resultado previsto e querido pelo agente, que labora em erro de tipo inescusável ou vencível. É um crime doloso a que o legislador aplica a pena do crime culposo.

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