Buscar

DIREITO%20PENAL_OAB1FASE_EXTENSIVO_18_04_2009_PROF_GUSTAVO_JUNQUEIRA_AULA_4

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

1ª FASE - EXTENSIVO MATUTINO - SÁBADO 
 Disciplina: Direito Penal 
 Prof.: Gustavo Junqueira 
 Data: 18/04/2009 
 Aula : 4 
 
 
- 1 – 
 
TEMAS TRATADOS EM SALA 
 
 
1. Nexo de causalidade 
 
Conceito = é a relação lógica, física entre conduta e resultado. O Brasil adota a teoria da 
equivalência dos antecedentes. 
Causa é toda condição sem a qual não teria ocorrido o resultado nas mesmas circunstâncias. 
(conditio sine qua non). 
Para instrumentalizar a conditio sine qual non foi criado o critério da eliminação hipotética. Esse 
critério elimine hipoteticamente a conduta da cadeia causal. Se o resultado se altera a conduta é 
causa. Se permanece igual não é causa. 
 
EXCEÇÃO: 
 
Há no entanto uma exceção, em que considera-se rompido o nexo de causalidade afirmado pelo 
critério da eliminação hipotética: CAUSA SUPERVENIENTE RELATIVAMENTE INDEPENDENTE. 
Não há nexo entre a conduta e o resultado. 
 
Requisitos: 
- Ela surge após a conduta; 
- não é o que costuma acontecer, é o imprevisível, o imponderável; 
 
2. Tipicidade 
 
É a perfeita adequação do fato ao modelo normativo. Todos os tipos do Código Penal são a 
princípio dolosos, pois o dolo está implícito em todos os tipos. Por outro lado a culpa só tem 
relevância penal no caso de previsão expressa, o que é raro em nosso sistema � regra da 
excepcionalidade do crime culposo. 
- Sem dolo ou culpa, não há crime conforme o já comentado princípio da culpabilidade, que rege o 
Direito Penal brasileiro. 
- Tipo Penal = o núcleo do tipo é o verbo que descreve a conduta proibida ou determinada. 
 
 – Tipicidade dolosa 
 
- Dolo é consciência e vontade. 
- No Brasil prevalece a teoria da Vontade ( tem dolo aquele que quer o resultado) do Assentimento 
(tem dolo aquele que prevê como possível o resultado, e mesmo assim continua atuando). 
 
- O dolo pode ser classificado em dolo: 
 
a) Natural/psicológico = tem consciência e vontade. É o dolo adotado hoje no Brasil. 
 
b) Normativo/jurídico = era adotado até a década de 1980. Ele tinha de diferente: consciência, 
vontade + consciência da ilicitude. 
 
c) Direto = o sujeito faz previsão do resultado e quer o resultado. 
 
d) Eventual = o sujeito faz previsão do resultado e tolera, assume, aceita o risco da sua 
produção. 
 1ª FASE - EXTENSIVO MATUTINO - SÁBADO 
 Disciplina: Direito Penal 
 Prof.: Gustavo Junqueira 
 Data: 18/04/2009 
 Aula : 4 
 
 
- 2 – 
 – Tipicidade culposa 
 
- É a quebra de um dever objetivo de cuidado. Também se exige previsibilidade objetiva, significa 
que da conduta tida como descuidada deve ser comum, previsível o resultado lesivo. 
- São cuidados normalmente conhecidos, que não precisam estar determinados em lei. A quebra 
desse dever de cuidado, imposto á todos, é o núcleo do tipo culposo. 
 
- A culpa pode ser classificada como: 
 
a) Culpa Consciente = Faz previsão do resultado, mais não aceita, tem certeza que vai evitar. 
 
b) Culpa Inconsciente = É aquela em que o sujeito não faz previsão do resultado, que seria 
objetivamente previsível. 
 
 
- Formas de quebra do dever de cuidado: negligência, imprudência e imperícia. 
 
- Negligência: é o descuido omissivo, ou seja, é o deixar de tomar o cuidado devido para evitar o 
resultado lesivo. 
- Imprudência: é o descuido comissivo, ou seja, é o agir descuidado, temerário. A quebra do dever 
de cuidado em ação positiva. 
- Imperícia: é a falta de talento (habilidade) ou conhecimento específico para a profissão, arte ou 
ofício. 
 
3. Crime Preterdoloso 
 
Conceito: É uma espécie de crime qualificado pelo resultado em que após descrever uma conduta 
dolosa o legislador faz a previsão de um resultado culposo capaz de influir na dosagem da pena. 
Crime praticado mediante ação dolosa com resultado posterior culposo. 
 
 Conduta dolosa + resultado culposo. Além do dolo, ainda tem a culpa 
 
 
 
3. Erro de tipo 
 
- Conceito: O sujeito atua em erro quando tem uma equivocada percepção da realidade. Tipo penal 
é o modelo de conduta descrita pela norma. O tipo pode ser incriminador ou permissivo. 
 
- Pode ser essencial e acidental. 
 
 - Essencial = Pode ser classificado em erro sobre elementar, erro sobre descriminantes. 
 
a) Elementar � É a falsa percepção de uma realidade, sobre um dado descrito. (Está no “caput” 
do artigo). O sujeito não tem consciência que realiza as elementares de um tipo. O erro sobre 
elementar de tipo incriminador sempre exclui o dolo. Pode ser classificado como erro evitável e 
inevitável: 
 
• Erro Inevitável: é aquele que o cuidado comum não evitaria. Se o cuidado comum não evitaria 
quer dizer que não há culpa. Conseqüência é que exclui a culpa. 
 
 1ª FASE - EXTENSIVO MATUTINO - SÁBADO 
 Disciplina: Direito Penal 
 Prof.: Gustavo Junqueira 
 Data: 18/04/2009 
 Aula : 4 
 
 
- 3 – 
• Erro Evitável: é aquele que o cuidado comum evitaria. Se o cuidado comum evitaria e se 
houve descuido, então há culpa, então o sujeito responde por culpa, se houver 
previsão. Significa que o agente rompeu com o cuidado devido, e a tomada das 
cautelas exigíveis ordinariamente evitaria o resultado. 
 
b)Erro sobre Discriminantes � É sinônimo de excludente de antijuridicidade. São elas: 
Legitima defesa; estado de necessidade; estrito cumprimento do dever legal; exercício regular 
do direito. 
 
Conceito = o sujeito por uma falsa percepção da realidade, acredita estar em situação que se 
fosse real tornaria sua conduta acobertada por uma excludente de antijuridicidade. 
Conseqüência = exclui o dolo; se for inevitável exclui a culpa, se evitável não há culpa. 
 
 
QUESTÕES SOBRE O TEMA 
 
 
1. (OAB.CESPE/2008.1) Acerca do dolo e da culpa, assinale a opção correta. 
a) Quando o agente comete erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime, exclui-se o 
dolo, embora seja permitida a punição por crime culposo, se previsto em lei. 
b) Quando o agente, embora não querendo diretamente praticar a infração penal, não se abstém 
de agir e, com isso, assume o risco de produzir o resultado que por ele já havia sido previsto e 
aceito, há culpa consciente. 
c) Quando o agente deixa de prever o resultado que lhe era previsível, fica caracterizada a culpa 
imprópria e o agente responderá por delito preterdoloso. 
d) Quando o agente, embora prevendo o resultado, não deixa de praticar a conduta porque 
acredita, sinceramente, que esse resultado não venha a ocorrer, caracteriza-se a culpa 
inconsciente. 
 
 
2. (OAB/MG . Ago 03) A mulher pratica violento esporte, mesmo prevendo que poder á vir a 
abortar. Acredita firmemente que tal não ocorrerá, vez que deseja intensamente ser mãe. 
Infelizmente, o aborto acontece, em razão da prática constante da modalidade esportiva, 
pela mulher. O elemento subjetivo que informou o comportamento da mulher, na produção 
do resultado morte do feto. à mulher é o (a): 
a) !dolo direto. 
b) !dolo indireto. 
c) !culpa inconsciente e o fato é típico. 
d)!culpa consciente, mas o fato é atípico. 
 
3.(OAB/CESPE – 2007.3.PR) Com relação aos crimes culposos, é correto afirmar que se 
denomina 
A) imprudência a conduta do atirador de elite que mata a vítima em vez de acertar o criminoso. 
B) culposa a conduta do motorista que foge, omitindo socorro após provocar um acidente de 
trânsito. 
C) imperícia a conduta do motorista que desrespeita um sinal vermelho em umcruzamento. 
D) negligência a conduta do pai que deixa sua arma de fogo ao alcance de seus filhos menores. 
 
 
GABARITO: 1.A; 2.D; 3. D.

Continue navegando