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Costa, Rogério Capacidade de Corrente Elétrica em Função da Variação da Temperatura

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REDE DOCTUM 
Curso de Graduação de Engenharia Elétrica 
 
 
 
 
 
Rogério Francisco Werly Costa 
 
 
 
 
CAPACIDADE DE CORRENTE ELÉTRICA EM FUNÇÃO DA 
VARIAÇÃO DA TEMPERATURA: 
como o excedente de temperatura prejudica o fluxo da corrente elétrica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caratinga 
2017 
2 
 
REDE DOCTUM 
Curso de Graduação de Engenharia Elétrica 
 
 
 
 
 
Rogério Francisco Werly Costa 
 
 
 
 
CAPACIDADE DE CORRENTE ELÉTRICA EM FUNÇÃO DA 
VARIAÇÃO DA TEMPERATURA: 
como o excedente de temperatura prejudica o fluxo da corrente elétrica 
 
 
 
Trabalho apresentado na disciplina 
de Disciplina Integradora IV, do 
curso de Graduação em 
Engenharia Elétrica das 
Faculdades Doctum de Caratinga. 
Professor: Joildo Fernandes Costa 
Junior. 
 
 
 
 
 
Caratinga 
2017 
3 
 
1. RESUMO 
 
O controle quanto ao sistema elétrico, de qualquer modalidade, é desafio que requer a 
compreensão da diversidade do próprio sistema, a fim de manter a estrutura física em 
condições plenas de operação. Para tanto, deve-se atentar para fios e cabos quanto as suas 
pertinências, onde a temperatura se torna fator dos mais primordiais, ainda que possa não 
parecer. Condições operacionais dos fios estão sujeitos a intensidade de corrente elétrica de 
trabalho em diferentes períodos e eventualidades, uma vez que há a possibilidade de 
sobrecargas e sobrecorrentes por curto circuito, carga média ou pesada, todos relacionados a 
peculiaridade do material empregado e sua difusidade térmica. 
A influência da temperatura no sistema acontece de modo tão intrínseco que sendo a 
corrente fator inversamente proporcional a resistência, que por sua vez é diretamente 
proporcional a temperatura acarreta que, se a escolha do material a ser usado como resistor 
considera a temperatura que o mesmo deverá atingir, sendo a resistência específica alta um 
mau condutor elétrico e de resistência específica baixa bom condutor, equivale que a alta 
temperatura aumenta a resistência. Pela lei de ohm, sendo a corrente inversamente 
proporcional a resistência, conclui-se que a alta temperatura diminui o fluxo da corrente. 
 
PALAVRAS CHAVE: temperatura x corrente elétrica, materiais isolantes, resistência 
 
2. INTRODUÇÃO 
 
Quando associa-se a temperatura à corrente a relação não se faz de forma direta, uma 
vez que o tempo é fator relevante. A princípio pode se levar em conta que o fluxo da corrente 
eleva a temperatura, e numa hipótese de más conduções do material condutor, extrapolar a 
temperatura acima do que pode ser suportado pelo fio ou cabo, por exemplo, o resultado, 
grosso modo, seria a diminuição da corrente acarretando na sequência fluxo de corrente que 
aumenta a temperatura que diminui a corrente. A corrente elétrica provoca vários efeitos, 
4 
 
sendo o efeito térmico ou joules um deles
1
. O chuveiro elétrico é um exemplo de 
eletrodoméstico que funciona utilizando o efeito térmico da corrente elétrica. O efeito térmico 
da corrente resulta dos choques dos eletrões do condutor durante seu percurso da corrente 
elétrica. Na proporção que os átomos recebem energia, vibram com mais intensidade, o que 
aumenta a temperatura do condutor. Sendo a temperatura uma grandeza física relacionada 
com o grau de vibração dos átomos e moléculas que constituem o corpo
2
, com o aumento 
desta, a corrente elétrica encontra obstáculos neste corpo, o condutor, diminuindo seu fluxo. 
Uma forma esclarecedora de apresentar a relação da temperatura é através da relação 
desta com a resistência e, por conseguinte com a corrente. A temperatura, corrente e 
resistência são fisicamente intrínsecas na atuação do sistema elétrico. “A temperatura do 
resistor muda bastante quando por ele está passando corrente elétrica, e consequentemente o 
valor de sua resistência elétrica também se altera: ele aumenta muito. Isso acontece porque o 
valor da resistência específica depende da temperatura” 3. 
 
 
2.1. VARIAÇÃO DA TEMPERATURA SOBRE O COMPORTAMENTO 
DA RESISTIVIDADE ELÉTRICA 
 
A resistividade elétrica apresenta comportamento que impõe restrições ao livre 
deslocamento do campo elétrico. É como a força de ação e reação da terceira lei de Newton
4
, 
uma vez que a resistividade interage na direção oposta a corrente elétrica. No comportamento 
da resistividade, influenciados pelos chamados “agentes influentes”, ocorrem três efeitos que 
intensificam o espalhamento dos elétrons, sendo os provenientes de impurezas de defeitos 
estruturais, o trabalho mecânico da deformação mecânica e a temperatura de trabalho 
 
1 A passagem da corrente elétrica através de condutores acarreta diferentes efeitos, dependendo da natureza do 
condutor e da intensidade da corrente. É comum dizer-se que a corrente elétrica tem cinco efeitos principais: 
fisiológico, térmico (ou Joule), químico, magnético e luminoso. http://slideplayer.com.br/slide/1271811/ pág.02. 
2 Temperatura e calor são conceitos distintos. C 
alor é energia térmica em trânsito de um corpo de maior temperatura para um corpo de menor temperatura. 
http://slideplayer.com.br/slide/10222282/ 
3 “O controle da corrente elétrica”. http://fep.if.usp.br/~profis/arquivos/GREF/eletro10-2.pdf 
4 “Analogamente aos conceitos da terceira lei de Newton, em que para toda ação aparece uma reação, na 
aceleração dos elétrons livres através do campo aplicado, surge uma força contrária ao sentido do campo, a qual 
impõe restrições ao livre deslocamento. Essa força aparece na interação de alguns aspectos que impõem efeitos 
intrínsecos no comportamento da Resistividade elétrica dob o ponto de vista de agentes que incrementam o 
espalhamento dos elétrons livres”. KAGAN, Nelson; OLIVEIRA, Carlos César Barioni de; ROBBA, Ernesto 
João. Introdução aos Sistemas de Distribuição de Energia elétrica. página 31. 
5 
 
resultado das vibrações térmicas (figura 01). A temperatura gera a vibração dos átomos 
resultando na dificuldade de movimentação dos elétrons na rede cristalina, o que requer 
monitoramento, controle ou precaução quanto à mesma, já que interfere na resistividade. 
 
Figura 1: Curva da temperatura relacionada a resistividade elétrica 
Fonte: adaptado de [KAGAN, 2010] 
 
 A compatibilidade da corrente com a temperatura acontece de modo inversamente 
proporcional à resistividade, onde o efeito de processo de circulação de corrente elétrica ao 
longo do perímetro do metal condutor. De modo contínuo, ocorre o aumento da quantidade de 
cargas elétricas transportadas, elevando a energia de ativação e a influência térmica gradiente, 
onde o aumento da corrente elétrica acarreta o aumento da temperatura, e daí o espalhamento 
de elétrons na estrutura cristalina do material e por fim, dificuldade de deslocamento dos 
próximos elétrons. A resistividade elétrica aumenta, imediatamente o aumento da 
temperatura, de forma linear, indicando uma parábola durante o processo do aumento da 
temperatura, anteriormente e posteriormente (figura 02). 
 De acordo com o IEC – Internacional Electrotechnical Commission5, o padrão 
de temperatura adotado como referência são 20°C. Dentro da relação RxT, o coeficiente β 
define a variação da resistência em função da temperatura. Na tabela 01 observa-se a 
resistividade e o coeficiente de variação da resistência para a temperatura de materiais à 20°C. 
 
5 A International Electrotechnical Commission (IEC) é uma organização sem fins lucrativos , quase 
governamental, fundada em 1906. http://www.iec.ch/about/profile/?ref=menu6 
 
A capacidade de cada material utilizado como condutor resistir à corrente elétrica leva 
em conta a temperatura que o mesmo deverá atingir. Em razão da peculiaridade de cada 
material, essa capacidade é chamada de resistência específica e dita se o material é bom 
condutor ou não, sendo bom condutor um material com resistência específica baixa e vice 
versa (tabela 2). 
 
 Figura 2: Função representativa da temperatura em relação a proporcionalidade da resistência. 
Fonte: adaptado de [KAGAN, 2010] 
 
Tabela 1: Resistividade e coeficiente de variação da Resistência para tmperaturas de materiais à 20°C 
Fonte: adaptado de [KAGAN, 2010] 
 
A medida que é elucidado o assunto acerca da resistividade elétrica e da relação com a 
temperatura, esplana a interação com a corrente, pois é por esta que se pode dimmerizar o 
aquecimento dos aparelhos resistivos. Meio de controlar o valor da corrente elétrica é definir 
material para o resistor, resistividade, comprimento e área, ou critério físico que é a própria 
resistividade e critério dimensional, que são o comprimento e a espessura do material. Adota- 
se, conforme a equação abaixo, o cálculo da resistência elétrica, sendo R (resistência elétrica 
7 
 
 
Tabela 2: Resistência específica de alguns materiais 
Fonte: http://fep.if.usp.br/~profis/arquivos/GREF/eletro10-2.pdf (acessado em outubro de 2017) 
 
do resistor), ρ a resistência específica do material, 𝑙 o comprimento do resistor e A a área de 
sua espessura. 
 R= ρ 
 𝑙
A
 
Sendo a corrente inversamente proporcional a resistência, onde, por exemplo, o 
filamento de uma lâmpada tem sua resistência elétrica menor para lâmpadas com filamento 
mais espesso e por consequência maior possibilidade de fluxo de corrente elétrica e por 
conseguinte a potência. O chuveiro elétrico já possui maior resistência quanto maior o 
comprimento do filamento (figura 03), que é o módulo verão, com menor resistência e menor 
fluxo de corrente do que o módulo inverno. Sendo a temperatura influenciadora inversamente 
proporcional a corrente e proporcional a resistência, e sendo a corrente e resistência elétrica 
inversamente proporcional, pela lei de Ohm
6
 temos: 
V é a diferença de potencial elétrico (ou tensão, ou d.d.p.) medida em volt (V) 
I é a intensidade da corrente elétrica medida em ampére (A) e 
 
6 Lei de Ohm: “quando esta lei é respeitada por um determinado condutor mantido à temperatura constante, este 
denomina-se condutor ôhmico. A resistência de um dispositivo condutor é dada pela equação de Ohm. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Ohm (acessado outubro de 2017) 
 
8 
 
R é a resistência elétrica medida em ohm (Ω) 
 
R= 
 V
 I
7 
 
Figura 3: Maior o comprimentodo filamento (verão), maior a resistência elétrica. 
Fonte: adaptado de [KAGAN, 2010] 
 
Durante o fluxo da corrente elétrica pelo resistor, há a alteração da temperatura, 
alterando por consequência o valor da resistência e reforçando o princípio do valor da 
resistência elétrica em função da temperatura
8
. 
 
3. DESENVOLVIMENTO 
 
Quando se trata de resistividade R, resistência específica ρ, comprimento e área A 
(espessura), o encontro com os materiais condutores e suas peculiaridades, a fim de 
 
7 V = RI. https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Ohm (acessado outubro de 2017) 
8 A resistência elétrica pode ser entendida como a dificuldade de se estabelecer uma corrente elétrica num 
determinado condutor. Por exemplo, um fio de nicromo precisa ser submetido à uma diferença de potencial 
elétrico de 300V para que seja estabelecida uma de 1A, enquanto um fio de tungstênio precisa ser submetido à 
apenas 15V para que nele se estabeleça a mesma corrente. Isto significa que a resistência elétrica do nicromo é 
maior do que a do tungstênio. https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Ohm (acessado outubro de 2017) 
 
9 
 
complementar o assunto, é essencialmente relevante. Para tanto, vai-se de encontro aos fios e 
cabos, sendo os cabos elétricos uma das mais usuais formas de condução de energia elétrica. 
 
3.1. SELEÇÃO E DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES 
 
 
Quando se trata de resistividade R, resistência específica ρ, comprimento e área A 
(espessura), o encontro com os materiais condutores e suas peculiaridades, a fim de 
complementar o assunto, é essencialmente relevante. Para tanto, vai-se de encontro aos fios e 
cabos, sendo os cabos elétricos uma das mais usuais formas de condução de energia elétrica. 
 Um cabo elétrico é um tipo de condutor, com seção geralmente transversal circular. 
Para precaver contra problemas elétricos, o cabo é coberto por material isolante. O uso do 
cobre e do alumínio são as formas mais comuns, cada qual com sua peculiaridade. O cobre é 
mais caro e mais resistente, o alumínio tem menor custo etc. Chama-se fio quando o condutor 
é sólido e cabo quando é encordoado. Além do isolamento elétrico, o material isolante tem 
como precaução primordial o aquecimento provocado pela temperatura, sendo a temperatura 
final atingida em razão do aquecimento pelo efeito Joule mediante a passagem de corrente 
elétrica. O uso do material isolante conta com uma ou mais camadas de acordo com as razões 
que requerem isolamento, além das relacionadas com a temperatura, como por exemplo, 
contra agentes químicos
9
 (figura 04). Sendo a temperatura responsável pela perda das 
propriedades do isolante que protege o fio ou cabo, a mesma limita a vida útil do material 
porque cada qual tem um limite específico. De acordo com a norma NBR 5410 no que se 
refere à escolha da seção de um condutor e proteção isolante do mesmo, a seção mínima, 
capacidade de condução de corrente (submetidos aos efeitos térmicos produzidos pela 
circulação da corrente elétrica), queda de tensão e sobrecarga são critérios principais. Para a 
seção requer conferir a capacidade de condução de corrente e o limite de queda de tensão, 
adotando-se portanto, por segurança, a maior seção. Num segundo critério, a capacidade dos 
condutores com relação às sobrecargas e curto-circuitos. 
 
9 “Os cabos podem conter ainda outras camadas como por exemplo capas que normalmente tem função 
complementar não relacionada a isolamento. Por exemplo, um cabo pode ter uma capa de material resistente a 
algum agente químico específico, que poderia atacar o isolamento, A capa pode ser feita de material de menos 
atrito, permitindo que o mesmo deslize mais facilmente e outras aplicações”. 
http://www.grupoteles.com.br/files/artigo00113.pdf 
10 
 
Figura 4: Tipos de cabos elétricos de potência em baixa tensão. Corte de um cabo coaxial. 
Fonte: http://www.ipce.com.br/old/introducao.html (acessado em outubro de 2017) 
 
3.1.1. SEÇÃO MÍNIMA DOS CABOS CONDUTORES 
 
 
Antes de tratar dos materiais isolantes e suas peculiaridades, vale destacar a espessura 
da seção dos cabos condutores. Sendo a seção a área A da equação R = ρ ( / A) de fato é 
relevante sua abordagem, visto na tabela 03 abaixo: 
 
Tabela 3: seção mínima dos condutores. 
 Fonte: adaptado [LIMA, CEFET, 2011] 
11 
 
3.1.2. MATERIAIS ISOLANTES E MEIOS DE ISOLAMENTO 
 
 
O tipo de isolação determinará a temperatura máxima suportada pelos condutores, nas 
condições de regime contínuo, em sobrecarga ou em curto-circuito (tabela 04). A isolação de 
PVC sobre os condutores são mais usualmente empregados em instalações elétricas prediais.Quando apresentado duas condições distintas no modo de instalação, definir pelo 
dimensionamento de acordo com a condição mais desfavorável de troca térmica com o meio 
ambiente, sempre precavendo contra a pior possibilidade. 
Tabela 4: temperaturas características dos condutores 
Fonte: tabela 35 da NBR 5410/04 
 
Deve-se considerar que um cabo é dito 70° ou 90°, conforme a chamada temperatura de 
trabalho
10
, onde um maior cabo é capaz de conduzir maior corrente. Os níveis de tensão 
também são variados, sendo os de 750V, 1000V e 1kV os mais usuais, o que significa a 
tensão de trabalho do cabo, claro que associados as condições e peculiaridades do material 
isolante e camadas do material. Além do material isolante em si, ou seja, o que encoberta o fio 
ou o cabo, há também no modo de instalação meio de precaver a condução de corrente para 
fora do que é objetivado. Para tanto existem métodos de instalação
11
, nomenclaturas e, por 
conseguinte, tipos de linhas elétricas. São parâmetros de diâmetros de cabo, distância da 
parede onde fica instalado o cabo(s), o que é considerada bandeja perfurada ou não perfurada, 
 
10 “A classificação de um cabo pela sua temperatura de trabalho diz respeito a sua capacidade de condução, 
determinada pela sua temperatura de trabalho. Já a tensão diz respeito ao nível de isolamento do cabo e define a 
sua tensão de trabalho. http://www.grupoteles.com.br/files/artigo00113.pdf (acessado em 11/10/2017) 
11 Os métodos de referência são os métodos de instalação, indicados na IEC 60364-5-52, para os quais a 
capacidade de condução de corrente foi determinada por ensaio ou por cálculo. LIMA, Gilmário. Condutores 
Elétricos: Critério da Capacidade de Condução de Corrente. 2011. 
12 
 
determinação da capacidade de condução de corrente para adequação ao tipo de linha elétrica, 
regras para linhas elétricas isoladas etc (vide anexo 01). 
 
3.2. CAPACIDADE DE CORRENTE ELÉTRICA NOMINAL EM FUNÇÃO DA 
VARIAÇÃO DA TEMPERATURA 
 
Os conceitos de transferência de calor são fatores intrínsecos a questão do comportamento 
térmico em condutores de energia pela influência da circulação de corrente, onde o efeito 
Joule mediante fluxo da corrente elétrica e a contra partida da resistência, ocorrendo perdas de 
calor e potência elétrica dissipada. A transferência de calor é uma consequência dessa reação, 
acarretando calor ao meio ambiente externo, assim como calor gerado acumulado em seu 
interior. A leitura deste processo pode ser feito da seguinte forma: Calor produzido pelo efeito 
Joule = calor transferido ao ambiente + variação da energia interna, ou seja, no fio. O 
incremento da energia interna é resultado desta reação, assim como o aumento da 
temperatura. Algumas condições
12
 para o equilíbrio térmico estão definidas essencialmente na 
temperatura uniforme no perímetro externo do condutor e na área interna. Não menos 
relevante é a condição da capacidade térmica do condutor que define a temperatura constante 
a determinada distância do mesmo. Por fim, a resistividade que deve ser considerada 
constante para pequenas variações de temperatura. 
A influência da temperatura no fluxo da corrente e por sua vez relacionado a seção 
transversal de fios e cabos pode ser visto na tabela e figura 05, que trata de condutores de 
cobre nu para temperatura ambiente de 30°C. É exemplo de como a seção influencia na 
resistência do condutor precavendo quanto ao aquecimento ocasionado por temperatura acima 
do máximo seguro. Importante analisar que o acréscimo linear na temperatura é produzido 
pelo aumento logarítmico na intensidade da corrente. A temperatura de 30°C e circulação de 
corrente continuamente apresenta a tendência da evolução da corrente na influência da temperatura. A 
relação logarítmica se dá por meio da equação y = a.xª, refletindo um coeficiente médio de 45% da 
capacidade nominal de um condutor, para iniciar-se o gradiente da temperatura. 
 
12 “Em [Kagan et al, 2005] está descrito que estas condições implicam no balanço térmico ao longo do perímetro 
do condutor. BARCELOS, Sérgio Martins. Influência da Temperatura e Corrente de Trabalho, nas características 
elétricas e mecânicas do cobre eletrolítico. 2010. 
13 
 
Tabela 5 (topo) e figura 5 (acima): capacidade de corrente para condutores de cobre nu limitado a 
índice de variação da temperatura. Fonte: adaptado de [BARCELOS, 2010] 
 
3.3. CONTROLE DA CORRENTE ELÉTRICA 
 
 
Foi elucidado que resistência específica é a capacidade de cada material de “resistir” à 
corrente elétrica, onde a resistência específica alta significa mau condutor elétrico. Controle 
da corrente é o meio de graduar o aquecimento gerado pelos aparelhos resistivos. Grosso 
14 
 
modo, a escolha correta do resistor com espessura e comprimento adequados acarreta na 
resistência elétrica determinada e por consequência o valor da corrente elétrica pode ser 
controlado. A fórmula R = ρ ( / A)13 possibilita obter o valor numérico da resistência do 
resistor dos aparelhos resistivos, seja do chuveiro, dos fios de ligação, dos cabos ou filamento 
de lâmpadas. O componente dimensional (comprimento) e A (área da seção transversal) 
influencia na resistividade R, sendo que um filamento de espessura maior terá sua resistência 
menor, mas maior sua corrente elétrica e sua potência elétrica. 
Temperatura x corrente x resistor: a temperatura do resistor muda consideravelmente 
quando a corrente elétrica transita pelo mesmo, o que altera (aumenta) sua resistência elétrica, 
já que a resistência específica depende da temperatura. A fórmula que possibilita obter da 
resistência considerando tensão e corrente é a Lei de Ohm: R=V/I
14
, sendo a corrente elétrica 
(I) inversamente proporcional a resistência elétrica (R). Portanto, pela fórmula da Lei de 
Ohm, considerando que a temperatura aumenta proporcionalmente com a resistência, a 
corrente elétrica, inversamente proporcional a resistência, diminui. 
 
4. CONCLUSÃO 
 
O presente trabalho dialoga a relação da temperatura na resistência e na corrente elétrica, 
mas também diagnostica quanto ao aumento da temperatura como resultado do aumento da 
corrente elétrica, até que a elevação gradativa da temperatura diminua o fluxo da corrente. O 
“veículo” por onde flui a corrente elétrica, o condutor, é essencial na elucidação do assunto 
proposto, assim como a proteção, o material isolante, considerando suas peculiaridades que 
envolvem e participam do processo temperatura x corrente elétrica x resistência. Existem 
métodos de instalação (IEC) calcado em premissas coerentes de precaução quanto a eventuais 
problemas elétricos e ainda uma diversidade de meios de informação que orientam e 
asseguram sucesso nas instalações elétricas nas suas variadas formas e situações (prediais, 
residenciais, industriais etc). Complementando as possibilidades, o mercado, diverso e amplo, 
 
13 R, a resistência elétrica, ρ a resistência específica do material, 𝑙 o comprimento do resistor e A a área da seção 
transversal circular. http://fep.if.usp.br/~profis/arquivos/GERF/eletro10-2.pdf (acessado em 13/10/2017) 
14 Lei de Ohm: “quando esta lei é respeitada por um determinado condutor mantido à temperatura constante, este 
denomina-se condutor ôhmico. A resistência de um dispositivo condutor é dada pela equação de Ohm. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Ohm (acessado outubro de 2017) 
15 
 
oferece produtos uteis para quaisquer necessidades projetuais e práticas no âmbito dos 
sistemas elétricos. 
Considera-se o modo como o presente trabalho se apresenta,capaz de auxiliar e informar, 
concomitante a milhares de outras pesquisas, também dos veículos atuais de informação, 
abrangente e disponível, como é o caso da internet, e ainda da condição atual de um mercado 
que oferta produtos do âmbito da eletro eletrônica. Fatores que demonstram que temos, nós 
cidadãos, os meios, tanto produto quanto informação, para garantir instalações elétricas 
seguras. Com base nesta condição, se faz necessário o uso de fios e cabos corretos, em termos 
de espessura, sobretudo, considerando o condutor mais eficiente, materiais isolantes 
adequados, evitando economia incoerente dos produtos necessários e precavendo incidentes 
elétricos perigosos. 
 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BARCELOS, Sérgio Martins. Influência da Temperatura e Corrente de Trabalho, nas 
características elétricas e mecânicas do cobre eletrolítico. 2010. 79 f. Dissertação 
(Mestrado em Engenharia) – Escola de Engenharia, Universidade Federal do Rio Grande 
do Sul – UFRGS, Porto Alegre, RS 
 
CEZAR, Alex Boiarski. Monitoramento da transição da fase estrutural CCC-CFC da liga 
CoxFe100-x eletrodepositada. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Paraná – 
UFPR, Curitiba, 2006. Disponível em http://livros01.livrosgratis.com.br/cp066609.pdf. 
acessado em outubro de 2017. 
 
KAGAN, Nelson; OLIVEIRA, Carlos César Barioni de; ROBBA, Ernesto João. 
Introdução aos Sistemas de Distribuição de Energia elétrica. 2° edição 2010, EDITORA 
Edgard Blucher Ltda, São Paulo, SP. 
 
LIMA, Gilmário. Condutores Elétricos: Critério da Capacidade de Condução de 
Corrente. 2011. 86 f . Centro Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco – CEFET-
PE, Pernambuco. 
16 
 
SILVA, Rodrigo Lacerda da. Oscilações Espontâneas de Corrente Elétrica e rotas para o 
caos em GaAs Semi-isolante. 2006. 121 f. Dissertação (Tese em Física) – Escola de 
Física, Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, Belo Horizonte, MG 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Ohm (acessado em 11/10/2017) 
 
http://www.grupoteles.com.br/files/artigo00113.pdf (acessado em 11/10/2017) 
 
http://fep.if.usp.br/~profis/arquivos/GREF/eletro10-2.pdf (acessado em 12/10/2017) 
 
http://slideplayer.com.br/slide/1271848/ (acessado em 12/10/2017) 
 
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/resistencia-eletrica-temperatura.htm (acessado 
em 12/10/2017) 
 
http://slideplayer.com.br/slide/10222282/ (acessado em 12/10/2017) 
 
http://www.ipce.com.br/old/introducao.html (acessado em 13/10/2017) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
6. ANEXOS 
 
Anexo 1: TIPOS DE LINHAS ELÉTRICAS
18 
 
19 
 
 
20 
 
 
21 
 
Fonte: adaptado de [LIMA, CEFET, 2011]

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