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Ve rsã o p ara co ns ult a MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DA ÁREA ACADEMICA IV COORDENAÇÃO DA ÁREA ACADÊMICA DE MECÂNICA PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA (Reconhecido pela Portaria/SRSES/MEC/Nº 309, de 28/04/2015, D.O.U. de 29/04/2015, Seção 1, p. 33) Início da Matriz Curricular: 19/04/2010 (2010/1) * Com acréscimos de duas disciplinas optativas para atender exigências de reconhecimento - Ata 001/13_NDE - 15/05/2013) ** Com unificação de disciplinas e códigos para facilitar o fluxo entre as engenharias do IFG – Março de 2015 Reitor: Prof. Paulo César Pereira Direção de Ensino: Profa. Gilda Guimarães Chefe de Departamento: Prof. Arquimedes Lopes da Silva Coordenação de Mecânica: Profa. Maria Inês Miranda Elaboração do Projeto: Prof. Marco Aurélio Brazão Costa Badan Goiânia, maio de 2009 Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 2 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 Revisão eUnificação Março/2015 Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 3 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 Nome da Unidade : Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás. C N P J : 33.602.608/0001-45 Endereço : Rua 75, nº 46, centro, Goiânia – GO. CEP:74055-110 Departamento : ÁREA ACADEMICA IV Área Secundária : MECÂNICA PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA Equipe responsável pela elaboração e execução do projeto Nome Função/Cargo na Escola Assinatura Carlos Alberto de Almeida Vilela Equipe colaboradora / Professor Doutor em Eng Mecânica Jair Dinoah de Araújo Junior Equipe colaboradora / Professor – Mestrando em Eng Mecânica Marco Aurélio Brazão Costa Badan Elaboração e Coordenação / Professor Mestrando em Eng Mecânica APROVAÇÕES Local: Goiânia - GO Data: 04/05/09 Assinatura do Coordenador do Projeto Assinatura da Coordenação de Mecânica Oooooo Assinatura do Chefe de Departamento Oooooo Assinatura da Direção de Ensino Oooooo Assinatura do Reitor Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 4 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 ÍNDICE APRESENTAÇÃO 04 1. INTRODUÇÃO 05 2. JUSTIFICATIVA 09 3. PAPEL DO ENGENHEIRO MECÂNICO NA SOCIEDADE 20 4. BASES LEGAIS 22 4.1 - Âmbito institucional 22 4.2 - Âmbito educacional 24 4.3 - Âmbito CREA / CONFEA 24 5. PROJETO PEDAGÓGICO 25 5.1 - Objetivos gerais 25 5.2 - Objetivos específicos 27 5.3 – Estrutura curricular 28 5.4 – Grade curricular 30 Fluxograma do curso 34 5.5 - Conteúdos básicos e profissionalizantes 35 5.6 – Estágio Supervisionado 37 5.7 – Regulamento de Trabalho de Conclusão de Curso 39 5.8 – Atividades complementares 47 Monitoria 47 Iniciação científica 48 Estágios não obrigatórios 48 Visitas técnicas e/ou viagens de estudo 48 Projetos conforme regras específicas p/ competições 49 Empresa Júnior 49 Programa especial de treinamento 49 Cooperação Internacional 49 5.9 – Qualificação docente e estrutura laboratorial 50 5.10 – Sistema de avaliação do ensino-aprendizado 51 5.11 – Auto-avaliação do curso 51 6. OPERACIONALIZAÇÃO 53 6.1 – Aproveitamento de estudos 55 7. CONCLUSÕES 57 8. BIBLIOGRAFIA 59 ANEXOS A1 – Ementas das disciplinas 60 A2 – Corpo docente 212 A3 – Relação de laboratórios 232 A4 – Relatório do Observatório Nacional do Trabalho e da Educação Profissional. e Tecnológica 242 A5 – Diretrizes do projeto pedagógico institucional 262 A6 – Documentos CREA - GO 278 A7 – Parecer de aprovação no Departamento IV 284 Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 5 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 APRESENTAÇÃO Apresentamos este, como o Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Mecânica do IFG, resultado do anseio da comunidade envolvida e principalmente, pelo desenvolvimento industrial e tecnológico atualmente alcançado pelo estado de Goiás. Este projeto é concebido para a implantação de um curso de qualidade que atenda as necessidades do mercado, bases legais educacionais e ainda as novas diretrizes do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura. Para delinear o projeto foram realizadas reuniões com professores, alunos e ex- alunos relativas às perspectivas atuais e futuras dos egressos do curso de Tecnologia Mecânica no mercado de trabalho e ainda consultas a professores de Engenharia Mecânica de outras instituições. Sugestões apresentadas foram discutidas e avaliadas. Neste contexto, foi desenhado o formato do curso aqui aprovado pela coordenação da área de mecânica. Mais importante do que construir um projeto pedagógico é formar um cidadão. Fazê-lo adquirir competência, maturidade e consciência de sua capacidade e ser gerador de mudanças na sociedade e principalmente ainda no contexto pessoal e familiar. Desejamos que este projeto atinja estes anseios Prof. Marco Aurélio Brazão Costa Badan Coordenação e Organização do projeto do Curso de Engenharia Mecânica “Se você medir aquilo sobre o que você fala e expressar por um número, você sabe algo sobre o assunto; mas se não puder medi-lo, seu conhecimento é pouco ou insatisfatório” (Lord Kelvin) Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 6 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 1 - INTRODUÇÃO O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnológica de Goiás (IFG), criado em 2008, possui uma longa trajetória, que se iniciou com a fundação da Escola de Aprendizes Artífices, em 1909, pelo presidente da República Nilo Peçanha, através do Decreto n. 7566 de agosto daquele ano, essa escola funcionava na capital do estado de Goiás. A criação de uma rede federal de Escolas de Aprendizes Artífices, uma em cada capital, atenderia segundo os argumentos da legislação, à necessidade de se ofertar à população carente uma alternativa de educação, voltada para a qualificação, o treinamento e/ou “adestramento” para o trabalho, preparando os meninos ainda jovens para o exercício de uma profissão ou para o domínio de um ofício, como era linguagem corrente. Sob o argumento de se evitar e prevenir a marginalidade a que estava exposta a população jovem oriunda de famíliasde baixa renda, criou-se estas escolas, mas não assegurou-se a equivalência com o ensino formal. Na época procurava capacitar seus alunos em cursos como: oficina de forjas e serralharia, sapataria, alfaiataria, marcenaria e empalhação, selaria e correiaria. [1] Com a transferência da capital para Goiânia, a Escola passou a funcionar a partir de 1942, em seu prédio atual, com a denominação de Escola Técnica de Goiânia. Na época, oferecia cursos na área industrial os quais ainda não tinham equivalência com o ensino secundário regular. Em fevereiro de 1959 a escola foi transformada em autarquia federal, com autonomia didática, administrativa, técnica e financeira. Em agosto de 1965, passou a denominar-se Escola Técnica Federal de Goiás, atuando basicamente na oferta de cursos técnicos na área industrial, integrado ao ensino de 2º grau, hoje, ensino médio.[1] A Unidade de Ensino Descentralizada da Escola Técnica Federal de Goiás em Jataí (UNED/Jataí) foi criada dentro do projeto de expansão do Ensino Técnico, no então governo do Presidente José Sarney e diante da iniciativa do Ministério da Educação. O parâmetro principal tomado como referência para a criação dos cursos de Agrimensura, Edificações e Eletrotécnica foi à pesquisa de levantamento de interesses e opinião da comunidade, cujos resultados definiram pela criação de cursos voltados para as áreas de Construção Civil e Eletricidade. A Unidade de Jataí começou a funcionar em 18 de abril de 1988, em uma modesta instalação cedida pelo município. [1] Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 7 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 Pelo Decreto sem número de 22 de março de 1999, a Escola Técnica Federal de Goiás foi transformada em Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás, CEFET- GO. A Instituição, de acordo decreto 2406 de 27 de novembro de 1997, possui autonomia para propor e ofertar cursos de nível básico, técnico e curso superior da educação profissional. Na unidade de Goiânia são ofertados cursos superiores nas áreas: Eletromecânica, Construção de Edifícios, Construção de Vias, Saneamento Ambiental, Química Industrial, Telecomunicações, Agrimensura, Geoprocessamento, Hotelaria, Turismo e Transportes. Na Unidade de Jataí, os cursos de Informática e de Licenciatura em física. [1] São também ofertados os cursos de ensino de nível técnico em: Edificações, Eletrotécnica, Telecomunicações, Meio Ambiente, Cartografia, Mineração, Mecânica, Trânsito, Serviços de Alimentação e Artes-Música na unidade de Goiânia. Além de: Edificações, Eletrotécnica e Agrimensura em Jataí. [1] Em 2006, por meio do programa de expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, foi criada a unidade de ensino descentralizada de Inhumas. Em seqüência, houve a implantação de mais dois campi no segundo semestre de 2008, um em Itumbiara e outro em Uruaçu. Ainda deverão integrar a rede, a partir de 2009, as unidades de Anápolis, Aparecida de Goiânia, Formosa e Luziânia. Em uma segunda fase de expansão, iniciada em 2007, prevê a implantação de mais de 150 novas unidades de ensino, totalizando a criação de 180 mil vagas. A Rede Federal de Educação Tecnológica passará a contar com 500 mil matriculas e 354 unidades instaladas pelo país. Para consolidar o processo de evolução da educação profissional tecnológica e atingir condições estruturais necessárias ao desenvolvimento educacional, os Centro Federais de Educação Tecnológica foram levados à categoria de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, pela Lei nº 11.892 de 28 de dezembro de 2008, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Hoje o IFG, ocupa uma área construída de 24.551,75 m2 em Goiânia, tendo como dependências um ginásio e quadras de esportes, teatro, biblioteca, auditórios, sala de tele-conferência, Salas-ambientes para aulas de formação geral e laboratórios específicos para todas as habilitações ministradas, além dos setores administrativos. [1] Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 8 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 Com a missão de formar um profissional-cidadão, o IFG trabalha com a perspectiva da formação integral de seus alunos, procurando oferecer, além de um sólido conhecimento na área tecnológica, uma formação humanística e reflexiva, utilizando-se de disciplinas como sociologia, filosofia, teatro, música, dança e artes plásticas. [1] Enquanto Instituição de Ensino Superior, grandes desafios tem sido colocados para o IFG no sentido da consolidação de uma Instituição de ensino pública, gratuita e de qualidade, preocupada não apenas com as necessidades do mercado, mas da sociedade. O IFG tem desenvolvido pesquisas na área de química, fabricação, mecânica, construção civil e eletrotécnica; como atividades de extensão, tem ofertado cursos básicos, de forma a atender pessoas com baixa e nenhuma escolaridade. Também realiza importantes atividades na área de cultura como o Festival de Artes da Cidade de Goiás. [1] O ingresso nos cursos de nível técnico tem se dado tradicionalmente por meio de processo seletivo e para os cursos superiores através de Vestibular. Os cursos de nível básico destinam-se a trabalhadores com qualquer nível de escolaridade e não exigem processo seletivo. O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnológica de Goiás – IFG tem como principais características: [1] oferta de educação profissional, levando em conta o avanço do conhecimento tecnológico e a incorporação crescente de novos métodos e processos de produção e distribuição de bens e serviços; atuação prioritária na área tecnológica nos diversos setores da economia; conjugação, no ensino, da teoria com a pratica; integração efetivada da educação profissional aos diferentes níveis e modalidades de ensino, ao trabalho, à ciência e a tecnologia; utilização compartilhada dos laboratórios e os recursos humanos pelos diferentes níveis e modalidades de ensino; oferta do ensino tecnológico superior; oferta de formação especializada, levando em consideração as tendências do setor produtivo e do desenvolvimento tecnológico; realização de pesquisas aplicadas e prestação de serviços; desenvolvimento da atividade docente, integrando os diferentes níveis e modalidades de ensino; desenvolvimento do processo educacional que favoreça, de modo permanente, a transformação do conhecimento em bens e serviços, em beneficio da sociedade; Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 9 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 estrutura organizacional flexível, racional e adequada às suas peculiaridades e objetivos; integração das ações educacionais com as expectativas da sociedade e as tendências do setor produtivo. Observada as características, tem por objetivos: [1] ministrar cursos de qualificação e re-profissionalização e outros níveis básicos da educação profissional; ministrar ensino técnico, destinado a proporcionar habilitaçãopara os diferentes setores da economia; ministrar ensino médio; ministrar ensino superior; oferecer educação continuada, por diferentes mecanismos, bem como programas especiais de formação pedagógica para as disciplinas de educação cientifica e tecnológica; realizar pesquisa aplicada e extensão, estimulando o desenvolvimento de soluções tecnológicas e educacionais, estendendo seus benefícios à comunidade. Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 10 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 2 - JUSTIFICATIVA O estado de Goiás tem apresentado expressivo crescimento industrial nos últimos anos graças aos incentivos oferecidos pelo governo para a instalação de novas empresas. Entre os setores industriais mais expressivos se destacam as agroindústrias, as minerações, o setor farmo-químico, o setor alimentício, setor de serviços, as indústrias de base e ainda o setor de montagem automotiva. A ascensão econômica do estado, frequentemente é divulgada na mídia com base nos dados oficiais dos institutos de pesquisas estatísticas. Em 14/11/08 o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgou que oito estados contribuem com 78% do PIB brasileiro, Distrito Federal é a oitava economia do pais com 3,78% de participação e Goiás é a nona economia com 2,41%. O IBGE apresenta ainda em seu site pesquisa industrial por região. O valor bruto da produção industrial de Goiás corresponde 50% da região Centro Oeste, e ainda 48% do total de custos de operação industrial, 53% do valor de transformação industrial e emprega 52% das pessoas do segmento industrial. [2] Destaca-se ainda o crescimento industrial, segundo reportagem do Jornal Opção (2008), e de acordo com os dados do IBGE, Goiás tinha 11.678 unidades industriais em 1998. Dois anos depois, no ano de 2003, o Estado já contava com 13.434 unidades industriais, com um aumento de 15,04%. A indústria alimentícia teve um crescimento expressivo e já participa com cerca de quatro por cento da indústria do país. Hoje, a indústria goiana já responde por mais de 30 por cento do PIB do Estado. Goiás não chega ainda, a ser um Estado industrial, mas caminha a passos largos nesse sentido. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em setembro de 2008, apresentam resultados surpreendentes, mostrando Goiás à frente no crescimento da produção física da indústria no Brasil em 2008. Essas conclusões confirmam tendências anteriormente apuradas pela Federação das Indústrias do estado de Goiás (FIEG) no transcorrer do ano. Na comparação da produção de julho com a do mês anterior, a evolução positiva em Goiás foi de 3,1%, ficando acima de todas as regiões pesquisadas. No acumulado do ano, o resultado da indústria goiana aparece na vice-liderança, com 12,8%, sendo superado apenas pelo Paraná. O resultado mais elevado está na comparação de julho de 2008 com igual mês do ano passado: Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 11 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 crescimento de 17,6%, superando o desempenho de todas as demais regiões pesquisadas, elevando o crescimento médio nos últimos 12 meses para 8,8%. A FIEG acredita que o bom desempenho verificado até agora se sustentará até o final do ano, resultando na melhor performance dos últimos anos. Para a instituição os números do IBGE confirmam o acerto das decisões empresariais de investir na modernização do parque industrial e na valorização dos seus recursos humanos, fatores essenciais para atender as exigentes demandas dos mercados interno e externo. Segundo a SEPLAN (2008), a abundância de matéria-prima fez com que, nos últimos anos, grandes empreendimentos do ramo da indústria alimentícia transferissem suas plantas industriais para Goiás, o que possibilitou maior agregação de valor aos produtos da agropecuária, que, há pouco tempo atrás, eram comercializados in natura em sua quase totalidade. São diversos produtos beneficiados no Estado, os principais são derivados da soja, milho, cana-de-açúcar, leite, tomatados, massas, conservas, biscoitos e frigoríficos (de bovinos, suínos e aves). Neste setor ainda há que se destacar a importante produção de bebidas (refrigerantes, cervejas, sucos e água mineral). Dentre as indústrias do ramo alimentício, deve-se destacar a Perdigão, processadora de carnes de aves e suínos, no município de Rio Verde. Implantada em 1999, já passou por várias ampliações da sua capacidade de produção. Outras plantas da empresa foram instaladas nos municípios de Mineiros e Jataí, aumentando sua atuação em Goiás. Há ainda grandes empresas como a Bunge, Caramuru, Comigo e Granol, que são gigantes da área de óleos vegetais. A indústria alimentícia é de grande importância na economia do Estado, pois representa 52,5% do total da indústria goiana e participa com 5,4% da indústria alimentícia nacional (SEPLAN, 2008). O Jornal O Popular, de Goiânia, publicou no dia 15 de junho de 2008, notícia informando que a Perdigão vai investir R$ 510 milhões na nova unidade em Mineiros. O projeto vai garantir a geração de 2 mil empregos diretos e indiretos quando entrar em funcionamento, em dezembro de 2008. A indústria terá capacidade para abater 24 mil perus por dia e 140 mil chesters diariamente, que garantirão o processamento de 81 mil toneladas/ano de carne de aves, destinadas basicamente ao mercado externo. Isso vai garantir um aumento no faturamento anual da empresa da ordem de R$ 550 milhões. Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 12 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 Dos R$ 510 milhões que a Perdigão vai aplicar em Mineiros, R$ 240 milhões serão destinados a investimento fixo e capital de giro pela própria empresa. Os outros R$ 270 milhões serão desembolsados pelos produtores integrados na construção de 200 módulos de produção de peru e chester. Eles contarão com recursos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), cujo projeto de financiamento de R$ 180 milhões a serem liberados ainda este ano, foi aprovado pelo Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE). Dados da FFATIA (2008) apontam que no setor da indústria de Goiás, a área que mais se destacou foi a de alimentos e bebidas, com um crescimento de 20,8%. Dados esses obtidos através da pesquisa do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística junto a todos os estados brasileiros. Segundo a pesquisa, a indústria de Goiás foi a que registrou maior aumento de produção em dezembro de 2004, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Treze das quatorze áreas investigadas na indústria goiana cresceram, atingindo uma expansão média de 23%, superando o Ceará (18,6%) e Santa Catarina (15,1%). Segundo uma matéria do Jornal Opção de 23 de outubro de 2008, ao longo dos últimos anos, o Estado de Goiás vem apresentando bons indicadores econômicos e sociais. Segundo dados da Secretaria Estadual de Planejamento, só em janeiro de 2008, a despeito dos juros estratosféricos praticadospelo Banco Central, foram contratados, em Goiás, 237 financiamentos pelo FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste). Somados, esses contratos resultaram em um investimento de 25,4 milhões de reais. A previsão é a geração de 1.824 empregos diretos e 2.043 empregos indiretos. Um dos empreendimentos é a instalação de uma unidade de produção da Centerpharma, indústria de atomatados, que deve investir 28,5 milhões de reais no Estado, gerando 1.500 empregos diretos. O perfil econômico do estado goiano está concentrado prioritariamente em algumas sub-regiões (região metropolitana de Goiânia, entorno de Rio Verde, entorno de Catalão e entorno de Anápolis) regiões que podem ser consideradas como pólos motrizes de desenvolvimento porque é a partir dessas regiões que se dá o dinamismo econômico para todo o estado, conforme dados da Secretaria de Planejamento - SEPLAN- GO. Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 13 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 O avanço da agroindústria no Estado se deve a um setor agropecuário cada vez mais moderno, capaz de atender as expectativas tecnológicas da indústria de transformação. Nos últimos anos, a produção de grãos do Estado, a exemplo de vários outros indicadores econômicos, também cresce acima da média nacional. Para se ter uma idéia, em 1995, o Estado produzia 6,4 milhões de toneladas de grãos, o que representa 7,85 por cento na produção nacional. Em 2002, essa participação sobe para 9,86 por cento, com uma produção de 9,8 milhões de toneladas de grãos. Um dado que chama a atenção é o índice de produtividade no Estado — enquanto a produtividade média no país ficou em 2.570 quilos por hectare, a produtividade da agricultura goiana chegou a 3.072 quilos por hectare (Jornal Opção, 2008). Esses são apenas alguns dados extraídos de um grande número de indicadores que fazem de Goiás um diferencial de desenvolvimento do país. Um desses dados promissores é, sem dúvida, o comércio exterior. Até por questões de ordem geográfica, uma vez que está no centro do país, muito distante do mar, Goiás nunca teve grande tradição exportadora. Entretanto, graças a um esforço continuado do governo estadual, num diálogo incessante com a iniciativa privada, esse quadro vem mudando significativamente. Hoje, Goiás já se encontra inserido na economia globalizada, com porto seco já em funcionamento em Anápolis. Uma análise dos dados do comércio exterior goiano mostra que o Estado teve um avanço significativo no setor. Em 1990, as exportações goianas representavam apenas 202 milhões de dólares em divisas para o Estado. Em 2002, com os dados já consolidados, elas representaram, para Goiás, 649 milhões de dólares, o que demonstra um crescimento de 221 por cento. E, no saldo entre exportações e importações, o Estado também apresenta um ganho significativo nos últimos anos — o superávit da balança comercial foi de 43,5 milhões de dólares em 1995 saltando para 322 milhões em 2002 (Jornal Opção, 2008). Para entender a inserção de Goiás no mundo globalizado, o Estado exporta para países como a Holanda, Estados Unidos, Alemanha, Rússia, Itália, Japão e países do Mercosul. Para ter o produto local aceito no exterior, sem dúvida os produtores goianos precisam primar pela qualidade (Jornal Opção, 2008). Isto significa dizer que seus produtos obedecem a padrões rigorosos de qualidade exigidos pelos países ou blocos econômicos para serem competitivos no mercado. Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 14 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 Não somente o estado de Goiás necessita de mão de obra técnica qualificada, hoje, esta é uma necessidade nacional. A mão de obra técnica torna-se uma condição fundamental para o desenvolvimento sustentável. Não obstante, observa-se que nos últimos anos houve a oferta e a diversificação de cursos na área técnica, com diversos níveis de formação. A própria expansão da rede de escolas técnicas, a transformação de CEFET´s em Institutos Federais, os recursos às Universidades Federais e o surgimento de diversas faculdades particulares confirmam esta necessidade. Inclusive é fato a consolidação de cursos de mesma natureza em mais de uma instituição federal, como exemplo, oferta de cursos de Engenharia Mecânica em Cefet´s e Universidades em MG, RJ, BA, PI e PR, além de outras engenharias como em SP, ES, etc. Sob este contexto o IFG tem feito o seu papel social, formando técnicos que atuam de forma abrangente em vários segmentos industriais. Especificamente no curso técnico de mecânica, há enfoque nas áreas de desenho industrial, fabricação mecânica e manutenção industrial. Porém temos como fato: “Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, aponta sobra de vagas no mercado para mão-de-obra especializada. Déficit na oferta de cursos para engenheiros preocupa a Federação Nacional dos Engenheiros - FNE. e afirma que escolas não atendem demanda do mercado de trabalho” . [ 3 ] Esta pesquisa aponta que enquanto 9 milhões de brasileiros estavam em busca de emprego em 2007, algumas áreas vagas não foram preenchidas por falta de mão-de- obra qualificada, a pesquisa Demanda e Perfil dos Trabalhadores Formais no Brasil, divulgada pelo IPEA, diz que 2007 terminaria com sobra de 25 mil vagas na indústria química e petroquímica, 23,9 mil na indústria de produtos de transporte, 21 mil na indústria de produtos mecânicos, e 20,8 mil vagas na indústria extrativista mineral. [3] Esta situação faz com que algumas empresas recorram à importação de mão-de- obra. Fato lamentável, porque temos muita gente desempregada no país e que precisa ser qualificada, conforme avaliação do secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Eliezer Pacheco. [ 3 ] Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 15 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 A falta de mão-de-obra especializada não ocorre apenas nos cursos técnicos, mas também nas áreas de bacharelado. Segundo o presidente da Federação Nacional dos Engenheiros, Murilo Celso de Campos Pinheiro, o mercado encolheu nas últimas duas décadas e fez com que as universidades reduzissem o número de formandos. Atualmente, o país forma 20 mil engenheiros por ano. "Com um mercado em ascensão, teríamos que formar pelo menos o dobro desse número de profissionais". [ 3 ] No site do MEC há ainda um artigo intitulado: ENGENHARIAS NOS INSTITUTOS FEDERAIS – PRINCÍPIOS NORTEADORES, onde extraímos: “Especificamente nas engenharias, o Brasil contava em 2005 com 550.000 profissionais, ou seja, 6 para cada 1.000 pessoas economicamente ativas. Esse número é pequeno quando comparado com países desenvolvidos como o Japão e os Estados Unidos da América (25/1.000). Por outro lado, o Brasil forma 20.000 engenheiros por ano, enquanto a Coréia do Sul, com uma população 3 vezes menor, forma 4 vezes mais engenheiros”. [4] (http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/principios_norteadores.pdf - NOV/2008)Estes dados são também abordados em reportagem na revista Agitação do CIEE – Centro de Integração Empresa Escola de fevereiro de 2009, entitulado “Apagão na Engenharia. A falta de profissionais ameaça o desenvolvimento”. A reportagem aborda sobre a demanda do mercado por engenharia, da redução do número de formandos. Reportagens semelhantes na revista Veja, “Talento de Exportação” de JUL/2008 e “O Brasil da Inovação” de OUT/2008. Neste contexto, apresentamos o levantamento de dados referente às ocupações profissionais de bacharelado na área de Mecânica e Interdiciplinar, realizado pelo Observatório Nacional do Trabalho e da Educação Profissional e Tecnológica – Núcleo Centro Oeste, inserido no Anexo - 04. Este levantamento, é baseado nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) entre os anos de 2003 a 2007, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais e informações das instituições de ensino superior que atuam no estado de Goiás. Este relatório salienta ainda que os dados limitam aos trabalhadores com contrato formal de trabalho. Não abrange empresários, trabalhadores autônomos e prestadores de serviço. Outro ponto importante é o fato de engenheiros mecânicos ocuparem cargos de engenheiros de produção, qualidade, segurança, cargos de direção / gerencia / supervisão ou outras atividades não Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 16 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 diretamente relacionadas, a exemplo da função de vendas com requisitos da sua formação. O relatório observa a pequena participação do curso de tecnologia em comparação com os cursos de bacharelado, provavelmente em decorrência da regulamentação e da pequena faixa salarial. Destaca a maior demanda de mercado por Engenharia Mecânica com a menor quantidade de vagas autorizadas. Sugere uma maior participação das Instituições Púbicas de Ensino Superior nas graduações em Mecânica nos cursos de bacharelado. Faz forte recomendação para instituir um pólo de pós- graduação na Área de Mecânica no IFG, devido às condições materiais, científicas e pedagógicas e da inexistência de especializações, no estado de Goiás. Diante desta necessidade de mercado, é que propomos a implantação do curso de Engenharia Mecânica no IFG. Enfatizamos que especificamente nas áreas das engenharias, escolas tradicionais em Goiás qualificam engenheiros nas áreas de civil e elétrica, mas não em mecânica. Aqueles que anseiam e vislumbram a formação na área da engenharia mecânica, buscam instituições de outros estados. Até o momento, o Engenheiro Mecânico tem sido “importado”, para atender a demanda da indústria no estado. A demanda por profissionais técnicos e de engenharia nunca esteve tão grande, no Brasil e no Mundo. “O mercado continua precisando de gente que raciocine de maneira estruturada e isso os engenheiros fazem como ninguém. Essa habilidade falta em outros profissionais, que geralmente recorrem à intuição... São habilidades adquiridas pelo profissional de engenharia, que o mercado necessita: Exatidão - Engenheiros não lidam com margem de erro, aquela possibilidade de dar tudo errado. Ao olhar um problema, identificam todas as variáveis e questionam os dados até achar a resposta certa. Com eles, “chute” não tem vez; Lógica - Antes de chegar a alguma conclusão sobre o todo, o engenheiro quebra em pedacinhos, analisa cada um e então monta tudo e resolve a questão; Raciocínio analítico - Engenheiros aprendem a pensar de maneira estruturada e têm capacidade de abstrair e criar fórmulas para chegar a uma resposta, mesmo com informações incompletas; Autodidatica - Uma característica marcante das boas escolas de engenharia, que aparece também em escolas de outras áreas, é que os Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 17 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 alunos não recebem nada mastigado, condensado em apostilas. Eles precisam correr atrás da matéria, conseguir as informações sozinhos. Essa é uma das maiores contribuições da faculdade; Familiaridade com números - Com tantas informações e dados manipulados por engenheiros, a capacidade de lidar com matemática e com estatística torna-se fundamental. Nenhuma outra área oferece conhecimento matemático avançado, com aplicabilidade direta para soluções do cotidiano". [5] Na prática, isso quer dizer que não desistem de encontrar uma solução, não se contentam com os dados aparentes, têm uma ordem lógica para trabalhar. “ Como instituição de ensino temos responsabilidade direta acerca deste contexto. Nossa função social não se restringe na formação de técnicos e tecnólogos. Inclusive, esta preocupação educacional é divulgada pelo próprio MEC, no artigo sobre cursos de engenharia ofertado pelos Institutos Federais, comentado anteriormente Sem dúvida, há o momento em que a lacuna deva ser preenchida. Lembramos ainda que para atender as necessidades de formação de mão de obra especializada, no ano de 1999, houve a oferta de um curso de Engenharia Eletromecânica, na área indústria do IFG. Entretanto, no segundo período, o curso de Engenharia Eletromecânica foi transformado em Tecnologia Eletromecânica por decisão da direção do IFG. Na época, este curso foi ofertado conjuntamente pelas coordenações de Mecânica, Eletrotécnica e Eletrônica. Esta mudança de perfil do curso causou grande frustração e desmotivação pelos alunos, resultando em evasões ao longo do tempo e que persistem até o momento. Desde então, temos notado o anseio de nossos aluno e ex-alunos pela opção de engenharia. O curso de Tecnologia Eletromecânica, sob o ponto de formação elétrica, recebe impactos de outros cursos externos e agora, internamente do curso de Engenharia de Automação e Controle. Ainda, preocupados com o futuro do curso de Tecnologia, realizamos uma consulta a alunos e uma enquête com ex-alunos, diante da possibilidade de surgimento de um curso de Engenharia Mecânica em uma instituição tradicional, no estado. Quanto ao título de tecnólogo e diante das perspectivas de mercado, a competência do formado em Tecnologia é reconhecida na indústria, mas devido ao recente surgimento da Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 18 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 profissão, o mercado não o valoriza como profissional superior. É um profissional que apresenta soluções e habilidades em engenharia focados em sua área de atuação como seria de se esperar, porem na questão remuneração, está bastante próximo de um técnico de 2º grau e muito distante de um engenheiro. Outro ponto observado foi quanto à perspectiva do curso de tecnologia eletromecânica frente à oferta do curso de Engenharia de Automação e Controle no IFG e a possível oferta de um curso de Engenharia Mecânica em uma instituição tradicional. O resultado apontou que 74 ou 79% dos alunos fariam opção pela engenharia mecânica, 13% pelo curso de engenharia de automação e controle e apenas 5% pelo atual curso de tecnologia.Fig.01 – Opções de curso na instituição do IFGoiás IFG. O futuro do atual curso de tecnologia nos preocupa bastante, diante do exposto e diante da evasão evidente, observada ao longo dos anos. Desta forma, esta situação também passa a ser um dos motivos deste projeto, cabendo a nós a adaptação e a oferta do que a comunidade deseja. Não podemos incorrer no risco de termos um curso a falir, expondo de forma ociosa a estrutura física e profissional dos docentes e da própria escola. Além disto, corroboramos com a filosofia dos cursos de tecnologia e vislumbramos possibilidade futura, após efetiva consolidação do curso de engenharia, em gerar uma oferta de graduação em tecnologia, provavelmente de forma integrada com o curso de engenharia. Trataria de um novo projeto de curso de tecnologia, com foco a definir, mas diante da perspectiva de mercado, da aceitação e da valorização da profissão no futuro. Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 19 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 Acrescentamos ainda que: Em NOV/2006, com base nos dados do crescimento industrial do Estado de Goiás, e ainda, pela desproporção do número entre os profissionais de engenharia e pela inexistência de curso de Engenharia Mecânica no Estado, o CREA, solicita ao CEFET-GO, hoje IFG via ofício, o estudo para a criação do curso de Eng. Mecânica. Fig.02 – Cópia do ofício do CREA envia para a direção do CEFET. No Anexo - 06 há outros dados sobre os fundamentos e demandas apresentados pelo CREA. Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 20 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 Em NOV/2008 o MEC envia e-mail ao IFG por solicitação da CAPES, através de seu presidente Prof Jorge Guimarães, comunicando o interesse em apoiar a implantação de engenharias nos Institutos Federais. Fig.02 – Cópia do e-mail da CAPES para a direção do IFGoiás IFG. Assim, diante dos dados apresentados referentes à expansão industrial do Estado e do país, divulgados pelo IBGE; dos argumentos e solicitação do CREA; do apoio e incentivo manifestado pela Capes e diante da evasão e desmotivação dos alunos pelo curso de Tecnologia, o grupo de mecânica do IFG tem a proposta de um curso de Engenharia Mecânica. Acrescenta-se ainda que para a área profissionalizante do curso de engenharia, o corpo docente efetivo possui larga experiência de ensino e todo o grupo de professores está em processo de qualificação em pós-graduação (mestrado e doutorado). A área de mecânica do IFG, já possui estrutura física de salas de aula e laboratorial com grande abrangência para um curso de Engenharia Mecânica. Salientamos ainda, sem objetivar comparações, que atualmente o IFG é a única instituição no estado de Goiás com estrutura física e com corpo docente efetivo técnico e científico, com capacidade de ofertar um curso com abrangência e qualidade a que propomos. Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 21 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 3 – O PAPEL DO ENGENHEIRO MECÂNICO NA SOCIEDADE Vários têm sido os estudos dedicados à formação moderna do engenheiro, tanto em nível internacional, como nacional, provocando até mesmo uma mudança de paradigmas. Assim é, que além dos aspectos técnico e científico, outros vêm sendo cada vez mais valorizados, como o humano e social e o gerencial. Aponta-se portanto que não basta hoje em dia fornecer uma formação de caráter específico dentro de um determinado campo da engenharia. A vida profissional exige do profissional de engenharia determinadas habilidades e posturas pessoais muito mais ligadas a sua formação humana e filosófica, além do desenvolvimento de características de liderança e empreendedorismo, aí envolvendo aspectos relacionados à facilidade de comunicação e expressão. Além disso a rapidez das transformações científicas, tecnológicas e sociais impõem exigências de capacidade de adaptação para o engenheiro. Não preocupar-se com tal rapidez nas mudanças seria limitar o horizonte de “vida útil” do engenheiro, algo inaceitável para países como o Brasil, onde os recursos são limitados. Tudo indica que estes princípios de natureza geral ajudam o engenheiro a ter um melhor entendimento do mundo e facilitam o exercício da cidadania, num país com imensos desníveis tecnológicos e sociais, como é o nosso. [6] As funções do engenheiro mecânico abrangem um vasto campo de atividades científicas, tecnológicas e humanas. Daí decorre o perfil do profissional de Engenharia, sua capacidade de análise e estudo para propor soluções viáveis, competitivas dos pontos de vista técnico e econômico. Deve ser ainda capaz de absorver novas tecnologias e visualizar, com criatividade, novas aplicações para a Engenharia. O Engenheiro Mecânico abrange atividades de planejamento, empreendedorismo, viabilidade econômica, gestão de sistemas e de pessoas, pesquisa, desenvolvimento, aplicações, fabricação, montagem de sistemas mecânicos, seus componentes e com conhecimentos bastante consolidados em: [6] - Máquinas operatrizes e ferramentais, - Máquinas agrícolas e de transporte, - Sistemas de controle hidráulico, pneumático e mecânico, - Sistemas térmicos em geral, - Mecânica em geral, - Ciência e resistência de materiais, - Dinâmica de fluidos e de estruturas Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 22 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 A formação de engenheiros no domínio tecnológico de processos aliado ao estímulo para inovação tecnológica através de parcerias com as empresas, torna-se um valioso instrumento de consolidação da tecnologia nacional. Vários são os países exemplares como desenvolvedores de alta de tecnologia no mundo. Dentre os mais visíveis podemos citar a Estados Unidos, Alemanha e Japão. Notadamente, o desenvolvimento industrial destes países está relacionado com engenharia e pesquisa focadas na inovação tecnológica. Outros paises como Finlândia, Coréia e Índia, investem na educação como diferencial competitivo. São formadores de habilidades e capacidade que geram empreendimentos competitivos. Isso significa que a constituição de uma visão empreendedora voltada para a inovação tecnológica, programas de relacionamentos empresas/escola, programas de iniciação científica, flexibilidade de acesso aos conteúdos possibilitam um país ter a liderança tecnológica num setor industrial no qual não tenha um domínio científico. Este é um fato que ocorre pontualmente em alguns setores da indústria brasileira, a exemplo da indústria aeronáutica, petrolífera e química.[7] Em síntese, um profissional crítico e criativo, tecnicamente competente e cônscio da realidade em que atua. Finalmente, requer-se do Engenheiro moderno a capacidade de trabalhar num ambiente novo em que a comunicação eo trabalho em equipe desempenham papel fundamental. A crescente complexidade dos desafios postos ao profissional, seja no domínio da pesquisa, seja no campo da produção, não mais comportam a figura do profissional-pesquisador ou engenheiro-isolado e em si mesmo. Ao contrário, apenas a atividade coletiva, do trabalho em conjunto, envolvendo profissionais com formações diferenciadas, pode dar conta dos desafios científicos e tecnológicos do mundo moderno. Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 23 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 4- BASES LEGAIS 4.1 – ÂMBITO INSTITUCIONAL Um conjunto de leis e decretos mostra as condições legais para um Curso de Engenharia no IFG. As bases legais são determinadas pela Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, a qual foi complementada pelo Decreto Federal nº 2208, de 17 de abril de 1997 e reformulada pelo Decreto Federal n° 5154 de 23 de julho de 2004, o Decreto Federal nº 5224 de 1° de outubro de 2004 que regulamente a organização dos Centros Federais de Educação Tecnológica e respectivas autonomias acadêmicas. Este decreto apresenta as seguintes definições que dão autonomia aos CEFET, hoje Institutos Federais, para lançarem seus cursos superiores: [7] “Art. 1º - Os Centros Federais de Educação Tecnológica - CEFET, criados mediante transformação das Escolas Técnicas Federais e Escolas Agrotécnicas Federais,nos termos das Leis nos 6.545, de 30 de junho de 1978; 7.863, de 31 de outubro de 1989, 8.711, de 28 de setembro de 1993 e 8.948, de 8 de dezembro de 1994,constituem -se em autarquias federais, vinculadas ao Ministério da Educação,detentoras de autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didático-pedagógica e disciplinar. § 1o Os CEFET são instituições especializadas na oferta de educação tecnológica, nos diferentes níveis e modalidades de ensino, com atuação prioritária na área tecnológica. ... Art. 3º - Os CEFET, observada a finalidade definida no art. 2o deste Decreto, têm como características básicas: ... II - atuação prioritária na área tecnológica, nos diversos setores da economia; ... V - oferta de ensino superior de graduação e de pós-graduação na área tecnológica; ... Art. 4o Os CEFET, observadas a finalidade e as características básicas definidas nos arts. 2o e 3o deste Decreto, têm por objetivos: ... V - ministrar ensino superior de graduação e de pós-graduação lato sensu e stricto sensu, visando à formação de profissionais e especialistas na área tecnológica; O Decreto Federal nº 5225 de 1° de outubro de 2004, que altera o Decreto Federal nº 3.860 de 9 de julho de 2001, que dispões sobre a organização do ensino superior e a criação e avaliação de cursos e instituições apresenta o seguinte texto relevante a este projeto: [7] “Art. 7º - Quanto à sua organização acadêmica, as instituições de ensino superior do Sistema Federal de Ensino, classificam-se em: I - universidades; II - Centros Federais de Educação Tecnológica e centros universitários; e Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 24 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 III - faculdades integradas, faculdades de tecnologia, faculdades, institutos e escolas superiores. Parágrafo único. São estabelecimentos isolados de ensino superior as instituições mencionadas no inciso III deste artigo.” (NR) ... “Art. 11-A. Os Centros Federais de Educação Tecnológica são instituições de ensino superior pluricurriculares, especializados na oferta de educação tecnológica nos diferentes níveis e modalidades de ensino, caracterizando-se pela atuação prioritária na área tecnológica. § 1o Fica estendida aos Centros Federais de Educação Tecnológica autonomia para criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e programas de educação superior voltados à área tecnológica, assim como remanejar ou ampliar vagas nos cursos existentes nessa área. § 2o Os Centros Federais de Educação Tecnológica poderão usufruir de outras atribuições da autonomia universitária, além da que se refere o § 1o, devidamente definidas no ato de seu credenciamento, nos termos do § 2o do art. 54 da Lei no 9.394, de 1996. Do exposto pelos Decretos 5224 e 5225, os CEFET´s têm plena autonomia para autorizar o funcionamento de cursos de graduação, desde que seja na área tecnológica a exemplo de um curso de engenharia. [7] O Decreto 6.095, de 24 de abril de 2007, e o Projeto de lei por ele gerado Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, criando os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, mediante transformação dos CEFET´s e das Escolas Técnicas. Apresenta o seguinte texto: I - ofertar educação profissional e tecnológica, em todos os seus níveis e modalidades, formando e qualificando cidadãos com vistas à atuação profissional nos diversos setores da economia, com ênfase no desenvolvimento socioeconômico local, regional e nacional; ... VI - ministrar em nível de educação superior: a) cursos superiores de tecnologia visando à formação de profissionais para os diferentes setores da economia; b) cursos de licenciatura, bem como programas especiais de formação pedagógica, com vistas à formação de professores para a educação básica, sobretudo nas áreas de ciências e matemática, e para a educação profissional; c) cursos de bacharelado e engenharia, visando à formação de profissionais para os diferentes setores da economia e áreas do conhecimento; d) cursos de pós-graduação lato sensu de aperfeiçoamento e especialização, visando à formação de especialistas nas diferentes áreas do conhecimento; e e) cursos de pós-graduação stricto sensu de mestrado e doutorado, que contribuam para promover o estabelecimento de bases sólidas em educação, ciência e tecnologia, com vista ao processo de geração e inovação tecnológica. Finalmente os Centro Federais de Educação Tecnológica foram levados à categoria de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, pela Lei nº 11.892 de 28 de dezembro de 2008, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 25 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 4.2 – ÂMBITO EDUCACIONAL Além dos decretos regulamentares acima citados, deve-se orientar a implantação do curso segundo o Parecer CNE/CES nº 1362 de 12 de dezembro de 2001 que fornece as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Engenharia. Este parecer estabelece todos os requisitos mínimos curriculares para que o conjunto de bases científicas e tecnológicas de um curso de engenharia cumpra o seu papel. [7] Ainda a Resolução CNE/CES nº 11, de 11 de março de 2002, com base no Parecer CNE/CES nº 1362 Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia. A Resolução CNE/CES nº 02, de 18 de junho de 2007. Dispõe sobre carga horária mínima e procedimentos relativos à integralização e duração dos cursos de graduação, bacharelados, na modalidade presencial. Sendo de 3600horas o mínimo para curso de Engenharia, com integralização em 5 anos. 4.3 – ÂMBITO CREA / CONFEA As atribuições de Engenharia são regulamentadas a partir da publicação da RESOLUÇÃO Nº 1.010, de 22 de agosto de 2005. Esta dispõe sobre a regulamentação da atribuição de títulos profissionais, atividades, competências e caracterização do âmbito de atuação dos profissionais inseridos no Sistema CONFEA/CREA, para efeito de fiscalização do exercício profissional. Vale salientar que as atribuições serão dadas ao curso, de acordo com o projeto pedagógico e mediante o cadastramento institucional do curso / escola no CREA. Uma mesma modalidade de curso, poderá possuir diferentes atribuições. Salienta-se ainda que a modalidade de Engenharia Mecânica proposta neste projeto, não integra nenhum grupo ou categoria de engenharia. Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 26 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 5 – PROJETO - PEDAGÓGICO 5.1 – OBJETIVOS GERAIS Para pensar o ensino de engenharia, é necessário refletir sobre a prática docente e como ocorre o processo educativo em engenharia. O docente necessita ter o caráter inspirador para a busca de conhecimento e a realização de descobertas pelo discente. Promover a abrangência social, respeito mútuo, motivação constante para o aprendizado e para a superação de dificuldades. Este curso de engenharia anseia em promover a formação de habilidades e competências em ciência tecnológica, desenvolver a criatividade, gerar a personalidade crítica, promover integração com o relacionamento social, desenvolver a comunicação, despertar o hábito da leitura e da educação continuada. O projeto do curso propõe ainda a participação de todos os envolvidos neste processo, para que cada um faça reflexão do seu papel. O objetivo de formar o cidadão com bases solidamente fundamentas, integrado com o seu meio sócio econômico, e que englobe ainda os aspectos político, ético e ambiental, tem que se contrapor aos currículos tradicionais de entrega de conhecimentos e de título. Na formatação de uma proposta, tradicionalmente o currículo é construído a partir da organização de um conjunto de disciplinas. Apropria-se de um conjunto de denominações de disciplinas, na maioria das vezes sem discutir o conteúdo de cada uma, organizando-as numa “grade” a partir da qual o currículo é desenvolvido. Tal procedimento é incoerente quando o objetivo do curso é formar o profissional a partir de um perfil de egresso em concordância com as necessidades do mundo do trabalho, o qual propomos. [4] Torna-se relevante que os currículos sejam desenvolvidos por meio de disciplinas contextualizadas de modo a integrar os saberes teórico-práticos articulando atividades de ensino, pesquisa e extensão. Para tanto, deve ser estimulada a participação dos alunos em atividades de campo onde ele possa experimentar situações práticas, em cada etapa de seu percurso de formação – ensino, pesquisa e extensão – antecipando circunstâncias que estarão presentes no seu cotidiano social e profissional. Vale ressaltar, também, que as atividades complementares (extensão) constituem-se Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 27 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 elementos de intervenção na prática social, materializadas por meio de projetos educativos do curso. Este desenvolvimento deve integrar todos os núcleos de conhecimentos ao longo de todo o curso. [4] Segundo Becker (1995), são três as visões epistemológicas mais utilizadas para representar as relações entre o sujeito, o objeto e o conhecimento como produto do processo cognitivo O primeiro, denominada Empirismo, é baseado em uma pedagogia centrada no professor, que valoriza as relações hierárquicas, que entende o ensino como transmissão de conhecimento e que se considera o dono do saber. Nesta visão considera-se, ainda, o sujeito da aprendizagem, em cada novo nível, como tabula rasa. É como diria Paulo Freire, uma educação domesticadora. O Apriorismo adota uma pedagogia centrada no aluno pretendendo assim enfrentar os desmandos autoritários do modelo anterior, mas atribuindo ao aluno qualidades que ainda não possui como domínio do conhecimento sistematizado em áreas específicas e visão crítica na coleta e organização da informação disponível. Por último, a visão epistemológica denominada Construtivista ou Interacionista dissolve a importância individual absoluta de cada um dos elementos do processo através de uma dialetização. Neste modelo, a relação professor- aluno é vista como um processo de interação mútua onde nenhum deles é neutro e/ou passivo, onde o primeiro também aprende no decorrer da ação, e o segundo aprende para si e também participa do crescimento do professor. [6] O empirismo tem sido o modelo epistemológico tradicionalmente utilizado no ensino de engenharia que privilegia uma prática que considera o aluno como neutro e sem história e cujo objetivo principal é reproduzir o que lhe foi repassado, sendo avaliado pela precisão e qualidade dessa sua reprodução. O modelo construtivista ou interacionista constitui uma tendência contemporânea no ensino. Seu método baseia-se na contextualização do conhecimento a ser construído com o aluno. Neste modelo, o aluno é considerado um ser pensante, com história pregressa e com um universo mental prévio já internalizado. [4] Ações simples mudam a dinâmica de aula, pequenas inversões no decorrer de uma aula podem motivar a participação. Citamos por exemplo quando o professor faz um questionamento para a turma acerca de uma discussão em sala. Em se tratando de um grupo novo, ainda sem interação, raramente obterá uma resposta. No entanto, ao finalizar a discussão solicitar a formação de pequenos grupos de 3 ou 4 integrantes e Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 28 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 formular a pergunta, certamente obterá respostas do grupo após 2 ou três minutos de interação. Sob este aspecto, convidamos a assistir a apresentação do professor Cláudio Moura Castro, intitulada “O Dinossauro e a Iguana”. Nesta apresentação, o professor aborda o ato de revolucionar a educação, melhorando a sala de aula. A própria apresentação em mídia eletrônica torna-se um exemplo interessante, o professor poderia disponibilizar sua aula como material de estudo posterior, ou mesmo utilizar para curso de ensino a distancia. A apresentação pode acessada no site: ( https://admin.acrobat.com/_a183899/p47821356/ ). 5.2 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS O curso de Engenharia Mecânica do IFG propõe formar um profissional com sólida formação básica em matemática, física e informática e que tenha perfil, crítico e criativo, capacitado em promover soluções técnicas de engenharia. A formação técnica proposta para o curso teve como princípio, abranger todas as áreas específicas da engenharia mecânica, listadas no ANEXO III da RESOLUÇÃO 1010 – CREA / CONFEA, bem como conhecimentosespecíficos de processos físicos de produção. Espera-se que o egresso tenha a capacidade de: Resolver problemas de maneira sistêmica; Estar sempre atualizado, aprendendo, incorporando novos conhecimentos, de maneira autodidata; Ter sólida base científica e cultural; Demonstrar sólidos conhecimentos em Matemática e Física; Demonstrar sólido conhecimento básico em sua área profissional; Ter capacidade de utilização da informática na solução de problemas de Engenharia; Expressar com clareza, tanto na forma escrita como falada; Demonstrar comportamento ético, aí envolvendo o respeito ao meio ambiente; Ter capacidade de aproveitar novas oportunidades propiciadas pela sociedade de serviços, bem como visão de mercado; Desenvolver atitude empreendedora, possibilitando não apenas a inovação dentro do ambiente de trabalho, como a visão de iniciar novas empresas; Demonstrar liderança, caracterizada tanto pelo trabalho individual como pelo trabalho em equipe; Ter atitudes inovadoras, comprometidas, éticas e profissionais. Além do perfil, o Engenheiro Mecânico deverá obter as seguintes habilidades e competências: Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 29 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 Aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais à engenharia; Projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados; Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos; Planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de engenharia mecânica; Identificar, formular e resolver problemas de engenharia; Supervisionar e avaliar criticamente a operação e a manutenção de sistemas; Comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica; Avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e ambiental; Avaliar a viabilidade econômica de projetos de engenharia; Atuar em equipes multidisciplinares; Compreender e aplicar a ética e responsabilidade profissional; Comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica; Buscar permanentemente a atualização profissional. 5.3 – ESTRUTURA CURRICULAR O curso de Engenharia Mecânica prevê 10 períodos, totalizando a carga horária mínima de 3672 horas, composto de 58 disciplinas obrigatórias, 01 trabalho de fim de curso, 01 estágio supervisionado, atividades curriculares complementares e ainda um mínimo de 03 disciplinas de cunho optativo, conforme lista de ofertas disponibilizadas à época de matriculas. O curso prevê a seguinte distribuição de carga horária: Disciplinas obrigatórias 3024 horas Disciplinas optativas 162 horas Atividades complementares 108 horas Trabalho de conclusão de Curso 54 horas Estágio Supervisionado 324 horas TOTAL 3672 horas Esta carga horária mínima divide-se em de 2619 horas de conteúdos teóricos (71%) e 1053 horas de atividades práticas (29%), incluindo o estágio supervisionado. O curso será diurno, podendo ser ministrado nos turnos matutino e vespertino. Em todo caso, sugere o comprometimento pelo discente devido a complexidade das bases científica e profissional, exigindo uma dedicação plena, o que resulta numa maior integração do aluno com o curso. Possibilita também que programas de iniciação científica sejam realmente efetivados, incrementando a pesquisa na área. Mantém o Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 30 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 mesmo do padrão de formação em relação ao oferecido por outras instituições públicas, preparando-o para a competitividade do mercado de trabalho, além de assegurar a possibilidade de um melhor aproveitamento, pelo aluno, do tempo e espaço reservados ao estudo da engenharia. [7] Em princípio, a proposta de entrada semestral será de 30 alunos, com duração de 5 (cinco) anos. A previsão de cumprimento da carga horária especificada para cada semestre é de 18 semanas por semestre, compondo-se uma carga de 6 aulas diárias. Para a integralização curricular deste curso prevê-se um prazo mínimo de 5 (cinco) anos e um prazo máximo de 9 (nove) anos. O curso adota o controle acadêmico atualmente em andamento no IFG, conforme Resolução N0. 27 de 23 de dezembro de 2008 do IFG (Anexo - 05), com sistema de matrícula por disciplina conforme os pré-requisitos de cada disciplina, quando houver. De forma a estabelecer a carga horária efetiva com as aulas ministradas, cada disciplina é também especificada pela quantidade de aula semanal (AS) ou crédito. Assim uma disciplina com 01 aula na semana, corresponde a uma aula de 45 min durante as 18 semanas no semestre. Em outra palavras, 01 crédito equivalerá a 13,5 horas efetivas de curso em 18 semanas no IFG. O aluno para se formar, deverá cursar um mínimo de 3672 horas (272 créditos) equivalente a 4896 aulas assistidas no IFG. A grade curricular também prevê o desenvolvimento de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) conforme regulamentação própria do IFG, o qual se transcreve neste projeto. As disciplinas de TCC no 9º e 10º sob a orientação de um professor, possibilita que um grupo de no máximo 03 alunos (proposta), desenvolva um estudo, equipamento ou testes, dentre outras possibilidades, onde se consolidam os conhecimentos específicos adquiridos durante o curso, contribuindo também para o desenvolvimento da pesquisa e inovação. É previsto ainda uma carga horária de 324 horas de estágio supervisionado, podendo, o aluno iniciá-lo após concluído o 7º semestre (após 190 créditos ou 2565 horas efetivadas). Vale ressaltar que a grade curricular contempla reserva de carga horária nos dois últimos semestre, o que possibilita a plena execução de estágios, pesquisas e a plena conexão com o mercado de trabalho. Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 31 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 5.5 – GRADE CURRICULAR A seguir é apresentado a grade com o conjunto completo de disciplinas propostas, quantidade de aula semanais requeridas por cada disciplina, pré-requisitos das mesmas e o fluxograma do curso. Estão listadas também, uma sugestão de disciplinas de cunho optativo que neste momento não estão totalmente definidas. Em se tratando de conteúdo de formação complementar, optamos em gerar conteúdos e ementas específicas no decorrer do curso, a fim de verificar tendências de mercado ou aspirações por formação. Outra observação: Não foram geradas as codificações para as disciplinas em função do atual sistema acadêmico do IFG. Entende-se que esta codificação se fará necessária na implantação do sistema de matrícula por disciplinas. Por enquanto, para simples efeito de identificação de pré-requisito, utilizamos as iniciais das disciplinas. Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás32 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 MATRIZ CURRICULAR DISTRIBUIÇÃO DE DISCIPLINAS EM PERÍODOS CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA IFG Quantidade de Aulas Total (em horas) PRÉ REQUISITOS Disciplina créditos semestre TEÓR PRAT 1 LP – Lingua Portuguesa 4 72 54 0 ATP – Algoritmos Técnicas de Programação 4 72 27 27 CDI 1 – Cálculo Diferencial e Integral I 6 108 81 AL – Álgebra Linear 4 72 54 IEM – Introdução a Engenharia Mecânica 2 36 27 DT – Desenho Técnico e CAD 4 72 13,5 40,5 QG – Química Geral 4 72 27 27 2 PAE – Programação Aplicada a Engenharia 2 36 27 ATP CDI 2 – Cálculo Diferencial e Integral II 6 108 81 CDI 1 EP – Estatística e Probabilidade 4 72 54 CDI 1 Mc – Física: Mecânica 4 72 54 CDI 1 LMc – Laboratório de Mecânica 2 36 27 CDI 1 DM – Desenho de Máquinas 4 72 13,5 40,5 DT CMM Ciência dos Materiais e Microestrutura 4 72 40,5 13,5 QG 3 AOI – Administração e Organização Industrial 2 36 27 CDI 3 – Cálculo Diferencial e Integral III 4 72 54 CDI 2 M – Metrologia 4 72 27 27 EP Elm – Física: Eletromagnetismo 4 72 54 Mc e LMc LElm – Laboratório de Eletromagnetismo 2 36 27 Mc e LMc Es – Estática 4 72 54 Mc e LMc MCM - Materiais de Construção Mecânica 4 72 40,5 13,5 CMM 4 CN – Calculo Numérico 4 72 54 CDI 2 e PAE ED – Equações Diferenciais Ordinárias 4 72 54 CDI 2 FOC – Física: Fluidos, Ondas e Calor 4 72 54 Mc e LMc LFOC – Laboratório de Fluidos, Ondas e Calor 2 36 27 Mc e LMc El – Eletrotécnica 4 72 40,5 13,5 Elm e LElm ReMa – Resistência dos Materiais 6 108 67,5 13,5 Es TTT – Tratamentos Térmicos e Termoquímicos 4 72 40,5 13,5 MCM 5 PCP – Planejamento e Controle da Produção 4 72 54 AOI MF – Mecânica dos Fluidos 6 108 67,5 13,5 ED TA – Termodinâmica Aplicada 4 72 54 CDI 3, FOC e LFOC II – Instrumentação Industrial 4 72 27 27 El MMA – Mecanica dos Materiais Aplicada 4 72 54 ReMa FCM – Fundição e Conformação Mecânica 4 72 40,5 13,5 TTT IE – Introdução à Economia 2 36 27 6 MFlu – Máquinas Fluxo e Deslocamento 4 72 54 MF TC – Transferência de Calor 4 72 54 ED e TA SL Sistemas Lineares 4 72 54 ED DiM – Dinâmica das Máquinas 4 72 54 Mc e LMc Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 33 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 EMq – Elementos de Máquinas 4 72 54 MMA S – Soldagem 4 72 40,5 13,5 TTT PCU – Processos Convencionais de Usinagem 4 72 27 27 TTT 7 GCQ – Gestão e Controle da Qualidade 4 72 54 PCP CA – Ciências do Ambiente 2 36 27 PCP SCHP – Sistemas de Controle Hidráulico e Pneumático 4 72 40,5 13,5 Mflu MT – Máquinas Térmicas 6 108 54 27 TC ADSC – Analise Dinâmica dos Sistemas de Controle 4 72 54 0 SL VSM – Vibração de Sistemas Mecânicos 4 72 40,5 13,5 DiM MC – Metodologia Cientifica 2 36 27 UNC – Usinagem não Convencional 2 36 27 PCU 8 GM – Gestão da Manutenção 2 36 27 GCQ O1 – Optativa 1 4 72 54 O2 – Optativa 2 4 72 54 VA – Veículos Automotivos 2 36 27 MT IR – Introdução à Robótica 4 72 27 27 ADSC TMR – Transportadores e Máquinas Rodantes 2 36 27 EMq SEM – Sistemas Estruturais Mecânicos (Est Metálicas) 4 72 54 EMq PMSM – Projetos de Máquinas e Sistemas Mecânicos 4 72 13,5 40,5 EMq e DiM 9 O3 – Optativa 3 4 72 54 RAC – Refrigeração e Ar Condicionado 6 108 54 27 TC CVP – Caldeiras e Vasos de Pressão 2 36 27 TC O4 – Optativa 4 LE – Legislação e Ética 2 36 27 E – Empreendedorismo 2 36 27 TCC1 – Trabalho de Conclusão de Curso 1 2 36 27 MC FAC – Fabricação Assistida por Computador 4 72 40,5 13,5 PCU 10 ES – Estagio Supervisionado (324 h) 24 432 324 180 créditos TCC2 – Trabalho de Conclusão de Curso 2 2 36 27 TCC1 ATIVIDADES COMPLEMENTARES Atividades Complementares 8 144 108 TOTAL 272 4896 2619 1053 Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 34 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 OPTATIVAS (com 02 Aulas Semanais) Engenharia Econômica 2 36 27 IE Libras – Linguagem Brasileira de Sinais 2 36 27 - Relações Étnico-raciais e Cultura Afro-Brasileira e Indígena 2 36 27 - Sociologia do Trabalho, Tecnologia e Cultura 2 36 27 - Top Especiais em Térmica 2 36 27 TC Tópicos Especiais em Térmica – Métodos Numéricos Aplicados a Transferência de Calor 2 36 27 TC OPTATIVAS (com 04 Aulas Semanais) Acústica Básica 4 72 40,5 13,5 VSM Gestão de Sistema de Produção 4 72 54 PCP Higiene e Segurança no Trabalho 4 72 54 - Inglês Instrumental 4 72 54 - Instrumentação Industrial II 4 72 54 II Inteligência Artificial 4 72 54 EP e PAE Logística de Suprimentos 4 72 54 PCP Método dos Elementos Finitos 4 72 54 VSM e TC Não Ferrosos, Cerâmicos e Polímeros 4 72 54 CMM Redes Industriais 4 72 54 ADSC Técnicas de Manutenção Preditiva 4 72 54 VSM Tópicos Especiais em Materiais 4 72 54 TTT Tópicos Especiais em Soldagem 4 72 40,5 13,5 S Ventilação Industrial e Conforto Ambiental 4 72 54 TC Combustão 4 72 54 TC No fluxograma a seguir, a codificação verificada no topo da grade apresentada como P – ND / NC, referente ao período do curso, ao número de disciplinas do período e o número de créditos (aulas na semana). Ve rsã o p ara co ns ult a Ve rsã o p ara co ns ult a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Curso de Engenharia Mecânica CNPJ= 336026080001- 45 Rua 75, n. 46 Centro – 74.055-110 – Goiânia – Goiás 36 Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 5.5 – CONTEUDOS BÁSICOS E PROFISSIONALIZANTES A Resolução CNE/CES nº 11, com base no Parecer CNE/CES nº 1362 Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais em Engenharia, onde extraímos: “Art. 6º Todo o curso de Engenharia, independente de sua modalidade, deve possuir em seu currículo um núcleo de conteúdos básicos, um núcleo de conteúdos profissionalizantes e um núcleo de conteúdos específicos que caracterizem a modalidade. § 1º O núcleo de conteúdos básicos, cerca de 30% da carga horária mínima, versará sobre os tópicos que seguem:” e posteriormente: “ § 3º O núcleo de conteúdos profissionalizantes, cerca de 15% de carga horária mínima, versará sobre um subconjunto coerente dos tópicos abaixo discriminados, a ser definido pela IES:” Na tabela 5.1 apresentamos a distribuição de disciplinas básicas, conforme mencionado anteriormente. Observe que 39 % da carga horária correspondem a esta categoria. Isto caracteriza um curso com sólida formação básica. Tabela 5.1 - Conteúdos Básicos conforme Resolução CNE Conteúdos Estabelecidos Disciplina do Curso T P I - Metodologia Científica e Tecnológica; Metodologia Científica 2 0 Introdução a Engenharia Mecânica 2 0 II - Comunicação e Expressão; Lingua Portuguesa 4 0 III - Informática; Algoritmos e Técnicas de Programação 2 2 IV - Expressão Gráfica; Desenho Técnico e CAD 1 3 Desenho de Máquinas 1 3 V - Matemática; Cálculo Diferencial