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Engenharia Mecânica (179)

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLÓGIA DE GOIÁS 
DEPARTAMENTO DA ÁREA ACADEMICA IV 
COORDENAÇÃO DA ÁREA ACADÊMICA DE MECÂNICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO PEDAGÓGICO 
DO CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA 
(Reconhecido pela Portaria/SRSES/MEC/Nº 309, de 28/04/2015, D.O.U. de 29/04/2015, Seção 1, p. 33) 
Início da Matriz Curricular: 19/04/2010 (2010/1) 
 
* Com acréscimos de duas disciplinas optativas para atender exigências de reconhecimento - Ata 
001/13_NDE - 15/05/2013) 
** Com unificação de disciplinas e códigos para facilitar o fluxo entre as engenharias do IFG – 
Março de 2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reitor: Prof. Paulo César Pereira 
Direção de Ensino: Profa. Gilda Guimarães 
Chefe de Departamento: Prof. Arquimedes Lopes da Silva 
Coordenação de Mecânica: Profa. Maria Inês Miranda 
Elaboração do Projeto: Prof. Marco Aurélio Brazão Costa Badan 
 
 
 
Goiânia, maio de 2009 
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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás 
Curso de Engenharia Mecânica 
 
 
 
CNPJ= 336026080001- 45 
Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 
2 
Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 
Revisão eUnificação Março/2015 
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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás 
Curso de Engenharia Mecânica 
 
 
 
CNPJ= 336026080001- 45 
Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 
3 
Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 
Nome da Unidade : Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás. 
 
C N P J : 33.602.608/0001-45 
 
Endereço : Rua 75, nº 46, centro, Goiânia – GO. CEP:74055-110 
 
Departamento : ÁREA ACADEMICA IV 
 
Área Secundária : MECÂNICA 
 
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA 
 
 
Equipe responsável pela elaboração e execução do projeto 
 
Nome Função/Cargo na Escola Assinatura 
Carlos Alberto de Almeida Vilela Equipe colaboradora / Professor Doutor 
em Eng Mecânica 
 
Jair Dinoah de Araújo Junior Equipe colaboradora / Professor – 
Mestrando em Eng Mecânica 
 
Marco Aurélio Brazão Costa Badan Elaboração e Coordenação / Professor 
Mestrando em Eng Mecânica 
 
 
 
 
 
APROVAÇÕES 
 
 
Local: Goiânia - GO Data: 04/05/09 
 
Assinatura do Coordenador do Projeto 
 
 
Assinatura da Coordenação de Mecânica 
 
Oooooo 
Assinatura do Chefe de Departamento 
 
Oooooo 
Assinatura da Direção de Ensino 
 
Oooooo 
Assinatura do Reitor 
 
 
 
 
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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás 
Curso de Engenharia Mecânica 
 
 
 
CNPJ= 336026080001- 45 
Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 
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Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 
ÍNDICE 
 
APRESENTAÇÃO 04 
 
1. INTRODUÇÃO 05 
 
2. JUSTIFICATIVA 09 
 
3. PAPEL DO ENGENHEIRO MECÂNICO NA SOCIEDADE 20 
 
4. BASES LEGAIS 22 
 4.1 - Âmbito institucional 22 
 4.2 - Âmbito educacional 24 
 4.3 - Âmbito CREA / CONFEA 24 
 
5. PROJETO PEDAGÓGICO 25 
 5.1 - Objetivos gerais 25 
 5.2 - Objetivos específicos 27 
 5.3 – Estrutura curricular 28 
 5.4 – Grade curricular 30 
 Fluxograma do curso 34 
 5.5 - Conteúdos básicos e profissionalizantes 35 
 5.6 – Estágio Supervisionado 37 
 5.7 – Regulamento de Trabalho de Conclusão de Curso 39 
 5.8 – Atividades complementares 47 
 Monitoria 47 
 Iniciação científica 48 
 Estágios não obrigatórios 48 
 Visitas técnicas e/ou viagens de estudo 48 
 Projetos conforme regras específicas p/ competições 49 
 Empresa Júnior 49 
 Programa especial de treinamento 49 
 Cooperação Internacional 49 
 5.9 – Qualificação docente e estrutura laboratorial 50 
 5.10 – Sistema de avaliação do ensino-aprendizado 51 
 5.11 – Auto-avaliação do curso 51 
 
6. OPERACIONALIZAÇÃO 53 
 6.1 – Aproveitamento de estudos 55 
 
7. CONCLUSÕES 57 
 
8. BIBLIOGRAFIA 59 
 
ANEXOS 
 A1 – Ementas das disciplinas 60 
 A2 – Corpo docente 212 
 A3 – Relação de laboratórios 232 
 A4 – Relatório do Observatório Nacional do Trabalho e da Educação 
Profissional. e Tecnológica 
242 
 A5 – Diretrizes do projeto pedagógico institucional 262 
 A6 – Documentos CREA - GO 278 
 A7 – Parecer de aprovação no Departamento IV 284 
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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás 
Curso de Engenharia Mecânica 
 
 
 
CNPJ= 336026080001- 45 
Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 
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Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
Apresentamos este, como o Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia 
Mecânica do IFG, resultado do anseio da comunidade envolvida e principalmente, pelo 
desenvolvimento industrial e tecnológico atualmente alcançado pelo estado de Goiás. 
 
Este projeto é concebido para a implantação de um curso de qualidade que 
atenda as necessidades do mercado, bases legais educacionais e ainda as novas 
diretrizes do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura. 
 
Para delinear o projeto foram realizadas reuniões com professores, alunos e ex-
alunos relativas às perspectivas atuais e futuras dos egressos do curso de Tecnologia 
Mecânica no mercado de trabalho e ainda consultas a professores de Engenharia 
Mecânica de outras instituições. Sugestões apresentadas foram discutidas e avaliadas. 
Neste contexto, foi desenhado o formato do curso aqui aprovado pela coordenação da 
área de mecânica. 
 
Mais importante do que construir um projeto pedagógico é formar um cidadão. 
Fazê-lo adquirir competência, maturidade e consciência de sua capacidade e ser gerador 
de mudanças na sociedade e principalmente ainda no contexto pessoal e familiar. 
 
Desejamos que este projeto atinja estes anseios 
 
 
 
 
 
 
 Prof. Marco Aurélio Brazão Costa Badan 
 Coordenação e Organização do projeto do 
Curso de Engenharia Mecânica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Se você medir aquilo sobre o que você fala e 
expressar por um número, você sabe algo 
sobre o assunto; mas se não puder medi-lo, 
seu conhecimento é pouco ou insatisfatório” 
(Lord Kelvin) 
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Curso de Engenharia Mecânica 
 
 
 
CNPJ= 336026080001- 45 
Rua 75, n, 46 Centro – 74,055-110 – Goiânia - Goiás 
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Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 
1 - INTRODUÇÃO 
 
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnológica de Goiás (IFG), criado em 
2008, possui uma longa trajetória, que se iniciou com a fundação da Escola de 
Aprendizes Artífices, em 1909, pelo presidente da República Nilo Peçanha, através do 
Decreto n. 7566 de agosto daquele ano, essa escola funcionava na capital do estado de 
Goiás. A criação de uma rede federal de Escolas de Aprendizes Artífices, uma em cada 
capital, atenderia segundo os argumentos da legislação, à necessidade de se ofertar à 
população carente uma alternativa de educação, voltada para a qualificação, o 
treinamento e/ou “adestramento” para o trabalho, preparando os meninos ainda jovens 
para o exercício de uma profissão ou para o domínio de um ofício, como era linguagem 
corrente. Sob o argumento de se evitar e prevenir a marginalidade a que estava exposta 
a população jovem oriunda de famíliasde baixa renda, criou-se estas escolas, mas não 
assegurou-se a equivalência com o ensino formal. Na época procurava capacitar seus 
alunos em cursos como: oficina de forjas e serralharia, sapataria, alfaiataria, marcenaria e 
empalhação, selaria e correiaria. [1] 
 
Com a transferência da capital para Goiânia, a Escola passou a funcionar a partir 
de 1942, em seu prédio atual, com a denominação de Escola Técnica de Goiânia. Na 
época, oferecia cursos na área industrial os quais ainda não tinham equivalência com o 
ensino secundário regular. Em fevereiro de 1959 a escola foi transformada em autarquia 
federal, com autonomia didática, administrativa, técnica e financeira. Em agosto de 1965, 
passou a denominar-se Escola Técnica Federal de Goiás, atuando basicamente na oferta 
de cursos técnicos na área industrial, integrado ao ensino de 2º grau, hoje, ensino 
médio.[1] 
 
A Unidade de Ensino Descentralizada da Escola Técnica Federal de Goiás em 
Jataí (UNED/Jataí) foi criada dentro do projeto de expansão do Ensino Técnico, no então 
governo do Presidente José Sarney e diante da iniciativa do Ministério da Educação. O 
parâmetro principal tomado como referência para a criação dos cursos de Agrimensura, 
Edificações e Eletrotécnica foi à pesquisa de levantamento de interesses e opinião da 
comunidade, cujos resultados definiram pela criação de cursos voltados para as áreas de 
Construção Civil e Eletricidade. A Unidade de Jataí começou a funcionar em 18 de abril 
de 1988, em uma modesta instalação cedida pelo município. [1] 
 
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Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 
Pelo Decreto sem número de 22 de março de 1999, a Escola Técnica Federal de 
Goiás foi transformada em Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás, CEFET-
GO. A Instituição, de acordo decreto 2406 de 27 de novembro de 1997, possui autonomia 
para propor e ofertar cursos de nível básico, técnico e curso superior da educação 
profissional. Na unidade de Goiânia são ofertados cursos superiores nas áreas: 
Eletromecânica, Construção de Edifícios, Construção de Vias, Saneamento Ambiental, 
Química Industrial, Telecomunicações, Agrimensura, Geoprocessamento, Hotelaria, 
Turismo e Transportes. Na Unidade de Jataí, os cursos de Informática e de Licenciatura 
em física. [1] 
 
São também ofertados os cursos de ensino de nível técnico em: Edificações, 
Eletrotécnica, Telecomunicações, Meio Ambiente, Cartografia, Mineração, Mecânica, 
Trânsito, Serviços de Alimentação e Artes-Música na unidade de Goiânia. Além de: 
Edificações, Eletrotécnica e Agrimensura em Jataí. [1] 
 
Em 2006, por meio do programa de expansão da Rede Federal de Educação 
Profissional e Tecnológica, foi criada a unidade de ensino descentralizada de Inhumas. 
Em seqüência, houve a implantação de mais dois campi no segundo semestre de 2008, 
um em Itumbiara e outro em Uruaçu. Ainda deverão integrar a rede, a partir de 2009, as 
unidades de Anápolis, Aparecida de Goiânia, Formosa e Luziânia. 
 
Em uma segunda fase de expansão, iniciada em 2007, prevê a implantação de 
mais de 150 novas unidades de ensino, totalizando a criação de 180 mil vagas. A Rede 
Federal de Educação Tecnológica passará a contar com 500 mil matriculas e 354 
unidades instaladas pelo país. Para consolidar o processo de evolução da educação 
profissional tecnológica e atingir condições estruturais necessárias ao desenvolvimento 
educacional, os Centro Federais de Educação Tecnológica foram levados à categoria de 
Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, pela Lei nº 11.892 de 28 de 
dezembro de 2008, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 
 
Hoje o IFG, ocupa uma área construída de 24.551,75 m2 em Goiânia, tendo como 
dependências um ginásio e quadras de esportes, teatro, biblioteca, auditórios, sala de 
tele-conferência, Salas-ambientes para aulas de formação geral e laboratórios 
específicos para todas as habilitações ministradas, além dos setores administrativos. [1] 
 
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Curso de Engenharia Mecânica 
 
 
 
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Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 
Com a missão de formar um profissional-cidadão, o IFG trabalha com a 
perspectiva da formação integral de seus alunos, procurando oferecer, além de um sólido 
conhecimento na área tecnológica, uma formação humanística e reflexiva, utilizando-se 
de disciplinas como sociologia, filosofia, teatro, música, dança e artes plásticas. [1] 
 
Enquanto Instituição de Ensino Superior, grandes desafios tem sido colocados 
para o IFG no sentido da consolidação de uma Instituição de ensino pública, gratuita e 
de qualidade, preocupada não apenas com as necessidades do mercado, mas da 
sociedade. O IFG tem desenvolvido pesquisas na área de química, fabricação, 
mecânica, construção civil e eletrotécnica; como atividades de extensão, tem ofertado 
cursos básicos, de forma a atender pessoas com baixa e nenhuma escolaridade. 
Também realiza importantes atividades na área de cultura como o Festival de Artes da 
Cidade de Goiás. [1] 
 
O ingresso nos cursos de nível técnico tem se dado tradicionalmente por meio de 
processo seletivo e para os cursos superiores através de Vestibular. Os cursos de nível 
básico destinam-se a trabalhadores com qualquer nível de escolaridade e não exigem 
processo seletivo. 
 
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnológica de Goiás – IFG tem como 
principais características: [1] 
 
 oferta de educação profissional, levando em conta o avanço do conhecimento 
tecnológico e a incorporação crescente de novos métodos e processos de 
produção e distribuição de bens e serviços; 
 atuação prioritária na área tecnológica nos diversos setores da economia; 
 conjugação, no ensino, da teoria com a pratica; 
 integração efetivada da educação profissional aos diferentes níveis e 
modalidades de ensino, ao trabalho, à ciência e a tecnologia; 
 utilização compartilhada dos laboratórios e os recursos humanos pelos 
diferentes níveis e modalidades de ensino; 
 oferta do ensino tecnológico superior; 
 oferta de formação especializada, levando em consideração as tendências do 
setor produtivo e do desenvolvimento tecnológico; 
 realização de pesquisas aplicadas e prestação de serviços; 
 desenvolvimento da atividade docente, integrando os diferentes níveis e 
modalidades de ensino; 
 desenvolvimento do processo educacional que favoreça, de modo 
permanente, a transformação do conhecimento em bens e serviços, em 
beneficio da sociedade; 
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Curso de Engenharia Mecânica 
 
 
 
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Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 
 estrutura organizacional flexível, racional e adequada às suas peculiaridades e 
objetivos; 
 integração das ações educacionais com as expectativas da sociedade e as 
tendências do setor produtivo. 
 
Observada as características, tem por objetivos: [1] 
 
 ministrar cursos de qualificação e re-profissionalização e outros níveis básicos 
da educação profissional; 
 ministrar ensino técnico, destinado a proporcionar habilitaçãopara os 
diferentes setores da economia; 
 ministrar ensino médio; 
 ministrar ensino superior; 
 oferecer educação continuada, por diferentes mecanismos, bem como 
programas especiais de formação pedagógica para as disciplinas de educação 
cientifica e tecnológica; 
 realizar pesquisa aplicada e extensão, estimulando o desenvolvimento de 
soluções tecnológicas e educacionais, estendendo seus benefícios à 
comunidade. 
 
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Curso de Engenharia Mecânica 
 
 
 
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Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 
2 - JUSTIFICATIVA 
 
O estado de Goiás tem apresentado expressivo crescimento industrial nos últimos 
anos graças aos incentivos oferecidos pelo governo para a instalação de novas 
empresas. Entre os setores industriais mais expressivos se destacam as agroindústrias, 
as minerações, o setor farmo-químico, o setor alimentício, setor de serviços, as indústrias 
de base e ainda o setor de montagem automotiva. 
 
A ascensão econômica do estado, frequentemente é divulgada na mídia com base 
nos dados oficiais dos institutos de pesquisas estatísticas. Em 14/11/08 o IBGE - Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgou que oito estados contribuem com 78% do 
PIB brasileiro, Distrito Federal é a oitava economia do pais com 3,78% de participação e 
Goiás é a nona economia com 2,41%. O IBGE apresenta ainda em seu site pesquisa 
industrial por região. O valor bruto da produção industrial de Goiás corresponde 50% da 
região Centro Oeste, e ainda 48% do total de custos de operação industrial, 53% do valor 
de transformação industrial e emprega 52% das pessoas do segmento industrial. [2] 
 
Destaca-se ainda o crescimento industrial, segundo reportagem do Jornal Opção 
(2008), e de acordo com os dados do IBGE, Goiás tinha 11.678 unidades industriais em 
1998. Dois anos depois, no ano de 2003, o Estado já contava com 13.434 unidades 
industriais, com um aumento de 15,04%. A indústria alimentícia teve um crescimento 
expressivo e já participa com cerca de quatro por cento da indústria do país. Hoje, a 
indústria goiana já responde por mais de 30 por cento do PIB do Estado. Goiás não 
chega ainda, a ser um Estado industrial, mas caminha a passos largos nesse sentido. 
 
Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 
setembro de 2008, apresentam resultados surpreendentes, mostrando Goiás à frente no 
crescimento da produção física da indústria no Brasil em 2008. Essas conclusões 
confirmam tendências anteriormente apuradas pela Federação das Indústrias do estado 
de Goiás (FIEG) no transcorrer do ano. Na comparação da produção de julho com a do 
mês anterior, a evolução positiva em Goiás foi de 3,1%, ficando acima de todas as 
regiões pesquisadas. No acumulado do ano, o resultado da indústria goiana aparece na 
vice-liderança, com 12,8%, sendo superado apenas pelo Paraná. O resultado mais 
elevado está na comparação de julho de 2008 com igual mês do ano passado: 
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crescimento de 17,6%, superando o desempenho de todas as demais regiões 
pesquisadas, elevando o crescimento médio nos últimos 12 meses para 8,8%. 
 
A FIEG acredita que o bom desempenho verificado até agora se sustentará até o 
final do ano, resultando na melhor performance dos últimos anos. Para a instituição os 
números do IBGE confirmam o acerto das decisões empresariais de investir na 
modernização do parque industrial e na valorização dos seus recursos humanos, fatores 
essenciais para atender as exigentes demandas dos mercados interno e externo. 
 
Segundo a SEPLAN (2008), a abundância de matéria-prima fez com que, nos 
últimos anos, grandes empreendimentos do ramo da indústria alimentícia transferissem 
suas plantas industriais para Goiás, o que possibilitou maior agregação de valor aos 
produtos da agropecuária, que, há pouco tempo atrás, eram comercializados in natura 
em sua quase totalidade. São diversos produtos beneficiados no Estado, os principais 
são derivados da soja, milho, cana-de-açúcar, leite, tomatados, massas, conservas, 
biscoitos e frigoríficos (de bovinos, suínos e aves). Neste setor ainda há que se destacar 
a importante produção de bebidas (refrigerantes, cervejas, sucos e água mineral). 
 
Dentre as indústrias do ramo alimentício, deve-se destacar a Perdigão, 
processadora de carnes de aves e suínos, no município de Rio Verde. Implantada em 
1999, já passou por várias ampliações da sua capacidade de produção. Outras plantas 
da empresa foram instaladas nos municípios de Mineiros e Jataí, aumentando sua 
atuação em Goiás. Há ainda grandes empresas como a Bunge, Caramuru, Comigo e 
Granol, que são gigantes da área de óleos vegetais. A indústria alimentícia é de grande 
importância na economia do Estado, pois representa 52,5% do total da indústria goiana e 
participa com 5,4% da indústria alimentícia nacional (SEPLAN, 2008). 
 
O Jornal O Popular, de Goiânia, publicou no dia 15 de junho de 2008, notícia 
informando que a Perdigão vai investir R$ 510 milhões na nova unidade em Mineiros. O 
projeto vai garantir a geração de 2 mil empregos diretos e indiretos quando entrar em 
funcionamento, em dezembro de 2008. A indústria terá capacidade para abater 24 mil 
perus por dia e 140 mil chesters diariamente, que garantirão o processamento de 81 mil 
toneladas/ano de carne de aves, destinadas basicamente ao mercado externo. Isso vai 
garantir um aumento no faturamento anual da empresa da ordem de R$ 550 milhões. 
 
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Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 
Dos R$ 510 milhões que a Perdigão vai aplicar em Mineiros, R$ 240 milhões 
serão destinados a investimento fixo e capital de giro pela própria empresa. Os outros R$ 
270 milhões serão desembolsados pelos produtores integrados na construção de 200 
módulos de produção de peru e chester. Eles contarão com recursos do Fundo 
Constitucional do Centro-Oeste (FCO), cujo projeto de financiamento de R$ 180 milhões 
a serem liberados ainda este ano, foi aprovado pelo Conselho de Desenvolvimento do 
Estado (CDE). 
 
Dados da FFATIA (2008) apontam que no setor da indústria de Goiás, a área que 
mais se destacou foi a de alimentos e bebidas, com um crescimento de 20,8%. Dados 
esses obtidos através da pesquisa do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística junto a todos os estados brasileiros. Segundo a pesquisa, a indústria de Goiás 
foi a que registrou maior aumento de produção em dezembro de 2004, em comparação 
com o mesmo período do ano anterior. Treze das quatorze áreas investigadas na 
indústria goiana cresceram, atingindo uma expansão média de 23%, superando o Ceará 
(18,6%) e Santa Catarina (15,1%). 
 
Segundo uma matéria do Jornal Opção de 23 de outubro de 2008, ao longo dos 
últimos anos, o Estado de Goiás vem apresentando bons indicadores econômicos e 
sociais. Segundo dados da Secretaria Estadual de Planejamento, só em janeiro de 2008, 
a despeito dos juros estratosféricos praticadospelo Banco Central, foram contratados, 
em Goiás, 237 financiamentos pelo FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste). 
Somados, esses contratos resultaram em um investimento de 25,4 milhões de reais. A 
previsão é a geração de 1.824 empregos diretos e 2.043 empregos indiretos. Um dos 
empreendimentos é a instalação de uma unidade de produção da Centerpharma, 
indústria de atomatados, que deve investir 28,5 milhões de reais no Estado, gerando 
1.500 empregos diretos. 
 
O perfil econômico do estado goiano está concentrado prioritariamente em 
algumas sub-regiões (região metropolitana de Goiânia, entorno de Rio Verde, entorno de 
Catalão e entorno de Anápolis) regiões que podem ser consideradas como pólos 
motrizes de desenvolvimento porque é a partir dessas regiões que se dá o dinamismo 
econômico para todo o estado, conforme dados da Secretaria de Planejamento - 
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O avanço da agroindústria no Estado se deve a um setor agropecuário cada vez 
mais moderno, capaz de atender as expectativas tecnológicas da indústria de 
transformação. Nos últimos anos, a produção de grãos do Estado, a exemplo de vários 
outros indicadores econômicos, também cresce acima da média nacional. Para se ter 
uma idéia, em 1995, o Estado produzia 6,4 milhões de toneladas de grãos, o que 
representa 7,85 por cento na produção nacional. Em 2002, essa participação sobe para 
9,86 por cento, com uma produção de 9,8 milhões de toneladas de grãos. Um dado que 
chama a atenção é o índice de produtividade no Estado — enquanto a produtividade 
média no país ficou em 2.570 quilos por hectare, a produtividade da agricultura goiana 
chegou a 3.072 quilos por hectare (Jornal Opção, 2008). 
 
Esses são apenas alguns dados extraídos de um grande número de indicadores 
que fazem de Goiás um diferencial de desenvolvimento do país. Um desses dados 
promissores é, sem dúvida, o comércio exterior. Até por questões de ordem geográfica, 
uma vez que está no centro do país, muito distante do mar, Goiás nunca teve grande 
tradição exportadora. Entretanto, graças a um esforço continuado do governo estadual, 
num diálogo incessante com a iniciativa privada, esse quadro vem mudando 
significativamente. Hoje, Goiás já se encontra inserido na economia globalizada, com 
porto seco já em funcionamento em Anápolis. 
 
Uma análise dos dados do comércio exterior goiano mostra que o Estado teve um 
avanço significativo no setor. Em 1990, as exportações goianas representavam apenas 
202 milhões de dólares em divisas para o Estado. Em 2002, com os dados já 
consolidados, elas representaram, para Goiás, 649 milhões de dólares, o que demonstra 
um crescimento de 221 por cento. E, no saldo entre exportações e importações, o Estado 
também apresenta um ganho significativo nos últimos anos — o superávit da balança 
comercial foi de 43,5 milhões de dólares em 1995 saltando para 322 milhões em 2002 
(Jornal Opção, 2008). 
 
Para entender a inserção de Goiás no mundo globalizado, o Estado exporta para 
países como a Holanda, Estados Unidos, Alemanha, Rússia, Itália, Japão e países do 
Mercosul. Para ter o produto local aceito no exterior, sem dúvida os produtores goianos 
precisam primar pela qualidade (Jornal Opção, 2008). Isto significa dizer que seus 
produtos obedecem a padrões rigorosos de qualidade exigidos pelos países ou blocos 
econômicos para serem competitivos no mercado. 
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Não somente o estado de Goiás necessita de mão de obra técnica qualificada, 
hoje, esta é uma necessidade nacional. A mão de obra técnica torna-se uma condição 
fundamental para o desenvolvimento sustentável. Não obstante, observa-se que nos 
últimos anos houve a oferta e a diversificação de cursos na área técnica, com diversos 
níveis de formação. A própria expansão da rede de escolas técnicas, a transformação de 
CEFET´s em Institutos Federais, os recursos às Universidades Federais e o surgimento 
de diversas faculdades particulares confirmam esta necessidade. Inclusive é fato a 
consolidação de cursos de mesma natureza em mais de uma instituição federal, como 
exemplo, oferta de cursos de Engenharia Mecânica em Cefet´s e Universidades em MG, 
RJ, BA, PI e PR, além de outras engenharias como em SP, ES, etc. 
 
Sob este contexto o IFG tem feito o seu papel social, formando técnicos que 
atuam de forma abrangente em vários segmentos industriais. Especificamente no curso 
técnico de mecânica, há enfoque nas áreas de desenho industrial, fabricação mecânica e 
manutenção industrial. 
 
Porém temos como fato: “Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - 
IPEA, aponta sobra de vagas no mercado para mão-de-obra especializada. Déficit na 
oferta de cursos para engenheiros preocupa a Federação Nacional dos Engenheiros - 
FNE. e afirma que escolas não atendem demanda do mercado de trabalho” . [ 3 ] 
 
Esta pesquisa aponta que enquanto 9 milhões de brasileiros estavam em busca 
de emprego em 2007, algumas áreas vagas não foram preenchidas por falta de mão-de-
obra qualificada, a pesquisa Demanda e Perfil dos Trabalhadores Formais no Brasil, 
divulgada pelo IPEA, diz que 2007 terminaria com sobra de 25 mil vagas na indústria 
química e petroquímica, 23,9 mil na indústria de produtos de transporte, 21 mil na 
indústria de produtos mecânicos, e 20,8 mil vagas na indústria extrativista mineral. [3] 
 
Esta situação faz com que algumas empresas recorram à importação de mão-de-
obra. Fato lamentável, porque temos muita gente desempregada no país e que precisa 
ser qualificada, conforme avaliação do secretário de Educação Profissional e Tecnológica 
do Ministério da Educação, Eliezer Pacheco. [ 3 ] 
 
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A falta de mão-de-obra especializada não ocorre apenas nos cursos técnicos, 
mas também nas áreas de bacharelado. Segundo o presidente da Federação Nacional 
dos Engenheiros, Murilo Celso de Campos Pinheiro, o mercado encolheu nas últimas 
duas décadas e fez com que as universidades reduzissem o número de formandos. 
Atualmente, o país forma 20 mil engenheiros por ano. "Com um mercado em ascensão, 
teríamos que formar pelo menos o dobro desse número de profissionais". [ 3 ] 
 
No site do MEC há ainda um artigo intitulado: ENGENHARIAS NOS INSTITUTOS 
FEDERAIS – PRINCÍPIOS NORTEADORES, onde extraímos: “Especificamente nas 
engenharias, o Brasil contava em 2005 com 550.000 profissionais, ou seja, 6 para cada 
1.000 pessoas economicamente ativas. Esse número é pequeno quando comparado com 
países desenvolvidos como o Japão e os Estados Unidos da América (25/1.000). Por 
outro lado, o Brasil forma 20.000 engenheiros por ano, enquanto a Coréia do Sul, com 
uma população 3 vezes menor, forma 4 vezes mais engenheiros”. [4] 
(http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/principios_norteadores.pdf - NOV/2008)Estes dados são também abordados em reportagem na revista Agitação do CIEE 
– Centro de Integração Empresa Escola de fevereiro de 2009, entitulado “Apagão na 
Engenharia. A falta de profissionais ameaça o desenvolvimento”. A reportagem aborda 
sobre a demanda do mercado por engenharia, da redução do número de formandos. 
Reportagens semelhantes na revista Veja, “Talento de Exportação” de JUL/2008 e “O 
Brasil da Inovação” de OUT/2008. 
 
Neste contexto, apresentamos o levantamento de dados referente às ocupações 
profissionais de bacharelado na área de Mecânica e Interdiciplinar, realizado pelo 
Observatório Nacional do Trabalho e da Educação Profissional e Tecnológica – Núcleo 
Centro Oeste, inserido no Anexo - 04. Este levantamento, é baseado nos dados da 
Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) entre os anos de 2003 a 2007, do Instituto 
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais e informações das instituições de ensino 
superior que atuam no estado de Goiás. Este relatório salienta ainda que os dados 
limitam aos trabalhadores com contrato formal de trabalho. Não abrange empresários, 
trabalhadores autônomos e prestadores de serviço. Outro ponto importante é o fato de 
engenheiros mecânicos ocuparem cargos de engenheiros de produção, qualidade, 
segurança, cargos de direção / gerencia / supervisão ou outras atividades não 
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diretamente relacionadas, a exemplo da função de vendas com requisitos da sua 
formação. 
 
O relatório observa a pequena participação do curso de tecnologia em 
comparação com os cursos de bacharelado, provavelmente em decorrência da 
regulamentação e da pequena faixa salarial. Destaca a maior demanda de mercado por 
Engenharia Mecânica com a menor quantidade de vagas autorizadas. Sugere uma maior 
participação das Instituições Púbicas de Ensino Superior nas graduações em Mecânica 
nos cursos de bacharelado. Faz forte recomendação para instituir um pólo de pós-
graduação na Área de Mecânica no IFG, devido às condições materiais, científicas e 
pedagógicas e da inexistência de especializações, no estado de Goiás. 
 
Diante desta necessidade de mercado, é que propomos a implantação do curso 
de Engenharia Mecânica no IFG. Enfatizamos que especificamente nas áreas das 
engenharias, escolas tradicionais em Goiás qualificam engenheiros nas áreas de civil e 
elétrica, mas não em mecânica. Aqueles que anseiam e vislumbram a formação na área 
da engenharia mecânica, buscam instituições de outros estados. Até o momento, o 
Engenheiro Mecânico tem sido “importado”, para atender a demanda da indústria no 
estado. 
 
A demanda por profissionais técnicos e de engenharia nunca esteve tão grande, 
no Brasil e no Mundo. “O mercado continua precisando de gente que raciocine de 
maneira estruturada e isso os engenheiros fazem como ninguém. Essa habilidade falta 
em outros profissionais, que geralmente recorrem à intuição... 
 
São habilidades adquiridas pelo profissional de engenharia, que o mercado 
necessita: 
 Exatidão - Engenheiros não lidam com margem de erro, aquela 
possibilidade de dar tudo errado. Ao olhar um problema, identificam todas 
as variáveis e questionam os dados até achar a resposta certa. Com eles, 
“chute” não tem vez; 
 Lógica - Antes de chegar a alguma conclusão sobre o todo, o engenheiro 
quebra em pedacinhos, analisa cada um e então monta tudo e resolve a 
questão; 
 Raciocínio analítico - Engenheiros aprendem a pensar de maneira 
estruturada e têm capacidade de abstrair e criar fórmulas para chegar a 
uma resposta, mesmo com informações incompletas; 
 Autodidatica - Uma característica marcante das boas escolas de 
engenharia, que aparece também em escolas de outras áreas, é que os 
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alunos não recebem nada mastigado, condensado em apostilas. Eles 
precisam correr atrás da matéria, conseguir as informações sozinhos. Essa 
é uma das maiores contribuições da faculdade; 
 Familiaridade com números - Com tantas informações e dados 
manipulados por engenheiros, a capacidade de lidar com matemática e 
com estatística torna-se fundamental. Nenhuma outra área oferece 
conhecimento matemático avançado, com aplicabilidade direta para 
soluções do cotidiano". [5] 
 
Na prática, isso quer dizer que não desistem de encontrar uma solução, não se 
contentam com os dados aparentes, têm uma ordem lógica para trabalhar. “ 
 
 
Como instituição de ensino temos responsabilidade direta acerca deste contexto. 
Nossa função social não se restringe na formação de técnicos e tecnólogos. Inclusive, 
esta preocupação educacional é divulgada pelo próprio MEC, no artigo sobre cursos de 
engenharia ofertado pelos Institutos Federais, comentado anteriormente Sem dúvida, há 
o momento em que a lacuna deva ser preenchida. 
 
Lembramos ainda que para atender as necessidades de formação de mão de 
obra especializada, no ano de 1999, houve a oferta de um curso de Engenharia 
Eletromecânica, na área indústria do IFG. Entretanto, no segundo período, o curso de 
Engenharia Eletromecânica foi transformado em Tecnologia Eletromecânica por decisão 
da direção do IFG. Na época, este curso foi ofertado conjuntamente pelas coordenações 
de Mecânica, Eletrotécnica e Eletrônica. Esta mudança de perfil do curso causou grande 
frustração e desmotivação pelos alunos, resultando em evasões ao longo do tempo e que 
persistem até o momento. 
 
Desde então, temos notado o anseio de nossos aluno e ex-alunos pela opção de 
engenharia. O curso de Tecnologia Eletromecânica, sob o ponto de formação elétrica, 
recebe impactos de outros cursos externos e agora, internamente do curso de 
Engenharia de Automação e Controle. 
 
Ainda, preocupados com o futuro do curso de Tecnologia, realizamos uma 
consulta a alunos e uma enquête com ex-alunos, diante da possibilidade de surgimento 
de um curso de Engenharia Mecânica em uma instituição tradicional, no estado. Quanto 
ao título de tecnólogo e diante das perspectivas de mercado, a competência do formado 
em Tecnologia é reconhecida na indústria, mas devido ao recente surgimento da 
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profissão, o mercado não o valoriza como profissional superior. É um profissional que 
apresenta soluções e habilidades em engenharia focados em sua área de atuação como 
seria de se esperar, porem na questão remuneração, está bastante próximo de um 
técnico de 2º grau e muito distante de um engenheiro. 
 
Outro ponto observado foi quanto à perspectiva do curso de tecnologia 
eletromecânica frente à oferta do curso de Engenharia de Automação e Controle no IFG 
e a possível oferta de um curso de Engenharia Mecânica em uma instituição tradicional. 
O resultado apontou que 74 ou 79% dos alunos fariam opção pela engenharia mecânica, 
13% pelo curso de engenharia de automação e controle e apenas 5% pelo atual curso de 
tecnologia.Fig.01 – Opções de curso na instituição do IFGoiás IFG. 
 
O futuro do atual curso de tecnologia nos preocupa bastante, diante do exposto e 
diante da evasão evidente, observada ao longo dos anos. Desta forma, esta situação 
também passa a ser um dos motivos deste projeto, cabendo a nós a adaptação e a oferta 
do que a comunidade deseja. Não podemos incorrer no risco de termos um curso a falir, 
expondo de forma ociosa a estrutura física e profissional dos docentes e da própria 
escola. Além disto, corroboramos com a filosofia dos cursos de tecnologia e 
vislumbramos possibilidade futura, após efetiva consolidação do curso de engenharia, em 
gerar uma oferta de graduação em tecnologia, provavelmente de forma integrada com o 
curso de engenharia. Trataria de um novo projeto de curso de tecnologia, com foco a 
definir, mas diante da perspectiva de mercado, da aceitação e da valorização da 
profissão no futuro. 
 
 
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Acrescentamos ainda que: Em NOV/2006, com base nos dados do crescimento 
industrial do Estado de Goiás, e ainda, pela desproporção do número entre os 
profissionais de engenharia e pela inexistência de curso de Engenharia Mecânica no 
Estado, o CREA, solicita ao CEFET-GO, hoje IFG via ofício, o estudo para a criação do 
curso de Eng. Mecânica. 
 
Fig.02 – Cópia do ofício do CREA envia para a direção do CEFET. 
 
No Anexo - 06 há outros dados sobre os fundamentos e demandas apresentados 
pelo CREA. 
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Em NOV/2008 o MEC envia e-mail ao IFG por solicitação da CAPES, através de 
seu presidente Prof Jorge Guimarães, comunicando o interesse em apoiar a implantação 
de engenharias nos Institutos Federais. 
 
 
Fig.02 – Cópia do e-mail da CAPES para a direção do IFGoiás IFG. 
 
Assim, diante dos dados apresentados referentes à expansão industrial do Estado 
e do país, divulgados pelo IBGE; dos argumentos e solicitação do CREA; do apoio e 
incentivo manifestado pela Capes e diante da evasão e desmotivação dos alunos pelo 
curso de Tecnologia, o grupo de mecânica do IFG tem a proposta de um curso de 
Engenharia Mecânica. Acrescenta-se ainda que para a área profissionalizante do curso 
de engenharia, o corpo docente efetivo possui larga experiência de ensino e todo o grupo 
de professores está em processo de qualificação em pós-graduação (mestrado e 
doutorado). A área de mecânica do IFG, já possui estrutura física de salas de aula e 
laboratorial com grande abrangência para um curso de Engenharia Mecânica. 
Salientamos ainda, sem objetivar comparações, que atualmente o IFG é a única 
instituição no estado de Goiás com estrutura física e com corpo docente efetivo técnico e 
científico, com capacidade de ofertar um curso com abrangência e qualidade a que 
propomos. 
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3 – O PAPEL DO ENGENHEIRO MECÂNICO NA SOCIEDADE 
 
 
Vários têm sido os estudos dedicados à formação moderna do engenheiro, tanto 
em nível internacional, como nacional, provocando até mesmo uma mudança de 
paradigmas. Assim é, que além dos aspectos técnico e científico, outros vêm sendo cada 
vez mais valorizados, como o humano e social e o gerencial. Aponta-se portanto que não 
basta hoje em dia fornecer uma formação de caráter específico dentro de um 
determinado campo da engenharia. A vida profissional exige do profissional de 
engenharia determinadas habilidades e posturas pessoais muito mais ligadas a sua 
formação humana e filosófica, além do desenvolvimento de características de liderança e 
empreendedorismo, aí envolvendo aspectos relacionados à facilidade de comunicação e 
expressão. Além disso a rapidez das transformações científicas, tecnológicas e sociais 
impõem exigências de capacidade de adaptação para o engenheiro. Não preocupar-se 
com tal rapidez nas mudanças seria limitar o horizonte de “vida útil” do engenheiro, algo 
inaceitável para países como o Brasil, onde os recursos são limitados. Tudo indica que 
estes princípios de natureza geral ajudam o engenheiro a ter um melhor entendimento do 
mundo e facilitam o exercício da cidadania, num país com imensos desníveis 
tecnológicos e sociais, como é o nosso. [6] 
 
As funções do engenheiro mecânico abrangem um vasto campo de atividades 
científicas, tecnológicas e humanas. Daí decorre o perfil do profissional de Engenharia, 
sua capacidade de análise e estudo para propor soluções viáveis, competitivas dos 
pontos de vista técnico e econômico. Deve ser ainda capaz de absorver novas 
tecnologias e visualizar, com criatividade, novas aplicações para a Engenharia. O 
Engenheiro Mecânico abrange atividades de planejamento, empreendedorismo, 
viabilidade econômica, gestão de sistemas e de pessoas, pesquisa, desenvolvimento, 
aplicações, fabricação, montagem de sistemas mecânicos, seus componentes e com 
conhecimentos bastante consolidados em: [6] 
 
- Máquinas operatrizes e ferramentais, 
- Máquinas agrícolas e de transporte, 
- Sistemas de controle hidráulico, pneumático e mecânico, 
- Sistemas térmicos em geral, 
- Mecânica em geral, 
- Ciência e resistência de materiais, 
- Dinâmica de fluidos e de estruturas 
 
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A formação de engenheiros no domínio tecnológico de processos aliado ao 
estímulo para inovação tecnológica através de parcerias com as empresas, torna-se um 
valioso instrumento de consolidação da tecnologia nacional. Vários são os países 
exemplares como desenvolvedores de alta de tecnologia no mundo. Dentre os mais 
visíveis podemos citar a Estados Unidos, Alemanha e Japão. Notadamente, o 
desenvolvimento industrial destes países está relacionado com engenharia e pesquisa 
focadas na inovação tecnológica. Outros paises como Finlândia, Coréia e Índia, investem 
na educação como diferencial competitivo. São formadores de habilidades e capacidade 
que geram empreendimentos competitivos. Isso significa que a constituição de uma visão 
empreendedora voltada para a inovação tecnológica, programas de relacionamentos 
empresas/escola, programas de iniciação científica, flexibilidade de acesso aos 
conteúdos possibilitam um país ter a liderança tecnológica num setor industrial no qual 
não tenha um domínio científico. Este é um fato que ocorre pontualmente em alguns 
setores da indústria brasileira, a exemplo da indústria aeronáutica, petrolífera e química.[7] 
 
Em síntese, um profissional crítico e criativo, tecnicamente competente e cônscio 
da realidade em que atua. Finalmente, requer-se do Engenheiro moderno a capacidade 
de trabalhar num ambiente novo em que a comunicação eo trabalho em equipe 
desempenham papel fundamental. A crescente complexidade dos desafios postos ao 
profissional, seja no domínio da pesquisa, seja no campo da produção, não mais 
comportam a figura do profissional-pesquisador ou engenheiro-isolado e em si mesmo. 
Ao contrário, apenas a atividade coletiva, do trabalho em conjunto, envolvendo 
profissionais com formações diferenciadas, pode dar conta dos desafios científicos e 
tecnológicos do mundo moderno. 
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4- BASES LEGAIS 
 
4.1 – ÂMBITO INSTITUCIONAL 
 
Um conjunto de leis e decretos mostra as condições legais para um Curso de 
Engenharia no IFG. 
 
As bases legais são determinadas pela Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996 - 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, a qual foi complementada pelo Decreto 
Federal nº 2208, de 17 de abril de 1997 e reformulada pelo Decreto Federal n° 5154 de 
23 de julho de 2004, o Decreto Federal nº 5224 de 1° de outubro de 2004 que 
regulamente a organização dos Centros Federais de Educação Tecnológica e respectivas 
autonomias acadêmicas. Este decreto apresenta as seguintes definições que dão 
autonomia aos CEFET, hoje Institutos Federais, para lançarem seus cursos superiores: [7] 
“Art. 1º - Os Centros Federais de Educação Tecnológica - CEFET, criados mediante 
transformação das Escolas Técnicas Federais e Escolas Agrotécnicas Federais,nos termos das 
Leis nos 6.545, de 30 de junho de 1978; 7.863, de 31 de outubro de 1989, 8.711, de 28 de 
setembro de 1993 e 8.948, de 8 de dezembro de 1994,constituem -se em autarquias federais, 
vinculadas ao Ministério da Educação,detentoras de autonomia administrativa, patrimonial, 
financeira, didático-pedagógica e disciplinar. 
§ 1o Os CEFET são instituições especializadas na oferta de educação tecnológica, nos 
diferentes níveis e modalidades de ensino, com atuação prioritária na área tecnológica. 
... 
Art. 3º - Os CEFET, observada a finalidade definida no art. 2o deste Decreto, têm como 
características básicas: 
... 
II - atuação prioritária na área tecnológica, nos diversos setores da economia; 
... 
V - oferta de ensino superior de graduação e de pós-graduação na área tecnológica; 
... 
Art. 4o Os CEFET, observadas a finalidade e as características básicas definidas nos arts. 2o e 3o 
deste Decreto, têm por objetivos: 
... 
V - ministrar ensino superior de graduação e de pós-graduação lato sensu e stricto 
sensu, visando à formação de profissionais e especialistas na área tecnológica; 
 
 
O Decreto Federal nº 5225 de 1° de outubro de 2004, que altera o Decreto 
Federal nº 3.860 de 9 de julho de 2001, que dispões sobre a organização do ensino 
superior e a criação e avaliação de cursos e instituições apresenta o seguinte texto 
relevante a este projeto: [7] 
“Art. 7º - Quanto à sua organização acadêmica, as instituições de ensino superior do Sistema 
Federal de Ensino, classificam-se em: 
I - universidades; 
II - Centros Federais de Educação Tecnológica e centros universitários; e 
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III - faculdades integradas, faculdades de tecnologia, faculdades, 
institutos e escolas superiores. 
Parágrafo único. São estabelecimentos isolados de ensino superior as instituições 
mencionadas no inciso III deste artigo.” (NR) 
... 
“Art. 11-A. Os Centros Federais de Educação Tecnológica são instituições de ensino superior 
pluricurriculares, especializados na oferta de educação tecnológica nos diferentes níveis e 
modalidades de ensino, caracterizando-se pela 
atuação prioritária na área tecnológica. 
§ 1o Fica estendida aos Centros Federais de Educação Tecnológica autonomia para criar, 
organizar e extinguir, em sua sede, cursos e programas de educação superior voltados à 
área tecnológica, assim como remanejar ou ampliar vagas nos cursos existentes nessa área. 
§ 2o Os Centros Federais de Educação Tecnológica poderão usufruir de outras atribuições 
da autonomia universitária, além da que se refere o § 1o, devidamente definidas no ato de 
seu credenciamento, nos termos do § 2o do art. 54 da Lei no 9.394, de 1996. 
 
 
Do exposto pelos Decretos 5224 e 5225, os CEFET´s têm plena autonomia para 
autorizar o funcionamento de cursos de graduação, desde que seja na área tecnológica a 
exemplo de um curso de engenharia. [7] 
 
O Decreto 6.095, de 24 de abril de 2007, e o Projeto de lei por ele gerado Institui 
a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, criando os Institutos 
Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, mediante transformação dos CEFET´s e 
das Escolas Técnicas. Apresenta o seguinte texto: 
I - ofertar educação profissional e tecnológica, em todos os seus níveis e modalidades, formando e 
qualificando cidadãos com vistas à atuação profissional nos diversos setores da economia, com 
ênfase no desenvolvimento socioeconômico local, regional e nacional; 
... 
VI - ministrar em nível de educação superior: 
a) cursos superiores de tecnologia visando à formação de profissionais para os diferentes 
setores da economia; 
b) cursos de licenciatura, bem como programas especiais de formação pedagógica, com 
vistas à formação de professores para a educação básica, sobretudo nas áreas de ciências e 
matemática, e para a educação profissional; 
c) cursos de bacharelado e engenharia, visando à formação de profissionais para os 
diferentes setores da economia e áreas do conhecimento; 
d) cursos de pós-graduação lato sensu de aperfeiçoamento e especialização, visando à 
formação de especialistas nas diferentes áreas do conhecimento; e 
e) cursos de pós-graduação stricto sensu de mestrado e doutorado, que contribuam para 
promover o estabelecimento de bases sólidas em educação, ciência e tecnologia, com vista ao 
processo de geração e inovação tecnológica. 
 
Finalmente os Centro Federais de Educação Tecnológica foram levados à 
categoria de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, pela Lei nº 11.892 
de 28 de dezembro de 2008, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 
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Curso de Engenharia Mecânica 
 
 
 
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4.2 – ÂMBITO EDUCACIONAL 
 
Além dos decretos regulamentares acima citados, deve-se orientar a implantação 
do curso segundo o Parecer CNE/CES nº 1362 de 12 de dezembro de 2001 que fornece 
as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Engenharia. Este 
parecer estabelece todos os requisitos mínimos curriculares para que o conjunto de 
bases científicas e tecnológicas de um curso de engenharia cumpra o seu papel. [7] 
 
Ainda a Resolução CNE/CES nº 11, de 11 de março de 2002, com base no 
Parecer CNE/CES nº 1362 Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de 
Graduação em Engenharia. 
 
A Resolução CNE/CES nº 02, de 18 de junho de 2007. Dispõe sobre carga 
horária mínima e procedimentos relativos à integralização e duração dos cursos de 
graduação, bacharelados, na modalidade presencial. Sendo de 3600horas o mínimo 
para curso de Engenharia, com integralização em 5 anos. 
 
 
4.3 – ÂMBITO CREA / CONFEA 
 
As atribuições de Engenharia são regulamentadas a partir da publicação da 
RESOLUÇÃO Nº 1.010, de 22 de agosto de 2005. Esta dispõe sobre a regulamentação 
da atribuição de títulos profissionais, atividades, competências e caracterização do 
âmbito de atuação dos profissionais inseridos no Sistema CONFEA/CREA, para efeito de 
fiscalização do exercício profissional. 
 
Vale salientar que as atribuições serão dadas ao curso, de acordo com o projeto 
pedagógico e mediante o cadastramento institucional do curso / escola no CREA. Uma 
mesma modalidade de curso, poderá possuir diferentes atribuições. Salienta-se ainda 
que a modalidade de Engenharia Mecânica proposta neste projeto, não integra nenhum 
grupo ou categoria de engenharia. 
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5 – PROJETO - PEDAGÓGICO 
 
5.1 – OBJETIVOS GERAIS 
 
Para pensar o ensino de engenharia, é necessário refletir sobre a prática docente 
e como ocorre o processo educativo em engenharia. O docente necessita ter o caráter 
inspirador para a busca de conhecimento e a realização de descobertas pelo discente. 
Promover a abrangência social, respeito mútuo, motivação constante para o aprendizado 
e para a superação de dificuldades. Este curso de engenharia anseia em promover a 
formação de habilidades e competências em ciência tecnológica, desenvolver a 
criatividade, gerar a personalidade crítica, promover integração com o relacionamento 
social, desenvolver a comunicação, despertar o hábito da leitura e da educação 
continuada. 
 
O projeto do curso propõe ainda a participação de todos os envolvidos neste 
processo, para que cada um faça reflexão do seu papel. O objetivo de formar o cidadão 
com bases solidamente fundamentas, integrado com o seu meio sócio econômico, e que 
englobe ainda os aspectos político, ético e ambiental, tem que se contrapor aos 
currículos tradicionais de entrega de conhecimentos e de título. 
 
Na formatação de uma proposta, tradicionalmente o currículo é construído a partir 
da organização de um conjunto de disciplinas. Apropria-se de um conjunto de 
denominações de disciplinas, na maioria das vezes sem discutir o conteúdo de cada 
uma, organizando-as numa “grade” a partir da qual o currículo é desenvolvido. Tal 
procedimento é incoerente quando o objetivo do curso é formar o profissional a partir de 
um perfil de egresso em concordância com as necessidades do mundo do trabalho, o 
qual propomos. [4] 
 
Torna-se relevante que os currículos sejam desenvolvidos por meio de disciplinas 
contextualizadas de modo a integrar os saberes teórico-práticos articulando atividades de 
ensino, pesquisa e extensão. Para tanto, deve ser estimulada a participação dos alunos 
em atividades de campo onde ele possa experimentar situações práticas, em cada etapa 
de seu percurso de formação – ensino, pesquisa e extensão – antecipando 
circunstâncias que estarão presentes no seu cotidiano social e profissional. Vale 
ressaltar, também, que as atividades complementares (extensão) constituem-se 
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elementos de intervenção na prática social, materializadas por meio de projetos 
educativos do curso. Este desenvolvimento deve integrar todos os núcleos de 
conhecimentos ao longo de todo o curso. [4] 
 
Segundo Becker (1995), são três as visões epistemológicas mais utilizadas para 
representar as relações entre o sujeito, o objeto e o conhecimento como produto do 
processo cognitivo O primeiro, denominada Empirismo, é baseado em uma pedagogia 
centrada no professor, que valoriza as relações hierárquicas, que entende o ensino como 
transmissão de conhecimento e que se considera o dono do saber. Nesta visão 
considera-se, ainda, o sujeito da aprendizagem, em cada novo nível, como tabula rasa. É 
como diria Paulo Freire, uma educação domesticadora. O Apriorismo adota uma 
pedagogia centrada no aluno pretendendo assim enfrentar os desmandos autoritários do 
modelo anterior, mas atribuindo ao aluno qualidades que ainda não possui como domínio 
do conhecimento sistematizado em áreas específicas e visão crítica na coleta e 
organização da informação disponível. Por último, a visão epistemológica denominada 
Construtivista ou Interacionista dissolve a importância individual absoluta de cada um dos 
elementos do processo através de uma dialetização. Neste modelo, a relação professor-
aluno é vista como um processo de interação mútua onde nenhum deles é neutro e/ou 
passivo, onde o primeiro também aprende no decorrer da ação, e o segundo aprende 
para si e também participa do crescimento do professor. [6] 
 
O empirismo tem sido o modelo epistemológico tradicionalmente utilizado no 
ensino de engenharia que privilegia uma prática que considera o aluno como neutro e 
sem história e cujo objetivo principal é reproduzir o que lhe foi repassado, sendo avaliado 
pela precisão e qualidade dessa sua reprodução. O modelo construtivista ou 
interacionista constitui uma tendência contemporânea no ensino. Seu método baseia-se 
na contextualização do conhecimento a ser construído com o aluno. Neste modelo, o 
aluno é considerado um ser pensante, com história pregressa e com um universo mental 
prévio já internalizado. [4] 
 
Ações simples mudam a dinâmica de aula, pequenas inversões no decorrer de 
uma aula podem motivar a participação. Citamos por exemplo quando o professor faz um 
questionamento para a turma acerca de uma discussão em sala. Em se tratando de um 
grupo novo, ainda sem interação, raramente obterá uma resposta. No entanto, ao 
finalizar a discussão solicitar a formação de pequenos grupos de 3 ou 4 integrantes e 
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formular a pergunta, certamente obterá respostas do grupo após 2 ou três minutos de 
interação. Sob este aspecto, convidamos a assistir a apresentação do professor Cláudio 
Moura Castro, intitulada “O Dinossauro e a Iguana”. Nesta apresentação, o professor 
aborda o ato de revolucionar a educação, melhorando a sala de aula. A própria 
apresentação em mídia eletrônica torna-se um exemplo interessante, o professor poderia 
disponibilizar sua aula como material de estudo posterior, ou mesmo utilizar para curso 
de ensino a distancia. A apresentação pode acessada no site: 
( https://admin.acrobat.com/_a183899/p47821356/ ). 
 
 
5.2 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
O curso de Engenharia Mecânica do IFG propõe formar um profissional com 
sólida formação básica em matemática, física e informática e que tenha perfil, crítico e 
criativo, capacitado em promover soluções técnicas de engenharia. A formação técnica 
proposta para o curso teve como princípio, abranger todas as áreas específicas da 
engenharia mecânica, listadas no ANEXO III da RESOLUÇÃO 1010 – CREA / CONFEA, 
bem como conhecimentosespecíficos de processos físicos de produção. 
 
Espera-se que o egresso tenha a capacidade de: 
 Resolver problemas de maneira sistêmica; 
 Estar sempre atualizado, aprendendo, incorporando novos conhecimentos, de 
maneira autodidata; 
 Ter sólida base científica e cultural; 
 Demonstrar sólidos conhecimentos em Matemática e Física; 
 Demonstrar sólido conhecimento básico em sua área profissional; 
 Ter capacidade de utilização da informática na solução de problemas de 
Engenharia; 
 Expressar com clareza, tanto na forma escrita como falada; 
 Demonstrar comportamento ético, aí envolvendo o respeito ao meio ambiente; 
 Ter capacidade de aproveitar novas oportunidades propiciadas pela sociedade de 
serviços, bem como visão de mercado; 
 Desenvolver atitude empreendedora, possibilitando não apenas a inovação dentro 
do ambiente de trabalho, como a visão de iniciar novas empresas; 
 Demonstrar liderança, caracterizada tanto pelo trabalho individual como pelo 
trabalho em equipe; 
 Ter atitudes inovadoras, comprometidas, éticas e profissionais. 
 
Além do perfil, o Engenheiro Mecânico deverá obter as seguintes habilidades e 
competências: 
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 Aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais à 
engenharia; 
 Projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados; 
 Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos; 
 Planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de engenharia 
mecânica; 
 Identificar, formular e resolver problemas de engenharia; 
 Supervisionar e avaliar criticamente a operação e a manutenção de sistemas; 
 Comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica; 
 Avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e ambiental; 
 Avaliar a viabilidade econômica de projetos de engenharia; 
 Atuar em equipes multidisciplinares; 
 Compreender e aplicar a ética e responsabilidade profissional; 
 Comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica; 
 Buscar permanentemente a atualização profissional. 
 
 
5.3 – ESTRUTURA CURRICULAR 
 
O curso de Engenharia Mecânica prevê 10 períodos, totalizando a carga horária 
mínima de 3672 horas, composto de 58 disciplinas obrigatórias, 01 trabalho de fim de 
curso, 01 estágio supervisionado, atividades curriculares complementares e ainda um 
mínimo de 03 disciplinas de cunho optativo, conforme lista de ofertas disponibilizadas à 
época de matriculas. 
 
O curso prevê a seguinte distribuição de carga horária: 
 
Disciplinas obrigatórias 3024 horas 
Disciplinas optativas 162 horas 
Atividades complementares 108 horas 
Trabalho de conclusão de Curso 54 horas 
Estágio Supervisionado 324 horas 
TOTAL 3672 horas 
 
Esta carga horária mínima divide-se em de 2619 horas de conteúdos teóricos 
(71%) e 1053 horas de atividades práticas (29%), incluindo o estágio supervisionado. 
 
O curso será diurno, podendo ser ministrado nos turnos matutino e vespertino. Em 
todo caso, sugere o comprometimento pelo discente devido a complexidade das bases 
científica e profissional, exigindo uma dedicação plena, o que resulta numa maior 
integração do aluno com o curso. Possibilita também que programas de iniciação 
científica sejam realmente efetivados, incrementando a pesquisa na área. Mantém o 
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mesmo do padrão de formação em relação ao oferecido por outras instituições públicas, 
preparando-o para a competitividade do mercado de trabalho, além de assegurar a 
possibilidade de um melhor aproveitamento, pelo aluno, do tempo e espaço reservados 
ao estudo da engenharia. [7] 
Em princípio, a proposta de entrada semestral será de 30 alunos, com duração 
de 5 (cinco) anos. A previsão de cumprimento da carga horária especificada para cada 
semestre é de 18 semanas por semestre, compondo-se uma carga de 6 aulas diárias. 
Para a integralização curricular deste curso prevê-se um prazo mínimo de 5 (cinco) anos 
e um prazo máximo de 9 (nove) anos. 
O curso adota o controle acadêmico atualmente em andamento no IFG, conforme 
Resolução N0. 27 de 23 de dezembro de 2008 do IFG (Anexo - 05), com sistema de 
matrícula por disciplina conforme os pré-requisitos de cada disciplina, quando houver. De 
forma a estabelecer a carga horária efetiva com as aulas ministradas, cada disciplina é 
também especificada pela quantidade de aula semanal (AS) ou crédito. Assim uma 
disciplina com 01 aula na semana, corresponde a uma aula de 45 min durante as 18 
semanas no semestre. Em outra palavras, 01 crédito equivalerá a 13,5 horas efetivas de 
curso em 18 semanas no IFG. O aluno para se formar, deverá cursar um mínimo de 3672 
horas (272 créditos) equivalente a 4896 aulas assistidas no IFG. 
 
A grade curricular também prevê o desenvolvimento de um Trabalho de 
Conclusão de Curso (TCC) conforme regulamentação própria do IFG, o qual se 
transcreve neste projeto. As disciplinas de TCC no 9º e 10º sob a orientação de um 
professor, possibilita que um grupo de no máximo 03 alunos (proposta), desenvolva um 
estudo, equipamento ou testes, dentre outras possibilidades, onde se consolidam os 
conhecimentos específicos adquiridos durante o curso, contribuindo também para o 
desenvolvimento da pesquisa e inovação. 
 
É previsto ainda uma carga horária de 324 horas de estágio supervisionado, 
podendo, o aluno iniciá-lo após concluído o 7º semestre (após 190 créditos ou 2565 
horas efetivadas). Vale ressaltar que a grade curricular contempla reserva de carga 
horária nos dois últimos semestre, o que possibilita a plena execução de estágios, 
pesquisas e a plena conexão com o mercado de trabalho. 
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5.5 – GRADE CURRICULAR 
 
A seguir é apresentado a grade com o conjunto completo de disciplinas propostas, 
quantidade de aula semanais requeridas por cada disciplina, pré-requisitos das mesmas 
e o fluxograma do curso. 
 
Estão listadas também, uma sugestão de disciplinas de cunho optativo que neste 
momento não estão totalmente definidas. Em se tratando de conteúdo de formação 
complementar, optamos em gerar conteúdos e ementas específicas no decorrer do curso, 
a fim de verificar tendências de mercado ou aspirações por formação. 
 
Outra observação: Não foram geradas as codificações para as disciplinas em 
função do atual sistema acadêmico do IFG. Entende-se que esta codificação se fará 
necessária na implantação do sistema de matrícula por disciplinas. Por enquanto, para 
simples efeito de identificação de pré-requisito, utilizamos as iniciais das disciplinas. 
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MATRIZ CURRICULAR 
DISTRIBUIÇÃO DE DISCIPLINAS EM PERÍODOS 
 
 
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA 
IFG 
Quantidade 
de Aulas 
Total 
(em horas) 
PRÉ 
REQUISITOS 
 Disciplina créditos semestre TEÓR PRAT 
1 LP – Lingua Portuguesa 4 72 54 0 
 ATP – Algoritmos Técnicas de Programação 4 72 27 27 
 CDI 1 – Cálculo Diferencial e Integral I 6 108 81 
 AL – Álgebra Linear 4 72 54 
 IEM – Introdução a Engenharia Mecânica 2 36 27 
 DT – Desenho Técnico e CAD 4 72 13,5 40,5 
 QG – Química Geral 4 72 27 27 
 
2 PAE – Programação Aplicada a Engenharia 2 36 27 ATP 
 CDI 2 – Cálculo Diferencial e Integral II 6 108 81 CDI 1 
 EP – Estatística e Probabilidade 4 72 54 CDI 1 
 Mc – Física: Mecânica 4 72 54 CDI 1 
 LMc – Laboratório de Mecânica 2 36 27 CDI 1 
 DM – Desenho de Máquinas 4 72 13,5 40,5 DT 
 CMM Ciência dos Materiais e Microestrutura 4 72 40,5 13,5 QG 
 
3 AOI – Administração e Organização Industrial 2 36 27 
 CDI 3 – Cálculo Diferencial e Integral III 4 72 54 CDI 2 
 M – Metrologia 4 72 27 27 EP 
 Elm – Física: Eletromagnetismo 4 72 54 Mc e LMc 
 LElm – Laboratório de Eletromagnetismo 2 36 27 Mc e LMc 
 Es – Estática 4 72 54 Mc e LMc 
 MCM - Materiais de Construção Mecânica 4 72 40,5 13,5 CMM 
 
4 CN – Calculo Numérico 4 72 54 CDI 2 e PAE 
 ED – Equações Diferenciais Ordinárias 4 72 54 CDI 2 
 FOC – Física: Fluidos, Ondas e Calor 4 72 54 Mc e LMc 
 LFOC – Laboratório de Fluidos, Ondas e Calor 2 36 27 Mc e LMc 
 El – Eletrotécnica 4 72 40,5 13,5 Elm e LElm 
 ReMa – Resistência dos Materiais 6 108 67,5 13,5 Es 
 TTT – Tratamentos Térmicos e Termoquímicos 4 72 40,5 13,5 MCM 
 
5 PCP – Planejamento e Controle da Produção 4 72 54 AOI 
 MF – Mecânica dos Fluidos 6 108 67,5 13,5 ED 
 TA – Termodinâmica Aplicada 4 72 54 
CDI 3, FOC e 
LFOC 
 II – Instrumentação Industrial 4 72 27 27 El 
 MMA – Mecanica dos Materiais Aplicada 4 72 54 ReMa 
 FCM – Fundição e Conformação Mecânica 4 72 40,5 13,5 TTT 
 IE – Introdução à Economia 2 36 27 
 
6 MFlu – Máquinas Fluxo e Deslocamento 4 72 54 MF 
 TC – Transferência de Calor 4 72 54 ED e TA 
 SL Sistemas Lineares 4 72 54 ED 
 DiM – Dinâmica das Máquinas 4 72 54 Mc e LMc 
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 EMq – Elementos de Máquinas 4 72 54 MMA 
 S – Soldagem 4 72 40,5 13,5 TTT 
 PCU – Processos Convencionais de Usinagem 4 72 27 27 TTT 
 
7 GCQ – Gestão e Controle da Qualidade 4 72 54 PCP 
 CA – Ciências do Ambiente 2 36 27 PCP 
 SCHP – Sistemas de Controle Hidráulico e Pneumático 4 72 40,5 13,5 Mflu 
 MT – Máquinas Térmicas 6 108 54 27 TC 
 ADSC – Analise Dinâmica dos Sistemas de Controle 4 72 54 0 SL 
 VSM – Vibração de Sistemas Mecânicos 4 72 40,5 13,5 DiM 
 MC – Metodologia Cientifica 2 36 27 
 UNC – Usinagem não Convencional 2 36 27 PCU 
 
8 GM – Gestão da Manutenção 2 36 27 GCQ 
 O1 – Optativa 1 4 72 54 
 O2 – Optativa 2 4 72 54 
 VA – Veículos Automotivos 2 36 27 MT 
 IR – Introdução à Robótica 4 72 27 27 ADSC 
 TMR – Transportadores e Máquinas Rodantes 2 36 27 EMq 
 SEM – Sistemas Estruturais Mecânicos (Est Metálicas) 4 72 54 EMq 
 PMSM – Projetos de Máquinas e Sistemas Mecânicos 4 72 13,5 40,5 EMq e DiM 
 
9 O3 – Optativa 3 4 72 54 
 RAC – Refrigeração e Ar Condicionado 6 108 54 27 TC 
 CVP – Caldeiras e Vasos de Pressão 2 36 27 TC 
 O4 – Optativa 4 
 LE – Legislação e Ética 2 36 27 
 E – Empreendedorismo 2 36 27 
 TCC1 – Trabalho de Conclusão de Curso 1 2 36 27 MC 
 FAC – Fabricação Assistida por Computador 4 72 40,5 13,5 PCU 
 
10 ES – Estagio Supervisionado (324 h) 24 432 324 180 créditos 
 TCC2 – Trabalho de Conclusão de Curso 2 2 36 27 TCC1 
 
 ATIVIDADES COMPLEMENTARES 
 Atividades Complementares 8 144 108 
 TOTAL 272 4896 2619 1053 
 
 
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 OPTATIVAS (com 02 Aulas Semanais) 
 Engenharia Econômica 2 36 27 IE 
 Libras – Linguagem Brasileira de Sinais 2 36 27 - 
 
Relações Étnico-raciais e Cultura Afro-Brasileira e 
Indígena 2 36 27 
- 
 Sociologia do Trabalho, Tecnologia e Cultura 2 36 27 - 
 Top Especiais em Térmica 2 36 27 TC 
 
Tópicos Especiais em Térmica – Métodos 
Numéricos Aplicados a Transferência de 
Calor 2 36 27 TC 
 
 OPTATIVAS (com 04 Aulas Semanais) 
 Acústica Básica 4 72 40,5 13,5 VSM 
 Gestão de Sistema de Produção 4 72 54 PCP 
 Higiene e Segurança no Trabalho 4 72 54 - 
 Inglês Instrumental 4 72 54 - 
 Instrumentação Industrial II 4 72 54 II 
 Inteligência Artificial 4 72 54 EP e PAE 
 Logística de Suprimentos 4 72 54 PCP 
 Método dos Elementos Finitos 4 72 54 VSM e TC 
 Não Ferrosos, Cerâmicos e Polímeros 4 72 54 CMM 
 Redes Industriais 4 72 54 ADSC 
 Técnicas de Manutenção Preditiva 4 72 54 VSM 
 Tópicos Especiais em Materiais 4 72 54 TTT 
 Tópicos Especiais em Soldagem 4 72 40,5 13,5 S 
 Ventilação Industrial e Conforto Ambiental 4 72 54 TC 
 Combustão 4 72 54 TC 
 
No fluxograma a seguir, a codificação verificada no topo da grade apresentada 
como P – ND / NC, referente ao período do curso, ao número de disciplinas do período e 
o número de créditos (aulas na semana). 
 
 
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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás 
Curso de Engenharia Mecânica 
 
CNPJ= 336026080001- 45 
Rua 75, n. 46 Centro – 74.055-110 – Goiânia – Goiás 
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Elaboração e Formatação: Prof Marco Aurélio Brazão Costa Badan – IFGoias - 2009 
 
5.5 – CONTEUDOS BÁSICOS E PROFISSIONALIZANTES 
 
A Resolução CNE/CES nº 11, com base no Parecer CNE/CES nº 1362 Institui as 
Diretrizes Curriculares Nacionais em Engenharia, onde extraímos: 
“Art. 6º Todo o curso de Engenharia, independente de sua modalidade, deve possuir em 
seu currículo um núcleo de conteúdos básicos, um núcleo de conteúdos profissionalizantes e um 
núcleo de conteúdos específicos que caracterizem a modalidade. 
§ 1º O núcleo de conteúdos básicos, cerca de 30% da carga horária mínima, versará 
sobre os tópicos que seguem:” 
e posteriormente: 
“ § 3º O núcleo de conteúdos profissionalizantes, cerca de 15% de carga horária mínima, 
versará sobre um subconjunto coerente dos tópicos abaixo discriminados, a ser definido pela IES:” 
 
Na tabela 5.1 apresentamos a distribuição de disciplinas básicas, conforme 
mencionado anteriormente. Observe que 39 % da carga horária correspondem a esta 
categoria. Isto caracteriza um curso com sólida formação básica. 
Tabela 5.1 - Conteúdos Básicos conforme Resolução CNE 
Conteúdos Estabelecidos Disciplina do Curso T P 
I - Metodologia Científica e Tecnológica; Metodologia Científica 2 0 
 Introdução a Engenharia Mecânica 2 0 
II - Comunicação e Expressão; Lingua Portuguesa 4 0 
III - Informática; Algoritmos e Técnicas de Programação 2 2 
IV - Expressão Gráfica; Desenho Técnico e CAD 1 3 
 Desenho de Máquinas 1 3 
V - Matemática; Cálculo Diferencial