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Profª. Rebeca Melo gmelo.rebeca@gmail.com Sistema Urinário/Excretor Aparelho Renal Rins órgãos pares localizados na região posterior e superior da cavidade abdominal, por trás do peritônio e abaixo do diafragma; Ureteres saem de cada rim e conduzem a urina até a bexiga; Bexiga armazena a urina; Uretra conduz a urina da bexiga ao meio externo do organismo. Funções do Aparelho Renal Funções homeostásicas: Excreção de produtos indesejáveis do metabolismo e de substâncias químicas estranhas; Regulação do balanço de água e eletrólitos; Regulação da P.A.; Regulação do balanço ácido/básico; Regulação da produção de eritrócitos; Secreção, metabolismo e excreção de hormônios; Gliconeogênese. Excreção de produtos indesejáveis Eliminação de produtos indesejáveis do metabolismo que não sãos mais necessários ao corpo Ureia, creatinina, ácido úrico, bilirrubina, metabólitos hormonais; Toxinas e substâncias estranhas Pesticidas, fármacos e aditivos alimentícios; Regulação do balanço da água e eletrólitos A entrada de água e eletrólitos é controlada pelos hábitos de ingestão alimentar de cada pessoa, e os rins ajustam sua intensidade de excreção para coincidir com a ingestão dessas substâncias; Rins trabalham para garantir o equilíbrio quanto mais você ingere, mais você excreta. Regulação da Pressão Arterial Detectam alterações no volume sanguíneo Regulação da PA à longo prazo (SRAA) Secreção de enzimas e produtos vasoativos: renina e angiotensina II Regulação do balanço ácido/básico Contribuem para o controle do pH sanguíneo, juntamente com os pulmões e os tampões dos líquidos corporais Eliminação e ácidos e bases Túbulo contorcido proximal Secreção/Reabsorção de [H+] e [HCO3-] Os rins são a única forma de eliminar ácidos específicos como ácido sulfúrico e fosfórico (metabolismo das proteínas) Regulação da produção de eritrócitos Secreção do hormônio eritropoetina estimula a produção de hemácias pelas células tronco hematopoiéticas, na medula óssea; Os rins produzem e secretam quase toda eritropoetina da circulação Doenças renais anemia grave e redução na produção de eritropoetina. Regulação da produção de vitamina D Participação dos rins na produção da forma ativa da vitamina D calcitriol Essencial para absorção de Ca+2 pelo trato gastrintestinal e deposição nos ossos. Gliconeogênese Durante jejum prolongado rins sintetizam glicose a partir de aminoácidos e outros precursores = gliconeogênese A capacidade dos rins de adicionar glicose ao sangue (no jejum) equivale à do fígado. Anatomia Renal Coluna renal Vascularização Renal Estrutura vascular muito organizada O sangue entra nos rins pela artéria renal, se ramifica em artérias menores até chegar nas arteríolas aferentes (entrada nos néfrons); Após a filtração (nos néfrons) o sangue é recolhido pelas arteríolas eferentes para sair dos rins; É conduzido aos capilares peritubulares e entra em vênulas menores que vão aumentando de calibre até desembocar na veia renal. Fisiologia dos Néfrons Néfrons = unidade funcional dos rins Filtração do sangue e formação da urina 800 mil – 1 mi. de néfrons em cada rim Perda gradativa de 1%/ano na quantidade de néfrons após os 40 anos de idade Componentes: Corpúsculo renal: glomérulo renal + cápsula de Bowman Túbulos renais T. contorcido proximal Alça de Henle (ascendente/descendente) T. contorcido distal Ducto coletor Capilares peritubulares Néfrons Aparelho Justaglomerular Região constituída de células justaglomerulares + células da mácula densa. Responsável pela produção e armazenamento de renina Auxilia no controle da pressão sanguínea sistêmica Atua na regulação da excreção do Na+ Formação da Urina A intensidade com que as diferentes substâncias são excretadas na urina representam a soma de três processos renais: 1. Filtração glomerular 2. Reabsorção de substâncias dos túbulos renais p/ o sangue 3. Secreção de substâncias do sangue p/ túbulos renais Intensidade de excreção urinária = intensidade de filtração – intensidade de reabsorção + taxa de secreção Para cada substância plasmática ocorre combinação desses três processos renais básicos Substâncias podem ser totalmente depuradas, parcialmente reabsorvidas, reabsorvidas ou parcialmente secretadas Filtração Glomerular Urina = subproduto da atividade renal Depende dos processos de: filtração, reabsorção e secreção Filtração Glomerular: O sangue chega aos néfrons pelas arteríolas aferentes, e se ramifica no glomérulo renal A partir daí parte desse líquido passa dos capilares p/ a cápsula glomerular, iniciando o processo de filtração glomerular. Filtração Glomerular Barreiras da filtração Glomerular: Constituída pela membrana capilar glomerular, que possui três camadas: Endotélio capilar presença de fenestrações (poros) Membrana basal trama de colágeno e peptidioglicanos Camada células epiteliais longas projeções que se assemelham a “pés” (podócitos) que revestem a superfície externa dos capilares, e ficam sobre a superfície externa da membrana basal Todas as camadas da parede capilar glomerular representam barreiras à filtração das proteínas plasmáticas e células sanguíneas. Filtração Glomerular Graças à essas barreiras é formado o ultrafiltrado glomerular, um líquido: Semelhante ao líquido intersticial Contém água e todos os pequenos solutos do sangue Praticamente não possui proteínas e nem células sanguíneas Ultrafiltrado glomerular formado sob pressão (entre glomérulo e cápsula de Bowman) Taxa de filtração glomerular = volume de filtrado produzido por ambos os rins/minuto ≈ 7,5L/h ou 180L/dia A cada 40min todo o nosso sangue é filtrado nos rins! Filtração Glomerular Ultrafiltrado Glomerular Pressão hidrostática glomerular (PH) = empurra o plasma dos capilares p/ cápsula de Bowman (60 mmHg) Pressão coloidosmótica glomerular (P) = pressão de atração da água pelas proteínas do sangue (32 mmHg) Pressão na cápsula de Bowman (Pfluid)= exercida pelo líquido dentro da cápsula (18mmHg) Mesmo que haja soma de Pfluid + P, o valor de PH ainda sobressai as demais forças, garantindo a passagem de líquido do sangue p/ a cápsula Reabsorção Tubular “Volta” de substâncias para o sangue 65% ocorre nos túbulos contorcidos proximais Cada substância é reabsorvida de forma e local diferente no néfron Ação de transporte ativo e passivo Os solutos podem ser reabsorvidos ou secretados através das células por: Via transcelular = atravessa a célula do tubo Via paracelular = movendo-se através das junções e dos espaços intercelulares Secreção Tubular Transporte de substâncias do sangue p/ os túbulos renais Contribui para a rápida excreção de substâncias na urina São eliminados: Produtos finais do metabolismo Sais biliares, catecolaminas, etc. Ânions inorgânicos Ex: ácido úrico Fármacos Toxinas Reabsorção e Secreção nos néfrons Autorregulação Renal Células na mácula densa Detectam dilatação ou contração das arteríolas aferentes e eferentes Controle da pressão glomerular Controle da filtração Sensível aos níveis de Na+ Ativação do SRAA Hormônio Antidiurético (Vasopressina) ADH= Vasopressina Produzido no hipotálamo e secretado pela neuro-hipófise Aumenta a reabsorção de água no ducto coletor Eleva a pressão arterial Micção Processo pelo qual a bexiga esvazia quando fica cheia Volume máximo de urina armazenada ≈ 300-500mL Quando o volume chega a ±300 ml, os sensores nervosos da parede da bexiga enviam mensagens ao sistema nervoso, fazendo com que tenhamos vontade de urinar Etapas: Primeiro a bexiga se enche progressivamente, até que a pressão na sua parede atinja um limiar Um reflexo nervoso é gerado (reflexo da micção), que esvazia a bexiga Reflexo autônomo na medula espinhal, mas pode ser inibido ou facilitado por centros no córtex ou tronco cerebrais. Quando a bexiga está cheia, o músculo de sua parede é distendido, causando contração, e o esfíncter urinário é relaxado, empurrando a urina em direção a uretra, de onde então é lançada para fora do corpo. Disfunções Renais Cálculo/Litíase renal Cristalização de sais presentes na urina Fatores genéticos e ambientais Cisto renal “Bolha” cheia de líquido benignos ou malignos Comum em idosos Infecções por microrganismos nefrite, uretrite, cistite Insuficiência Renal Incapacidade dos rins em filtrar o sangue corretamente, diminuindo a homeostasia dos fluidos no organismo. Aguda = quando ocorre súbita e rápida perda da função renal Crônica = quando esta perda é lenta, progressiva e irreversível. Diálise/Hemodiálise Diálise = qualquer procedimento que promova a remoção das substâncias tóxicas que ficam retidas quando os rins deixam de funcionar adequadamente Princípio retirar líquidos e toxinas do paciente com insuficiência renal, além de corrigir distúrbios no pH, no sódio e no potássio sanguíneos. Não tem como objetivo tratar a doença renal, mas sim substituir os rins que estão com seu funcionamento prejudicado. Diálise/Hemodiálise Diálise peritoneal - Uso de equipamento específico que infunde e drena uma solução especial diretamente no abdômen do paciente, sem contato direto com o sangue. Hemodiálise - Uso de um equipamento específico que filtra o sangue diretamente e o devolve ao corpo do paciente com menos impurezas.
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