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EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA
História Natural da doença e níveis de prevençãoHistória Natural da doença e níveis de prevenção
� Profa. Paula Juliana
� Universidade Paulista - UNIP
Conceitos de Saúde e de DoençaConceitos de Saúde e de DoençaConceitos de Saúde e de DoençaConceitos de Saúde e de Doença
Saúde...
1. “Ausência de doença” e inversamente conceituada como 
2. “falta ou perturbação da saúde”
Duas definições que, embora simplistas, são bem utilizadas.
Organização Mundial de Saúde – OMS (1948)
“Saúde é um completo estado de bem estar físico, mental e social, e 
não meramente ausência de doença”
Conceitos de Saúde e de Doença
Aurélio: 1. “Saúde é o estado do indivíduo cujas funções orgânicas, físicas e
mentais se acham em situação normal” ;
2. “Saúde é o resultado do equilíbrio dinâmico entre o indivíduo e seu meio
ambiente”.ambiente”.
Implicações práticas:
Dificuldades à mensuração dos fenômenos a que se referem, em face da
necessidade de se definir o que se entende por “bem estar” ou “normal” e
por “equilíbrio dinâmico”.
Um indivíduo com 1,45m nascido em tribo de pigmeus é anormal?
VIII Conferência Nacional de Saúde em 1986.VIII Conferência Nacional de Saúde em 1986.
SaúdeSaúde
HabitaçãoHabitação
Cultura, 
esporte e lazer
Cultura, 
esporte e lazer
Saneamento e 
meio ambiente
Saneamento e 
meio ambiente
Acesso a Acesso a 
“saúde como resultante das condições de:
SaúdeSaúde
TransporteTransporte
Acesso a 
serviços de saúde
Acesso a 
serviços de saúde
EducaçãoEducação
Trabalho e
renda
Trabalho e
renda
AlimentaçãoAlimentação
Previd. e
assist.soc.
Previd. e
assist.soc.
História Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da Doença
Ao invés de considerar saúde e doença como presença/ausência devemos
entender que:
Trata-se de um processo no qual o ser humano passa por múltiplas 
situações, que exigem de seu meio interno um trabalho de sucessivas 
compensações e adaptações.compensações e adaptações.
História Natural da Doença é o nome dado ao conjunto de processos interativos
compreendendo as inter-relações do agente, do suscetível (ou hospedeiro) e do
meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as
primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente, ou em
qualquer outro lugar, passando pela resposta do homem ao estímulo, até as
alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte.
Padrões de progressão das doenças
O curso da doença é uniforme no organismo?
Não! Pode apresentar enormes variações de um caso para outro!!!
História Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da Doença
Não! Pode apresentar enormes variações de um caso para outro!!!
Apesar disso, as doenças progridem segundo alguns padrões que
podem ser colocados em cinco categorias:
Padrões de progressão das doenças
a) evolução aguda, rapidamente fatal ( exposição a altas doses de radiação);
b) evolução aguda, sintomática e com rápida recuperação na maioria dos casos – muitas
doenças infecciosas como as viroses respiratórias;
História Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da Doença
c) evolução sem alcançar o limiar clínico (assintomática), de modo que o indivíduo
jamais saberá o ocorrido – Subclínicos;
d) evolução crônica, que se exterioriza e progride para o êxito letal após longo período –
afecções cardiovasculares de cunho degenerativo;
e) evolução crônica, com períodos assintomáticos entremeados de exacerbações clínicas
– como é o caso de muitas afecções psiquiátricas e dermatológicas.
Quadro 1. Padrões de evolução das doenças
Óbito
Invalidez
Cronicidade
a
b
Evolução 
clínica
d
I
n
t
e
n
s
i
d
a
d
e
 
d
o
 
p
r
o
c
e
s
s
o
História Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da Doença
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Cronicidadeb
c
e
Evolução subclínica
Recuperação 
da saúde
tempo
I
n
t
e
n
s
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a
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e
 
d
o
 
p
r
o
c
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s
s
o
Limiar clínico
Tríade epidemiológicaTríade epidemiológica
Idade, Sexo/gênero, Estado 
civil, Ocupação, Escolaridade, 
Características genéticas, 
História patológica pregressa, 
Estado imunológico, Estado 
emocional
Determinantes:
Físico-químicos (temperatura, umidade)
Biológicos (acidentes, infecções)
Sociais (comportamento, organização 
social)
Econômicos (renda)
Biológicos (microorganismos)
Químicos (mercúrio, álcool, 
medicamentos)
Físicos (trauma, calor, radiação)
Nutricionais (carência, excessos)
DETERMINANTES DA DOENÇA CORONARIANADETERMINANTES DA DOENÇA CORONARIANA
Fatores Fatores 
hospedeirohospedeiro
AgentesAgentes Fatores ambientaisFatores ambientais
Sexo (M>F) ↑ LDL-Col ↑ Acesso a comidas Sexo (M>F) ↑ LDL-Col ↑ Acesso a comidas 
não saudáveis
Idade ↓ HDL-Col Tabaco 
Sedentarismo Tabagismo
Disponibilidade de 
cigarros
Obesidade HAS
Duas concepções de história natural da doença
O Vocábulo “natural” tem a conotação de processo sem a intervenção do
homem, mas este pode modificar o curso por meio de medidas
preventivas e curativas.
História Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da Doença
preventivas e curativas.
A história natural da doença costuma ser focada sob duas óticas
principais:
� Demanda espontânea do paciente que procura um serviço, e;
� Pesquisa da doença na comunidade (por rastreamento).
Visão da doença à partir dos serviços
A denominação “história natural” é muito empregada para designar
“investigações clínicas”, geralmente o longo prazo (longitudinais).
Tais pesquisas descrevem o curso clínico e, em termos ideais, estão
História Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da Doença
Tais pesquisas descrevem o curso clínico e, em termos ideais, estão
centradas na observação de um número suficiente de pacientes.
observam o comportamento da doença, 
bem como a resposta/adaptação do homem.
Visão da doença à partir da comunidade
Segunda maneira de conceber a história natural.
Busca ativa de pacientes na comunidade
por meio de inquéritos populacionais
História Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da Doença
por meio de inquéritos populacionais
Nesta forma de descrição de doença há uma “base populacional” delimitando
um “território” em cujos limites está a população na qual a afecção é investigada.
Dessa maneira é possível esclarecer, além da etapa patológica (período de
patogênese), uma fase anterior em que a saúde não foi manifestadamente
afetada (ou período pré-patogênese).
MODELO DE LEAVELL & CLARK
Quadro 2. História natural dos processos mórbidos no homem.
Morte
Invalidez
Cronicidade
PERÍODO 
PRÉ-PATOGÊNICO
PERÍODO 
PATOGÊNICO
Antes de o indivíduo
adoecer
Curso da doença no organismo humano
Interação de agentes
Mórbidos, o 
hospedeiro
Humano e os fatores 
Doença
precoce
discernível
Doença
avançada
Convalescença
Limiar clínico
Recuperação
Humano e os fatores 
ambientais Alterações 
precoces
Fase de 
suscetibilidade
Fase 
patológica
Pré-clínica
Fase clínica Fase 
residual
Adaptado de Leavell e Clark (1976)
Quadro 2. História natural dos processos mórbidos no homem.
Morte
Invalidez
Cronicidade
PERÍODO 
PRÉ-PATOGÊNICO
PERÍODO 
PATOGÊNICO
Antesde o indivíduo
adoecer
Curso da doença no organismo humano
Interação de agentes
Mórbidos, o 
hospedeiro
Humano e os fatores 
Doença
precoce
discernível
Doença
avançada
Convalescença
História natural em gestação: 
Ainda não há a doença 
propriamente dita, mas, já 
existem condições que 
favorecem seu aparecimento.
Limiar clínico
Recuperação
Humano e os fatores 
ambientais Alterações 
precoces
Fase de 
suscetibilidade
Fase 
patológica
Pré-clínica
Fase clínica Fase 
residual
Adaptado de Leavell e Clark (1976)
Fatores potencialmente 
causadores da doença
1. Fase Inicial (ou de susceptibilidade):
NEM TODOS APRESENTAM O MESMO RISCO DE ADOECER
Fases da História Natural da DoençaFases da História Natural da DoençaFases da História Natural da DoençaFases da História Natural da Doença
Do ponto de vista epidemiológico:
As pessoas não nascem iguais e nem vivem iguais
� Hábitos diferentes que facilitam ou dificultam a ocorrência de danos 
à saúde FATORES DE RISCO OU DE PROTEÇÃO
Evolução dos processos patológicos em dois períodos
1. Pré-patogênese: Quando as manifestações patológicas ainda não se
manifestaram. (Natureza física, química, biológica, nutricional ou
genética).
2. Patogênese: Quando os processos patológicos já se encontram ativos.
1a. Agentes físicos e químicos:1a. Agentes físicos e químicos:
- Radiações ionizantes (efeitos carcinogênicos)
- Mutações genéticas e anomalias cromossômicas
- Má formações e disfunções mentais.
1b. Biopatógenos: Bioagentes com ação direta sobre o meio interno do corpo
humano, são em grande número, difundindo-se por todo o planeta
VERMINOSES
É importante o conhecimento dos fatores causais dos agravos à 
saúde, tais como detalhes sobre os agentes causadores, fatores de 
risco, intensidade das exposições, susceptibilidade do organismo 
História Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da Doença
frente às agressões e as condições do ambiente onde estas 
situações ocorrem.
Ex.: conhecimento do “barbeiro” na etiologia da doença de Chagas
Quadro 2. História natural dos processos mórbidos no homem.
Morte
Invalidez
Cronicidade
PERÍODO 
PRÉ-PATOGÊNICO
PERÍODO 
PATOGÊNICO
Antes de o indivíduo
adoecer
Curso da doença no organismo humano
Interação de agentes
Mórbidos, o 
hospedeiro
Humano e os fatores 
Doença
precoce
discernível
Doença
avançada
Convalescença
Limiar clínico
Recuperação
Humano e os fatores 
ambientais Alterações 
precoces
Fase de 
suscetibilidade
Fase 
patológica
Pré-clínica
Fase clínica Fase 
residual
Adaptado de Leavell e Clark (1976)
Ainda está no estágio de 
ausência de sintomatologia, 
embora o organismo já 
apresente alterações 
patológicas (screening);
2. Fase patológica (Pré-clínica):
� Desde o início do processo patológico até o aparecimento de
sintomas e sinais da doença;
Fases da História Natural da DoençaFases da História Natural da DoençaFases da História Natural da DoençaFases da História Natural da Doença
sintomas e sinais da doença;
� Pode ter curso subclínico e evoluir para a cura ou progredir
para a fase seguinte.
Ex.: Hipertensão arterial sistêmica - HAS
2a Patogênese
Seguimento com o desenvolvimento de processos patológicos no
ser humano.
Tem seu início com as primeiras alterações provocadas por
agentes patogênicos no indivíduo afetado.
Interação agente – sujeito: Predispõem o organismo à ação
subsequente de outros agentes patógenos.
Ex.: Má nutrição� Ação patogênica do bacilo da tuberculose
Colesterol� Doença coronariana
Fatores genéticos� Diminuição das defesas orgânicas
Quadro 2. História natural dos processos mórbidos no homem.
Morte
Invalidez
Cronicidade
PERÍODO 
PRÉ-PATOGÊNICO
PERÍODO 
PATOGÊNICO
Antes de o indivíduo
adoecer
Curso da doença no organismo humano
Interação de agentes
Mórbidos, o 
hospedeiro
Humano e os fatores 
Doença
precoce
discernível
Doença
avançada
Convalescença
Limiar clínico
Recuperação
Humano e os fatores 
ambientais Alterações 
precoces
Fase de 
suscetibilidade
Fase 
patológica
Pré-clínica
Fase clínica Fase 
residual
Adaptado de Leavell e Clark (1976)
Ao 
manifestar-se 
clinicamente, 
a doença já 
se encontra 
em estágio 
avançado
3. Fase Clínica
Os graus de acometimento diferem podendo ser:
� Leve;
� De mediana intensidade;
� Grave, de evolução aguda ou crônica.
Fases da História Natural da DoençaFases da História Natural da DoençaFases da História Natural da DoençaFases da História Natural da Doença
� Grave, de evolução aguda ou crônica.
A percepção do limiar clínico varia:
� natureza da doença;
� características do paciente;
� condições de observação e capacidade do observador;
� tecnologia empregada e como é utilizada
Etiologia na fase patológica: processos que ocorrem no interior do corpo
humano e que se sucedem à partir da resposta orgânica inicial.
O melhor conhecimento destes mecanismos permite adotar critérios
História Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da Doença
diagnósticos e tratamentos condizentes, voltados para detectar e
interromper o processo já instalado no organismo, e se possível, fazê-lo
regredir.
Ex.: Uso de antitérmicos que não contenham ácido acetilsalecílico (AAS,
Aspirina, Melhoral, etc.), nem anti-inflamatórios (Voltaren, diclofenaco de
sódio, Scaflan), que interferem no processo de coagulação do sangue
Quadro 2. História natural dos processos mórbidos no homem.
Morte
Invalidez
Cronicidade
PERÍODO 
PRÉ-PATOGÊNICO
PERÍODO 
PATOGÊNICO
Antes de o indivíduo
adoecer
Curso da doença no organismo humano
Interação de agentes
Mórbidos, o 
hospedeiro
Humano e os fatores 
Doença
precoce
discernível
Doença
avançada
Convalescença
Limiar clínico
Recuperação
Humano e os fatores 
ambientais Alterações 
precoces
Fase de 
suscetibilidade
Fase 
patológica
Pré-clínica
Fase clínica Fase 
residual
Adaptado de Leavell e Clark (1976)
4. Fase de incapacidade residual:
Doença não evoluiu para a morte nem foi curada, ocorrem as sequelas
da mesma.
Fases da História Natural da DoençaFases da História Natural da DoençaFases da História Natural da DoençaFases da História Natural da Doença
Ex:� paciente que iniciou fumando
� desenvolveu um quadro de DPOC,
� evoluiu para a insuficiência respiratória
� passa a apresentar severa limitação funcional
(fase de incapacidade residual)
Este modelo permite:
� Acompanhamento desde uma fase pré-patológica;
� Evidencia a existência de vários graus de risco e a ocorrência de uma variedade
de estados:
� portadores;
História Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da Doença
� portadores;
� os casos atípicos;
� os casos de evolução subclínica, ao lado dos casos clínicos típicos que
evoluem com ou sem complicações.
A representação de doença assim caracterizada é usada para realçar que 
quando a doença se manifesta clinicamente, não deve ser tomada como um 
fato brusco nem isolado. 
Ex.: Infarto Agudo do Miocárdio – IAM
Processo que teve seu início muito antes ao evento, e que pode estar
relacionado a vários fatores:
� Hereditariedade;
História Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da Doença
� Comportamentais, e,
� Ambientais diversos
Doenças endêmicas
Têm base populacional-territorial
Observe o exemplo à seguir:
1. Evolução de forma indeterminada* da doença de Chagas.Em São Felipe (BA), foi realizada pesquisa sobre o prognóstico de 400
chagásicos, detectados na forma indeterminada da doença*.
Após 10 anos do exame inicial:
� Minoria permanecia assintomática;
� 96% - evolução para outra forma clínica da doença;
2. Incidência de doença coronariana: Estudo de Framingham
• é um bom exemplo de investigação da história natural da doença desde a fase
pré-patológica
• inclui amostra de adultos, comprovadamente sadios ao exame inicial,
aleatoriamente escolhidos entre os residentes daquela cidade.
• foram acompanhados para verificação da influência de determinados fatores na
ocorrência de afecções coronarianas.
* indeterminada: quando o diagnóstico é apenas laboratorial, pois a 
infecção não é acompanhada por sintomatologia
Como regra geral
� Pequena proporção de afetados apresentam quadro clínico;
� Poucos procuram o sistema formal de atendimento;
História Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da Doença
� Número pequeno de hospitalizados.
Implicações imediatas:
A assistência prestada se traduz apenas pela “ponta do iceberg” que 
corresponde a demanda espontânea que busca os serviços de saúde.
Medidas Preventivas
São consideradas “medidas preventivas” todas aquelas utilizadas para 
evitar as doenças ou suas consequências, quer ocorram sob forma 
esporádica, quer de modo endêmico ou epidêmico.
História Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da Doença
A. Medidas Inespecíficas e Específicas: Classificação usada para organizar
as ações propostas pela sociedade no intuito de influir na ocorrência da
doença.
As medidas “inespecíficas”, ditas “gerais” ou “amplas” têm o objetivo de
promover o bem estar das pessoas (estratégia de massa);
As “específicas”, ou “restritas” incluem as técnicas próprias para lidar com
cada dano à saúde em particular (estratégia para grupo específico).
B. Prevenção Primária, Secundária e Terciária
Meados do século XX – proposta da separação das medidas
Primária: aplicadas em fase anterior ao início biológico da doença
(período pré patogênico); Visa desenvolver atividades para a
Medidas PreventivasMedidas PreventivasMedidas PreventivasMedidas Preventivas
(período pré patogênico); Visa desenvolver atividades para a
manutenção da saúde, isto é prevenção da ocorrência e redução da
incidência de doenças. Tem o objetivo de evitar novos casos de
agravo à saúde.
Ex: Educação para saúde, saneamento ambiental, imunizações
Secundária: direcionada ao período patogênico, antes que se estabeleça
o efeito, ou seja, estágio precoce da doença (após o início biológico da
doença); enquanto a doença ainda está em fase de progressão, visando
à prevenção da evolução do processo patológico, tentando até mesmo
regredir a doença.
Ex: Prescrição de antibióticos para doenças infecciosas.
Medidas PreventivasMedidas PreventivasMedidas PreventivasMedidas Preventivas
Ex: Prescrição de antibióticos para doenças infecciosas.
OBS: a prevenção secundária não possui apenas caráter curativo, mas
também pode ser vista pelo aspecto preventivo.
Medidas disponíveis para indivíduos e comunidades para detecção precoce e
intervenção imediata
Objetivo: controlar a ocorrência da doença, reduzir consequências mais graves da
doença através de diagnóstico precoce (ex.: rastreamento de ca de cólon de útero)
Terciária (estágio tardio da doença): medidas recomendadas em
fase mais avançada da doença (já sintomática), no intuito de
prevenir deterioração ainda maior no estado clínico (tratamento e
reabilitação).
Medidas PreventivasMedidas PreventivasMedidas PreventivasMedidas Preventivas
Está diretamente voltada para a fase final do processo da doença, isto
é, na fase estacionária.
Objetivo: amenizar o processo de incapacitação e promover
adaptação do paciente à sociedade (desenvolver a capacidade
residual do indivíduo).
PRIMÁRIA
promoção de saúde
Objetivo: aproximar o grau de saúde do homem
próximo ao ótimo ideal.
Prevenção de doenças ou de um grupo de doenças →→→→
PROMOÇÃO DE SAÚDE
PRIMÁRIA
Proteção específica
Ligado ao impedimento do aparecimento de uma
determinada afecção.
SECUNDÁRIA
Diagnóstico e 
Tratamento Precoce
Identificar o processo patológico, ainda em seu início, 
antes mesmo do aparecimento de sintomas. Ex: 
Pesquisa do bacilo da tuberculose no escarro. Iniciar 
tratamento caso se identifique problema.
SECUNDÁRIA
Limitação do dano
Identificar a doença, limitar sua extensão e retardar o
aparecimento de novas complicações.
Nível semelhante com o anterior, porém, neste caso, a doença
já apresenta sinais e sintomas que indicam a sua presença.
TERCIÁRIA
Reabilitação
A finalidade é estimular o potencial residual do
organismo após ter sido afetado por uma doença.
Objetivo: desenvolver condições para que o indivíduo
consiga levar uma vida útil e produtiva (suporte físico,
mental e social que ajude na reintegração deste
indivíduo à sociedade).
Ex: Fase crônica
PERÍODO PRÉ-PATOLÓGICO PERÍODO PATOLÓGICO
Interação de fatores Alterações Primeiros Doença 
Convalescença
precoces sintomas avançada 
Quadro 3. Níveis de aplicação das medidas preventivas
Promoção Proteção Diagnóstico e
da saúde específica tratamento limitação Reabilitação
precoces do dano
PREVENÇÃO PREVENÇÃO PREVENÇÃO
PRIMÁRIA SECUNDÁRIA TERCIÁRIA
MEDIDAS PREVENTIVASLeavell e Clak (1976)
Período pré patogênico Período patogênico
Precoce Avançada Defeito
• Educação
• Nutrição e 
adequação
• Habitação, 
vestuário
• Trabalho e 
lazer
• Desenvolvimen
to da 
personalidade
• Imunização
• Profilaxia 
medicamentos
a
• Saneamento 
ambiental
• Proteção 
contra riscos 
ocupacionais e 
carcinógenos
• Exames 
periódicos
• Levantamentos 
ocasionais
• Métodos 
educativos 
para 
diagnóstico 
precoce e sua 
viabilização
• Tratamento 
adequado
• Busca de 
casos
• Recursos 
hospitalares
• Educação do 
público e 
empregadores 
para utilização 
dos reabilitados
• Laborterapia
• Educação e 
conscientização personalidade
• Educação 
sexual
carcinógenos
• Não exposição 
a alergênicos e 
agentes 
tóxicos.
viabilização conscientização 
quanto a 
preconceitos 
relativos a certas 
doenças
1o nível
Promoção da 
saúde
2o nível
Proteção 
específica
3o nível 
Diagnóstico e 
tratamento 
precoces
4o nível
Limitação da 
incapacidade
5o nível
Reabilitação
Fase de prevenção primária Fase de prevenção secundária Fase de prevenção 
terciária
SUB NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDESUB NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDESUB NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDESUB NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDESUB NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDESUB NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDESUB NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDESUB NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE
As três fases de prevenção – primária, secundária e terciária, desdobram-se em cinco
níveis, como esquematizado no quadro 3.
Para cada nível existem muitas formas de atuação, como exemplificado no quadro abaixo.
Quadro 4. Relação de medidas ou ações de saúde distribuídas em cinco níveis de
prevenção.
1. PROMOÇÃO DA 
SAÚDE
• Educação sanitária
• Alimentação e 
nutrição adequadas
• Habitação adequada
• Emprego e salários 
adequados
• Condições para 
satisfaçãodas 
necessidades básicas 
do indivíduo
2. PROTEÇÃO
ESPECÍFICA
• Vacinação
•Exame pré natal
• Quimioprofilaxia
•Fluoretação da água
•Eliminação de exposição 
a agentes carcinogênicos
3. DIAGNÓSTICO E 
TRATAMENTO
PRECOCE
• Rastreamento
• Exame periódico de 
saúde
• procura de casos entre 
contatos
• auto exame
• intervenções médicas 
ou cirúrgicas precoces
4. LIMITAÇÃO DO 
DANO
• Acesso facilitado a 
serviços de saúde
• tratamento médico ou 
cirúrgico adequados
• hospitalização em 
função das necessidades
5. REABILITAÇÃO
• Terapia ocupacional
• treinamento do 
deficiente
• melhores condições de 
trabalho para o deficiente
•Educação do público
para aceitação do 
deficiente
• próteses e órteses
Situação Fase e nível da prevenção
1. Autoexame mensal dos seios na tentativa
de detectar a iniciação de tumor maligno.
1. Fisioterapia aplicada na recuparação da
capacidade de pessoas que sofreram
acidente automobilístico.
1. Distribuição gratuita de seringas
descartáveis no combate à AIDS
1. Fisioterapia para pacientes que sofreram
AVC
1. Uso de cinto de segurança
1. Orientação dietoterápica para pessoas
com diabetes mellitus
1. Aplicação de suplementos de vitamina A
em campanhas de vacinação infantil.
1. Aplicação de suplementação de Ferro
após diagnóstico de anemia
1. Realização de exame citologia cervical(Papanicolau)
1. Educação para inserção social de
deficientes visuais
1. Uso de preservativos

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