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EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA História Natural da doença e níveis de prevençãoHistória Natural da doença e níveis de prevenção � Profa. Paula Juliana � Universidade Paulista - UNIP Conceitos de Saúde e de DoençaConceitos de Saúde e de DoençaConceitos de Saúde e de DoençaConceitos de Saúde e de Doença Saúde... 1. “Ausência de doença” e inversamente conceituada como 2. “falta ou perturbação da saúde” Duas definições que, embora simplistas, são bem utilizadas. Organização Mundial de Saúde – OMS (1948) “Saúde é um completo estado de bem estar físico, mental e social, e não meramente ausência de doença” Conceitos de Saúde e de Doença Aurélio: 1. “Saúde é o estado do indivíduo cujas funções orgânicas, físicas e mentais se acham em situação normal” ; 2. “Saúde é o resultado do equilíbrio dinâmico entre o indivíduo e seu meio ambiente”.ambiente”. Implicações práticas: Dificuldades à mensuração dos fenômenos a que se referem, em face da necessidade de se definir o que se entende por “bem estar” ou “normal” e por “equilíbrio dinâmico”. Um indivíduo com 1,45m nascido em tribo de pigmeus é anormal? VIII Conferência Nacional de Saúde em 1986.VIII Conferência Nacional de Saúde em 1986. SaúdeSaúde HabitaçãoHabitação Cultura, esporte e lazer Cultura, esporte e lazer Saneamento e meio ambiente Saneamento e meio ambiente Acesso a Acesso a “saúde como resultante das condições de: SaúdeSaúde TransporteTransporte Acesso a serviços de saúde Acesso a serviços de saúde EducaçãoEducação Trabalho e renda Trabalho e renda AlimentaçãoAlimentação Previd. e assist.soc. Previd. e assist.soc. História Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da Doença Ao invés de considerar saúde e doença como presença/ausência devemos entender que: Trata-se de um processo no qual o ser humano passa por múltiplas situações, que exigem de seu meio interno um trabalho de sucessivas compensações e adaptações.compensações e adaptações. História Natural da Doença é o nome dado ao conjunto de processos interativos compreendendo as inter-relações do agente, do suscetível (ou hospedeiro) e do meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar, passando pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte. Padrões de progressão das doenças O curso da doença é uniforme no organismo? Não! Pode apresentar enormes variações de um caso para outro!!! História Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da Doença Não! Pode apresentar enormes variações de um caso para outro!!! Apesar disso, as doenças progridem segundo alguns padrões que podem ser colocados em cinco categorias: Padrões de progressão das doenças a) evolução aguda, rapidamente fatal ( exposição a altas doses de radiação); b) evolução aguda, sintomática e com rápida recuperação na maioria dos casos – muitas doenças infecciosas como as viroses respiratórias; História Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da Doença c) evolução sem alcançar o limiar clínico (assintomática), de modo que o indivíduo jamais saberá o ocorrido – Subclínicos; d) evolução crônica, que se exterioriza e progride para o êxito letal após longo período – afecções cardiovasculares de cunho degenerativo; e) evolução crônica, com períodos assintomáticos entremeados de exacerbações clínicas – como é o caso de muitas afecções psiquiátricas e dermatológicas. Quadro 1. Padrões de evolução das doenças Óbito Invalidez Cronicidade a b Evolução clínica d I n t e n s i d a d e d o p r o c e s s o História Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da Doença - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Cronicidadeb c e Evolução subclínica Recuperação da saúde tempo I n t e n s i d a d e d o p r o c e s s o Limiar clínico Tríade epidemiológicaTríade epidemiológica Idade, Sexo/gênero, Estado civil, Ocupação, Escolaridade, Características genéticas, História patológica pregressa, Estado imunológico, Estado emocional Determinantes: Físico-químicos (temperatura, umidade) Biológicos (acidentes, infecções) Sociais (comportamento, organização social) Econômicos (renda) Biológicos (microorganismos) Químicos (mercúrio, álcool, medicamentos) Físicos (trauma, calor, radiação) Nutricionais (carência, excessos) DETERMINANTES DA DOENÇA CORONARIANADETERMINANTES DA DOENÇA CORONARIANA Fatores Fatores hospedeirohospedeiro AgentesAgentes Fatores ambientaisFatores ambientais Sexo (M>F) ↑ LDL-Col ↑ Acesso a comidas Sexo (M>F) ↑ LDL-Col ↑ Acesso a comidas não saudáveis Idade ↓ HDL-Col Tabaco Sedentarismo Tabagismo Disponibilidade de cigarros Obesidade HAS Duas concepções de história natural da doença O Vocábulo “natural” tem a conotação de processo sem a intervenção do homem, mas este pode modificar o curso por meio de medidas preventivas e curativas. História Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da Doença preventivas e curativas. A história natural da doença costuma ser focada sob duas óticas principais: � Demanda espontânea do paciente que procura um serviço, e; � Pesquisa da doença na comunidade (por rastreamento). Visão da doença à partir dos serviços A denominação “história natural” é muito empregada para designar “investigações clínicas”, geralmente o longo prazo (longitudinais). Tais pesquisas descrevem o curso clínico e, em termos ideais, estão História Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da Doença Tais pesquisas descrevem o curso clínico e, em termos ideais, estão centradas na observação de um número suficiente de pacientes. observam o comportamento da doença, bem como a resposta/adaptação do homem. Visão da doença à partir da comunidade Segunda maneira de conceber a história natural. Busca ativa de pacientes na comunidade por meio de inquéritos populacionais História Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da Doença por meio de inquéritos populacionais Nesta forma de descrição de doença há uma “base populacional” delimitando um “território” em cujos limites está a população na qual a afecção é investigada. Dessa maneira é possível esclarecer, além da etapa patológica (período de patogênese), uma fase anterior em que a saúde não foi manifestadamente afetada (ou período pré-patogênese). MODELO DE LEAVELL & CLARK Quadro 2. História natural dos processos mórbidos no homem. Morte Invalidez Cronicidade PERÍODO PRÉ-PATOGÊNICO PERÍODO PATOGÊNICO Antes de o indivíduo adoecer Curso da doença no organismo humano Interação de agentes Mórbidos, o hospedeiro Humano e os fatores Doença precoce discernível Doença avançada Convalescença Limiar clínico Recuperação Humano e os fatores ambientais Alterações precoces Fase de suscetibilidade Fase patológica Pré-clínica Fase clínica Fase residual Adaptado de Leavell e Clark (1976) Quadro 2. História natural dos processos mórbidos no homem. Morte Invalidez Cronicidade PERÍODO PRÉ-PATOGÊNICO PERÍODO PATOGÊNICO Antesde o indivíduo adoecer Curso da doença no organismo humano Interação de agentes Mórbidos, o hospedeiro Humano e os fatores Doença precoce discernível Doença avançada Convalescença História natural em gestação: Ainda não há a doença propriamente dita, mas, já existem condições que favorecem seu aparecimento. Limiar clínico Recuperação Humano e os fatores ambientais Alterações precoces Fase de suscetibilidade Fase patológica Pré-clínica Fase clínica Fase residual Adaptado de Leavell e Clark (1976) Fatores potencialmente causadores da doença 1. Fase Inicial (ou de susceptibilidade): NEM TODOS APRESENTAM O MESMO RISCO DE ADOECER Fases da História Natural da DoençaFases da História Natural da DoençaFases da História Natural da DoençaFases da História Natural da Doença Do ponto de vista epidemiológico: As pessoas não nascem iguais e nem vivem iguais � Hábitos diferentes que facilitam ou dificultam a ocorrência de danos à saúde FATORES DE RISCO OU DE PROTEÇÃO Evolução dos processos patológicos em dois períodos 1. Pré-patogênese: Quando as manifestações patológicas ainda não se manifestaram. (Natureza física, química, biológica, nutricional ou genética). 2. Patogênese: Quando os processos patológicos já se encontram ativos. 1a. Agentes físicos e químicos:1a. Agentes físicos e químicos: - Radiações ionizantes (efeitos carcinogênicos) - Mutações genéticas e anomalias cromossômicas - Má formações e disfunções mentais. 1b. Biopatógenos: Bioagentes com ação direta sobre o meio interno do corpo humano, são em grande número, difundindo-se por todo o planeta VERMINOSES É importante o conhecimento dos fatores causais dos agravos à saúde, tais como detalhes sobre os agentes causadores, fatores de risco, intensidade das exposições, susceptibilidade do organismo História Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da Doença frente às agressões e as condições do ambiente onde estas situações ocorrem. Ex.: conhecimento do “barbeiro” na etiologia da doença de Chagas Quadro 2. História natural dos processos mórbidos no homem. Morte Invalidez Cronicidade PERÍODO PRÉ-PATOGÊNICO PERÍODO PATOGÊNICO Antes de o indivíduo adoecer Curso da doença no organismo humano Interação de agentes Mórbidos, o hospedeiro Humano e os fatores Doença precoce discernível Doença avançada Convalescença Limiar clínico Recuperação Humano e os fatores ambientais Alterações precoces Fase de suscetibilidade Fase patológica Pré-clínica Fase clínica Fase residual Adaptado de Leavell e Clark (1976) Ainda está no estágio de ausência de sintomatologia, embora o organismo já apresente alterações patológicas (screening); 2. Fase patológica (Pré-clínica): � Desde o início do processo patológico até o aparecimento de sintomas e sinais da doença; Fases da História Natural da DoençaFases da História Natural da DoençaFases da História Natural da DoençaFases da História Natural da Doença sintomas e sinais da doença; � Pode ter curso subclínico e evoluir para a cura ou progredir para a fase seguinte. Ex.: Hipertensão arterial sistêmica - HAS 2a Patogênese Seguimento com o desenvolvimento de processos patológicos no ser humano. Tem seu início com as primeiras alterações provocadas por agentes patogênicos no indivíduo afetado. Interação agente – sujeito: Predispõem o organismo à ação subsequente de outros agentes patógenos. Ex.: Má nutrição� Ação patogênica do bacilo da tuberculose Colesterol� Doença coronariana Fatores genéticos� Diminuição das defesas orgânicas Quadro 2. História natural dos processos mórbidos no homem. Morte Invalidez Cronicidade PERÍODO PRÉ-PATOGÊNICO PERÍODO PATOGÊNICO Antes de o indivíduo adoecer Curso da doença no organismo humano Interação de agentes Mórbidos, o hospedeiro Humano e os fatores Doença precoce discernível Doença avançada Convalescença Limiar clínico Recuperação Humano e os fatores ambientais Alterações precoces Fase de suscetibilidade Fase patológica Pré-clínica Fase clínica Fase residual Adaptado de Leavell e Clark (1976) Ao manifestar-se clinicamente, a doença já se encontra em estágio avançado 3. Fase Clínica Os graus de acometimento diferem podendo ser: � Leve; � De mediana intensidade; � Grave, de evolução aguda ou crônica. Fases da História Natural da DoençaFases da História Natural da DoençaFases da História Natural da DoençaFases da História Natural da Doença � Grave, de evolução aguda ou crônica. A percepção do limiar clínico varia: � natureza da doença; � características do paciente; � condições de observação e capacidade do observador; � tecnologia empregada e como é utilizada Etiologia na fase patológica: processos que ocorrem no interior do corpo humano e que se sucedem à partir da resposta orgânica inicial. O melhor conhecimento destes mecanismos permite adotar critérios História Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da Doença diagnósticos e tratamentos condizentes, voltados para detectar e interromper o processo já instalado no organismo, e se possível, fazê-lo regredir. Ex.: Uso de antitérmicos que não contenham ácido acetilsalecílico (AAS, Aspirina, Melhoral, etc.), nem anti-inflamatórios (Voltaren, diclofenaco de sódio, Scaflan), que interferem no processo de coagulação do sangue Quadro 2. História natural dos processos mórbidos no homem. Morte Invalidez Cronicidade PERÍODO PRÉ-PATOGÊNICO PERÍODO PATOGÊNICO Antes de o indivíduo adoecer Curso da doença no organismo humano Interação de agentes Mórbidos, o hospedeiro Humano e os fatores Doença precoce discernível Doença avançada Convalescença Limiar clínico Recuperação Humano e os fatores ambientais Alterações precoces Fase de suscetibilidade Fase patológica Pré-clínica Fase clínica Fase residual Adaptado de Leavell e Clark (1976) 4. Fase de incapacidade residual: Doença não evoluiu para a morte nem foi curada, ocorrem as sequelas da mesma. Fases da História Natural da DoençaFases da História Natural da DoençaFases da História Natural da DoençaFases da História Natural da Doença Ex:� paciente que iniciou fumando � desenvolveu um quadro de DPOC, � evoluiu para a insuficiência respiratória � passa a apresentar severa limitação funcional (fase de incapacidade residual) Este modelo permite: � Acompanhamento desde uma fase pré-patológica; � Evidencia a existência de vários graus de risco e a ocorrência de uma variedade de estados: � portadores; História Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da Doença � portadores; � os casos atípicos; � os casos de evolução subclínica, ao lado dos casos clínicos típicos que evoluem com ou sem complicações. A representação de doença assim caracterizada é usada para realçar que quando a doença se manifesta clinicamente, não deve ser tomada como um fato brusco nem isolado. Ex.: Infarto Agudo do Miocárdio – IAM Processo que teve seu início muito antes ao evento, e que pode estar relacionado a vários fatores: � Hereditariedade; História Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da Doença � Comportamentais, e, � Ambientais diversos Doenças endêmicas Têm base populacional-territorial Observe o exemplo à seguir: 1. Evolução de forma indeterminada* da doença de Chagas.Em São Felipe (BA), foi realizada pesquisa sobre o prognóstico de 400 chagásicos, detectados na forma indeterminada da doença*. Após 10 anos do exame inicial: � Minoria permanecia assintomática; � 96% - evolução para outra forma clínica da doença; 2. Incidência de doença coronariana: Estudo de Framingham • é um bom exemplo de investigação da história natural da doença desde a fase pré-patológica • inclui amostra de adultos, comprovadamente sadios ao exame inicial, aleatoriamente escolhidos entre os residentes daquela cidade. • foram acompanhados para verificação da influência de determinados fatores na ocorrência de afecções coronarianas. * indeterminada: quando o diagnóstico é apenas laboratorial, pois a infecção não é acompanhada por sintomatologia Como regra geral � Pequena proporção de afetados apresentam quadro clínico; � Poucos procuram o sistema formal de atendimento; História Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da Doença � Número pequeno de hospitalizados. Implicações imediatas: A assistência prestada se traduz apenas pela “ponta do iceberg” que corresponde a demanda espontânea que busca os serviços de saúde. Medidas Preventivas São consideradas “medidas preventivas” todas aquelas utilizadas para evitar as doenças ou suas consequências, quer ocorram sob forma esporádica, quer de modo endêmico ou epidêmico. História Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da DoençaHistória Natural da Doença A. Medidas Inespecíficas e Específicas: Classificação usada para organizar as ações propostas pela sociedade no intuito de influir na ocorrência da doença. As medidas “inespecíficas”, ditas “gerais” ou “amplas” têm o objetivo de promover o bem estar das pessoas (estratégia de massa); As “específicas”, ou “restritas” incluem as técnicas próprias para lidar com cada dano à saúde em particular (estratégia para grupo específico). B. Prevenção Primária, Secundária e Terciária Meados do século XX – proposta da separação das medidas Primária: aplicadas em fase anterior ao início biológico da doença (período pré patogênico); Visa desenvolver atividades para a Medidas PreventivasMedidas PreventivasMedidas PreventivasMedidas Preventivas (período pré patogênico); Visa desenvolver atividades para a manutenção da saúde, isto é prevenção da ocorrência e redução da incidência de doenças. Tem o objetivo de evitar novos casos de agravo à saúde. Ex: Educação para saúde, saneamento ambiental, imunizações Secundária: direcionada ao período patogênico, antes que se estabeleça o efeito, ou seja, estágio precoce da doença (após o início biológico da doença); enquanto a doença ainda está em fase de progressão, visando à prevenção da evolução do processo patológico, tentando até mesmo regredir a doença. Ex: Prescrição de antibióticos para doenças infecciosas. Medidas PreventivasMedidas PreventivasMedidas PreventivasMedidas Preventivas Ex: Prescrição de antibióticos para doenças infecciosas. OBS: a prevenção secundária não possui apenas caráter curativo, mas também pode ser vista pelo aspecto preventivo. Medidas disponíveis para indivíduos e comunidades para detecção precoce e intervenção imediata Objetivo: controlar a ocorrência da doença, reduzir consequências mais graves da doença através de diagnóstico precoce (ex.: rastreamento de ca de cólon de útero) Terciária (estágio tardio da doença): medidas recomendadas em fase mais avançada da doença (já sintomática), no intuito de prevenir deterioração ainda maior no estado clínico (tratamento e reabilitação). Medidas PreventivasMedidas PreventivasMedidas PreventivasMedidas Preventivas Está diretamente voltada para a fase final do processo da doença, isto é, na fase estacionária. Objetivo: amenizar o processo de incapacitação e promover adaptação do paciente à sociedade (desenvolver a capacidade residual do indivíduo). PRIMÁRIA promoção de saúde Objetivo: aproximar o grau de saúde do homem próximo ao ótimo ideal. Prevenção de doenças ou de um grupo de doenças →→→→ PROMOÇÃO DE SAÚDE PRIMÁRIA Proteção específica Ligado ao impedimento do aparecimento de uma determinada afecção. SECUNDÁRIA Diagnóstico e Tratamento Precoce Identificar o processo patológico, ainda em seu início, antes mesmo do aparecimento de sintomas. Ex: Pesquisa do bacilo da tuberculose no escarro. Iniciar tratamento caso se identifique problema. SECUNDÁRIA Limitação do dano Identificar a doença, limitar sua extensão e retardar o aparecimento de novas complicações. Nível semelhante com o anterior, porém, neste caso, a doença já apresenta sinais e sintomas que indicam a sua presença. TERCIÁRIA Reabilitação A finalidade é estimular o potencial residual do organismo após ter sido afetado por uma doença. Objetivo: desenvolver condições para que o indivíduo consiga levar uma vida útil e produtiva (suporte físico, mental e social que ajude na reintegração deste indivíduo à sociedade). Ex: Fase crônica PERÍODO PRÉ-PATOLÓGICO PERÍODO PATOLÓGICO Interação de fatores Alterações Primeiros Doença Convalescença precoces sintomas avançada Quadro 3. Níveis de aplicação das medidas preventivas Promoção Proteção Diagnóstico e da saúde específica tratamento limitação Reabilitação precoces do dano PREVENÇÃO PREVENÇÃO PREVENÇÃO PRIMÁRIA SECUNDÁRIA TERCIÁRIA MEDIDAS PREVENTIVASLeavell e Clak (1976) Período pré patogênico Período patogênico Precoce Avançada Defeito • Educação • Nutrição e adequação • Habitação, vestuário • Trabalho e lazer • Desenvolvimen to da personalidade • Imunização • Profilaxia medicamentos a • Saneamento ambiental • Proteção contra riscos ocupacionais e carcinógenos • Exames periódicos • Levantamentos ocasionais • Métodos educativos para diagnóstico precoce e sua viabilização • Tratamento adequado • Busca de casos • Recursos hospitalares • Educação do público e empregadores para utilização dos reabilitados • Laborterapia • Educação e conscientização personalidade • Educação sexual carcinógenos • Não exposição a alergênicos e agentes tóxicos. viabilização conscientização quanto a preconceitos relativos a certas doenças 1o nível Promoção da saúde 2o nível Proteção específica 3o nível Diagnóstico e tratamento precoces 4o nível Limitação da incapacidade 5o nível Reabilitação Fase de prevenção primária Fase de prevenção secundária Fase de prevenção terciária SUB NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDESUB NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDESUB NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDESUB NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDESUB NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDESUB NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDESUB NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDESUB NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE As três fases de prevenção – primária, secundária e terciária, desdobram-se em cinco níveis, como esquematizado no quadro 3. Para cada nível existem muitas formas de atuação, como exemplificado no quadro abaixo. Quadro 4. Relação de medidas ou ações de saúde distribuídas em cinco níveis de prevenção. 1. PROMOÇÃO DA SAÚDE • Educação sanitária • Alimentação e nutrição adequadas • Habitação adequada • Emprego e salários adequados • Condições para satisfaçãodas necessidades básicas do indivíduo 2. PROTEÇÃO ESPECÍFICA • Vacinação •Exame pré natal • Quimioprofilaxia •Fluoretação da água •Eliminação de exposição a agentes carcinogênicos 3. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO PRECOCE • Rastreamento • Exame periódico de saúde • procura de casos entre contatos • auto exame • intervenções médicas ou cirúrgicas precoces 4. LIMITAÇÃO DO DANO • Acesso facilitado a serviços de saúde • tratamento médico ou cirúrgico adequados • hospitalização em função das necessidades 5. REABILITAÇÃO • Terapia ocupacional • treinamento do deficiente • melhores condições de trabalho para o deficiente •Educação do público para aceitação do deficiente • próteses e órteses Situação Fase e nível da prevenção 1. Autoexame mensal dos seios na tentativa de detectar a iniciação de tumor maligno. 1. Fisioterapia aplicada na recuparação da capacidade de pessoas que sofreram acidente automobilístico. 1. Distribuição gratuita de seringas descartáveis no combate à AIDS 1. Fisioterapia para pacientes que sofreram AVC 1. Uso de cinto de segurança 1. Orientação dietoterápica para pessoas com diabetes mellitus 1. Aplicação de suplementos de vitamina A em campanhas de vacinação infantil. 1. Aplicação de suplementação de Ferro após diagnóstico de anemia 1. Realização de exame citologia cervical(Papanicolau) 1. Educação para inserção social de deficientes visuais 1. Uso de preservativos