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MICROBIOLOGIA ESTUDO DIRIGIDO MORFOLOGIA E ESTRUTURA DA CÉLULA BACTERIANA CÉLULA – É a menor unidade funcional que vai dar a vida. BACTÉRIAS – São microrganismos unicelulares que apresentam morfologia de acordo com a composição da parede celular em forma de COCOS, BACILOS, ESPIRILADOS, ESTRELARES e QUADRADOS. As bactérias têm formas alongadas elas são chamadas de “Bacilos” ou “Bastonetes”. Forma e arranjos: As bactérias de interesse médico são de formas esféricas, chamadas de COCOS, CILÍNDRICA ou BACILOS e de ESPIRAL. Os COCOS são redondos, mais podem ser ovais, alongados ou achatados em uma das extremidades. As bactérias em forma de COCOS se dividem em: DIPLOCOCOS – Pares de cocos. ESTREPTOCOCOS – Cadeias de cocos. ESTAFILOCOCOS – Em forma de cacho de cocos. TÉTRADE – Formada por divisões em dois planos. SARCINA – Se dividem em dois ou três planos e permanecem unidos em grupo cúbicos de oito indivíduos. Os BACILOS só se dividem no plano sobre seu eixo menor de tal forma que são poucos os arranjos ou agrupamentos: os DIPLOBACILOS aparecem aos pares e ESTREPTOBACILOS ocorrem em cadeias. Exemplo: BACILOS – DIPLOBACILOS – Pares de bacilos. ESTREPTOBACILOS – Cadeias de bacilos. COCOBACILOS – São alguns bacilos que se assemelham tanto aos cocos. VIBRIÕES – São bactérias quando têm o corpo rígido e são com vírgulas. ESPIRILO – São bactérias que tem a forma de saca-rolhas. ESPIROQUETA – São bactérias formadas por um grupo de organismo espiralado, mas de corpo flexível. OBS: As bactérias é uma característica genética e geralmente as bactérias são monomórficas, ou seja, elas mantêm uma única forma. Alguns poucos microrganismo são pleomórfos. Muitas bactérias foram originalmente descritas através da forma típica. Uma vez que os microrganismos são transparentes, é freqüente o uso de corante para melhor visualização e do tipo de arranjos. Esses métodos de coloração mais empregados em bacteriologia médica são os de GRAM e de ZIEHL-NEELSEN. MÉTODO DE GRAM – O método ou técnica de GRAM consiste no tratamento sucessivo de um esfregaço bacteriano, fixado pelo calor com os seguintes reagentes: CRISTAL VIOLETA, LUGOL, ALCOOL, FUCSINA. Toda bactéria de GRAM POSITIVA ou de GRAM NEGATIVA, absorve de maneira idêntica o cristal violeta e o lugol, adquirindo a cor roxa devido ao complexo formado pelas duas substâncias no citoplasma da célula. Entretanto ao serem tratada pelo álcool, apresentam comportamentos diferentes como: As GRAM POSITIVAS não se deixam descorar pelo álcool, enquanto as GRAM NEGATIVAS fazem sem qualquer dificuldade. As bactérias Gram-positivas mantêm a cor roxa do complexo cristal violeta-lugol, e as Gram-negativas que o perderam, tornam-se descoradas. Ao a receber a FUCSINA, somente as última bactérias se deixam corar adquirindo a cor vermelha do corante, então através do microscópio podemos observar as bactérias GRAM-POSITIVAS apresentam de cor roxa e as GRAM- NEGATIVAS apresentam de cor avermelhada. MEMBRANA CITOPLASMÁTICA BACTERIANA – É uma membrana plasmática de estrutura de aproximadamente 8nm de espessura. Esta estrutura forma uma barreira responsável pela separação do meio interno (citoplasma) e externo sendo vital para vida. ESTRUTURA QUÍMICA – A membrana das bactérias é composta de proteínas (60%) imersas em uma bicamada de lipídeos (40%), sendo os fosfolipídeos os mais importantes. A membrana dos procariotos difere quimicamente da membrana das células eucarióticas, principalmente pela ausência de esteróis. FLAGELOS (bactérias não essenciais) – O flagelo confere movimento à célula e é formado de uma estrutura basal, um gancho e um longo filamento externo à membrana. O filamento é composto de um único tipo de proteína chamado flagelina. Abaixo localização e números de flagelos em diferentes bactérias são eles: FLAGELOS MONOTRÍQUIO – Possui um único flagelo. Ex: FLAGELOS LOFOTRÍQUIO – Possui vários flagelos. Ex: FLAGELOS PERITRÍQUIO – Possui muitos flagelos. Ex: FIMBRIAS, PÊLOS ou PILI – Muitas bactérias Gram-negativas são dotadas de apêndices filamentosos protéicos que não são flagelos. Tais apêndices, chamados de frimbrias (ou pêlos), são menores, mais curtos e mais numerosos que os flagelos e não formam ondas regulares. As fímbrias servem como condutor de material genético durante a conjugação bacteriana. Outros tipos funcionam como sítios receptores de bacteriófagos e como estruturas de aderência às células de mamíferos e a outras superfícies. RIBOSSOMOS – Partículas citoplasmáticas onde ocorre a síntese protéicas, são compostos de RNA (60%) e proteína (40%). PLASMÍDIOS (bactérias não essenciais) – No citoplasma das bactérias podem existir moléculas de DNA circulares, menores que o cromossomos, cujos genes não determinam características essenciais, porém, muitas vezes conferem vantagens seletivas às células que as possuem. Estes elementos, denominados plasmídios, são capazes de autoduplicação independente da replicação cromossômica e podem existir em número variável. Exemplo de plasmídios: fatores sexuais (fator –F), fatores de resistência a antibióticos (fator –R). ESPOROS BACTERIANOS – São estruturas formadas por algumas espécies de bactérias Gram- positivas dos gêneros Clostidium e Bacillus, quando o meio se torna carente de água ou de nutrientes essenciais. A formação do esporo e procariotos é um tipo de diferenciação celular que ocorre como respostas a uma situação desfavorável ao meio ambiente. Bactérias capazes de esporular são mais comuns no solo. PAREDE CELULAR – É toda estrutura que estar externa a membrana ESTRUTURA CAPSULA (não essenciais) – Envoltório viscoso externo a PC. Função: resistência, patogenicidade. Composição: polissacarídeo MECANISMO DE RESISTÊNCIA DO ESPORO E SUA IMPORTÂNCIA A descoberta da existência dos endósporos associadas às suas características de resistência foram de grande importância para a microbiologia, sobretudo do ponto de vista clinico e da industria de alimentos, os processos capazes de matar células na forma vegetativas não são suficientes contra a célula na forma esporulada. Assim, enquanto a maioria das células na forma vegetativa é morta com temperaturas em torno de 70C, os endósporos podem sobreviver por horas em água fervente. Os endósporos de bactérias termofílicas podem sobreviver em água fervente por 19 horas. O esporo não ocorre em todas as espécies bacterianas. Algumas espécies bacterianas formadoras de endósporos são muitos importantes como patógenos. Exemplo: Bacillus anthracis – Doença fatal em gado. Clostridium tetani – Agente etiológico do tétano. Clostridium perfringens – Agentes da gangrena gasosa. Clostridium botulinum – Produz toxinas altamente letais causadoras do botulismo. ALGUMAS BACTÉRIAS: BACTÉRIA DA COQUELUXE – Bordetella pertussis. BACTÉRIA DA CÁRIE – Streptococus mutans. BACTÉRIA DA PNEUMONIA, MENINGITE, BACTEREMIA, OTITE MÉDIA E SINUSITE – Streptococcus pneumoniae. BACTÉRIA DO ORDEOLO ou TERÇOL, SINDROME DO CHOQUE TÓXICO, ENDOCARDITE, VÔMITO, DIARRÉIA, OSTEOMIELITE, ARTRITE, PNEUMONIA, IMPETIGO, SINDROME DA PELE ESCALDADA, FURÚNCULO – Staphylococcus aureus. BACTÉRIA DA MICROBIOTA NORMAL DA PELA E DA MUCOSA – Staphylococcus epidermidis. MÉTODOS DE CONTROLE DAS BACTÉRIAS – Esterilização, Desinfecção, Germicida, Bacteriostático, Assepsia, Degerminação, Sanitização. NUTRIÇÃO E METABOLISMO BACTERIANO Segue abaixo dois tipos nutritivos são eles: VEGETAIS – São fotossintéticos, isto é, obtêm energia da luz solar, e autotróficas, nutrindo-se exclusivamente de substância inorgânicas. ANIMAIS – São quimiotróficos, pois obtêm energia à custa de reações químicas, e heterotróficas, por exigiremfontes orgânicas de carbono. Tipos de nutrientes: simples, complexos, diferenças de necessidades entre os organismos, necessidade nutricionais em comuns (água, pressão osmóticas). PESQUISAR IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO DOS MICROS ORGANISMOS – Cultivo: simular, melhorar. Caracterizar as propriedades morfológicas, fisiológicas e químicas. Exceções: Microrganismo não cultiváveis – Fastidiosas Ex: Cifilis Bacteriana. ELEMENTOS QUÍMICOS COMO NUTRIENTES – Para a renovação da matéria viva, os elementos quantitativamente mais importantes são: carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, enxofre e o fósforo. E são necessários para a síntese como para o desempenho das funções normais dos componentes celulares. ÁGUA – A água não constitui um nutriente, mas é indispensável para o crescimento, e é múltiplo seu papel. As bactérias se nutrem pela passagem de substância em solução através da membrana citoplasmática. A água é o solvente universal. Além disso ela exerce a função primordial na regulação da pressão osmótica e, pelo seu elevado Calor específico, na regulação térmica. A maior parte das bactérias, especialmente as que não esporulam, morre rapidamente pela dessecação. TIPOS DE MICRORGANISMOS – Aeróbios restritos ou obrigatórios, Anaeróbios obrigatórios, anaeróbios facultativos, microaerófilos, anaeróbios aerotolerantes. Como a água, o oxigênio atmosférico não é um nutriente e funciona apenas como receptor final de hidrogênio nos processos de respiração aeróbico. Aeróbias exigem a presença de oxigênio livre. Microaerófilas exigem pequena quantidade de oxigênio não tolerando as pressões normais de O2 atmosférico. Anaeróbias estritas não toleram a presença de oxigênio livre, morrendo rapidamente nessas condições. Anaeróbias não-estritas não utilizam o oxigênio atmosférico, mais esse não é tóxico. Facultativa tanto podem crescer na presença como na ausência de oxigênio livre. BIOFILMES – São uma conglomeração de bactérias, fungos, algas, protozoários, resíduos ou produtos de corrosão aderidas em uma matriz auto-produzida e secretada de substância poliméricas extra celulares. MEIO DE CULTURA – Conjuntos de substâncias, formuladas de maneira adequada, capazes de promover o crescimento bacteriano em condições de laboratório, não há um meio de cultura universal. Muitas vezes o que é exigido por uma determina bactéria inibe totalmente o crescimento de outras. OBS: Para compor um meio adequado, é necessário conhecer a fisiologia das bactérias em estudo. COMPOSIÇÃO DOS MEIOS DE CULTURA – Basicamente existem dois grandes grupos de meios de cultura: os meios SINTÉTICOS e os meios COMPLEXOS. SINTÉTICOS - são aqueles cuja composição química é qualitativa e quantitativamente conhecida, isso acontece porque o meio foi planejado para a cultura de fotolitotróficas; só contém material inorgânico, a fonte de carbono é o CO2 (proveniente do ar) e a fonte de energia é a luz solar. Para que as bactérias cresçam nesse meio, elas devem ser incubadas em presença de luz e em condições de aerobiose. COMPLEXOS – São substâncias capazes de fornecer uma grande variedade de aminoácidos e vitaminas como exemplo o extrato de carne. O meio passou a ser complexo, pois contém um produto cuja composição química não é perfeitamente definida o extrato de carne. Para que as características ou a sua atividade do estado físico do meio de cultura possam ser devidamente estudadas, a bactéria deve se encontrar em CULTURA PURA, isto é, não deve estar misturada a outra. MEIOS SELETIVOS E DIFERENCIAIS – Meios seletivos são aqueles cuja característica impede o crescimento de certos microrganismos, permitindo apenas o crescimento de outros. Meios diferenciais são aqueles que conferem características especiais às colônias que, em condições normais, seriam idênticas. Assim bactérias fermentadoras de lactose, semeadas em meio contendo lactose e um indicador, dão colônias de cor diferente das não-fermentadoras, pois, crescendo, fermentam a lactose; originando ácido lático que faz virar o indicador. OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Cada bactéria tem um ótimo de temperatura para absorção de nutrientes que está intimamente relacionado ao crescimento e ao desenvolvimento das culturas. Assim as bactérias psicrófilas crescem melhor entre as temperaturas de 0°C a 18°C; mesófilas entre 25°C e 40°C e as termófilas entre 50°C e 80°C. CONCENTRAÇÃO HIDROGENIÔNICA (pH) – Os valores de pH em torno de 7,0 são os mais adequados para absorção dos nutrientes, embora existam algumas bactérias adaptadas a viver em ambientes ácidos e alcalinos. CONSERVAÇÃO DOS MICRORGANISMOS – A técnica mais comum consiste em semear em meio sólido distribuído em tubos e, periodicamente, transferi-la para novo meio. Uma das técnicas mais simples consiste em se conservar as culturas à temperatura de geladeira; há microrganismo que permanecem viáveis durante meses. Outra técnica consiste em se recobrir a cultura com uma camada de óleo mineral estéril, reduzindo dessa forma o suprimento de oxigênio e conseqüentemente, o metabolismo bacteriano. CRESCIMENTO BACTERIANO O crescimento em bactérias é freqüentemente considerado em dois níveis: individual e populacional. O crescimento bacteriano é um somatório dos processos metabólicos progressivos, que normalmente conduz à divisão (reprodução) com concomitante produção de duas células-filhas a partir de uma. A grande maioria, de fato, divide-se dando origem a duas células-filha iguais (divisão binária), embora algumas espécies formem brotos que crescem até atingir o tamanho da célula mãe. As bactérias, além de esféricas, apresentam-se também sob as formas cilíndricas e espiraladas. Há, portanto, que considerar o crescimento nas três dimensões: comprimento, largura e altura. O termo tamanho adulto é usado para significar o tamanho da bactéria na hora da sua divisão. O tamanho adulto é característico para cada espécie. A idade da bactéria é o espaço de tempo entre uma fissão que a originou e a divisão que a duplicará. O tamanho de uma bactéria é influenciado por fatores hereditários e ambientais. MÉTODOS E MEDIDAS – O desenvolvimento de uma cultura bacteriana pode ser medido tanto por um aumento de quantidade de protoplasma, quando pelo número de organismo. Os métodos para se estimar massa ou aumento da quantidade de protoplasma podem ser diretos e indiretos. Os métodos diretos são dois tipos: centrifugação e peso seco. Centrifugação – neste método, um volume de cultura é centrifugado em tubo capilar e a altura do sedimento é uma medida de massa protoplasmática. Se o tamanho do microrganismo for conhecido, o número deste pode ser calculado. Peso seco – neste método, determina-se o peso seco de organismo por unidade de volume de cultura. Esse método ignora o conteúdo aquoso e sua variação durante o crescimento dos microrganismo, porem é uma medida mais satisfatória que a massa úmida. Os métodos indiretos são: nitrogênio, estimativas colorimétricas ou espectrofotométricas, medida de consumo de um metabólito ou acúmulo de um produto do metabolismo, turbidimetria, consumo de um composto pela massa bacteriana. CURVA DE CRESCIMENTO – A curva de crescimento pode ser arbitrariamente dividida em quatro fases: 1 – Fase de lag, durante a qual praticamente não ocorre divisão celular, porém há aumento de massa. 2 – Fase de logarítmica, na qual ocorre divisão regular numa velocidade máxima e constante. 3 – Fase estacionária, durante a qual a velocidade de multiplicação diminui gradualmente, até que se anule. O número de bactérias presentes, por unidade de volume, permanece constante por um tempo determinado. Durante essa fase, o número de bactérias novas que se formam contrabalança com o número daquelas que estãomorrendo. 4 – Fase declínio, em que os microorganismos gradualmente diminuem em número até que a cultura se torne estéril, ou seja, todos os microorganismos morrem. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES SOBRE A CURVA OU FASES DE CRESCIMENTO BACTERIANO. A fase de lag pode ou não existir, dependendo de certos fatores. Tende a ser longa quando o inoculo é pequeno ou provém de uma cultura velha ou quando o meio e a temperatura de incubação são menos favoráveis, a fase de log tende a ser menor. O fator determinante é o estágio do crescimento em que se encontra a cultura da qual provém o inoculo. A fase de lag é considerada um período de adaptação no qual a atividade enzimática múltipla da célula, com os seus produtos, está sendo coordenada para um estado chamado integração total. A fase de lag deve ser encarada como um período não de repouso, mas, ao contrário, de intensa atividade metabólica. A fase logarítmica ou exponencial é aquele período durante o qual a multiplicação é máxima e constante. Bactérias crescem e reproduzem assexuadamente por fissão binária. Cada duplicação do número de organismos numa cultura representa uma nova geração. TEMPERATURA DE INCUBAÇÂO os diferentes microorganismos apresentam, conforme seu habitat natural, diferentes ótimos de temperatura em suas enzimas estão na forma mais ativa. NATUREZA DO MEIO em geral o desenvolvimento bacteriano é mais eficiente em meio complexos do que em meios quimicamente definidos, assim as contribuições do meio de cultura para a velocidade de crescimento são sua concentração e presença de todos os nutrientes essenciais. AERAÇÂO DO MEIO a influência da presença ou não de O2 no meio depende diretamente das vias pelas quais os microorganismo obtêm energia. CONCENTRAÇÂO DE ÍONS HIDROGÊNIO o pH do meio de cultura é um fator muito importante para a atividade enzimática. De maneira geral, o pH neutro é requerido para o melhor desenvolvimento da cultura em temos de velocidade. NATUREZA DO ORGANISMO dependendo das características metabólicas do microorganismo, seu tempo de geração será maior ou menor, os seguintes fatores são apontados como responsáveis pelo final da fase logarítmica: limitação de nutrientes, acúmulo de metabólitos tóxicos e ausência de O2 para o caso particular em que microorganismos facultativos fermentativos estejam se desenvolvendo sem aeração. A fase estacionária a falta de nutriente e o acúmulo de materiais tóxicos no meio podem cessar o crescimento de uma cultura. Culturas bacterianas são difíceis de ser tamponadas e controladas no seu pH e potencial de oxirredução. Algumas observações sugerem que um determinado espaço físico, o qual tem sido denominado espaço biológico, é necessário para que ocorra o crescimento individual bacteriano. Para que o crescimento e a multiplicação possam ocorrer, deve existir pelo menos uma concentração mínima de nutrientes por unidades de superfície ou de volume de organismo. Dessa forma quando uma cultura aumenta há um decréscimo proporcional na quantidade de nutrientes, até o ponto em que a concentração mínima de nutriente por unidade de superfície ou de volume do organismo. Dessa forma, quando uma cultura aumenta há um decréscimo proporcional na quantidade de nutrientes, até o ponto em que a concentração de nutriente por organismo atinge um nível crítico e a multiplicação cessa. A fase de declínio a causa da morte das células depois de um período de crescimento de uma cultura pode estar relacionada com a natureza e a concentração do fator limitante do crescimento. Quando a falta de nutrientes é o fator responsável, os organismos que pararam de crescer não estão totalmente desprovidos de qualquer atividade metabólica. Quando o fator é limitante é o acúmulo de produtos metabólicos tóxicos, a causa de morte celular vai depender da natureza desse fator. CONTROLE DOS MICROORGANISMOS Terminologia Relacionada ao Controle do Crescimento Microbiano Esterilização – Processo de destruição, inativação definitiva ou remoção de todas as formas de vida de um objeto ou material. Inclui is endósporos que são as formas mais resistentes de vida. É um processo absoluto, não havendo graus de esterilização. Desinfecção – Destruição (morte) de microorganismo capazes de transmitir infecção, patógenos, portando. São usadas geralmente substância químicas que são aplicadas em objetos ou materiais. Reduzem ou inibem o crescimento, mas não esterilizam necessariamente. Anti-sepsia – Desinfecção química da pele, mucosas e tecidos vivos. Anti-sepsia é um caso particular da desinfecção. Germicida – Agente químico genérico que mata germes, micróbios: Bactericida – mata bactérias; virucida – mata vírus; fungicida – mata fungos; esporocida – mata esporos etc. Bacteriostase – A condição no qual o crescimento bacteriano está inibido, mas a bactéria não está morta. Substância química, quimioterápicos podem ser bacteriotáticos. Refrigeração pode funcionar como microbiostática para a maioria dos organismo. Assepsia – Ausência de microorganismo em uma área. Técnicas assépticas previnem a entrada (sem infecção) microorganismo. Degermação – Remoção de microorganismo da pele por meio da remoção mecânica ou pelo uso de anti- sépticos. Antes das injeções, o algodão embebido de álcool é passado na pele; igualmente o álcool- iodado, preparando o campo cirúrgico. MÉTODO FÍSICOS DE CONTROLE CALOR – O método mais empregado para matar microorganismo é o calor, por ser barato e eficaz. Os microorganismos são considerados mortos quando perdem, de forma irreversível, a capacidade de se multiplicar. Quando se pretende esterilizar um objeto, o método será aquele que, ao ser empregado, deve ser eficaz e matar as forma de vidas microbianas mais resistente. Os microorganismos morrem pela desnaturação de proteínas e fuidificação dos lípides na presença de Calor úmido e por oxidação, quando se trata de calor seco. CALOR ÚMIDO – Um método de redução do número de microorganismo é a fervura (100°C), que mata todas as forma vegetativas dos patógenos, vírus, fungos e seus esporos em 15 minutos. Um dos tipos de vírus hepatite sobrevive 30 minutos de fervura e alguns endósporos bacterianos em até 20 horas. A esterilização de calor úmido requer uma temperatura acima de fervura de água de 120°C estas conseguidas das autoclaves. A esterilização é mais facilmente alcançada quando os organismos estão em contato direto com o vapor ou contidos em pequenos volumes aquosos, com isso, o calor úmido 121°C, a pressão de 15 libras polegadas quadrada, matará todos os organismo, incluindo os endósporos em cera de 15 minutos. CALOR SECO – A forma mais simples de esterilização, empregando o calor seco, é a flambagem. Os microbiologista empregam este procedimento ao esterilizarem as alças platina. A incineração também é uma forma de esterilizar, empregando o calor seco. RADIAÇÕES IONIZANTES – as radiações gama têm comprimento de onda mais curto que as não- ionizantes e carregam mais energia. O principal efeito da radiação ionizante é a ionização da água formando radicais super-reativos. RADIAÇÕES NÃO-IONIZANTE – têm comprimento de onda mais longo que as interiores e a mais empregada é a luz ultravioleta (UV). As desvantagens do uso de UV são: baixo poder de penetração, ou seja, esta radiação só é eficaz se os microorganismo estiverem nas superfícies dos materiais a serem esterilizados, e os efeitos deletérios sobre a pele e os olhos, causando queimaduras graves. INDICADORES BIOLÓGICOS – De grande aplicação prática são os indicadores biológicos, que são suspensões-padrão de esporos bacterianos submetidos à esterilização juntamente com os materiais a serem processados em autoclaves, estufas e câmarasde irradiação. Terminando o ciclo de esterilização, os indicadores são colocados em meios de cultura adequados para o desenvolvimento destes esporos e, se não houver crescimento, significa que o processo de esterilização está validado. Estes testes devem ser conduzidos periodicamente para controle dos equipamentos e do processo empregado. FILTRAÇÃO – A passagem de soluções ou gases através de filtros, de poros pequenos que retêm microorganismos, pode ser empregada na remoção de bactérias e fungos deixando passar a maioria dos vírus. A filtração tem como principais na esterilização de soluções termossensíveis e na entrada de salas ou ambientes onde qualquer microorganismo do ar é indesejável. PRESSÃO OSMÓTICA – A alta concentração de sais ou açúcares cria um ambiente hipertônico que provoca a saída de água do interior da célula microbiana. DESSECAÇÃO – Na falta de água, os microorganismo não são capazes de crescer, multiplicar. Quando a água é novamente reposta, os microorganismos readquirem a capacidade de crescimento. MICROBIOTA NORMAL DO CORPO HUMANO A microbiota normal tem início no momento do nascimento, pois, ao passar pelo canal do parto, ele recebe os primeiros componentes de sua microbiota. A microbiota normal distribui pelas parte do corpo que estão em contato com o meio externo a pele e mucosa. PELE – A microbiota é mais concentrada nas áreas úmidas e quentes como axilas e períneo. Predominam na pele as bactérias dos gêneros Staphylococcus, Corynebacterium e Proponibacterium. O Staphylococcus Epidermidis é encontrado em 90% das pessoas e o Staphylococcus aureus em 10% a 40%. A Staphylococcus aureus é encontrada com freqüência elevada na vulva (60% das mulheres), nas fossas nasais nas pessoas que trabalham em hospitais (50% a 70%), em pacientes portadores de dermatose (80%). Aproximadamente 20% das mulheres são portadoras vaginais de Staphylococcus Saprophyticus que são infecção das vias urinárias na mulher jovem entre 20 a 40 anos. A maioria das bactéria da pele reside na superfície do estrato córneo e na parte superior dos folículos pilosos. CAVIDADE ORAL E VIAS AÉREAS SUPERIORES A microbiota da cavidade oral é bastante grande e diversificada. Calcula-se que a saliva contém 10/8 bactérias/ml e as placas dentais 10/11. Participam da microbiota da cavidade oral números e gêneros tais como Staphylococcus, Strptococcus, Neisseria, Bacteroides, Actinomyces, Treponema, Mycoplasma. A composição encontrada na faringe é semelhante à cavidade oral e nas fossas nasais Staphylococcus e Corynebacterium. A microbiota da cavidade oral tem grande importância em odontologia e em medicina. A cárie dentária, as doenças periodontais, actinomicoses e endocardites subagudas são todas doenças causadas por membros da microbiota da cavidade oral. VAGINA A microbiota vaginal varia com a idade, pH e secreção hormonal. No primeiro mês de vida, e no período compreendido entre a puberdade e a menopausa, há predomínio de Lactobacillus. A variação de pH, está relacionada com a quantidade de glicogênio na vagina. A fermentação deste polímero pelos lactobacilos abaixa o pH, criando um ambiente desfavorável ao crescimento das bactérias que proliferam em pH neutro. INTESTINOS O número de bactérias da microbiota intestinal é dez vezes maior que o número de células que formam os nossos órgãos e tecidos. Ela desempenha várias funções, e também é conhecida como a indígena dos intestinos, microbiota intestinal ou simplesmente a normal dos intestinos. A microbiota intestinal é dividida em AUTÓCTONE e ALÓCTONE, a autóctone corresponde a microbiota normal ou indígena e a alóctone microbiota transitória que passa pelos intestinos, mas não coloniza. As bactérias da microbiota intestinal são encontradas nos intestinos delgado e grosso. A concentração de bactérias no intestino delgado proximal é em torno de 10/3 unidades formadoras de colônias por mililitro (ufc/ml), as espécie mais representadas sendo as de estafilococos, estreptococos e lactobacilos, raramente são encontradas bactérias ANAERÓBIAS. No intestino grosso, as bactérias anaeróbias superam as demais (facultativas e aeróbias) predominam os bacteróides, bifidobactérias e fusobactérias. Calcula-se que a microbiota intestinal compreenda em torno de 500 espécie pertencentes a 200 gêneros, mais desses somente em torno de 20 são representados de maneira significativa. Várias bactérias são encontradas nesse órgão, principalmente cocos gram-positivos, mais tolerantes à acidez gástrica. A ACIDEZ GÁSTRICA – é responsável pelo pequeno número de bactérias no intestino delgado proximal. Somente sobrevive os cocos e bacilos Gram-positivos mais tolerantes à acidez. INFECCÕES URINÁRIAS – a espécie da microbiota intestinal mais frequentemnte associada com infecções urinárias é a Escherichia Coli ela atinge a uretra, passando em seguida para a bexiga e vias urinárias superiores. PROBIÓTICOS – Organismos ou substâncias que contribuem para o equilíbrio microbiano intestinal. Microorganismos vivos capazes de promover o equilíbrio da microbiota intestinal, exercendo efeitos benéficos para a saúde do homem. PREBIÓTICOS – Ingrediente alimentar não dirigível (pelas enzimas digestivas) que pode promover a seleção das espécies bacterianas benéficas para o homem. São derivados de carboidratos que ocorrem naturalmente no trigo, na chicória, na cebola, no alho, no aspargo e em outros vegetais. Essas substância não são hidrolisadas pelas enzimas digestivas, atingindo, intactas, o intestino grosso, onde são, digeridas pela microbiota intestinal. MICOLOGIA (CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS FUNGOS) Os fungos são ubíquos, encontrado em vegetais, na água, em animais, no homem, em detritos e em abundância no solo, participando ativamente do ciclo dos elementos na natureza. Os fungos são seres vivos eucarióticos, com um só núcleo, como leveduras, ou multinucleados, como os fungos filamentosos ou bolores e os cogumelos. Todas as células fúngicas são eucarióticas, isto é, possuem núcleo com membrana nuclear. MORFOLOGIA E REPRODUÇÃO – Os fungos se desenvolvem meios especiais de cultivo formando colônia de dois tipos: leveduriformes e filamentosas. LEVEDURIFORMES – são pastosas ou cremosas e caracterizam o grupo de levedura, são unicelulares em que a própria célula cumpre as funções vegetativas e reprodutivas, formam-se os brotos gêmulas ou bastoconídios possuem forma arredondas ou ovalada ligadas em cadeia formando estrutura pseudohifa de conjunto pseudomicélio. FILAMENTOSAS – característica de bolores, podem ser algodonosas, aveludadas, pulverulentas, com os variados tipos de pigmentação, são organismo multicelulares em forma de tubos as hifas que podem ser contínuas não-septadas ou (cenocíticas) ou septadas. OBS: O conjunto de hifas dá-se o nome de micélio. O micélio que se projeta na superfície e cresce acima do meio de cultivo é o micélio aéreo. Os micélios reprodutivos onde são formados os esporos são chamados de propágulos e que podem ter origem sexuada ou assexuada. Os conídios representam o modo mais comum de reprodução assexuada e cumprem importante papel na dispersão dos fungos na natureza. As células que dão origem aos conídios são chamados células conidiogênicas. Os conídios podem ser hialinos ou pigmentados e apresentam formas diferentes: esféricos, fusiformes, cilíndricos, piriformes. Os artroconídios são formados por fragmentação de hifas em elementos retangulares. Os propágulos assexuados de fungos filamentosos que possuem hifas não-septadas originam-se em estruturas denominadas esporângio, por um processo interno de clivagem do citoplasma e são chamados esporangiosporo. Os propágulos sexuados originam-se da fusão de estruturas diferenciadas com caráterde sexualidade. Os propágulos sexuados internos são chamados ascósporos e formam-se no interior de estruturas denominadas ascos. Três tipos de ascocarpos são eles: Cleistotécio, peritécio e apotécio. O CLEISTOTÉCIO é uma estrutura globosa, fechada, de parede formada pela união de hifas geralmente com oito ascósporos. O PERITÉCIO é uma estrutura piriforme com um poro por onde são eliminados os ascos. O APOTÉCIO é um ascocarpo aberto em forma de cálice. OBS: Os propágulos sexuados externos são chamados basidiósporo e originam-se no ápice de uma célula fértil chamado de basídio. NUTRIÇÃO, CRESCIMENTO E METABOLISMO – Os fungos são microorganismo eucarióticos que se encontram amplamente distribuídos no solo, na água, em alimentos, nos vegetais, em detritos em geral, em animais e no homem, e em sua maioria são aeróbios obrigatórios, com exceção de certas leveduras fermentadoras anaeróbias facultativas que podem desenvolver-se em ambiente com oxigênio reduzido ou mesmo na ausência de elementos. Os saprófitas utilizam substância orgânicas inertes, muitas delas em decomposição. Os parasitas desenvolvem-se em outros organismo vivos, os hospedeiros, e nutrem-se de substância existentes em suas células vivas. O crescimento dos fungos é mais lento que o das bactérias, e suas culturas precisam, em média de 7 a 15 dias ou mais de incubação. Os fungos patogênicos e oportunistas mais importantes estão distribuídos em três filos do reino fungi: Zygomycota, Basidiomycota, Ascomycota e no grupo dos Deuteromycetes. Os fungos são enquadrados em três reinos distintos: Chromista, Fungi e Protozoa. O reino Chromista abrange microorganismo unicelulares com parede celular se quitina e Beta-glucana, mas contendo celulose. O reino Fungi, são classificados respectivamente no filo Oomycota e Hyphochytriomycota. O reino Protozoa são predominantemente unicelulares sem verdadeira parede celular contendo cloroplastos. FILO ASCOMYCOTA – Agrupa fungos de hifas septadas, a sua característica o Asco, estrutura em forma de bolsa ou saco no interior são produzidos os ascósporos, esporos sexuados. FILO BASIDIOMYCOTA – Fungos superiores ou cogumelos comestíveis. Apresentam hifas septadas e são caracterizadas pela produção de esporos sexuados externos. FILO ZYGOMYCOTA – Fungos micélio cenocítico, ainda que septos possam separar estruturas como esporângios. DEUTEROMYCETES (FUNGOS MITOSPÓRICOS) – São todos os fungos que não tem conexão com ASCOMYCETES e BASIDIOMYCETES são incluídos no grupo artificial dos DEUTEROMYCETES. FILO OOMYCOTA – São 700 espécie de característica de parede celular com celulose e hábitat próprio, geralmente em água. VIAS DE DISPERSÃO – No seu habitat natural os microorganismo com condições adequadas de nutrientes e ambientais, multiplicam-se assexuada ou sexuadamente, de acordo com a espécie e suas necessidades e se dispersam na natureza. No caso dos fungos a eficiência da dispersão está relacionada à alta produção de propágulos de disseminação, sendo os mais importantes os esporos. Essa dispersão é feita através de várias vias como ar atmosférico, água, insetos, homem e animais. A principal via de dispersão utilizada pelos fungos em sua disseminação é o ar atmosférico, onde os propágulos podem ser levados as grandes distâncias pelos ventos.
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