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Descreva o passivo e a sua mensuração Trabalho de teroria contábil (Letra D)

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O passivo representa as obrigações que uma entidade assume perante terceiros para obter ativos ou realizar serviços e essas obrigações, normalmente, são resultantes de transações que ocorreram no passados ou no presente, no entanto, devem ser liquidadas no futuro. (Sprouse e Moonitz, 1962). Frente a essa afirmação, pode-se con concluir que o passivo faz parte das Contas Patrimoniais e compreende as obrigações da organização, entidade ou empresa para com terceiros, por sua natureza e por sua expressão monetária. É a parte negativa do Patrimônio e identifica a origem dos recursos aplicados. As contas representam os recursos de terceiros que foram usados e são classificadas segundo a ordem decrescente de exigibilidade (são classificadas de acordo com o seu vencimento, através do curto e longo prazo). Ou seja, o Passivo se classifica de acordo com o prazo de realização das obrigações. As contas do Passivo podem ser debitadas ou creditadas, mas o seu saldo será sempre credor, com exceção das contas redutoras do Passivo. Essas contas não se encerram com a apuração do resultado do exercício. 
O passivo divide-se em dois subgrupos de contas, o passivo circulante e o passivo não circulante. O passivo circulante é o grupo onde são escrituradas as obrigações da entidade, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não-circulante, quando se vencerem no exercício seguinte. No caso de o ciclo operacional da empresa ter duração maior que a do exercício social, a concepção terá por base o prazo desse ciclo. A demonstração das contas dos passivos devem seguir a seguinte ordem:
Fornecedores; 
Obrigações trabalhistas;
Empréstimos e financiamentos;
Obrigações tributárias; 
Provisões e encargos das provisões; 
Outras obrigações. 
Já o passivo não circulante são escrituradas as obrigações da entidade, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não-circulante, quando se vencerem após o exercício seguinte. No caso de o ciclo operacional da empresa ter duração maior que a do exercício social, a concepção terá por base o prazo desse ciclo. A demonstração das contas dos passivos devem seguir a seguinte ordem:
Exigível a longo prazo; 
Resultados de exercícios futuros.
Para mensuração do passivo exigível é necessário que, anteriormente, ele seja reconhecido, ou seja , é necessário que os critérios de reconhecimento de um passivo sejam observados. Hendriksen afirma com muita propriedade que o reconhecimento de uma despesa é o elemento mais importante para o reconhecimento de um passivo, pois é um evento contábil que vai afetar o resultado do período, em função do registro contábil dessa exigibilidade. (Teoria da Contabilidade, 1999). 
Para que um passivo seja apresentado numa demonstração financeira é preciso que seja reconhecido e mensurado, conforme dispõe as regras usuais do SFAC 5. Segundo as regras citadas uma obrigação deve ser reconhecida como passivo quando satisfaz quatro critérios gerais:
Corresponde à definição de passivo; 
É mensurável; 
É relevante;
É precisa.
A respeito da mensuração dos passivos, destaca-se quatro principais critérios:
 Custo histórico: São registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca de obrigação ou, em algumas circunstâncias (por exemplo, imposto de renda), pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa que serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações, podendo também ser atualizado monetariamente.
Custo corrente: São reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalente de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data do balanço. 
Valor realizável ou liquidação: São mantidos pelos seus valores de liquidação, isto é, pelo valores em Caixa e Equivalentes de Caixa, não descontados, que seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da entidade.
Valor presente: leva-se em conta o valor presente descontado o fluxo futuro de saídas líquidas que a empresa espera pagar para liquidar o valor no curso normal de operações. Aqui, é necessário lembrar que valor presente é diferente de valor justo. 
Para mensurar os passivos exigíveis devemos segregá-los em duas categorias, os passivos exigíveis monetários e os não monetários.
A mensuração de passivos exigíveis monetários são as obrigações que envolvem o pagamento de um valor predeterminado, portanto são exigibilidades denominadas em valores nominais. Normalmente a avaliação corrente da obrigação a ser paga no futuro é determinada no contrato ou acordo que deu origem ao passivo. No caso de passivo a ser liquidado no curto prazo, passivo circulante, o montante apresentado é o valor de face (valor pago no vencimento), sendo que a relevância do desconto nesse cálculo tende a ser imaterial. Para os passivos a longo prazo, o montante do desconto é normalmente significativo, portanto, a avaliação corrente deve ser apresentada pelo somatório do valor presente de todos os pagamentos futuros a serem feitos conforme discriminado no contrato.
A mensuração de passivos exigíveis não monetários para Hendriksen, são os passivos exigíveis provenientes da obrigação de fornecer bens ou serviços em quantidade e qualidade predeterminadas. Normalmente são classificados no circulante e decorrem de pagamentos adiantados por serviços, a serem prestados aos clientes. A assinatura de jornais, revistas e a compra de ingressos para uma temporada são exemplos de passivos não monetários. Entretanto, nem todos adiantamentos são de natureza monetária. As obrigações não monetárias são expressas em termos de preços predeterminado ou convencionados referentes a bens ou serviços específicos. Portanto, o valor monetário dos bens e serviços poderia variar, mas não sua quantidade ou qualidade.

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