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aula antropologia da saude do corpo

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Introdução a antropologia da saúde e do corpo	
BPPE I
2013
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Antropologia da Saúde e seus objetivos 
sua preocupação em fundamentar a necessidade da reflexão antropológica no contexto das ciências da saúde; 
a valorização da centralidade da Pessoa, enquanto sujeito cultural e social; 
o discurso nos processos relativos à prevenção e promoção da saúde e à prestação de cuidados; 
a transmissão e contribuição que a Antropologia da saúde, nas suas duas correntes, filosófica e cultural, oferece à Saúde Pública.
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Competências da Antropologia da Saúde
Reconhecimento do caráter antropológico da saúde , como ciência e como Práxis; 
Aprofundamento da consciência, do significado e das implicações do ser humano – que é sujeito – constituir o seu objeto; 
Compreender o ser humano, como realidade plural, íntegra e una, destacando a importância das dimensões cultural e social no âmbito da Saúde Pública; 
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Aprender a reconhecer a diversidade de olhares sobre o Homem na sua relação com a saúde e a doença, em contexto de multiculturalidade, como horizonte de compreensão e instrumento de intervenção em Saúde Pública; 
Competências da Antropologia da Saúde
Competências da Antropologia da Saúde
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A Antropologia da Saúde e Graus de estudos 
No que se refere aos graus de estudos podemos observar três: 
a) Grau Epistemológico da Antropologia
b) Grau Filosófico
c) Grau metodológico 
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a) Grau Epistemológico da Antropologia
Introdução à Antropologia – Conceitos e Métodos. Interdisciplinaridade.
Antropologia e Antropologias – a especificidade da Antropologia da Saúde. Antropologia Física, Antropologia Cultural e Antropologia Médica.
Análise crítica dos reducionismos antropológicos.
Grandes paradigmas antropológicos da Cultura Ocidental.
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b) Grau Filosófico
Algumas contribuições fundamentais da Antropologia Filosófica contemporânea. Pluridimensionalidade estrutural constitutiva da Pessoa Humana: relação, corporeidade, interioridade, comunicação, ética, historicidade, indigência, vulnerabilidade, mistério.
A Pessoa Humana sujeito de cultura e à cultura (cultura e culturas) – vivências e representações de saúde e doença, do sofrimento e morte.
 
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O Homem entre a evidência e o mistério. O processo de medicalização da vida e da condição humana.
Aplicação Bioética no tratamento de questões primordiais.
b) Grau Filosófico
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c) Grau metodológico 
Antropologia saúde: elementos conceituais e metodológicos para uma abordagem da saúde e da doença, no âmbito da Saúde Pública Importância dos fatores culturais e sociais na consideração do binômio saúde doença.
Aspectos culturais determinantes da interação enfermeiro doente no processo terapêutico. Incidência dos fatores culturais na Epidemiologia.
Definições culturais de anatomia e de fisiologia 
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Antropologia: cultura, religião e doença 
Na sociedade moderna, o papel da cultura popular, seus significantes e significados, somatizam os elementos de crenças e costumes de vários grupos, acompanhados da mídia e de uma variedade de informações responsáveis por interpretações discursivas dos médicos dedicados à causa. 
O significado de estar doente é entendido como a percepção de sensações e sintomas desagradáveis: cansaço; dor de cabeça; dor no corpo; sono; fraqueza; falta de apetite; febre, e etc. Identificados pelo médico ou pelo paciente, representam a doença como uma construção social, traduzida e culturalmente assumida pelos simpatizantes. 
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Antropologia: cultura, religião e doença 
Doenças como a Aids, câncer, hanseníase, tuberculose, são encaradas diferentemente por homens e mulheres de um mesmo grupo, com ou sem diagnóstico biomédico. 
Para entender a sexualidade, a compreensão do processo histórico e seu desenvolvimento no Brasil, é condição, sine qua non, bem como, a ética, a ciência e a política, componentes responsáveis pela apropriação dos valores e significados dos modelos masculino e feminino de nossa ambiência. 
Novamente, a antropologia da saúde interfere nas interpretações empíricas, factuais, prontas e acabadas da construção de sujeito e objeto, norteando os estudos por meio de reflexões, apresentando as incertezas inerentes ao homem, à sociedade e a espécie.
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Antropologia: cultura, religião e doença
Da mesma forma, para acompanhar a evolução de determinado distúrbio da saúde, seguindo rigorosamente o tratamento indicado por especialista ou não (principalmente os alcoólatras e portadores de Aids; distúrbios psicológicos e abandono de parentes), o paciente nutre-se também do apoio religioso.
As religiões de tradição conservadora condenam em sua maioria os doentes, reforçando a idéia de culpa, afirmando, ser a doença, um castigo das ordens superiores pela ausência de compromisso de fé do enfermo para com a crença. A enfermidade mental é estudada por meio de narrativas, depoimentos, estudos de casos de famílias ou histórias de vida contadas por familiares ou terceiros.
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Antropologia da saúde
	A antropologia da saúde e do corpo institui e viabiliza práticas entre pensamentos e ações, teorias e experiências de vida dos doentes. Organiza os símbolos e as categorias das doenças, por meio de fontes produtoras de sentido, sejam, biológicas, políticas, sociais, econômicas e culturais. 
Utilizando-se do bom senso entre os paradoxos: coletivo/indivíduo;vida/morte; ciências médicas/ciências sociais; objetividade/subjetividade. Assim, a antropologia da saúde, procura desvendar caminhos menos convergentes e construtivismos mais eficientes, num futuro próximo.
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RESUMINDO
A antropologia da saúde coletiva articula a linguagem simbólica da doença, buscando:
   revelação das identidades sociais nas relações de gênero;
   condições sóciorelacionais da gerontologia;
   estudos sobre a juventude;
   temáticas preocupantes com a saúde e o bem estar do indivíduo na sociedade.
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RESUMINDO
	A antropologia da saúde institui e viabiliza práticas entre pensamentos e ações, teorias e experiências de vida dos doentes. Organiza os símbolos e as categorias das doenças, por meio de fontes produtoras de sentido, sejam, biológicas, políticas, sociais, econômicas e culturais.
	
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Utilizando-se do bom senso entre os paradoxos: 
coletivo/indivíduo;  
vida/morte; 
ciências médicas/ciências sociais; 
objetividade/subjetividade.
	A antropologia da saúde/doença, procura desvendar caminhos menos convergentes e construtivismos mais eficientes, num futuro próximo.
RESUMINDO
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Referências Bibliográficas
ALVES. PC & Rabelo MCM (Org.) Antropologia e saúde. Traçando identidade e explorando fronteira. Rio de Janeiro: Fio-Cruz, Relume Dumará, 1998.
ALVES. PC & Rabelo MCM (Org.) Repensando os estudos sobre representações e práticas, In: PC Alves & MCM Rabelo (Org.) 1998. p. 107-121.
HOUAISS, Antônio (1915-1999) e Villar, Mauro de Salles (1939-). Minidicionário Houaiss da Língua Portuguesa/Antônio Houaiss e Mauro de Salles Villar, elaborado no Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados da Língua Portuguesa S/C Ltda. – Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
LUCAS, Juan de Sahagun (Dir.), Nuevas Antropologías del siglo XX, Salamanca: Sigueme 1994
MINAYO, Maria Cecília de Sousa, COIMBRA Jr., Carlos E. A. (Org.), Críticas e Actuantes – Ciências Sociais e Humanas em Saúde na América Latina. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2005.
MORRIS, David B., Doença e cultura na era pós-moderna, Lisboa: Piaget 2000.
RIVIÈRE, Claude, Introdução à Antropologia. Lisboa: Edições 70, 2007.
ROLOSANA, Carmelo Lisón (Ed.), Introducción a la antropología social e cultural – Teoría, método y prática, Madrid: Ediciones Akal, 2007.
ROSELLÓ, Francesc Torralba i, Antropología del cuidar. Barcelona: Institut Borja de Bioética, 1998.
SPISANTI, Sandro, Antropología Médica in LEONE, Salvino, PRIIVITERA, Salvatore, CUNHA, Jorge Teixeira da (Dir.) Dicionário de Bioética. Vila Nova de Gaia: Editorial Perpétuo Socorro 2001.
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* Sociólogo e Pesquisador. Mestre em Teologia/PUCRS, Graduado em Sociologia/UFPEL e em Teologia/UCPEL. Professor convidado no Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina nos cursos de Pós-Graduação em Educação e Bioética na cidade de Pelotas/RS.

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