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ProcFísicosLagunasENGAula 2_3.ppt

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*
*
Curso de Graduação
Engenharia de Sistemas Lagunares
Conceituação e Introdução aos Processos Físicos de Sistemas Estuarino- Lagunares
Aulas 2 e 3
Prof. Bastiaan A. Knoppers
Professores Substitutos:
Dra. Nilva Brandini;
Elisamara Sabadini Santos
Departamento de Geoquímica-UFF
Categorias de Estuários
Tipologia de Lagunas 
Geomorfologia e Evolução
Processos Físicos
Balanço Hídrico
*
*
Engenharia de Sistemas Lagunares 
Aula 2
Processos Físicos
Classificação Hidro-Geomorfológica, Evolução, Circulação, Maré e Estratificação
*
*
Definições de Estuários
Lagunas Costeiras correspondem a um Tipo de Estuário
Ketchum (1951) e Pritchard (1952, 1967) desenvolveram os 
primeiros conceitos de definição de estuários:
“ Um estuário corresponde a um sistema costeiro semi-
enclausurado com livre acesso ao mar dentro qual água do mar é 
diluido com água doce da drenagem continental”
Inúmeras outras definições surgiram em função da grande
Diversidade destes sistemas.
Kjerfve (1989) considerando também o impacto da maré na região
límnica e lagunas costeiras que podem ser efêmeras ampliou 
a definição :
“ Um sistema estuarino corresponde a uma incisão da costa que 
possui conexão restrita com o mar e permanece aberto pelo menos 
de forma intermitente podendo ser dividido em três regiões:
A zona do rio de maré- sujeito ainda a influência de oscilações 
da maré mas sem intrusão salina,
b) A zona de mistura estuarina- caracterizada pela mistura de água 
doce e marinha e gradientes expressivos de propriedades físicas, 
Químicas e biológicas,
c) A zona costeira de turbidez- a pluma costeira a partir da foz do 
estuário até a margem da pluma “ 
Obs.: Conceitos básicos de estuários apresentados na disciplina 
“Ecossistemas Marinhos” ref. Geral: Miranda et alii. 2002. (incl. Ref´s de Ketchum 
e Pritchard
*
Categorias de Sistemas Estuarinos 
Serviços	 Impactos Ecologicos 	 Gerenciamento
 		 		 
 Habitats		 Modificação bacias Bacias
 Filtro de Nutrientes Eutrofização Redução Carga Nutrientes
 Produção		 Hidrologia	 Restoração 
 Urbanização		 Contaminação Redução Fontes 
 Transporte		 Mudanças Nível do Mar Controle Emissões
Maré
RIO
*
*
Características Específicas de Estuários e
Lagunas 
Possuem alta diversidade hidrológica e geomorfológica
A mistura de água doce e marinha resulta em diversas 
reações físico-químicas e biológicas alterando a composição
da matéria dissolvida e particulada oriunda do aporte fluvial
e marinho,
-São sistemas dinâmicos governados pela alta variabilidade
temporal e espacial dos processos físicos e biogeoquímicos,
Correspondem a sistemas de retenção, transformação e
acumulação de materiais (biogênicos, contaminantes, sedimentos)
São sítios de elevada produtividade primária, metabolismo e de 
rendimento pesqueiro
Sítios de portos, urbanização intensiva e recreação
- Receptores de efluentes e contaminantes das atividades antrópicas
*
*
Classificação Geomorfológica de Estuários, incl. Lagunas
1) Estuários de Planícies Costeiras 
(Estuários de Vales Inundados)
Canal sub-aquático bem definido e geralmente se proliferam
perpendicular à costa e em áreas de meso- e macro-marés . 
2) Estuários Formados por Barreiras = LAGUNAS
Sem canal sub-aquático bem definido. Se proliferam
 paralelamente á costa, possuem baixa profundidade,
 acesso restrito ao mar e podem ser intermitentes.
 Influência/energia da maré altamente dissipada pelo canal
da maré. São altamente diversos e em geral compartimentados.
3) Fiordes- formados pela abrasão de glaciers no substrato e são
Profundos ( i.e. 800 m).
4) Estuários Tectônicos- formados por falhas, atividade tectônica
E erupções vulcânicas 
Miranda et alii., 2002.
*
*
Classificação Física de Estuários/Lagunas
Padrões de Mistura das Águas
Tipo A- Homogeneamente Misturado. 
Fatores: > maré e < aporte de água doce
Estuários de Vales Inundados e Lagunas
Tipo B- Parcialmente Misturado
Fatores: micro-/meso-maré e aporte fluvial moderado
Estuários de Vales Inundados e em certas ocasiões Lagunas
Tipo C- Altamente Estratificado 
Fatores: micro-/meso-maré e aporte fluvial alto
Estuários de rios de médio-grande porte
Tipo D- Cunha Salina 
Fatores: como Tipo C mas aporte fluvial mais acentuado
Lagunas enquadram-se também no Tipo A uma vez que a
Homogeinização e Circulação das massas de água é 
Principalmente controlada pelo vento.
(Pritchard, 1955; Dyer, 1973; Miranda et al., 2002)
*
*
Classificação de estuários em função do padrão de estratificação das massas d´água
Tipo A: homogêneo 
Tipo B: parcialmente misturado
Tipo C: altamente estratificado
Tipo D: cunha salina
*
*
*
*
Definição e Compartimentos da Interface Terra-Mar
Localização de Lagunas Costeiras = 
*
*
Categorias Hidro- Geomorfológicas de Sistemas Estuarinos
Sub-Categorias de Sistemas Lagunares 
Lagunas Costeiras
Choked = “Sufocado” com único canal de acesso ao mar
2) Restricted= “Restrito” com um a três canais de acesso ao mar
3) Leaky = “Vazante” com múltiplos acessos ao mar (Kjerfve, 1994)
*
*
Estuário de Vales
Inundados
Lagunas Costeiras do Tipo:
Sufocado
Restrito
Vazante
Lagos Costeiros
= Lagunas Costeiras 
Definitivamente enclausuradas
por barreiras arenosas 
Comparação entre outros sistemas costeiros
*
*
Diversidade de Lagunas Costeiras
*
*
Escala Espacial de Lagunas Costeiras 
Horizontal alcança kilometros 
Vertical alcança metros
Consequência da baixa profundidade: 
Existe uma interação nítida dos processos físicos ,
 biogeoquímicos e ecológicos entre a água e o sedimento 
Laguna
*
*
Compartimentos Estruturais e Funcionais de Lagunas
Modelo Conceitual
Setor do Aporte Fluvial e Desenvolvimento de Macrófitas 
Emersas e Submersas
2) Setor de Formação de “Spits” (esporões) e Segmentação em Função 
da Circulação e Transporte de Sedimentos 
3) Setor de Influência da Maré, Entrada de Água Marinha,
Dissipação de Energia da Maré no Canal de Acesso ao Mar
e Troca/ Exportação de Matéria Autóctone e Alóctone 
Gradiente Estuarino de Salinidade
Setor Montante com aporte fluvial- mistura de água doce e eventual estratificação.
Setor central: águas homogêneas misturadas verticalmente e horizontalmente e circulação dominada pela energia dos ventos 
Setor Jusante: estratificação vertical na área interna do canal de acesso ao mar devido a entrada de águas densas marinhas.
Límnico (Rio), oligo-, meso-, poli- a eurihalino (Mar)
S = 0, 0 a 5, 5 a 25, 25 a 33, 34 a 37 
*
*
Resumo das Características Principais de Lagunas 
1) Enclausuramento por Barreiras Arenosas
2) Acesso Restrito ao Mar
3) Baixa Profundidade sem Canal Sub-Áquatico bem Definido
4) Condições Homogêneas da Coluna de Água
5) Circulação dominada pelos Ventos
6) Compartimentação única ou múltipla 
7) Interação Nítida entre a Coluna de Água e o Sedimento
8) Balanço Hídrico variável e sensível aos fatores climáticos e uso do solo ( aporte fluvial, estiagem) 
9) Retentores de sedimentos e materiais associados
10) Formação em função dos processos de transgressão e regressão do nível do mar (Pleistoceno Tardio ou na maioria no Holoceno) 
 
*
*
Distribuição Principal das Barreiras 
Litorâneas Arenosas onde Proliferam Lagunas
*
*
Regiões Principais de Ocorrência de Lagunas Costeiras
No Brasil principalmente: 
Planícies do Quaternário do Setor Granítico do RJ
Planície do Quaternário da Costa de SC e RG
Outros: Nos deltas do rios de médio porte da Costa 
 Leste e Nordeste
*
*
Lagunas Costeiras 
Predominamem Regiões de Micro-marés (0- 2m) e
Regime de Alta Energia de Ondas 
Microtidal = Micro-maré (0-2 m)
Mesotidal = Meso-maré (2- 4 m)
Macrotidal = Macro-maré (> 4m)
Relação entre faixa da Maré 
e altura de ondas (energia)
e maior incidência de agunas 
*
*
Setores Geológicos da Costa do Brasil
1) Costa do Quaternário Norte
2) Costa Leste do Terciário
3) Costa Granítica do Sudeste
4) Costa do Quaternário Sul
Maior ocorrência de sistemas lagunares nas costas 3 e 4 
devido ao alto regime de ondas e micromarés.
*
*
Exemplos da Costa Sudeste do Brasil
Litoral Fluminense (RJ)
Litoral Sul São Paulo (SP)
Lagunas do tipo “sufocado” e 
multi- compartimentado com
único canal de maré
Laguna do tipo “ Restrito”
com 2 canais de maré
*
*
Exemplos de Lagunas da Costa do Brasil
Litoral de Santa Catarina (SC) e Rio Grande do Sul (RS)
Obs.: L.Patos-Mirim maior complexo lagunar sufocado do mundo
L. Conceição (SC)
L. Patos-Mirim
Estuário L. Patos
*
*
Origem e Evolução
A existência de lagunas costeiras é diretamente relacionada
a formação de barreiras arenosas litorâneas que delimitam o corpo 
de água das lagunas entre o mar e adentro (Barnes, 1980). 
Os 3 fatores que controlam e mantém as barreiras arenosas são:
História da variação do nível do mar
Dinâmica das correntes, energia de ondas e transporte de 
sedimentos marinhos ao longo do litoral e magnitude do aporte fluvial
3) Faixa e natureza da maré 
Na costa do Brasil , os principias terraços das barreiras e assim
as lagunas enclausradas foram formadas durante dois episódios do aumento do 
nível do mar acima do atual :
Durante o Pleistoceno Tardio 123.000 ± 5.700 anos B.P com 
nível do do mar em torno de 8 m acima do presente e,
b) Durante o Holoceno 5.100 anos B.P com nível do mar em torno
de 5 m acima do presente. 
Entretanto, desde os último episódio de elevação do nível do mar 
5.100 anos B.P , houve regressão do nível do mar com diversas 
Oscilações.
Existem evidências, que o nível do mar atual tornou-se a elevar 
com uma taxa ao redor de 0,3 cm/ano. 
A maioria das lagunas atuais foram formadas no Holoceno, algumas 
do Pleistoceno ainda estão presentes ao longo de cordões, tal 
como na Lagoas de Araruama (RJ) e Patos (RS), ou viraram 
pântanos ou paleo-lagunas, tal como nos estuários dos Rios Doce e
Paraíba do Sul (RJ).
A predominância das lagunas costeiras do Brasil nas regiões Sudeste
e Sul é divido a presença de micro-marés (faixa 0- 2m), a alta energia
de ondas e a alta dinâmica do transporte litorâneo de sedimentos. 
*
*
Formação de Lagunas por Barreiras 
*
*
Oscilações do Nível do Mar Relativo no Holoceno
Períodos de Transgressão/Regressão
Figura A: Curva do Nível do Mar Relativo da costa do Brasil
- Períodos de Submergência (aumento do nível e intrusão das
águas nas planícies) = 7000-5100; 3900-3600 e 2700-2500 B.P
Períodos de emergência (diminuição do nível e recuo de intrusão)
= 5100-3900; 3600-2700 e após 2700 anos B.P.
As oscilações se manifestaram na faixa de 2- 3 m.
Figura B: Comparação entre as variações do Nível do Mar Relativo
entre a costa do Brasil (curva acima) e das costas do Atlântico Norte
e do Golfo dos EUA. Ocasionaram padrões diferenciados na 
formação de lagunas e dinâmica de sedimentos entre as costas.
Suguio et alii, 1984; Martin e Dominguez, 1994 (em Kjerfve, 1994 Ed.
e Knoppers et alii. 1999. Eds.)
*
*
Exemplos da Evolução da Sequencia de Barreiras do Pleistoceno e Holoceno de Lagunas da Costa Sudeste do Brasil:
L. Araruama (RJ), L. Cananéia-Iguape (SP) e L. Patos-Mirim (RS)
Em: Knoppers e Kjetfve (1999)
*
*
Exemplo Lagunas do Estado de Alagoas
Formados pela inundação de vales / escarpas 
da Formação Barreiras do Terciário
*
*
Formação de Barreiras 
Porquê barreiras arenosas e lagunas se formam de 
preferência durante o aumento do nível do Mar (submergência/
Transgressão)? 
Uma zona/planície costeira arenosa possui um perfil em 
equilíbrio em função da hidrodinâmica local e da granulometria.
Este fatores alteram como também o nível do mar.
A regra de Bruun (1962) consta que o equilíbrio destruído pelo
aumento do Nível do Mar é re-estabelecido com o deslocamento
adentro do perfil (sedimentos) da praia., induzido por uma erosão 
acelerada do prisma da praia e transferência da areia erodida ao
Mar (Perfil A). 
Desta forma, com aumento do Nível do Mar ao longo de planícies 
costeiras , a praia e a duna é alimentada por sedimentos da
deriva litorânea de sedimentos. 
*
*
Cenários da Zona Costeira e Lagunas
Sea-Level Rise = Aumento do Nível do Mar
Sea-Level Drop = Diminuição do Nível do Mar
Strandplains = Planícies 
*
*
Resumo dos Processos que Controlam o Estado de Acumulação 
de uma Laguna Costeira em função da variação do Nível do Mar
Relativo
Nichols e Boon, 1994. Em: Kjerfve, 1994. Ed. (na biblioteca GEO)
*
*
Relação entre a Taxa de Acumulação de Sedimentos e o
 Aumento do Nível do Mar Relativo 
A linha tracejada no diagrama indica que os dois processos se 
mantém em equilíbrio . Déficit indica menor e ganho (surplus) maior 
taxa de acumulação de sedimentos em relação ao aumento 
relativo do nível do mar. 
Exemplo: 66 sistemas lagunares dos EUA
Os sistemas lagunares do Litoral Fluminense se mantém perto
 do estado de equlibrio.
Taxas de sedimentação se mantém em geral entre 0,1 a 0,6 cm/ano, 
com mediana ao redor de 0,3 cm/ano
*
*
Entrada Bacia
Processos de Transporte
Laguna
Diagrama esquemático das entradas e saídas de água e materiais 
e os mecanismos de transporte de lagunas
Entradas: 
Escoamento superficial difuso
Escoamento pontual pelos rios
Transporte horizontal e Percolação lençol freático
Precipitação- deposição atmosférica (bacia e laguna)
Saídas:
Evapo-transpiração/ evaporação
Retenção e acumulação nos sedimentos (exportação final)
Advecção horizontal ao mar 
Saída bacia
*
*
Sedimentação em Lagunas Costeiras
Natural vs. Acelerado pelo Uso do Solo nas Bacias 
Lagunas são preenchidas por sedimentos naturalmente
e tendem a assorear até virarem pântanos. O desmatamento e a
erosão de sedimentos ocasiona maior aporte de sedimentos e acelera
o assoreamento. Caso o aumento do nível do mar não equivale a taxa 
de sedimentação/assoreamento as lagunas desaparecem .
Escala
Séculos
Escala
Décadas
Natural
Acelerado
*
*
Caminhos de Transporte
Sumidouros e Processos
Processos de transporte de água e sedimentos 
e áreas de deposição e erosão 
Devido a grande diversidade Hidro-Geomorfológica
e da interação entre os forçantes de energia física extrena
(climáticos e oceanográficos) nenhuma Laguna Costeira
Funciona igual
*
*
Segmentação de Lagunas Costeiras devido a Erosão 
de Enseadas e Formação de “Spits” em Função da 
Circulação e de Ondas geradas pelo vento
A geomorfologia de uma laguna costeira depende da interação entre
 inúmeros fatores:
hidrológicos, geológicos, climáticos, oceanográficos
(maré, ondas, alterações do nível do mar), transporte litorâneo de 
sedimentos e ecológicos (consolidação da flora e fauna) 
Exemplo: Lagoa de Araruama, RJ
*
*
Engenharia de Sistemas Lagunares 
Aula 3
Processos Físicos
Taxa de Renovação das massas d´água e balanço hídrico
*
*
Alta dinâmica e variabilidade do balanço hídrico em função 
de fatores climáticos (P e E, Aporte Fluvial) e energia física 
externa dos processos oceanográficos (deriva litorãnea, ondas, 
Maré.
Exemplo acima apresenta um estágio de fechamento do canal da
maré pela deposição de sedimentos marinhos da deriva litorânea.
Ocorre com gradiente hidráulico negativo entre laguna e o mar. 
*
*
Lagunas do Litoral Fluminense
*
*
Variabilidade Sazonal da Temperatura das Lagunas
*
*
Variabilidade Sazonal da Salinidade 
*
*
Processos Físicos de uma Laguna CosteiraSufocada
Exemplo: Lagoa de Guarapina-RJ
P
*
*
Vazante
Enchente
Enchente
Vazante
Enchente
Padrões da Distribuição e Dinâmica das Massas de Àgua
em Função da Maré na Lagoa de Guarapina, RJ, do Tipo 
Sufocado. 
RIO
Entrada Canal Interrno
*
*
Maré
Forma da maré: 
		F=K1+O2 / M2+S2
M2= maré lunar principal semi-diurna;
S2= Maré solar principal semi-diurna;
O1= Maré lunar principal diurna
K1= Maré principal diurna de declinação
Os 4 são responsáveis por entorno de 70% do tipo da maré 
*
*
Dissipação de Energia da Maré 
no Canal de Acesso ao Mar
Perda de 95 % da energia da maré resultando em elevações 
da maré na Laguna de somente 3 cm e
 intrusão esporádica de sal. 
*
*
Variabilidade Diurna da Temperatura, Salinidade e 
Direção das Correntes no Canal de Ligação de Bambuí
entre os Setores de Guarapina e Padre. 
Nota-se a alta variabilidade da T com
quedas de até 9 graus em alguns dias
durante a passagem de frentes frias, 
como também, a recuperação da Tapós
a passagem da frente. A S diminuiu em 
Função do transporte de água do interior
do sistema para L. Guarapina. 
Convecção térmica importante para a
Mistura das massas de água.
*
*
Variabilidade Temporal do Nível de Água, da Maré e
da Salinidade ao longo de 11 Dias no Canal de Maré
da Lagoa de Guarapina-RJ
Nível
Direção e
Velocidade
Salinidade
*
*
Balanço Hídrico Empírico Simplificado
Desenvolvido e Aplicado para as Lagunas
do Litoral Fluminense
Kjerfve e Knoppers (1991); Knoppers e Kjerfve (1999) 
*
*
O Modelo
*
*
O Modelo (cont.)
*
*
Variação Sazonal da Vida Média do Tempo de Residência das Massas de Água e em Função do Aporte Fluvial das Lagunas de Guarapina e Maricá-RJ
Ƭ50 % em dias
Ƭ50 % em dias contra Qr (vazão)
Observa-se o menor tempo
de residência em L. Guarapina, 
jusante ao mar, em comparação 
a L. Maricá , a montante sem 
Influêmcia da maré e somente
do aporte fluvial.
*
*
Tabela 1: Localização Geográfica, Tipo Hidro-Geomorfológico e Número de Compartimentos (cells) 
Taxas de Renovação (T50%) dos Sistemas Lagunares 
do Litoral Fluminense
Tabela 2: Parâmetros Fisiográficos, Hídricos e Taxas de Renovação
Obs.: < T50% nos compartimentos externos jusante ao mar e > T50%
Nos compartimentos internos montante da fonte fluvial
*
*
Outros Métodos mais Tradicionais Simplificados de Estimativas da Taxa de Renovação/ Tempo de Residência e/ou Diluição das Massas de Água 
(Ref.: Dyer, K.R. 1973. Estuaries: a physical introduction. John Wiley & sons, London. 140 p. 
Obs:
01 Dia Lunar = 24 horas e 48 minutos = 01 ciclo de uma maré diurna durante Sizígia = 89428 s
½ Dia Lunar = 12 hora e 24 minutos = 01 ciclo de uma maré semi-diurna durante Sizígia = 44714 s
01 Dia Solar = 24 horas = 86400
*
*
Taxa de Renovação 
Método da Fração de Água Doce 
Uma das definições da taxa de renovação (T = “Flushing Time”) das massas de água corresponde ao tempo necessário para repor o total de água doce presente no sistema estuarino-lagunar em função da taxa da descarga de água doce. Sendo:
T = Q/R
Onde, Q é a quantidade (volume= m3) total de água doce acumulado no sistema ou um dos seus compartimentos e R é a descarga de água doce (m3/s). 
Pode ser estimado para eventos curtos, sazonais ou como média anual tendo medições da variabilidade temporal de Q e R. 
*
*
A média da fração de água doce (f) no sistema em qualquer compartimento ou do total da laguna é:
f = Ss – Sn/ Ss
Onde, Ss é a salinidade não diluída da água do mar (geralmente nas nossas águas do litoral S ≈ 33 ) e Sn é a média da salinidade na laguna ou num compartimento.
O volume total Q de água doce é obtido multiplicando a concentração da fração de água doce “ f “ pelo volume total da laguna ou seu compartimento. 
*
*
Exemplo: Cálculo da média anual de T para a Laguna de Guarapina, RJ.
Área Média da laguna: 6,5 x 106 m2
Profundidade Média (Zm): 1 m
 Volume Médio Q: 6,5 x 106 m3
Vazão R: 3 m3/s ( = aporte para L. Guarapina 1 m3/s + entrada de água doce do compartimento interno de L.Maricá de 2 m3/s)
Fracão de água doce (média anual):
Salinidade L.Guarapina S = 15; Salinidade mar S = 33
f = 33 – 15/33
f= 0,55 ou 55 % do volume total da laguna
Volume total de água doce: 
Q = 6.5 x 106 m3 x 0,55 = 3,55 x 106 m3
Consequentemente T = Q/R é:
T= 3,55 x 10 106 m3/ 3 m3/s 
T = 1.17 x 106 s 
T = 13,54 dias
(fator conversão: 1 dia = 86400 segundos) 
*
*
Método da Prisma da Maré de Compartimento Único
Nesta estimativa assume-se que toda a água que entra durante maré enchente é inteiramente misturada com a água da laguna e o volume introduzido pelo mar e o aporte fluvial é igual a Prisma da Maré. A Prisma da Maré corresponde ao volume de água entre o nível de água da maré baixa e maré alta. Durante vazante o mesmo volume de água introduzido pela maré é removido e o teor de água doce do volume removido iguala a entrada fluvial.
 
Desta forma, a taxa de renovação por ciclo de maré é:
T = V +P/ P
Onde, V é o Volume de água da laguna durante baixa mar e P é o volume de água entre a maré baixa e a maré alta.
Considera-se que este método estima taxas maiores de renovação ou seja menores tempos de residência das águas que outros métodos mais aprimorados, mas fornece uma ordem de grandeza de T em geral, útil para a obtenção de uma primeira estimativa sobre o impacto da maré.
*
*
Exemplo Laguna de Guarapina, RJ:
Variação média da maré dentro de L. Guarapina
 Δh = 3 cm = 0,03 m
Volume da Prisma da Maré P
Área da laguna maré baixa A = 6.3 x 106 m2 e Volume de 6.3 x 106 m3 com profundidade média de 1m
Volume P = A x Δh = 6.3 x 106 m2 x 0,03 m
 = 0,19 x 106 m3
Sendo,
T = 6.3 x 106 m2 + 0,19 x 106 m3 / 0,19 x 106 m3
T = 6,49 x 106 m3/ 0,19 x 106 m3
T= 34 ciclos de mare
Considerando que a maré da costa de L. Guarapina é semi-diurna ou possui 44714 s de duração ou ocorre 1,93 vezes por dia ,
T = 34 / 1.93
O T estimado através do Método da Prisma da Maré é
T= 17.6 dias
(Obs. Um ciclo lunar de uma maré semi-diurna dura 44714 s de uma maré diurna 89428 s e um dia possui 86400 s)
*
*
Método da Prisma da Maré Modificado 
Este possui a mesma abordagem que o método Ad. 2, mas considera sistemas multi-compartimentados em função das diferenças regionais da salinidade de cada compartimento e divide desta forma o sistema em segmentos e a influência do fluxo do sal de cada sobre o outro. 
É geralmente, adotado para sistemas estuarinos com acesso ao mar mais abertos que possuem gradientes de salinidade contínuas entre a fontes de água doce e marinha. 
Para sistemas lagunares com acesso restrito ao mar pode-se adotar a obordagem Ad 2 de forma separada para cada compartimento. Entretanto, a melhor alternativa para lagunas é uso do balanço hídrico empírico da vida média da taxa de renovação (T50%) de Kjerve e Knoppers (1999), apresentado anteriormente. 
Todas as abordagens são úteis para estudos de EIA-RIMA`s, pois fornecem informações genéricas. Não substituem modelos numéricos mais aprimorados. 
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Referências Específicas
(Além da Lista Geral da Bibliografia Entregue)
Caracterização Hidro-Geomorfológicas, Evolução e Sedimentação 
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