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Anais 2016: 18ª Semana de Pesquisa da Universidade Tiradentes. “A prática interdisciplinar alimentado a Ciência”. 24 a 28 de outubro de 2016. ISSN: 1807-2518 Tratamento do DPOC causado pela deficiência de alfa- 1 antitripsina: Uma revisão da literatura Deiziane Cruz da Silva, e-mail: deizianecruz95@gmail.com; Airaê Barbosa dos Santos, e-mail: airae.barbosa@hotmail.com; Amanda Nascimento dos Santos, e-mail: an_nanda@hotmail.com; Caio do Nascimento Domingos, e-mail: caio.sandes12@hotmail.com; Catarina Andrade Garcez Cajueiro (Orientadora), e-mail: andradecata@hotmail.com; Talita Santos Bastos (Orientadora), e-mail: talibiomed12@gmail.com; Universidade Tiradentes/Enfermagem/Estância, SE. 2.00.00.00-6 - Ciências Biológicas 2.10.00.00-0 Farmacologia RESUMO: Introdução: a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica tem sua causa associada principalmente ao uso do fumo, sendo esta realmente uma das causas, porém a deficiência da proteína Alfa- 1 antitripsina também pode causar a referida patologia. Objetivos: investigar através de revisão bibliográfica o tratamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica em portadores da deficiência de alfa-1 antitripsina (A1AT). Materiais e Métodos: foi realizada pesquisa bibliográfica em bases de dados nacionais e internacionais com artigos publicados entre 2006 a 2016 que correlacionassem a DPOC com a deficiência de A1AT. Resultados e Discussão: pacientes com essa deficiência podem ser erroneamente diagnosticados como asmáticos, além disso, o tratamento da DPOC em portadores da deficiência é o mesmo da DPOC convencional, sendo em alguns países utilizado o tratamento de reposição desta proteína. Conclusão: conclui-se que mais estudos são necessários, tanto para uma maior notificação quanto para o desenvolvimento de medidas preventivas e terapêuticas mais eficazes. Palavras-chaves: Alfa-1 antitripsina, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, tratamento. INTRODUÇÃO A alfa-1 antitripsina (A1AT) é uma glicoproteína sintetizada no fígado e distribuída através da circulação sanguínea até os pulmões. A principal função da A1AT é inativar a elastase neutrofílica, uma enzima que na sua forma ativa, destrói o parênquima pulmonar através da hidrólise das fibras de elastina (STOLLER; ABOUSSOUAN, 2012). A ausência de A1AT no parênquima pulmonar favorece a destruição da matriz extracelular desse tecido. Essa destruição do parênquima impede as trocas gasosas e consequentemente limita o fluxo de ar para os pulmões culminando em enfisema pulmonar (ROBBINS; COTRAN, 2010). Objetivos: realizar uma revisão bibliográfica sobre os estudos que relacionam o tratamento do DPOC causado pela deficiência de A1AT. MATERIAL E MÉTODOS Foi realizada uma ampla pesquisa na literatura, cujos critérios de inclusão compreenderam artigos entre janeiro de 2006 a março de 2016, que apresentassem a relação da deficiência da A1AT e a DPOC utilizando como base de dados MEDLINE- PubMed, Lilacs e Cochrane, usando os descritores: tratamento and DPOC and alfa- 1 antitripsina. Entre os critérios de exclusão estavam estudos cujos diagnósticos da doença eram inadequados ou a metodologia incompreensível. RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram identificados inicialmente 20 artigos, mas apenas quatro preencheram o critério de inclusão. Nota-se uma necessidade evidente de mais estudos que abordem essa temática, principalmente em âmbito nacional, fato constatado pela carência de bases de dados. Segundo Cardoso et al. (2009) o tratamento da deficiência de A1AT em pacientes com DPOC é inespecífico e utiliza-se ainda, medidas de tratamento da DPOC convencional. PINHO et al, (2013) alega que a terapia de reposição de A1AT exerce um efeito positivo sobre a DPOC, pois retarda a progressão da doença. STOKCLEY E TURNER, (2014) afirmaram em seus estudos que Anais 2016: 18ª Semana de Pesquisa da Universidade Tiradentes. “A prática interdisciplinar alimentado a Ciência”. 24 a 28 de outubro de 2016. ISSN: 1807-2518 pacientes jovens com enfisema por deficiência de A1AT, foram erroneamente diagnosticados como asmáticos, supõe-se, portanto, que a escolha de uma terapêutica adequada fica comprometida pela dificuldade de um diagnóstico correto para os portadores de DPOC causada pela deficiência de A1AT. De acordo com GOETZCHE; JOHANSEN (2016), em atualização de avaliação de estudo randomizado, concluíram que a terapia de reposição com alfa-1 antitripsina não pode ser recomendada, visto a falta de evidências de melhoria no estado clínico dos pacientes. CONCLUSÕES A deficiência de A1AT é uma doença genética subdiagnosticada e carente de um tratamento realmente acessível e efetivo. Portanto, novas terapêuticas devem ser encorajadas e medidas de detecção e mapeamento dessa deficiência devem ser implementadas principalmente, por se tratar de uma doença com importância epidemiológica negligenciada e sem tratamento específico acessível para os seus portadores. REFERÊNCIAS a. Periódicos: CARDOSO, P. N. Deficiência de alfa 1-antitripsina na doença pulmonar obstrutiva crónica. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, 2009. GOETZCHE, P. C. JOHANSEN, H. K. Intravenous alpha-1 antitrypsin augmentation therapy for treating patients with alpha-1 antitrypsin deficiency and lung disease. Cochrane Database Syst Rev. 2016. PINHO, C. M. S. de. Tratamento de Reposição na Deficiência de alfa-1-antitripsina em doentes com enfisema pulmonar. Universidade Da Beira Interior; Covilhã, maio de 2013. STOCKLEY, R. A.; TURNER, A. M. α-1-Antitrypsin deficiency: clinical variability, assessment, and treatment. Molecular Medicine. February, 2014. STOLLER, J. K.: ABOUSSOUAN, L. S. A Review of α 1- Antitrypsin Deficiency. American Journal Of Respiratory And Critical Care Medicine, Vol. 185, Feb, 2012. . b. livro ROBBINS & COTRAN. Patologia: Bases patológicas das doenças. 8ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
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