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DOENÇA DE POMPE DIAGNÓSTICO E EFEITOS NO METABOLISMO

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OBJETIVOS
A doença de Pompe, também denominada doença de armazenamento de glicogênio tipo II (GSDII), é um distúrbio autossômico recessivo provocado por um defeito lisossomal, devido à deficiência de ácido-α-glucosidase (GAA), na qual o glicogênio lisossomal se acumula, principalmente, nos músculos esquelético, cardíaco e liso. Os dois subtipos principais são identificados pelo surgimento dos sintomas, manifestação antes ou depois de um ano de idade, e pela presença ou ausência de cardiomiopatia. O estudo busca compreender a partir de fontes literárias e resumos de casos clínicos como ocorre a prevenção, tratamento e diagnóstico, juntamente com conceitos ligados a anatomia, bioquímica e características imunológicas da doença, além de conectar seu fator individual ao contexto familiar e social. 
Esclarecer as alterações metabólicas associadas à patogênese da Glicogenose tipo II de início tardio ou infantil, suas manifestações clínicas e o impacto na qualidade de vida dos pacientes afetados, a partir da análise de estudos recentes.
Trata-se de uma revisão bibliográfica, realizada nas bases de dados PubMed e na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), entre os meses de agosto e setembro de 2021. A partir do seguinte descritor: “Glycogen Storage Disease Type II”, definido pelo DecS, encontrou-se 10 artigos no PubMed, e 14 artigos na BVS. 
Figura 1. Fluxograma da estratégia de pesquisa
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADO
Os músculos esquelético, cardíaco e liso são especialmente atingidos pela doença de Pompe (DP), e podem sofrer dano muscular gradual e que não pode ser revertido, capaz de desencadear fraqueza muscular e insuficiência respiratória. Sua apresentação clínica varia de uma condição infantil que progride rapidamente (IOPD) a uma categoria que possui início tardio com progressão mais lenta (LOPD). Na forma infantil a morte do indivíduo costuma ocorrer em 1 ano, devido a insuficiência cardiorrespiratória, mas antes disso as manifestações frequentes são: cardiomiopatia hipertrófica, fraqueza muscular generalizada e hipotonia. E os músculos nos quais ocorrem danos crescentes são os proximais e tronculares, prevalecendo os dos membros inferiores.
Apoio:
DOENÇA DE POMPE: DIAGNÓSTICO E EFEITOS NO METABOLISMO
Amanda da Silva Barreiros; Anna Karolyna da Silva Moreira; Daniel Dias Cortes; Ivo Gabriel Ribeiro Carvalho; Luiz Carlos Fiorim; Vitor Pinho Souza.
Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória – ES. 
E-mail para contato: ivo.carvalho@edu.ufes.br
Figura 2. Fisiopatologia da Doença de Pompe. Fonte: Cupler et al, 2012.
Para o IOPD, a falta de artigos publicados sobre a carga humanística representa uma lacuna significativa na compreensão dos pacientes mais gravemente afetados. Como tal, essas descobertas apontam para uma necessidade contínua não atendida na compreensão da doença de Pompe. 
Referências
BANUGARIA, Suhrad et al. The impact of antibodies on clinical outcomes in diseases treated with therapeutic protein: Lessons learned from infantile Pompe disease. Durham: Genetics in Medicine (Springer Nature), 2014. 
HUNDSBERGER, Thomas et al. Comparison of recent pivotal recommendations for the diagnosis and treatment of late-onset Pompe disease using diagnostic nodes-the Pompe disease burden scale. Basiléia: Journal of Neurology (Springer), 2019. 
KOEBERL, Dwight et al. Correction of Biochemical Abnormalities and Improved Muscle Function in a Phase I/II Clinical Trial of Clenbuterol in Pompe Disease. Durham: Molecular Therapy (Elsevier), 2018. 
CHEN, Min; ZHANG, Lingli; QUAN, Shuyan. Enzyme replacement therapy for infantile-onset Pompe disease. Chengdu: Cochrane Library, 2017.
SCHOSER, Benedikt et al. The humanistic burden of Pompe disease: are there still unmet needs? A systematic review. Munique: BMC Neurology, 2017.
BERGER, Kenneth et al. Forced vital capacity and cross-domain late-onset Pompe disease outcomes: an individual patient-level data meta-analysis. Basiléia: Journal of Neurology (Springer), 2019. 
PATEL, Trusha et al. The impact of antibodies in late-onset Pompe disease: a case series and literature review. Durham: Molecular Genetics and Metabolism (Elsevier), 2012.
KISHNANI, Priya et al. Pompe disease diagnosis and management guideline. Durham: Genetics in Medicine (Springer Nature), 2006. 
DE VRIES, Juna et al. High antibody titer in an adult with Pompe disease affects treatment with alglucosidase alfa. Roterdão: Molecular Genetics and Metabolism (Elsevier), 2010. 
MÜLLER-FELBER, Wolfgang et al. Late onset Pompe disease: Clinical and neurophysiological spectrum of 38 patients including long-term follow-up in 18 patients. Munique: Neuromuscular Disorders (Elsevier), 2007. 
SCHOSER, Benedikt et al. Survival and long-term outcomes in late-onset Pompe disease following alglucosidase alfa treatment: a systematic review and meta-analysis. Básileia: Journal of Neurology (Springer), 2016.
 
CONCLUSÃO
Tabela 1. Manifestações clínicas mais frequentes
 
A terapia de reposição enzimática (TRE) com alglucosidase alfa permite que muitos pacientes com doença de Pompe infantil tenham uma sobrevida mais elevada e com uma melhor qualidade de vida. No entanto, a resposta à TRE é muito heterogênea. 
Para efeitos de prevenção é importante avaliar se um paciente possui casos de parentes com doença de Pompe diagnosticada. Isso ajuda a criar um mapeamento genético que possibilita agir de forma mais segura e antecipada sobre os primeiros sinais clínicos da doença. Com sua característica de herança autossômica recessiva, espera-se que não seja uma doença prevalente em todas as gerações. Mesmo assim, a informação possibilita que o paciente possa perceber os primeiros sintomas, como fraqueza muscular e dificuldade respiratória repentinas, e possa recorrer a um médico ou profissional capacitado para orientar o seu diagnóstico e tratamento. 
A presente revisão sistemática da literatura destaca que não existem estudos suficientes sobre o nível metodológico hoje para apoiar a reabilitação no manejo de pacientes com DP. Os estudos de coorte disponíveis sugerem a utilização de treinamento muscular inspiratório com limiar para aumentar os valores médios de PImáx (nível III de evidência) e programas de reabilitação baseados em exercício físico aeróbio. 
Embora haja uma quantidade razoável de pesquisas publicadas para LOPD, lacunas permanecem, incluindo uma completa ausência de informações sobre a satisfação ou adesão ao tratamento.
Amanda da Silva Barreiros; Anna Karolyna da Silva Moreira; Daniel Dias Cortes; Ivo Gabriel Ribeiro Carvalho; Luiz Carlos Fiorim; Vitor Pinho Souza.
Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória – ES. 
E-mail para contato: ivo.carvalho@edu.ufes.br
DOENÇA DE POMPE: DIAGNÓSTICO E EFEITOS NO METABOLISMO 
	DP INFANTIL QUE PROGRIDE RAPIDAMENTE (IOPD)	DP DE INÍCIO TARDIO COM PROGRESSÃO MAIS LENTA (LOPD)
	Cardiomiopatia hipertrófica	Cardiomiopatia
	Fraqueza muscular generalizada	Insuficiência cardíaca
	Hipotonia	Arritmia
	Danos nos músculos proximais e tronculares	Enfraquecimento dos músculos
	Insuficiência cardiorrespiratória	Volumes pulmonares mais baixos
		Perturbações respiratórias do sono
Figura 3. Lâminas histopatológicas coradas em ácido periódico-Schiff. 
Fonte:. Marry Ann Liebere, Inc.

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