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FACULDADE ANHANGUERA DE RIBEIRÃO PRETO
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
DISCIPLINA DE FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL II
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
ALUNAS:
AIMAR LÚCIA M. FINOTTI	 	 RA: 4573914240
ARLETE AP. B. MAIA COSTA RA: 4359833079
IVANETE DE LOURDES DA SILVA RA: 3883718191
JÚNIA ADRIANO WIEZEL		 RA: 4342832491
LÚCIA APARECIDA FERNANDES RA: 4931923957
PROFESSORES:
PROFA. MA. LAURA SANTOS
TUTOR PRESENCIAL: ALEXANDRE CARLO DO NASCIMENTO
TUTOR À DISTÂNCIA: ANA MARIA SILVA FERREIRA
RIBEIRAO PRETO, 17 DE ABRIL DE 2013.
RECONCEITUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL
Reconceituação do Serviço Social no Brasil: Um movimento em questão
 Após a leitura de vários artigos em revistas e sites, além do artigo indicado e também em nosso Programa de Livro Texto, pôde clarear em nossas mentes um pouquinho da belíssima e dolorosa história da origem e trajetória desta profissão: Serviço Social. Nasceu dentro da igreja Católica, num período de grandes transformações da economia, e também da política no Brasil, durante o êxodo rural e a Revolução Industrial brasileira em 1930. No início serviam aos propósitos da burguesia onde sua principal função era “acalmar” os ânimos da classe operária oprimida pelo sistema capitalista. Não era vista como uma profissão, os profissionais desta área eram “assistentes” das classes sociais, pessoas bondosas, que amparavam os necessitados. As necessidades aumentaram e as lutas sociais também. Eram tantas as questões: habitação, saúde, educação, segurança, trabalho, que aqueles “assistentes” filantrópicos não davam conta de solucionar todos os problemas. Estudando um pouco mais sobre o Serviço Social, vamos entendendo a necessidade da sua Reconceituação. 
Os profissionais se espelham nos movimentos americanos e começam as primeiras tentativas para introduzir nos currículos das escolas: o Serviço Social de caso, de grupo, organização social da comunidade, Serviço Social de Comunidade, e mais tarde o Desenvolvimento de Comunidade (DC). Simultaneamente o governo brasileiro de João Goulart cria projetos de reformas econômicas e sociais com o intuito de melhorar as condições de vida da população brasileira em geral e promover o crescimento econômico no país. A proposta era a reestruturação de uma série de setores econômicos e sociais, conhecida como “reformas de bases” e também o início dos debates em favor da reforma agrária, com o objetivo de possibilitar a milhares de trabalhadores o acesso ao plantio e o direito a terras. A oposição se irritou com isso, e se unindo com militares e políticos conservadores e também com a intervenção dos Estados Unidos planejaram afastá-lo do poder. Deu-se aí o golpe militar. A ditadura militar, onde tudo era proibido, não se falava em política, (as eleições foram suspensas) pessoas foram presas, torturadas e assassinadas, (muitas inocentes) os direitos violados, os trabalhadores ganhavam pouquíssimo, a mortalidade infantil crescia, as casas eram invadidas. O país viveu um longo período de terror. 
Neste mesmo período, em 1967, deu-se o I Seminário de Teorização do Serviço Social em Araxá/MG, promovido pelo Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviços Sociais –(CBISS) onde 38 assistentes sociais se reuniram com o objetivo de repensar sua teoria e metodologia. Desse encontro surgiram dois níveis de pensamentos conservadores: O microssocial, onde o papel do assistente social consiste na relação direta com o usuário dos serviços de modo tradicional visando atingir suas necessidades primeiras com uma ideia positivista e que veio de encontro ao momento político que o Brasil vivia, e o Macrossocial onde sua atuação está voltada para a criação de políticas sociais, uma visão moderna. 
Também em Teresópolis no estado do Rio de Janeiro, de 10 a 17 de janeiro de 1970 realizou-se outro seminário, cuja intenção era dar continuidade aos projetos do seminário de Araxá/ MG, mas com outro pensamento. Estudou nesse seminário de Teresópolis/RJ, a “metodologia do serviço social”, onde 35 assistentes sociais reuniram para discutir a praticidade e a cientificidade do serviço social. A proposta foi redefinir o papel do Assistente social enquanto profissão. Deste seminário surgiram questões que deram embasamento para os futuros encontros. Os assistentes sociais se dividiram em 02 grupos para expor suas ideias sem ferir os projetos do seminário anterior. Grupo A e B.
O grupo A, propõe discutir o índice de natalidade. 
O grupo B, propõe discutir os níveis de atuação para o serviço social em relação aos usuários. (prestação de serviços, administração e planejamento).
Ambos os grupos revelam interesses numa teoria relacionada à prática do serviço social.
Dez anos mais tarde de 20 a 24 de novembro de 1978, reúnem-se 25 assistentes sociais no Centro de Estudos de Sumaré/RJ, para rever o I Seminário – de Araxá/MG e com isso levantar novas questões acerca dos estudos, por ele começado. É importante lembrar que esse seminário não alterou em nada o primeiro, mesmo porque este foi um marco na história do Serviço Social. Para a realização desse seminário, foram ouvidas opiniões de vários assistentes sociais, com os seguintes questionamentos:
I-O Serviço Social numa perspectiva do método cientifico de construção e aplicação do Serviço Social;
II-O Serviço Social a partir de uma abordagem de compreensão, ou seja, interpretação fenomenológica do estudo científico do Serviço Social;
III-O Serviço Social a partir de uma abordagem dialética, ou seja, teoria de interpretação com base no método dialético, entendido em sentido metodológico: a relação entre o objeto construído por uma ciência, o método empregado e o objeto real visado por essa ciência.
A partir daí, foi elaborado um novo documento com critérios relevantes a práticas do Serviço Social para finalizar esse encontro dando origem a outros.
A cada novo encontro desses profissionais do Serviço Social, observa-se um rompimento com o tradicionalismo, entre um e outro há sempre críticas ao Serviço Social tradicional de prática empirista, paliativa e burocrática. Os assistentes sociais jamais se esqueceram do motivo pelo qual foram levados a tomarem essas iniciativas de lutarem pela legitimação da prática do profissional e de se colocarem a serviços dos usuários. Romper com o serviço social tradicional significa livrar-se das amarras imperialistas. 
A ruptura com a herança conservadora expressa com uma luta por alcançar novas bases de legitimação da ação profissional e de colocar-se a serviços dos usuários. E tem como pré-requisito que o Assistente Social aprofunde a compreensão das implicações políticas de sua prática profissional, polarizada pela luta de classes. Essa interação entre o aprofundamento teórico rigoroso e a prática renovada politicamente definida, contitui elemento decisico para superar o voluntarismo, a prática rotineira e burocrática, as tendências empiristas, o alheamento do modo de vida do povo e o desconhecimento do saber popular. (IAMAMOTO� apud FALEIROS, 2005).
A Importância dos Seminários de Araxá e Teresópolis para a História do Serviço Social no Brasil 
	Nos anos 60 e 70, em pleno regime de ditadura militar no Brasil e em toda a América Latina, a prática do Serviço Social preocupava a categoria profissional em relação às suas bases de atuação.
	Diante dos problemas evidenciados, o Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviços Sociais (CBCISS), como citado no tópico anterior, percebeu a necessidade da promoção de vários seminários para reflexão e estudo visando à transformação e o desenvolvimento do Serviço Social, assim como o surgimento de novos valores.
	Historicamente, ambos os documentos, Araxá e Teresópolis são de grande importância por nos concederem uma visão da forma de pensar dos assistentes sociais da época, além de nos permitir uma reflexão sobre os conceitos vividos naquele período,e perceber a evolução do Serviço Social como profissão hoje. Cada um dos seminários foi seguido de sete encontros regionais proporcionando aos assistentes sociais de cada região a oportunidade de analisar, discutir e criticar os documentos a fim de contribuir para o enriquecimento dos estudos.
	De acordo com o Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviços Sociais (CBCISS) o Seminário de Araxá, teve como objetivo estudar e formular a teorização do Serviço Social, porém, ele reduz a teorização a uma abordagem técnica operacional em função do modelo básico do desenvolvimento. Mostra-se adepto à perspectiva modernizadora e, tendo sua referência teórica no positivismo ele apresenta o Serviço Social como o ideal nas funções de políticas sociais, na administração de serviços sociais, no planejamento e atendimento direto da clientela, ou seja, apresenta o Serviço Social como uma prática institucionalizada.
	Como apresentação científica oferece um processo discursivo baseado no neotomismo (renovação da filosofia de São Tomaz de Aquino), onde os valores básicos são os mais importantes. O documento evidencia o chamado transformismo, ou seja, a recuperação sem rupturas do tradicionalismo, mas sob novas bases.
	O tema do Seminário de Teresópolis foi a Metodologia do Serviço Social, para que o mesmo não ficasse só na teoria. A dinâmica de trabalho deste seminário foi diferente da de Araxá, o que resultou entre os dois documentos, diferentes formas de textos. Entretanto, se no seminário de Araxá evidencia-se o transformismo, no de Teresópolis o transformismo é consagrado com o moderno triunfando sobre o tradicional.
	No documento de Teresópolis a perspectiva modernizadora se afirma como pauta interventiva e não somente como concepção profissional geral. Um documento parece ser continuidade do outro. Segundo Netto (2009) a concepção científica da prática do Serviço Social é assumida em ambos, como uma intervenção: sobre elementos intelectualmente categorizados da empiria social, ordenada a partir da constatação imediata e direcionada para generalizar a integração na modernização.
	Os documentos de Teresópolis e Araxá marcaram significativamente a perspectiva modernizadora do Serviço Social no Brasil, obedecendo à modernização conservadora ordenada pelo regime militar ditatorial do país.
	É claro que a opressão exercida pela autocracia pesava muito sobre a conduta da categoria, mas o que mais influenciou na permanência do lastro da tradição conservadora, não permitindo uma ruptura, foram o posicionamento e o interesse desses profissionais.
Correntes Positivistas
	O positivismo é uma corrente filosófica que surgiu na França no começo do século XIX e suas correntes são: Ortodoxa e Heterodoxa. Chegou ao Brasil na segunda metade do século XIX e começo do século XX. Tem como ideia definida que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro.
	No Brasil a influência positivista tem sido muito grande, pois teve participação na Proclamação da Republica em 1889 e na Constituição de 1891, separação da Igreja e do Estado, decreto de feriados, casamento civil, exercício das liberdades religiosa e profissional, o fim do anonimato da imprensa, reforma educacional, proposta por Benjamin Constant. Muitas das grandes ideias do positivismo são lançadas pelos grandes homens e elas vão se divulgando sem que as pessoas que as repetem e as usam, saibam da sua origem.
	O positivismo no Brasil tem sua força maior sobre a forma ortodoxa, ideias trazidas por Augusto Comte e que se divulgaram diretamente com o serviço social, portanto foi em 11 de maio de 1881, através de Miguel Lemos e Teixeira Mendes que fundaram a Igreja Positivista do Brasil, quando a propaganda do positivismo se sistematizou no país.
	A história do positivismo é longa e muito interessante, pois ao participar ativamente dos movimentos abolicionista e republicano, conseguiu uma grande projeção social e política, trazendo ao abolicionismo a argumentação sociológica de que a escravidão é “um monstruoso crime ocidental”.
	Particularmente no Serviço Social, o positivismo apresentou para as organizações estatais algumas mudanças que julgava necessária para evolução humana como: a proteção ao trabalho da mulher, a proteção ao trabalho infantil, aos empregados doentes, quando nada disso existia,organizando assim em 1930 a nossa legislação trabalhista.
	O Positivismo não trata de socializar os meios de produção e sim de socializar o capitalista. Nos dias atuais a palavra positivista passou a ter sete significados: real, útil, certo, preciso, orgânico e, sobretudo altruísta e simpático. O lema principal da Religião Positivista é “O amor por principio e a Ordem por base, o Progresso por fim”. 
Fenomenologia no Serviço Social
	Corrente filosófica iniciada pelo filósofo e matemático alemão Edmund Husser (1859-1938) que pretende estabelecer um método de fundamentação da ciência e da filosofia, esta última como ciência rigorosa. 
	A Fenomenologia é uma ciência que trata da descrição e classificação de seus fenômenos, o estudo das essências, e todos os seus problemas, é também uma filosofia que substitui as essências na existência. Compreende o homem através do mundo em que ele vive.
	No Brasil a reconceituação do Serviço Social, foi motivado pela crise do paradigma positivista, pois esse método não atendia mais as necessidades do Serviço Social, devido às mudanças políticas, econômicas e sociais.
	Assim, a Fenomenologia surgiu como um caminho que possibilitaria entender antes de julgar ou explicar, ou seja, acolher o outro e com ele buscar o crescimento, através do dialogo e da reflexão.
	O assistente social passaria a interagir com o seu cliente, tornando mais fácil o entendimento, pois ao invés de mostrar como o mundo é ele passou a orientar o ser humano para que ele mesmo fosse capaz de perceber, conhecer a sua realidade, refletir sobre e transformá-la.
	Um Serviço Social fenomenológico é aquele que busca abordar os problemas sociais do individuo, dos grupos, das instituições, fundando maneiras especificas de vivenciar o mundo, permitindo compreender os comportamentos e atuações sociais.
Dialética no Serviço Social
Partindo do pressuposto em buscar novas perspectivas, maior eficiência e objetividade no proceder do profissional, o Serviço Social saiu da proteção do positivismo lógico e passou a se envolver nas mudanças sociais.
Nesse contexto surgem outras correntes filosóficas, que apresentam claramente suas teorias. O marxismo e o existencialismo são duas correntes que acreditam seriamente em suas idéias.
Ligado a um método e a uma filosofia que chamamos de materialismo dialético, que segundo a filosofia de Marx e o estudo da dialética, o homem é visto como um ser concreto, vivendo no mundo, em luta constante negando a existência da alma e rejeitando a ideia de um homem abstrato, ideal, que emana de uma ideologia essencialista da natureza humana, concepção adotada pelas diferentes formas de humanismo.
Para Marx o homem é visto como conjunto de suas relações sociais considerando o materialismo a única realidade. Uma vez definido o caráter cientifico da teoria Marxista, a corrente Althusseriana trata de abordar o objeto central da ciência da história buscando apresentar os elementos que caracterizam o materialismo histórico como um novo método, que compreende as sociedades humanas e possibilita suas relações a partir da noção de prática teórica bem como seu conceito de estrutura e formação social. Estabelece também a relação entre teoria prática e entre um sistema teórico dado e o sistema que lhe permitiria chegar ao conceito de sua própria prática, utilizando meios de produção determinados.
Assim sendo existe para cada transformação uma prática diferente.
Deixando bem claro que não existe uma pratica teórica pura, pois os meios de produção teórica procedem da transformação de um produto específico, representando o lado ativo da prática teórica, determinando o seu processoe interferindo em sua elaboração. Ao passo que a prática cientifica considera o real como um objeto passível de transformações.
Althusser representa o que ele chama de generalidades, esquematizando os conceitos gerais (de produção, trabalho, troca, etc.):
Generalidade I: é matéria-prima transformada em conceitos e ideias;
Generalidade II: é o processo de transformação, no confronto de seus fatos e dos seus novos conhecimentos e meios disponíveis; 
Generalidade III: consiste no produto obtido do conhecimento novo, resultado ou produto dessa operação conceitual.
Mesmo não possuindo uma teoria dessa prática, Althusser mostra que é possível realizar uma pratica-teorica, por que para o autor a teoria só se constitui em referencia a uma pratica teórica.
No serviço social, a aplicação do conceito de prática-teorica faz uma releitura em referência à prática ideológica, uma vez que para Althusser não existe teoria daquilo que se faz. A função da ideologia seria exercida em beneficio de uma classe, ao nível de prática não refletida no nível científico. Tratando do aspecto mais crítico desse trabalho social: a contradição entre ciência e ideologia, é vista através de três conceitos:
Assim para o marxismo não há uma unidade simples, mas uma unidade complexa estruturada. Neste sentido é preciso um todo com diferentes aspectos para que uma contradição domine a outra.
Conclusão
O Movimento de reconceituação do Serviço Social no Brasil constitui-se numa tentativa de ruptura com o Serviço Social tradicional e conservador, e foi também uma ferramenta fundamental para a construção de um novo perfil profissional com ações voltadas às necessidades da classe trabalhadora.
No início ele pareceu apenas uma tentativa de modernização da profissão a fim de atender à classe autocrática burguesa, ou seja, o Serviço Social foi simplesmente usado para promover o desenvolvilmento do país ainda em bases conservadoras.
Porém, a partir das imposições da ditadura os assistentes sociais passaram a questionar sobre suas áreas de atuação. A partir da aproximação do Serviço Social com o marxismo clássico, a profissão assumiu um caráter crítico e não se limitando apenas a execução de políticas sociais.
Verifica-se aí a ruptura com o conservadorismo tradicional da profissão, em que através da prática os profissionais passam a se comprometer com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Dessa forma, o Movimento trouxe como conquista a transparência da dimensão crítico-dialética da ação profissional, até então inatingível por causa do tradicionalismo do Serviço Social.
Ainda observam-se hoje em dia várias práticas conservadoras incoerentes com as conquistas do Movimento de Reconceituação. Com isso comprova-se ser necessária uma constante busca de atualização das práticas para a obtenção de êxito no enfrentamento das questões sociais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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FALEIROS, Vicente de Paula. Reconceituação do Serviço Social no Brasil: um movimento em questão. Revista Serviço Social e Sociedade, nº 84. São Paulo: Cortez Editora, 2005. p. 21-34. Disponível em:<http://www.webartigos.com/artigos/movimento-de-reconceituacao-do-servicosocial/46749/>. Acesso em: 23 set. 2012.
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HERMANY, Mariane Inês. Positivismo, Fenomenologia e Marxismo. Disponível em <http://plaggiado.blogspot.com.br/2010/08/positivismo-fenomenologia-e-marxismo.html - postado dia 19/08/2010>. - Acesso em: 08 mar.2013.
MACEDO, Myrtes de Aguiar. Reconceituação do Serviço Social: Formulações Diagnósticas. São Paulo: Cortez, 1981.
NETTO, José Paulo. Ditadura e Serviço Social: uma Análise do Serviço Social no Brasil pós-64. 14. ed. São Paulo: Cortez, 2009. PLT 324.
OMENA, Valéria Coelho de. O Movimento de Reconceituação do Serviço Social e o Processo de Renovação Crítica da Profissão a Partir da Década de 1980. Disponível em <http://pt.scribd.com/doc/14943699/O-Movimento-de -Reconceituação-do-Serviço-Social-e-o-Processo-de-Renovaçã-Crítica-da-Profissão-a-partir-da-Década-de-1980-no-Brasil> Acesso em: 07 mar 2013.
SANTOS, José Ozildo dos. O Serviço Social no Brasil e sua Evolução Histórica. Disponível em< http://www.construindoahistoria.com/2010/08/historia-social.html>. Acesso em: 28 mar 2013.
SIMON, Maria Célia. Tópicos Principais do Positivismo de Augusto Comte. Disponível em:<http://www.reocities.com/direito_etc/topicos_especiais/faculdade/1_periodo/sociologia_geral/Topicos_Principais_do_Positivismo_de_Augusto_Comte.htm>. Acesso em: 18 mar 2013.
SOUZA, Ana Araújo de; SILVA, Iolanda Macedo Araújo da; LEMOS. Valéria da Silva. Movimento De Reconceituação Do Serviço Social: Tendências, Rupturas e Reflexos no Século XXI. Disponível em < http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Movimento-De-Reconceitua%C3%A7%C3%A3o-Do-Servi%C3%A7o-Social/559574.html> Acesso em: 07 abr 2013.
� IAMAMOTO, Marilda Vilela. Renovação e Conservadorismo no Serviço Social. 3. ed.São Paulo:Cortez, 1995. Marilda Villela Iamamoto é assistente social formada pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Mestre em Sociologia Rural pela Universidade de São Paulo (USP). Doutora em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Professora Titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e, atualmente, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Possui uma variada experiência profissional desenvolvida nas áreas de docência, pesquisa e trabalho de campo.

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