Buscar

INTRODUÇÃO CONCLUSÃO em pdf

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

1 – INTRODUÇÃO 
 
 A alta incidência de atos infracionais, praticado por adolescentes que passam pela 
vara da infância e juventude, na presença de um juiz, é cada vez maior. Por serem ainda 
menores de idade, em busca de ¨dinheiro fácil¨, armas, fama e ¨status¨, sofrem medidas 
socioeducativas as quais parecem não impactar em nada suas vidas, nem tão pouco 
surtirem efeitos punitivos ou se quer de cunho educacional. Jovens investem cada vez 
mais em meios delitivos rápidos, para alcançar seus propósitos de cunho material. 
Transgredir passa a ser uma forma natural de infringir às regras da boa convivência social, 
graduando-os cada vez mais pelas práticas delitivas, parecendo ser mais ¨fácil¨ o 
cumprimento daquele tipo de sanção, do que de fato a reflexão sob a gravidade dos atos 
cometidos e, não voltando mais a pratica-los, tenham uma vida socialmente correta e por 
consequência digna. 
A norma vigente auxiliadora do judiciário o (ECA), ao tratar do assunto, se mostra 
ineficiente, não alcançando os objetivos pelo qual fora proposto. Não obstante, ainda 
oneram a máquina pública de forma substancial, perfazendo com que o órgão público seja 
um veículo não socialização e muito menos ressocializador desses jovens que por terem 
um baixo nível escolar, ínfimo relacionamento familiar e, uma enorme ganância em 
virtude de um padrão capitalista social imposto, proporcionando um aumento dos fatores 
delitivos, ficando muito aquém do contra partido estatal a que precedera. 
 A metodologia aplicada a este trabalho é centrada na pesquisa e análise da 
legislação vigente, buscando definir a real efetividade da medida socioeducativa como 
forma de sanção ao ato infracional da atualidade, aplicar uma forma mais adequada com 
a justiça restaurativa, que possa de fato viabilizar a reparação do dano causado a terceiro, 
bem como enxugar economicamente a máquina estatal. Por meio da conscientização do 
agressor e do perdão do agredido, com aplicabilidade de métodos instrumentais como a 
mediação e ou a conciliação nos conflitos, aos delitos de menor monta. Perfazendo 
quando possível a restauração ao status quo ante, erradicando o ato praticado através do 
fator restaurativo. Isto como forma eficiente e próspera de uma sociedade futura como 
sendo justa, mais acima de tudo, humana em todos os sentidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 – CONCLUSÃO 
 
 É necessário saber que no Brasil, em épocas não muito remotas, no estado de São 
Paulo, com a criação da FEBEM (Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor), 
posteriormente com o surgimento da Fundação Casa (Fundação Centro de Atendimento 
Socioeducativo ao Adolescente), ambas amparadas pelo Estatuto da Criança e do 
Adolescente (ECA), ocupadas em sua maioria por pessoas de cor, com baixo nível de 
escolaridade, formam o pontapé inicial do modelo atual. Resultando hoje no formato dos 
Centros Socioeducativos de internação provisórios, Centros de internação em meio 
semiaberto (as Semiliberdades) e também nos Centros de internações de regime interno 
(as internações) propriamente ditos. 
Com o baixo percentual de recuperação dos menores (crianças e adolescentes que 
passaram e ainda passam no sistema socioeducativo), advinda pela não reflexão dos atos 
infracionais que cometeram, não fazendo jus ao investimento de toda essa estrutura 
governamental caríssima, onde aquele não tem correspondido às expectativas de caráter 
socializador, aduz com que no mínimo tenhamos dúvidas e que passemos a nos perguntar: 
onde erramos nos métodos de política pública aplicada a esta ressocialização? 
O primeiro dilema que surge então e nos perguntamos é: Como ressocializar quem pode 
não ter sido nem socializado? O que fazer para disputar e vencer um modelo criminoso 
já implementado, do qual escraviza nossos jovens e estes não veem? Como vencer o 
trabalho desonesto através do honesto, sendo que o primeiro rende muito mais dinheiro 
do que o segundo em menos tempo e com menor sacrifício pessoal? Como fazer com que 
nossas crianças e adolescentes possam optar pela vida politicamente correta, sendo que 
elas, são cada vez mais imediatistas intolerantes e menos educadas? A questão é: Onde 
estão os valores morais sociais? São essas perguntas que fazem com que repensemos o 
atual modelo ressocializador e por conjunta responsabilidade para com o futuro da 
sociedade, primamos em buscar respostas para o senário caótico em que nos encontramos 
hoje. Pois o crime recruta cada vez mais vítimas, as quais estão morrendo precocemente 
nosso futuro humano, em virtude de um sistema não efetivo, pouco convincente e muito 
antiquado. 
 Quanto às indagações, um ponto importante se concretiza pelo agente socializador 
que chamamos de ¨Família¨. Essa, sem sobra de dúvidas, é a que detém talvez a maior 
responsabilidade, pois estão diretamente ligadas às nossas crianças dez de o seu 
nascimento com vida, ao comprometimento de torna-las cidadãos de bem. É no seio 
familiar que a criança ao nascer encontra o primeiro ¨porto seguro¨, aprendendo diversos 
ensinamentos que vão desde os asseios pessoais, até mesmo como devem se comportar 
em meio a seus entes queridos como hierarquia e respeito. Ou seja, aprendem o que vai 
necessariamente durar ou pelo menos o que deveria perdurar em toda sua vida. Destarte, 
aprendem ¨a vencer¨. 
 
 
 O vencer significa na grande maioria das vezes um método precoce de competição em 
meio ao sistema capitalista adotado por nosso pais, onde não se ensinara a contrapartida 
¨o perder¨. 
Com o mundo Globalizado de hoje o tempo faz menção de ¨locomotiva sem freio¨ e vai 
cada vez mais rápido sem esperar por ninguém, ou seja, o tempo de ação é cada vez mais 
veloz e aquele que quiser acompanha-lo que ¨se jogue nesse bonde¨. Servindo para nos 
mostrar que a precocidade dos jovens é cada vez mais eminente, e que por essa razão não 
se sujeitam a uma programação familiar de vida a longo prazo. Por que não tem tempo 
para pensar e muito menos esperar. Causando como consequência uma disputa desleal 
entre a família versus os meios transgressores da lei como o tráfico de drogas e 
entorpecentes. O primeiro agente socializador então se vê em hipossuficiência onde a 
educação já em estágio escolar não cativa e não promove os anseios da jovem criança. 
Enquanto que em meio ao segundo, os infecta com substâncias químicas que causam 
dependência, proporcionando-os um rendimento financeiro iminente que exacerbam seu 
consumismo pretendido, são além de tudo, infinitas vezes mais prazerosos do que seguir 
pelo caminho correto. 
 Essas disposições supracitadas proporcionaram com que encontrássemos na 
justiça restaurativa uma possibilidade de conscientização do agressor em meio ao 
agredido, de modo que o fazem incomodar o seu íntimo, para que então se arrependa do 
ato cometido através de sua própria reflexão. Desta feita, em crimes de menor monta, 
favorecem até as vezes o ¨perdão¨ do agredido, como forma motivacional para que não 
voltem mais a delinquir. Restando assim a oportunidade cada vez maior da formação de 
profissionais devidamente capacitados para aplicação deste método inovador. Sendo 
também necessário uma reforma processual penal para que saiamos do modelo da justiça 
retributiva e possamos então inovar para a justiça restaurativa.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando