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Classificação das Constituições Quanto ao conteúdo Materiais Formais Quanto à forma Escritas Não escritas Quanto ao modo de elaboração Dogmáticas Históricas Quanto à origem Promulgadas Outorgadas Quanto à estabilidade Imutáveis Rígidas Flexíveis Semi-rígidas Quanto à extensão e finalidade Analíticas Sintéticas 1. Classificações das Constituições Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada 2. Aplicabilidade das Normas Constitucionais CF eficácia plena eficácia contida eficácia limitada eficácia absoluta eficácia relativa restringível eficácia relativa dependente de complementação legislativa Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada 3. Poder Constituinte Poder Constituinte Secundário Limitado Condicionado Originário Derivado Revolução Convenção inicial permanente incondicionado ilimitado Reformador (CF, art. 60) Decorrente CF, art. 29, “caput” ADCT, art. 11 Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada 4. Direitos Humanos Fundamentais – Classificação Classificação Legal Direitos e Garantias Fundamentais Direitos e Garantias Individuais e Coletivos (art. 5º) Direitos de Criação, Organização e Participação em Partidos Políticos (art. 17) Direitos de Nacionalidade (art. 12) Direitos Políticos (art. 14) Direitos Sociais (arts. 6º a 11) Classificação Temporal Direitos humanos Gerações ou Dimensões 4ª geração (CF, arts. 1º e 3º) 3ª geração (CF, art. 225) 2ª geração (CF, arts. 6º, 7º, 205) 1ª geração (CF, arts. 5º e 14) Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada 5. Extradição Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada E X T R A D I Ç Ã O PEDIDO PAÍS ESTRANGEIRO POR VIA DIPLOMÁTICA MINISTÉRIO JUSTIÇA STF (análise) Prisão Preventiva Hipóteses Constitucionais (CF, art. 5º, LI e LII) + Requisitos Legais (arts. 91 ss, Lei nº 6.815/90) NÃO SIM D E F E R I M E N T O PR ATODISCRICIONÁRIO Extraditar Não extraditar INDEFERIMENTOSTF = Superior Tribunal Ferderal PR = Presidente da República 6. Provas Ilícitas (art. 5º, LVI) Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada Provas Ilícitas, sendo B e C por Derivação PROVA A PROVA B Confissão Tortura PROVA C PROVA D Investigação X PROVA E QUEBRA SIGILO BANCÁRIO DE CONTAS APONTADAS NA PROVA A DOCUMENTO APREENDIDO MEDIANTE ORDEM JUDICIAL EM LOCAL INDICADO NA PROVA A TESTEMUNHAS OUVIDAS POR TEREM SIDO CITADAS NA PROVA A E POR TEREM SIDO ENCONTRADAS PELA INVESTIGAÇÃO AUTÔNOMA X PROVA INDEPENDENTE E VÁLIDA PROVA ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTE E VÁLIDA 7. Incorporação de Atos e Tratados Internacionais – Dupla Possibilidade Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada 1ª FASE Presidente da República Brasil Signatário de ATOS, TRATADOS Internacionais (CF, art. 84, VIII) CONGRESSO NACIONAL 2ª FASE (Ratificação Legislativa) DEMAIS ASSUNTOS CF, ART. 49, I DIREITOS HUMANOS CF, ART. 5º, §§ 3º E 4º APROVAÇÃO PRESIDENTE DA REPÚBLICA Decreto Presidencial 3ª FASE 8. Tutela da Liberdade de Locomoção – Habeas Corpus – Recurso Ordinário Constitucional STJ Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada STJ RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL CONCESSÃO NÃO CONCESSÃO CF, art. 105, II, “a” TRIBUNAL (TJs/TRFs) JUIZ – AUTORIDADE COATORA JUIZ – AUTORIDADE COATORA HABEAS CORPUS HABEAS CORPUS AUTORIDADE POLICIAL COATORA CONCESSÃO NÃO CONCESSÃO 9. Tutela dos Direitos Líquidos e Certos – Mandado de Segurança – Recurso Ordinário Constitucional STJ Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada STJ RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL NÃO CONCESSÃO CF, art. 105, II, “b” TRIBUNAL (TJs/TRFs) JUIZ – AUTORIDADE COATORA MANDADO DE SEGURANÇA CONCESSÃOCONCESSÃO NÃO CONCESSÃO TRIBUNAL (TJs/TRFs) CONCESSÃO NÃO CONCESSÃO JUIZ – AUTORIDADE COATORA MANDADO DE SEGURANÇA AUTORIDADE COATORA 10. Direitos Sindicais – Espécies Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada DIREITOS SINDICAIS Liberdade de constituição Direito de exercício de atividade sindical na empresa Direito democrático Direito de independência e autonomia Direito de relacionamento ou filiação Direito de proteção especial dos dirigentes eleitos do trabalhador Liberdade de inscrição Direito de auto-organização 11. Nacionalidade – Espécies e Formas de Aquisição Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada Nacionalidade REGRA PRIMÁRIA OU ORIGINÁRIA CF, art. 12, I, “a” ADQUIRIDA/ SECUNDÁRIA EXCEÇÕES “IUS SOLI” “IUS SANGUINIS” CRITÉRIO FUNCIONAL+ + CF, art. 12, I, “b” RESIDÊNCIA E OPÇÃO (POTESTATIVA) CF, art. 12, I, “c” NATURALIZAÇÃO EXPRESSA TÁCITA ORDINÁRIA CF, art. 12, II, “a” EXTRAORDINÁRIA CF, art. 12, I, “b” Só em 1891 (art. 69, § 4º da CF, 1891) 12. Tratamento Jurídico-Constitucional de Brasileiros Natos e Naturalizados Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada BRASILEIROS REGRA NATOS NATURALIZADOS EXCEÇÕES HIPÓTESES CONSTITUCIONAIS TAXATIVAS Português equiparado (CF, art. 12, § 1º) Igualdade Cargos – art. 12, § 3º Função – art. 89, VII Extradição – art. 5º, LI Direito de propriedade – art. 222 13. Direitos Políticos – Quadro Geral Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada DIREITOS POLÍTICOS NÚCLEO • Ação popular (art. 5º, LXXIII) • Iniciativa popular de lei (arts. 14, III e 61, § 2º) • Iniciativa para impeachment (art. 86) • Organização e participação partidos políticos (art. 17) OUTROS SUFRÁGIO DIREITO DE VOTO UNIVERSAL RESTRITO CENSITÁRIO CAPACITÁRIO CAPACIDADE ELEITORAL ATIVA CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA DEMOCRACIA PARTICIPATIVA ALISTABILIDADE art. 14, §§ 1º e 2º ELEGIBILIDADE art. 14, §§ 3º a 9º PLEBISCITO/ REFERENDO art. 14, I e II 14. Capacidade Eleitoral Passiva – Elegibilidade Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada ELEGIBILIDADE CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE (POSITIVAS) INALISTÁVEIS DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS OU INELEGIBILIDADES ABSOLUTAS art. 14, § 3º RELATIVAS ANALFABETOS ESTRANGEIROS CONSCRITOS MOTIVOS FUNCIONAIS REFLEXA (PARENTESCO/AFINIDADE) MILITARES LEGAIS (art. 14, § 7º) (art. 14, § 8º) (art. 14, § 9º) MESMO CARGO OUTROS CARGOS (art. 14, § 5º) (art. 14, § 6º) REELEIÇÃODESINCOMPATIBILIZAÇÃO 15. Hipóteses de Extinção e Criação de Novos Estados e Territórios Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada CF CISÃO DESMEMBRAMENTO FUSÃO art. 18, § 3º FORMAÇÃO ANEXAÇÃO A B = A = A B A = B C A B = C+“INCORPORAR-SE” ENTRE SI “SUBDIVIDIR-SE” A B Os Estados originais deixam de existir Os Estados originais continuam existindo com alteração em seus territórios 16. Princípio Básico para Distribuição de Competências – Predominância do Interesse Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada ENTE FEDERATIVO União Estados-membros Municípios Distrito Federal INTERESSE Geral Regional Local Regional + Local1 A Constituição Federal prevê uma exceção: art. 22, XVII – Compete, privativamente, à União: organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios, bem como organização administrativa destes. 1 17. Distribuição de Competências Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada 1. Reserva de campos específicos de competência administrativa e legislativa: União – Poderes enumerados (CF, arts. 21 e 22) Estados – Poderes remanescentes (CF, art. 25, § 1º) Município – Poderes enumerados (CF, art. 30) Distrito Federal – Estados + Municípios (CF, art. 32, § 1º) 2. Possibilidade de delegação (CF, art. 22, parágrafo único) – Lei complementar federal poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias de com- petência privativa da União. 3. Áreas comuns de atuação administrativa paralela (CF, art. 23) 4. Áreas de atuação legislativa concorrentes (CF, art. 24) 1 1 Relembrar a exceção do art. 22, XVII, da CF. 18. Distribuição de Competências Administrativas Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada Competência administrativa Exclusiva Comum Poderes enumerados Poderes reservados Cumulativa ou paralela (art. 23) União (art. 21) Municípios (art. 30) Estados (art. 25, § 1º) União/Estados/Distrito Federal/Municípios 19. Distribuição de Competências Legislativas Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS U COMPETÊNCIAS PRIVATIVAS (ART. 22) POSSIBILIDADE DE DELEGAÇÃO (ART. 22, p. u.) COMPETÊNCIA CONCORRENTE U/E/DF (ART. 24) E COMPETÊNCIA REMANESCENTE (ART. 25, § 1º) COMPETÊNCIA DELEGADA (ART. 22, p. u.) COMPETÊNCIA CONCORRENTE U/E/DF (ART. 24) DF COMPETÊNCIA RESERVADA (ART. 32, § 1º) M COMPETÊNCIA EXCLUSIVA (ART. 30, I) COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR (ART. 30, II) 20. Quadro Geral – Intervenção Federal Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada Intervenção Federal Espontânea Provocada Defesa da unidade nacional Defesa da ordem pública Defesa das finanças públicas CF, art. 34, I e II CF, art. 34, III CF, art. 34, V Por solicitação – defesa dos Poderes Executivo ou Legislativo locais CF, art. 34, IV Por requisição STF (CF, art. 34, IV – Poder Judiciário) STF, STJ ou TSE (CF, art. 34, VI – ordem ou decisão judicial) STF (CF, art. 34, VI e VII – execução de lei federal e ação direta de inconstitucionalidade interventiva) Administração Pública 369 15.6 Quadro geral sobre previdência dos servidores públicos civis QUADRO GERAL SOBRE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS Servidores aposentados ou em atividade, porém com todos os requisitos para a aposentadoria cumpridos à data da publicação da EC no 41/03 Servidores em atividade na data da publicação da EC no 41/03 Servidores com ingresso na Administração Pública, após a publicação da EC no 41/03 Requisitos para aposentadoria voluntária Legislação vigente à época da publicação da EC no 41/ 03 (EC no 41/03, art. 3o, caput) REGRA GERAL: CF, art. 40 REGRA ESPECIAL: EC no 41/ 03, art. 6o OPÇÃO: EC no 41/03, art. 2o CF, art. 40 Proventos de aposentadoria INTEGRALIDADE (EC no 41/03, art. 3o, § 2o) REGRA GERAL: CF, art. 40 – TETO GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL – R$ 2.400,00 + Previdência complementar REGRA ESPECIAL: EC no 41/ 03, art. 6o – INTEGRALIDADE (EC no 47/05, art. 2o) OPÇÃO: EC no 41/03, art. 2o, § 1o – redutor (3,5% ou 5%, por ano) TETO GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL – R$ 2.400,00 + Previdência complementar Atualização dos proventos de aposentadoria PARIDADE (EC no 41/03, art. 7o) REGRA GERAL: Reajuste na forma da lei REGRA ESPECIAL (EC no 41/ 03, art. 6o, parágrafo único): PARIDADE (EC no 47/05, art. 2o) OPÇÃO: EC no 41/03, art. 2o, § 6o – reajuste na forma da lei REAJUSTE NA FORMA DA LEI Pensão por morte Legislação vigente à época da publicação da EC no 41/ 03 (EC no 41/03, art. 3o, caput) CF, art. 40, § 7o – regulamen- tação por meio de lei CF, art. 40, § 7o – regula- mentação por meio de lei Benefício da pensão por morte INTEGRALIDADE (EC no 41/ 03, art. 3o, § 2o) CF, art. 40, § 7o – parcela fixa (limite máximo da previdência: R$ 2.400,00) + parcela complementar (70% da diferença entre o valor da totalidade da remunera- ção ou dos proventos do falecido e o limite máximo da previdência) CF, art. 40, § 7o – parcela fixa (limite máximo da previdência: R$ 2.400,00) + parcela complementar (70% da diferença entre o valor da totalidade da remunera- ção ou dos proventos do falecido e o limite máximo da previdência) Atualização do benefício da pensão por morte PARIDADE (EC no 41/03, art. 7o) REAJUSTE NA FORMA DA LEI REAJUSTE NA FORMA DA LEI cap09.pmd 17/1/2007, 16:55369 22. Estatuto dos Congressistas Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada E S T A T U T O D O S C O N G R E S S I S T A S PRERROGATIVAS VEDAÇÕES OU INCOMPATIBILIDADES (ART. 54) IMUNIDADES (ART. 53) FORO ESPECIAL (53º, § 1º) ∃ DEVER DE TESTEMUNHAR (ART. 53, § 6º) SERVIÇO MILITAR (ART. 53, § 7º) MATERIAL (CAPUT) FORMAL PRISÃO (§ 2º)PROCESSO (§§ 3º, 4º, 5º) VENCIMENTOS (ART. 49, VII) 23. Imunidade Formal Parlamentar Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada IMUNIDADE FORMAL PARLAMENTAR REGRA PRISÃO PROCESSO EXCEÇÃO IMPOSSIBILIDADE PRISÃO EM FLAGRANTE POR CRIME INAFIANÇÁVEL ANÁLISE PELA CASA LEGISLATIVA (CF, ART. 53) (ART. 53, § 2º) (ART. 53, §§ 3º, 4º E 5º) CRIMES PRATICADOS ANTES DA DIPLOMAÇÃO CRIMES PRATICADOS APÓS A DIPLOMAÇÃO INEXISTE IMUNIDADE EXISTE IMUNIDADE POSSIBILIDADE DE SUSPENSÃO DA AÇÃO PENAL 24. Quadro de Organização Estrutural do Judiciário Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada STJ = Superior Tribunal de Justiça TST = Tribunal Superior do Trabalho TSE = Tribunal Superior Eleitoral STM = Superior Tribunal Militar TJs = Tribunais de Justiça TRFs = Tribunais Regionais Federais TRT = Tribunais Regionais do Trabalho TRE = Tribunais Regionais Eleitorais TM = Tribunais Militares A EC nº 45/04 criou, no âmbito do Poder Judiciário, o Conselho Nacional de Justiça,deixando de constar no quadro de organização estrutural do Poder Judiciário, por não possuir competências jurisdicionais. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL STJ TST TSE STM TJs TRFs TRT TRE TM 1 juízes de direito juízes federais juízes do trabalho juízes eleitorais juízes militares 1 Formados somente em tempo de guerra. Em tempo de paz, o STM exerce competência recursal dos juízes militares. 25. Garantias da Magistratura Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada G A R A N T I A S D A M A G I S T R A T U R A INSTITUCIONAIS AOS MEMBROS AUTONOMIAS (ART. 99) ESCOLHA DOS DIRIGENTES FINANCEIRA FUNCIONAL ADMINISTRATIVA (ART. 96, I, A) GARANTIAS DE LIBERDADE (ART. 95) GARANTIAS DE IMPARCIABILIDADE VITALICIEDADE (ART. 95, I) IRREDUTIBILIDADE DE SUBSÍDIOS (ART. 95, III) INAMOVIBILIDADE (ART. 95, II) VEDAÇÕES (ART. 95, p. u., I A V) 26. Composição do Conselho Nacional de Justiça Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada P R E S I D E N T E C O R R E G E D O R N A C I O N A L D E J U S T I Ç A ESCOLHA DOS MEMBROS (15) STF (3) STJ (3) TST (3) M I N I S T R O D O S T F DESEMBAR-GADOR TJ JUIZ ESTADUAL M IN ISTRO D OSTJ D ESEM B A R - G A D O R TR F JU IZ FED ER A L M IN ISTRO D O TST JUIZ TRT JUIZ DO TRABALHO C I D A D à O D E N O T Á V E L S A B E R J U R Í D I C O E R E P U T A Ç Ã O I L I B A D A S E N A D O ( 1 ) C  M A R A ( 1 ) O AB ( 2) AD VO GA DO S MEMBRO DO MPU ME MB RO DO MP E PGR (2) C I D A D à O D E N O T Á V E L S A B E R J U R Í D I C O E R E P U T A Ç Ã O I L I B A D A 566 Direito Constitucional • Moraes vocacia e do Ministério Público Federal, com descumprimento da norma constitu- cional (CF, art. 94 e art. 107, I)”.1 Observe-se, ainda, que, tratando-se de número ímpar na composição do 1/5 consti- tucional (como no exemplo acima: 3), haverá a obrigatoriedade de respeito à necessária alternância entre advogados e membros do Ministério Público, conforme exigido pela LOMAN e consagrado pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. A alternância “se faz observando-se, para tanto, a última nomeação ocorrida. Se, como no caso dos autos, a lista foi composta por advogados, a vaga surgida há de ser preenchi- da por membro do Ministério Público. Dispensável seria a inserção dessa regra na Cons- tituição Federal, que deve merecer interpretação teleológica e sistemática, desprezando- se a ordem de lançamento de vocábulos, expressões e disposições, sem que o texto em si, sinalize para a gradação de importância [...] Vale dizer, o arcabouço normativo constitu- cional não contempla preferência, no preenchimento das vagas do quinto, entre advoga- dos e membros do Ministério Público. Ombreiam em igualdade de condições; sendo par o número de vagas, as cadeiras são preenchidas pela classe respectiva, levando-se em conta o antecessor, e, sendo impar, pela salutar alternância”.2 4.8 Quadro de competência para julgamento de autoridades da República (os artigos referem-se à Constituição Federal) 1 STF – Pleno – MS no 22323 5/SP – Rel. Min. Carlos Velloso, Ementário no 1824-10. O próprio Ministro relator, alterando seu posicionamento anterior (Adin no 1171-RS), afirmou que: “Continuei, entretanto, repito, a meditar sobre o tema. A conclusão a que cheguei foi outra. O que a Constituição garante, expressamente, é o quinto da advocacia e do Ministério Público. A Consti- tuição não é expressa em garantir os quatro quintos da carreira... Para que seja dado cumprimen- to à norma expressa do quinto constitucional, o arredondamento haverá de ser para cima.” 2 STF – Pleno – MS no 23.972-9/DF – medida cautelar – Rel. Min. Marco Aurélio, Diário da Justiça, Seção I, 8 junho 2001, p. 25. 3 Em relação ao processo e ao julgamento dos atos de improbidade administrativa, con- ferir item 4.7-A4, neste mesmo capítulo, e a inconstitucionalidade da Lei no 10.628, de 24 de de- zembro de 2002. AUTORIDADE INFRAÇÃO3 ÓRGÃO JULGADOR I – Presidente comum STF (art. 102, I, b) responsabilidade Senado Federal (art. 86) II – Vice-presidente comum STF (art. 102, I, b) responsabilidade Senado Federal (art. 86; 52, I) III – Parlamentares comum STF (art. 102, I, b) responsabilidade Casa Correspondente (art. 55, § 2o) IV – Ministros do STF comum STF (art. 102, I, b) responsabilidade Senado Federal (art. 52, II) V – Procurador-Geral da República comum STF (art. 102, I, b) responsabilidade Senado Federal (art. 52, II) cap10.pmd 17/1/2007, 16:55566 Organização dos Poderes e do Ministério Público 567 AUTORIDADE INFRAÇÃO ÓRGÃO JULGADOR VIII – Advogado-Geral da União comum STF (art. 102, I, b) status de Ministro3 responsabilidade Senado Federal (art. 52, II) VII – Ministros de Esta- do e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica2 comum STF (art. 102, I, c) responsabilidade STF (art. 102, I, c) resp. conexo com presidente Senado Federal (art. 52, I) 1 Redação dada pela EC no 45/04. O Senado Federal aprovou o Parecer no 1.748, e, pos- teriormente, em dois turnos, a Proposta de Emenda à Constituição no 29, de 2000 (no 96, de 1999, na Câmara dos Deputados), constante da Emenda no 240, da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, enviando o texto à Câmara dos Deputados. Um dos tópicos trata da alteração do art. 102, I, b, concedendo foro especial no Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, para os membros dos Conselhos Nacionais de Justiça e do Ministério Público. 2 Redação dada pela EC no 23, promulgada em 2-9-1999. 3 Nesse sentido, o Supremo Tribunal Federal reconheceu sua competência para conhecer e julgar queixa-crime contra o Advogado-Geral da União, tendo em vista a edição da Medida Pro- visória no 2.049-22, de 28-8-2000, que transforma o mencionado cargo de natureza especial em cargo de ministro de Estado, atraindo, portanto, a incidência do art. 102, I, ‘c’, da CF (STF – Pleno – Inquérito (QO) 1.660/DF – Rel. Min. Sepúlveda Pertence, 6-9-2000. Informativo STF, no 201). Conferir, ainda: STF – Pleno – QO em Inquérito no 1.660-8/DF – Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Diário da Justiça, Seção 1, 6 jun. 2003, p. 32. No mesmo sentido, em relação a concessão de status de Ministro de Estado ao Presidente do Banco Central, conferir: STF – Pleno – Adin no 3289/DF e Adin no 3290/DF – Rel. Min. Gilmar Mendes, decisão: 5-5-2005, Informativo STF no 386. Diversa é a hipótese de “Secretarias especiais” que não foram alçadas a Ministérios, mas tão-somente tive- ram, por meio de lei, a extensão de prerrogativas, vantagens e direitos equivalentes a Ministros de Estado. Nesses casos, o STF não reconheceu a existência da prerrogativa de foro (caso do Secretá- rio Especial de Aquicultura e Pesca – STF – Pleno – Inq. 2044/SC – questão de ordem – Rel. Min. Sepúlveda Pertence – Informativo no 374, p. 2). Conforme destacou o Ministro Gilmar Mendes, trata- se de “prerrogativa de foro como reforço à independência das funções de poder na República ado- tada por razões de política constitucional. Situação em que se justifica a diferenciação de trata- mento entre agentes políticos em virtude do interesse público evidente. Garantia da prerrogativa de foro que se coaduna com a sociedade hipercomplexa e pluralista, a qual não admite um código unitarizante dos vários sistemas sociais” (STF – Pleno – ADI no 3.289-5/DF – Rel. Min. Gilmar Mendes, Diário da Justiça, SeçãoI, 24 fev. 2006, p. 7). VI – Membros do Conse- lho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público1 comum dependerá do cargo de origem responsabilidade Senado Federal (art. 52, II) X – Tribunal de Contas da União comum/responsabilidade STF (art. 102, I, c) XI – Membros dos TRT TRE/TCE/TCM comum/responsabilidade STJ (art. 105, I, a) IX – Tribunais Superio- res (STJ, TSE, STM, TST) e diplomatas comum/responsabilidade STF (art. 102, I, c) cap10.pmd 17/1/2007, 16:55567 568 Direito Constitucional • Moraes 1 Observe-se, porém, que, em se tratando de crimes praticados em detrimento de bens, serviços ou interesses das entidades autárquicas da União, a competência será do Tribunal Regio- nal Federal: (STF – 2a T. – HC no 69.465-9/RS – Rel. Min. Paulo Brossard – Diário da Justiça, Se- ção 1, 23 mar. 2001, p. 85). 2 Até a publicação da EC no 45/04, também se incluíam nesse item os juízes dos Tribu- nais de Alçada. Porém, com a extinção dos mesmos, pelo art. 4o da referida emenda, passando os seus membros a integrar os Tribunais de Justiça, assegurados os direitos dos inativos e pensionis- tas, a competência para crimes comuns, eleitorais ou de responsabilidade passou ao Superior Tri- bunal de Justiça. 3 Conferir Capítulo 8, item 1.6.2. AUTORIDADE INFRAÇÃO ÓRGÃO JULGADOR XVI – Parlamentares estaduais comum depende da Const. Estadual (em regra Tribunal de Justiça)1 responsabilidade Assembléia Legislativa XIX – Tribunal de Justiça Militar/Juízes de Direito2 comum/responsabilidade TJ (art. 96, III) crimes eleitorais TRE XX – Desembargadores comum/eleitoral STJ (art. 105, I, a) responsabilidade XXI – Prefeitos comum TJ (art. 29, X)3 responsabilidade (infrações político- administrativas) Câmara dos Vereadores (art. 31) responsabilidades impróprias (infrações penais) TJ XVII – Procurador- Geral de Justiça comum TJ (art. 96, III) responsabilidade Poder Legislativo Estadual ou Distrital (art. 128, § 4o) responsabilidade com Governador depende da Const. Estadual XVIII – Membros do Ministério Público Estadual comum/responsabilidade TJ (art. 96, III) crimes eleitorais TRE XII – Desembargadores Federais (TRFs) comum/responsabilidade STJ (art. 105, I, a) XIII – Juízes Federais comum/responsabilidade TRF (art. 108, I, a) XIV – Governador de Estado comum/eleitoral STJ (art. 105, I, a) responsabilidade depende da Const. Estadual XV – Vice-governador de Estado comum depende da Const. Estadual* responsabilidade depende da Const. Estadual cap10.pmd 17/1/2007, 16:55568 Organização dos Poderes e do Ministério Público 569 Observe-se que para o processo e julgamento tanto para os crimes comuns, quanto para os crimes de responsabilidade praticados pelo Governador de Estado, desde que exista previsão expressa da Constituição Estadual, haverá a necessidade do juízo de admissi- bilidade da acusação, a ser realizado por 2/3 da Assembléia Legislativa (RTJ, 158/280).4 Entendemos que a Constituição de cada Estado fixará a competência para o proces- so e julgamento do Governador de Estado por crime de responsabilidade, no exercício de sua autonomia de auto-organização política. Somente a título exemplificativo, no Estado de São Paulo, o art. 49, § 1o, da Consti- tuição Estadual prevê a existência do chamado Tribunal Especial constituído de 15 (quin- ze) membros, sendo sete deputados Estaduais e sete Desembargadores, sorteados pelo Presidente do Tribunal de Justiça, que também o presidirá, que terá competência para o processo e julgamento do Governador do Estado, desde que haja licença de 2/3 da As- sembléia Legislativa.5 1 STF – 2a T. – HC no 84.301/SP – Rel. Min. Joaquim Barbosa, Diário da Justiça, Seção I, 24 mar. 2006, p. 54. 2 STF – 1a T. – HC no 73.801/MG – Rel. Min. Celso de Mello, Diário da Justiça, Seção I, 27 jun. 1997, p. 30226. 3 STF – 2a T. – RE no 467.923/DF – Rel. Min. Cezar Peluso, Informativo STF no 423, STF – 1a T. – RE no 418.852 – Rel. Min. Carlos Britto, decisão: 6-12-2005. 4 Conferir: STF – 1a T. – HC 86015/PB, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, decisão: 16-8-2005 – Informativo STF no 397, p. 2 e Informativo STF no 399, p. 3. 5 Observe-se que a eficácia desse dispositivo foi suspensa pelo Supremo Tribunal Fede- ral: “Impeachment e competência legislativa: Por aparente ofensa à competência da União para legislar sobre direito processual (CF, art. 22, I), assim como para definir os crimes de responsabi- lidade (CF, art. 85, parágrafo único), o Tribunal deferiu medida cautelar em ação direta ajuizada AUTORIDADE INFRAÇÃO ÓRGÃO JULGADOR XXII – Subprocu- radores-Gerais da República comum/responsabilidade Superior Tribunal de Justiça (CF, art. 105, I, a)1 XXIII – Membros do Ministério Público da União (MPF/MPM/ MPT/MPDF), que atuem perante Tribunais comum/responsabilidade Superior Tribunal de Justiça (CF, art. 105, I, a)2 XXIV – Membros do Ministério Público da União (MPF/MPM/ MPT/MPDF), que atuem perante a 1a instância comuns/responsabilidade crimes eleitorais Tribunal Regional Federal (CF, art. 108, I, a)3 Tribunal Regional Eleitoral (CF, art. 108, I, a) * Em regra, as Constituições estaduais estabelecem a competência para o Tribunal de Justiça. cap10.pmd 17/1/2007, 16:55569 28. Ministério Público – Quadro Geral Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada ART. 128 MP MPEs ART. 130 M P U MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR MINISTÉRIO PÚBLICO DISTRITO FEDERAL MINISTÉRIOS PÚBLICOS ESTADUAIS MINISTÉRIOS PÚBLICOS JUNTO AOS TRIBUNAIS DE CONTAS 29. Garantias dos Membros do Ministério Público Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada G A R A N T I A S D O M I N I S T É R I O P Ú B L I C O INSTITUCIONAIS AOS MEMBROS AUTONOMIAS (ART. 127, §§ 2º E 3º) MODO DE NOMEAÇÃO E DESTITUIÇÃO DO PROCURADOR-GERAL FINANCEIRA FUNCIONAL ADMINISTRATIVA (ART. 128, §§ 1º, 2º, 3º E 4º) GARANTIAS DE LIBERDADE (ART. 128, § 5º, I) GARANTIAS DE IMPARCIABILIDADE VITALICIEDADE (ART. 128, § 5º, I, “A”) IRREDUTIBILIDADE DE SUBSÍDIOS (ART. 128, § 5º, I, “C”) INAMOVIBILIDADE (ART. 128, § 5º, I, “B”) VEDAÇÕES (ART. 128, § 5º, II, “A” A “F” E § 6º) 30. Composição do Conselho Nacional do Ministério Público Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada STJ (1) STF (1) PGR (4) OA B ( 2) S E N A D O ( 1 ) C M A R A (1 ) ESCOLHA DOS MEMBROS VER LEI Nº 11.372, DE 28/11/2006 (14) 1 MEMBROMPM 1 MEMBRO MPT 1 M E M B R O M P F 1 M EM BRO M PD F C O LÉG IO D E PR O C U R A D O R ES G ER A IS D E JU STIÇ A (3) 3 M EM B R O S D E M IN ISTÉR IO S PÚ B LIC O S ESTA D U A IS JUIZAD VO GA DO S C ID A D à O D E N O TÁ VE L SA BE R J U R ÍD IC O E IL IB A D A C O N D U TA C I D A D à O D E N O T Á V E L S A B E R J U R Í D I C O E I L I B A D A C O N D U T A JUIZ P R E S I D E N T E P R O C U R A D O R G E R A L D A R E P Ú B L I C A M E M B R O N A T O 31. Emendas Constitucionais – Poder Constituinte Reformador Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito ConstitucionalConstituição do Brasil Interpretada Emendas Constitucionais Expressas Implícitas Materiais Circunstanciais “cláusulas pétreas” – CF, art. 60, § 4º CF, art. 60, § 1º referentes ao processo legislativo – CF, art. 60, I, II e III, §§ 2º, 3º e 5º. Limitações Supressão das expressas Alteração do titular do poder constituinte derivado reformador Formais Defesa do Estado e das Instituições Democráticas 761 sibilidade do controle da legalidade. Assim, será possível ao Poder Judiciário reprimir even- tuais abusos e ilegalidades cometidas durante a execução das medidas do Estado de De- fesa ou de Sítio, inclusive por meio de mandado de segurança e habeas corpus, pois a excepcionalidade da medida não possibilita a total supressão dos direitos e garantias in- dividuais,1 e tampouco configura um salvo-conduto aos agentes políticos para total des- respeito à Constituição e às leis.2 Em relação, porém, à análise do mérito discricionário do Poder Executivo (no caso do Estado de defesa) e desse juntamente com o Poder Legislativo (no caso do Estado de Sítio), a doutrina dominante entende impossível, por parte do Poder Judiciário, a análise da conveniência e oportunidade política para a de- cretação.3 1.1 Quadro comparativo: estado de defesa e estado de sítio 1 DANTAS, San Tiago. RF 142/74; STF – RF 24/150. 2 RF 55/233. 3 FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Comentários... Op. cit. v. 3. p. 68-69, inclusive citando Acórdão do Supremo Tribunal Federal no 3.556, de 10-6-1914, onde se afirmou que “tra- tando-se de ato de natureza essencialmente política, o Judiciário não pode entrar na apreciação dos fatos que o motivaram”. Estado de Defesa Estado de Sítio Estado de Sítio Previsão legal Art. 136, caput Art. 137, I Art. 137, II Hipóteses 1. Ordem pública ou paz social ameaçada 2. Instabilidade institucional 3. Calamidade natural 1. Comoção nacional 2. Ineficácia do Estado de Defesa 1. Declaração de guerra 2. Resposta à agressão armada estrangeira Atribuição para a decretação Presidente da República (art. 84, IX, da CF) Presidente da República (art. 84, IX, da CF) Presidente da República (art. 84, IX, da CF) Procedimento Presidente verifica a hipótese legal, solicita pareceres dos Conselhos da República (CF, art. 89) e de Defesa Nacional (CF, art. 91). Com os pareceres, decidirá se decreta ou não o Estado de Defesa. Presidente verifica a hipótese legal, solicita pareceres dos Conselhos da República (CF, art. 89) e de Defesa Nacional (CF, art. 91). Com os pareceres, solicita ao Congresso Nacional autorização para decretação do Estado de Sítio, expondo os motivos determinantes do pedido. O Congresso Nacional somente poderá autorizar por maioria absoluta da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Com a autoriza- ção, o Presidente poderá decretar o Estado de Sítio. IDEM O PROCEDIMENTO ANTERIOR DE DECRETA- ÇÃO DE ESTADO DE SÍTIO. cap13.pmd 17/1/2007, 16:55761 762 Direito Constitucional • Moraes Estado de Defesa Estado de Sítio Estado de Sítio Prazo Máximo de 30 dias, prorrogado por mais 30 (trinta) dias uma única vez. Máximo de 30 dias, prorrogado por mais 30 dias, de cada vez. O tempo necessário da guerra ou para repelir a agressão armada estrangeira. Áreas abrangidas Locais restritos e determinados (CF, art. 136, caput). Âmbito nacional. Após o Decreto, o Presidente especificará as medidas específicas e as áreas abrangidas (CF, art. 138, caput). Âmbito nacional. Após o Decreto, o Presidente especificará as medidas específicas e as áreas abrangidas (CF, art. 138, caput). Restrições a direitos e garantias individuais* Poderão ser restringidas (CF, art. 136) as previsões do art. 5o, XII (sigilo de correspondência e de comunicações telegráficas e telefônicas), XVI (direito de reunião) e LXI (exigibilidade de prisão somente em flagrante delito ou por ordem da autoridade judicial competente). Poderão ser restringidas (CF, 139) as previsões do art. 5o, XI (inviolabilidade domiciliar), XII (sigilo de correspondência e de comunicações telegráficas e telefônicas), XVI (direito de reunião), XXV (direito de propriedade), LXI (exigibilidade de prisão somente em flagrante delito ou por ordem da autoridade judicial competente) e também o art. 220 (liberdade de manifestação do pensa- mento, a criação, a expressão e a informação). Poderão ser restringidas, em tese, todas as garantias constitucionais, desde que presentes três requisitos constitucionais: 1. Necessidade de efetivação da medida. 2. Tenham sido objeto de deliberação por parte do Congresso Nacional no momento de autorização da medida. 3. Devem estar expressa- mente previstos no Decreto presidencial. (CF, art. 138, caput, c.c. 139, caput). Controle político sobre a decretação É posterior. Decretado o Estado de defesa ou sua prorrogação, o Presiden- te da República, dentro de 24 horas, submeterá o ato com a respectiva justificativa ao Congresso Nacional, que somente aprovará a decretação por maioria absoluta de ambas as Casas Legislativas (CF, art. 136, § 4o), editando o respectivo Decreto Legislativo (CF, art. 49, IV). O Controle Congressual é prévio, uma vez que há necessidade de autorização para que o Presidente o decrete. O Controle Congressual é prévio, uma vez que há necessidade de autoriza- ção para que o Presiden- te o decrete. Fiscalização Política sobre as medidas A mesa do Congresso Nacional,** ouvidos os líderes partidários, designará Comissão composta de cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas referentes ao estado de defesa e ao estado de sítio. IDEM IDEM cap13.pmd 17/1/2007, 16:55762 Defesa do Estado e das Instituições Democráticas 763 * A título comparativo, consultar Paolo Barile, op. cit. p. 450-452, que disserta sobre as hipóte- ses de suspensão temporária de determinadas liberdades constitucionais, em virtude de inter- venções governamentais de urgência. ** A Mesa do Congresso Nacional, como já visto, é composta de sete membros: Presidente do Senado Federal, 1o Vice-Presidente da Câmara dos Deputados, 2o Vice-Presidente do Senado Federal, 1o Secretário da Câmara dos Deputados, 2o Secretário do Senado Federal, 3o Secretá- rio da Câmara dos Deputados, 4o Secretário do Senado Federal. Estado de Defesa Estado de Sítio Estado de Sítio Atividade parlamentar O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento até o término das medidas coercitivas (CF, art. 136, § 6o). Em hipótese alguma permite-se o constrangimento do Poder Legislativo, sob pena de crime de responsabilida- de (CF, art. 85, II). IDEM (CF, art. 138, § 3o). Além disso, no Estado de Sítio não se incluirá a possibilidade de restrição à liberdade de informa- ção, a difusão de pronunciamentos de parlamentares efetuados em suas Casas Legislati- vas, desde que liberada pela respectiva Mesa. IDEM (CF, art. 138, § 3o). Além disso, no Estado de Sítio não se incluirá a possibilidade de restrição à liberdade de informa- ção, a difusão de pronun- ciamentos de parlamenta- res efetuados em suas Casas Legislativas, desde que liberada pela respectiva Mesa. Responsabilidade Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão também seus efeitos, sem prejuízo da responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes (CF, art. 141, caput). IDEM IDEM Prestação de contas Cessada a situação excepcional, as medidas aplicadas em sua vigência serão relatadas pelo Presidente da República, em mensagem ao Congresso Nacional, com especificação e justificação das provi- dências adotadas, com relação nominal dos atingidos, e indicação das restrições aplicadas (CF, art. 141, parágrafo único). IDEM IDEM Desrespeito dos requisitos e pressupostos constitucionaispor parte do Presidente da República Crime de responsabili- dade (CF, art. 85), sem prejuízo das responsabi- lidades civis e penais. IDEM IDEM cap13.pmd 17/1/2007, 16:55763 826 Direito Constitucional • Moraes Redistribuição de impostos de competência da União Imposto Ente beneficiado Condições Imposto de Renda (CF, art. 153, III) Estados e Distrito Federal O produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qual- quer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem (CF, art. 157, I) Estados e Distrito Federal Vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (CF, art. 159, I, a), nos termos do § 1o, do art. 159. Municípios O produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem (CF, art. 158, I). Municípios Vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios (CF, art. 159, I, b), nos termos do § 1o, do art. 159. Regiões Norte, Nordeste e Centro- Oeste Três por cento, para aplicação em progra- mas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro- Oeste, mediante suas instituições finan- ceiras de caráter regional, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos destina- dos à Região, na forma que a lei estabele- cer (CF, art. 159, I, c). Imposto Residual (CF, art. 154, I) Estados e Distrito Federal Vinte por cento do produto da arrecada- ção do imposto que a União instituir (CF, art. 157, II). cap16.pmd 17/1/2007, 16:55826 Sistema Tributário Nacional 827 Imposto sobre a propriedade territorial rural (CF, art. 153, VI) Municípios Cinqüenta por cento do produto da arre- cadação do imposto da União sobre a pro- priedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados (CF, art. 158, II). 100% do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, quando, na forma da lei, os Municípios realizarem a cobran- ça e fiscalização do imposto, sem que haja redução ou qualquer outra forma de renúncia fiscal (EC no 42/03 – CF, art. 153, § 4o). Imposto sobre produtos industria- lizados (CF, art. 153, IV) – IPI Estados e Distrito Federal Vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (CF, art. 159, I, a), nos termos do § 1o, do art. 159. Municípios Vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios (CF, art. 159, I, b), nos termos do § 1o, do art. 159. Regiões Norte, Nordeste e Centro- oeste Três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste, mediante suas instituições financeiras de caráter regional, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos destinados à Região, na forma que a lei estabelecer (CF, art. 159, I, c). Estados e Distrito Federal Do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respec- tivas exportações de produtos industria- lizados (CF, art. 159, II), nos termos do § 2o, do art. 159. Redistribuição de impostos de competência da União Imposto Ente beneficiado Condições cap16.pmd 17/1/2007, 16:55827 828 Direito Constitucional • Moraes Redistribuição de contribuição da União – CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) Contribuição Contribuição de intervenção no domínio econômico (CIDE, CF, art. 177, § 4o) Redistribuição de impostos de competência dos Estados Imposto Imposto sobre propriedade de veículos automotores (CF, art. 155, III) – IPVA Imposto sobre circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços (CF, art. 155, II) – ICMS Repasse para os Municípios de receitas recebidas pelos Estados de redistribuição de imposto de competência da União Imposto Imposto sobre produtos industriali- zados (CF, art. 153, IV) Repasse para os Municípios de receitas recebidas pelos Estados de redistribuição de competência da União – CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) Contribuição Contribuição de intervenção no domínio econômico (CIDE, CF, art. 177, § 4o) Ente beneficiado Condições Estados e Distrito Federal Vinte e nove por cento para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei, a serem utilizados no financiamento de programas de infra-estrutura de transportes (EC no 44/04, CF, art. 159, III) Ente beneficiado Condições Municípios Cinqüenta por cento do produto da arrecada- ção do imposto do Estado sobre a proprieda- de de veículos automotores licenciados em seus territórios (CF, art. 158, III). Municípios Vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercado- rias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (CF, art. 158, IV), nos termos do parágrafo único do art. 158. Ente beneficiado Condições Municípios Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco por cento dos recursos que receberem (art. 159, II), observados os critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I e II. Ente beneficiado Condições Municípios Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco por cento dos recursos que receberem da União, decorrentes do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico, na forma da lei (EC no 42/03, CF, art. 159, § 4o). cap16.pmd 17/1/2007, 16:55828 34. Medidas Provisórias Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada P R E S I D E N T E Edição Relevância + Urgência CONGRESSO NACIONAL APROVAÇÃO REJEIÇÃO Integral Alterações Expressa Tática CONVERSÃO EM LEI CONVERSÃO EM PROJETO DE LEI Regra: Efeito “ex tunc” Impossibilidade de reedição na mesma sessão legislativa (CF, 62, § 10) Inércia do Congresso= “Ex tunc” Possibilidade de uma reedição 60 DIAS (FORÇA DE LEI) (CF, art. 62) 35. Efeitos da Rejeição das Medidas Provisórias Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada R E J E I Ç Ã O Regulamentação das relações jurídicas nesse prazo = Decreto-Legislativo (CF, art. 62, §§ 3º e 11) CONGRESSO NACIONAL Efeito “Ex tunc” (retroativos) 60 dias = Força de lei Lei A Lei A PR edição MP B Lei A = Lei anterior cuja eficácia foi suspensa pela Medida Provisória MP B = Medida Provisória rejeitada 36. Controle de Constitucionalidade no Brasil Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada C O N T R O L E D E PREVENTIVO REPRESSIVO LEGISLATIVO EXECUTIVO REGRA EXCEÇÃO Difuso ou por via de exceção ou defesa (CF, art. 97) Comissões de Constituição e Justiça Veto Jurídico (CF, art. 66, § 1º) JUDICIÁRIO LEGISLATIVO Medidas Provisórias (CF, art. 62, § 5º) Delegação (CF, art. 49, V) Concentrado ADI – (CF, art. 102, I, a) ADI – Omissão (CF, art. 103, § 2º) ADI – Interventiva(CF, art. 36, III) ADPF – (CF, art. 102, § 1º) ADC – (CF, art. 102, I, a) ADI – ação direta de inconstitucionalidade genérica ADI por omissão – ação direta de inconstitucionalidade por omissão ADI interventiva – ação direta de inconstitucionalidade interventiva ADC – ação declaratória de constitucionalidade ADPF – argüição de descumprimento de preceito fundamental C O N S T I T U C I O N A L I D A D E 37. Ação Direta de Inconstitucionalidade Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada “Guardião da Constituição” CF, art. 102, I, a STF OBJETO CO-LEGITIMADOS CF, 103, I a IX Lei ou ato normativo em vigor e editado após a Constituição Federal Federal Distrital (no exercício de competência estadual Estadual PERTINÊNCIA TEMÁTICA UNIVERSAL ANÁLISE CASO A CASO Presidente da República Mesa Câmara dos Deputados Mesa Senado Federal Procurador-Geral da República Conselho Federal OAB Partidos Políticos com Representação no Congresso Nacional Mesa da Assembléia ou Câmara Legislativa Governador de Estado ou DF Mesa Senado Federal Confederação Sindical ou Entidade de Classe de Âmbito Nacional X CF 38. Ação Direta de Inconstitucionalidade e Ação Declaratória de Constitucionalidade – AÇÕES DE ‘SINAIS TROCADOS’ Gráfico Elaborado pelo Dr. Alexandre de Moraes Parte integrante dos livros: Direito Constitucional Constituição do Brasil Interpretada A D I Natureza dúplice DECISÃO POR MAIORIA ABSOLUTA DO STF A D C Natureza dúplice PROCEDÊNCIA = INCONSTITUCIONAL = IMPROCEDÊNCIA IMPROCEDÊNCIA = CONSTITUCIONAL = PROCEDÊNCIA ADI ADC EFEITOS “Ex tunc” (retroativos) Vinculantes “Erga omnes” (gerais) Repristinatórios (somente nas hipóteses de procedência do ADI ou improcedência do ADC) ADI – Ação direta de inconstitucionalidade ADC – Ação declaratória de constitucionalidade Fig1.pdf Fig2.pdf Fig3.pdf Fig4.pdf Fig5.pdf Fig6.pdf Fig7.pdf Fig8.pdf Fig9.pdf Fig10.pdf Fig11.pdf Fig12.pdf Fig13.pdf Fig14.pdf Fig15.pdf Fig16.pdf Fig17.pdf Fig18.pdf Fig19.pdf Fig20.pdf fig21.pdf Fig22.pdf Fig23.pdf Fig24.pdf Fig25.pdf Fig26.pdf fig27.pdf Fig28.pdf Fig29.pdf Fig30.pdf Fig31.pdf fig32.pdf fig33.pdf Fig34.pdf Fig35.pdf Fig36.pdf Fig37.pdf Fig38.pdf
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