Prévia do material em texto
OAB 1ª FASE – CURSO CERS – DIREITO CONSTITUCIONAL Flávia Bahia AULA 1 ESTRUTURA DA CONSTITUIÇÃO - PREÂMBULO – não possui normatividade, em razão disso não é parâmetro para controle de constitucionalidade. - PARTE DOGMÁTICA (corpo fixo) – não há hierarquia entre a parte dogmática e o ADCT. São normas constitucionais. - ADCT – as normas do ADCT têm caráter transitório. São divididas em normas constitucionais originárias e derivadas. Derivadas – produzidas a partir do art. 60, CF. Todas elas gozam de presunção relativa de constitucionalidade. Originárias – gozam de presunção absoluta de constitucionalidade. São as que nasceram junto com a constituição. Não se pode declarar a inconstitucionalidade de norma constitucional originária. PODER CONSTITUINTE PODER ORIGINÁRIO PODER REFORMADOR – é limitado. a) Limitações temporais: art. 174, CF/1824 (primeira CF) – previa que a constituição federal não poderia ser modificada em até 4 anos após a sua promulgação. Atualmente, não há limitação de ordem temporal b) Limitações circunstanciais: art. 60, § 1º, CF - não pode promulgação de EC em estado de defesa, estado de sítio e intervenção federal. c) Limitações formais: art. 60, I, II, III, § 2º, 3º e 5º. O rol dos que podem oferecer a PEC é taxativo. O povo não pode apresentar PEC. Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II - do Presidente da República; III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. § 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. A PEC exige um processo mais rigoroso por causa da rigorosidade da CF. Em relação aos Deputados Federais são necessários 308 votos nos dois turnos (3/5 de 513). Em relação aos Senadores são necessários 49 votos em cada turno (3/5 de 81) Primeiro passa pela casa iniciadora (Em regra é a Câmara dos Deputados), se aprovada, passa pela casa revisora. Contudo, se for o Senado Federal quem propôs a EC, a casa iniciadora será o Senado Federal e a Revisora será a Câmara dos Deputados (art. 64, CF). Em ambas haverá dois turnos de votação. § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. Não há sanção ou veto do chefe do executivo no processo de criação das EC. § 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. (*Pegadinha) Sessão Legislativa = art. 57, CF – reunião anual do Congresso Nacional Legislatura = art. 44, § único – 4 anos de mandato *A PEC pode ser objeto de proposta na mesma legislatura, ou seja, no mandado de 4 anos, desde que em sessões diferentes. O § 5º se refere à sessão legislativa que ocorre anualmente. Neste caso, a PEC não deve ser objeto de nova proposta. 1/3 dos membros da Câmara dos Deputados = 513 = 171 devem assinar 1/3 dos membros do Senado Federal = 81 = 27 podem assinar d) Limitações materiais: expressas art. 60, § 4º; e implícitas. São limitações de conteúdo. EXPLÍCITAS – Art. 60, § 4º Art. 60, § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: Rol das cláusulas pétreas. I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; Não se protegeu o voto obrigatório, então em termos jurídicos nada impede que se torne facultativo. III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais. IMPLÍCITAS – Formas de Sistema de Governo; titularidade do poder constituinte. MUTAÇÃO CONSTITUCIONAIS Denominações: Poder constituinte difuso; mudanças informais da Constituição; transições constitucionais. EFICÁCIA E APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS. TEORIA TRIPARTIDA – José Afonso da Silva. • Normas de Eficácia Plena - plenamente aptas a produzir todos os seus efeitos jurídicos essenciais. São autoaplicáveis e têm incidência direta, imediata e integral. OAB 1ª FASE – CURSO CERS – DIREITO CONSTITUCIONAL Flávia Bahia Exemplos na CF/88: art. 1º e 2º, 5º, III. Os remédios constitucionais também são apresentados por meio de normas plenas (art. 5º, LXVIII a LXXIII). • Normas de Eficácia Contida - também estão plenamente aptas a realizar todos os seus efeitos jurídicos essenciais desde a sua entrada em vigor, produzindo, igualmente, incidência direta, imediata, mas não integral, pois podem sofrer restrições ou condicionamentos futuros por parte do Poder Público Exemplos: art. 5º, XIII e XV, e art. 93, IX; Art. 5º, XV, CF - É livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; • Normas de Eficácia Limitada ou Reduzida - produzem efeitos jurídicos reduzidos, tendo em vista que dependem da atuação futura por parte do Poder Público. Dividem-se em: - Programáticas: traçam objetivos, metas ou ideais que deverão ser delineados pelo Poder Público para que produzam seus efeitos jurídicos essenciais. Estão vinculadas normalmente aos direitos sociais de segunda geração. Exemplo: art. 196, 205 e 211, CF. Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino. - Institutivas (organizatórias) - criam novos institutos, serviços, órgãos ou entidades que precisam de legislação futura para que ganhem vida real. Exemplos: art. 134, § 1º, e art. 93, caput, ambos da CF/88. Art. 134, § 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES a) QUANTO A ORIGEM - Promulgadas - Outorgadas - Pactuadas - Cesaristas b) QUANTO Á FORMA - Escritas/ Instrumentais - Não Escritas/ Consuetudinárias – o que falta numa constituição não escrita é a codificação, as normas não estão reunidas em um único documento. c) QUANTO À EXTENSÃO - Sintéticas/ Concisas – Ex. Constituição dos EUA - Analíticas/ Prolixas – Ex. CRFB, CF da Índia (444 artigos) d) QUANTO AO CONTEÚDO - Materiais – tudo aquilo que tem conteúdo constituição, não importa se está em um documento ou não. - Formais – apenas o que está no texto constitucional é reconhecido como norma constitucional. Ex. CPII está na constituição. e) QUANTO AO MODO DE ELABORAÇÃO - Dogmáticas – refletem a situação do Estado no momento de sua elaboração. Ex. Todas as Constituições brasileiras foram dogmática. Via de regra, as constituições dogmáticas são escritas. - Históricas – reflete a história inteira da população, geralmente, são não escritas. São atemporaisEx. Constituição da Inglaterra. f) QUANTO A ALTERABILIDADE - Super rígidas: Alguns autores sustentam que a CF/88 é super rígida por causa das cláusulas pétreas. - Rígidas – só pode ser criada por um processo de elaboração mais rígido. Ex. CF/88 – art. 60, CF. - Semirrígidas – adota um modelo híbrido de alteração. Ex. CF/1824 – Constituição do Império. - Fixas: são aquelas que só podem ser alteradas pelo mesmo poder que a criou. Não há exemplos. - Flexíveis – Constituição fácil de ser alterada pelo mesmo processo de criação das demais normais do país. Não há exemplos. OAB 1ª FASE – CURSO CERS – DIREITO CONSTITUCIONAL Flávia Bahia g) QUANTO À FINALIDADE - Dirigentes/ Programáticas: são via de regra, constituições analíticas, que procuram resolver os problemas da sociedade. - Garantias/ Liberais: são menos extensas, conteúdo mínimo. Deixam os programas sociais e as diretrizes para outras normas. h) QUANTO Á IDEOLOGIA - Ortodoxas: estabelecem uma linha de pensamento. Sem muitas liberdades. Ex. Constituição da China da década de 80. - Ecléticas: permitem inúmeras linhas de ideologia. Ex. CF/88. i) QUANTO à CORRESPONDÊNCIA OU NÃO A REALIDADE (Critério Ontológico) - Normativas: consegue efetivamente a realidade do país. Ex. Era para a CF/88 ser assim, mas não é. - Nominativas: nasce para ser uma maravilha para o povo, mas não consegue se concretizar com sucesso. - Semânticas: ela não nasce para o país, mas para atender os interesses de que estava no poder no momento. CLASSIFICAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO DE 1988 – Nominativa, eclética, dirigente, rígida, dogmática, formal, analítica, escrita e promulgada. AULA 2 NACIONALIDADE 1. Conceito. Vinculo jurídico civil que liga um indivíduo a uma Estado fazendo-o componente do povo titular de direitos e obrigações. 2. Base Legal: art. 12, Lei 6815/80 e Lei 13.445/2017 (24 de maio de 2017) – revogou a lei 6815/80 Art. 124. Revogam-se: I - a Lei no 818, de 18 de setembro de 1949; e II - a Lei no 6.815, de 19 de agosto de 1980 (Estatuto do Estrangeiro). Art. 125. Esta Lei entra em vigor após decorridos 180 (cento e oitenta) dias de sua publicação oficial. 3. Conceitos relacionados: a) Apátrida ou Heimatlos (alemão) – sem nacionalidade. b) Polipátrida – mais de uma nacionalidade. 4. Nacionalidade X Cidadania – Nem todo nacional é cidadão. Via de regra, os cidadãos são nacionais, com exceção do português equiparado ao cidadão. Nem todos que possuem dupla nacionalidade possuem dupla cidadania. Cidadania está ligada aos direitos políticos. Obs. Português equiparado ao cidadão – art. 12, § 1º, CF. . 5. Espécies de Nacionalidade a) Originária ou Primária – decorre do nascimento, critérios sanguíneos, territoriais ou misto será estabelecida. Brasileiro nato. b) Secundária, adquirida ou derivada – depende de manifestação secundária e é decorrente de processo de naturalização – brasileiro naturalizado. 7. Critérios de atribuição de Nacionalidade originária: a) Ius sanguinis – critério que determina que será nacional o descendente de nacional independente do seu local de nascimento. b) Ius soli – critério que determina que será nacional o indivíduo nascido no território nacional. c) Critério misto, ius soli relativo ou ius soli não absoluto – Brasil adota. 8. Tratamento diferenciado entre brasileiros. Hipóteses taxativamente previstas na CF em nome do princípio da igualdade Art. 12, § 2°, da CRFB/88: Em regra, não pode haver distinção entre os brasileiros natos e naturalizados, exceto nos casos previstos pela CF. CAIU • Cargos – 12, §3° - PR e Segurança Nacional ART. 12, § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas. VII - de Ministro de Estado da Defesa • Função – 89, VII, CF. Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele participam: VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução. • Extradição – 5°, LI, LII, CF. – não há extradição de brasileiro nato. LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado OAB 1ª FASE – CURSO CERS – DIREITO CONSTITUCIONAL Flávia Bahia envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião; • Propriedade – 222, CF. Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País. 9. Brasileiros Natos, art., 12, I, a, b, c – A Legislação infraconstitucional não pode ampliar as hipóteses de aquisição de nacionalidade originária. Hipóteses taxativas!! a) Os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; Critério do ius soli. Exceção: filho de pais estrangeiros, um deles deve estar a serviço oficial do seu país de origem no Brasil. b) Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; Critério ius sanguinis + critério funcional c) Os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; Obs. Será proposta uma ação perante a Justiça Federal; é direito personalíssimo, então deve ser pedido pela própria pessoa; se a pessoa vier para o país menor de idade, será brasileiro nato provisório, pendente a confirmação da nacionalidade, devendo fazer quando atingir a maioridade. “Vindo o nascido no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, a residir no Brasil, ainda menor, passa a ser considerado brasileiro nato, sujeita essa nacionalidade a manifestação da vontade do interessado, mediante a opção, depois de atingida a maioridade. Atingida a maioridade, enquanto não manifestada a opção, esta passa a constituir-se em condição suspensiva da nacionalidade brasileira." (RE 418.096, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 22-3-2005, Segunda Turma, DJ de 22-4-2005.) 10. Brasileiros Naturalizados. Art. 12, II, a, b a) os que (estrangeiros), na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; Naturalização Ordinária – ato discricionário, ou seja, mesmo que preenchidos os requisitos há possibilidade de que seja negada a naturalização. b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. Naturalização extraordinária ou quinzenária – o ato será vinculado, ou seja, se preencher os requisitos, não poderá ser negado. Obs. Não há naturalização tácita ou por decurso do tempo, pois a naturalidade derivada pressupões manifestação de vontade. 11. Perda de nacionalidade. Art. 12, §4º, I e II. Hipóteses taxativas! § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I - Tiver canceladasua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; somente para brasileiros naturalizados. Perda por sanção ou punição e depende de decisão judicial transita em julgado. Não pode readquirir administrativamente a nacionalidade perdida por decisão judicial. A única forma é através de ação rescisória. II - Adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: para brasileiros natos e naturalizados; a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; perda-mudança de naturalidade. b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; Ex. Os brasileiros natos que vão morar no estrangeiro para jogar futebol, e é imposto AULA 3 DIREITOS POLÍTICOS Conceito - Direito que permite o cidadão manifestar-se na formação política do país. Primeira CF a dar voto feminino foi a de 1934. E para os analfabetos foi em 1985, em sede constitucional, na CF/88. MANIFESTAÇÕES DO SUFRÁGIO – DIREITOS POLÍTICOS POSITIVOS – ATIVOS E PASSIVOS • DIREITOS POLITICOS POSITIVOS ATIVOS: a) Alistamento eleitoral. Facultativo: para maiores de 16 e menores de 18 anos e para os maiores de 70 anos e os analfabetos. Obrigatório: brasileiros, maiores de 18 e menores de 70 anos. Inalistáveis: Art. 14, § 2º, CF. OAB 1ª FASE – CURSO CERS – DIREITO CONSTITUCIONAL Flávia Bahia - Estrangeiros*: Tem a situação do português equiparado (Tratado de amizade entre Brasil e Portugal). - Conscritos: período de serviço militar obrigatório. b) MANISFESTAÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS - Art. 61, § 2º, CF – Iniciativa popular a projeto de lei. Desde que o projeto seja subscrito por 1% dos eleitores distribuídos em pelo menos 5 Estados do território nacional e o número de eleitores de cada Estado da federação que assinaram não pode ser inferior a 0,3 % do eleitorado local. O povo pode apresentar projeto de lei ordinária e proposta de lei complementar, mas não pode apresentar PEC, pois os legitimados estão previstos taxativamente no art. 61, § 2º, CF, Art. 27, § 4º, CF e Art. 29, XIII, CF – projeto de leito no âmbito Municipal – 5% do eleitorado para deflagração de projeto lei municipal. c) PLEBISCITOS E REFERENDOS. Art. 49, XV. Plesbicito - ocorre antes da manifestação política – verificação da concordância do povo. Referendo – ocorre após manifestação política, ratificação ou não do povo. Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: XV - Autorizar referendo e convocar plebiscito; d) AÇÃO POPULAR. Art. 5º, LXXIII. Lei 4717/65 Somente cidadão poderá propor ação popular. e) O VOTO. Art. 60, §4º, II. Cláusula Pétrea. Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: cláusula pétrea II - O voto direto, secreto, universal e periódico; f) Condições de Elegibilidade. Art. 14, § 3º - são cumulativas. § 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira; salvo hipóteses do art. 12, § 3º, CF. II - o pleno exercício dos direitos políticos; III - o alistamento eleitoral; nem sempre os que podem votar, poderão ser eleitos, mas todos aqueles que podem ser eleitos devem poder votar. IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária; No Brasil na se admite candidatura avulsa, VI - a idade mínima de: Telefone Constitucional: 3530-2118 a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador Obs. As idades devem ser comprovadas em regra no ato da posse. Mas para o cargo de vereador a idade mínima (que deve ser de 18 anos) deve ser comprovada no ato do registro da candidatura. • DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS a) INELEGIBILIDADES: - Absolutas – impedem que o indivíduo se candidate a qualquer cargo eletivo. O rol é taxativo segundo entendimento do STF. Art. 14, § 4º São inelegíveis os inalistáveis (art. 14, § 2º) e os analfabetos. Obs. O analfabeto possui alistabilidade, mas não possui elegibilidade. - Relativas • Reeleição – número máximo apenas para membros do executivo, mas para membros do legislativo não há limite máximo. Obs. O governador reeleito não poderá concorrer ao cargo de vice nas próximas eleições. Art. 14, § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997) Obs. As inelegibilidades relativas podem ser ampliadas por lei complementar conforme. (LC 64/1990) Art. 14, § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 4, de 1994) Obs. Prefeito itinerante e prefeito profissional – STF proibiu. Prefeito reeleito não pode concorrer ao cargo de prefeito, nem pelo mesmo município, nem para o município próximo. Obs. Governador Itinerante não há casos, mas pela lógica também é proibida. • Desincompatibilização – art. 14, § 6º. Art. 14, § 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr4.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr4.htm#art1 OAB 1ª FASE – CURSO CERS – DIREITO CONSTITUCIONAL Flávia Bahia Ex. Deve renunciar até 6 meses antes do pleito para concorrer a outros cargos. Para a reeleição não há desincompatibilização. Essa regra não é válida para membros do legislativo. • Inelegibilidade reflexa – art. 14, § 7º, CF. Família* dos titulares dos cargos do executivo no âmbito do exercício do poder executivo Exemplo: Prefeito – P/ VP/ Ver. (Cargos locais) Governador – G/ VG/ DE/ DF (Estaduais e federais oriundos do Estado) Presidente – Nenhum cargo, pois seu poder é exercido em âmbito Nacional. Obs. Família do Vice – não é inelegível, a não ser que o vice assuma dentro dos 6 meses antes do pleito autoral. Obs. Membros do Legislativo – a inelegibilidade reflexa não atinge aos familiares destes. Obs. Quem já é cargo titular de cargo eletivo e é candidato à reeleição não é atingido pela inelegibilidade. Obs. Membros da mesma família podem concorrer ao mesmo cargo na circunscrição? Sim, só será inelegível a família quando alguém dela se tornar efetivo no cargo eletivo. . Art. 14, § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. Conceito de Família para CF – Cônjuge ou companheira, do mesmo sexo ou sexo distinto, parentes consanguíneos e afins e os colaterais até o segundo grau. Dissolução dasociedade conjugal? Súmula Vinculante 18 - A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal. Morte do Cônjuge eleito? Não se aplica a súmula vinculante 18. Renúncia? 1º mandato: afasta a inelegibilidade reflexa por completo e a família poderá concorrer a qualquer cargo eletivo, inclusive o antes ocupado pelo renunciante. Caso Rosinha Garotinho em 2002. 2º Mandato: a inelegibilidade será afastada, salvo se concorrer ao cargo antes ocupado pelo renunciante. Por isso Rosinha Garotinho não pode se reeleger em 2006. AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVO art. 14, §§ 10 e 11, CF. Art. 14, § 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. Art. 14, § 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. - PRAZO – 15 dias contados da diplomação - Deve apresentar provas do abuso do poder econômico, corrupção, fraude. - Tramita em segredo de justiça. b) PERDA E SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS – afeta os direitos passivos e ativos Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: I - Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; II - Incapacidade civil absoluta; III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; IV - Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; V - Improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. PERDA SUSPENSÃO Cancelamento do Título de eleitor Paralisação temporária dos direitos políticos Vedação da cassação dos direitos políticos! HIPÓTESES - Cancelamento de naturalização (PERDA) - Incapacidade civil absoluta (SUSPENSÃO) - Condenação Criminal, enquanto durarem seus efeitos (SUSPENSÃO) - Improbidade administrativa – condenação gera suspensão dos direitos políticos (SUSPENSÃO) – ART. 37, § 4º, CF. Art. 37, § 4º, CF - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. OAB 1ª FASE – CURSO CERS – DIREITO CONSTITUCIONAL Flávia Bahia - Inciso IV – cai muito! Exemplo: Jovem que se recusa a por a mão em armas por questões religiosas, faz a escusa. O superior então lhe aplica obrigação alternativa e este não a cumpre. Neste caso, a doutrina e jurisprudência divergem se a perda ou suspensão dos direitos políticos. José Afonso da Silva e a maioria defendem a perda. Outros defendem que há suspensão. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE EM MATÉRIA ELEITORAL – art. 16, CF - O STF entende que o art. 16 é cláusula pétrea. Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS • HABEAS CORPUS • HABEAS DATA • AÇÃO POPULAR • MANDADO DE INJUNÇÃO • MANDADO DE SEGURANÇA HABEAS DATA – art. 5º LXXII, CF e L. 9.507/ 97. - Histórico – CF/1988, em defesa da intimidade e da vida privada. - Finalidades a) conhecer informações pessoais b) retificar dados pessoais c) complementar dados pessoais (L. 9507/97) Obs. O pedido não pode ser cumulativo, deve pedir uma coisa ou outra. Obs. Dados públicos denegados geram MS e não HD. - Titularidade: o próprio titular do dado. Obs. Herdeiro? Pode! - Polo Passivo = Autoridade que comanda banco de dados públicos ou privado, desde que tenha caráter público. Ex. SPC e SERASA. - Requisito Essencial – súmula 2, STJ – Deve haver recusa da autoridade administrativa, senão não caberá habeas data. - Decurso do Tempo – art. 8º, § único da L. 9507/97 Art. 8º, Parágrafo único, L. 9507/97. A petição inicial deverá ser instruída com prova: I - da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de dez dias sem decisão; II - da recusa em fazer-se a retificação ou do decurso de mais de quinze dias, sem decisão; ou III - da recusa em fazer-se a anotação a que se refere o § 2° do art. 4° ou do decurso de mais de quinze dias sem decisão. Obs. Não há necessidade de esgotamento das instâncias administrativas, basta que tente e seja negado. - Hipóteses de NÃO cabimento Para dados públicos Para dados de terceiros (situações particulares) Para certidão denegada – gera MS, ainda que verse sobre dados pessoais. Para informações sobre critérios de correção de provas de concurso. Para acesso à autoria do denunciante de processo administrativo. - Gratuidade – se de boa-fé – art. 5º, LXXIII, CF. - Precisa de advogado – apenas habeas corpus não precisa de advogado. - Se má-fé do autor, será condenado a pagar custas. (Art. 5º, LXXIII, CF). AÇÃO POPULAR – ART. 5º, LXXIII, CF e lei nº 4.717/1965 ART. 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má- fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; - Histórico – CF/1934 Foi excluída na CF/1937 – ditadura Volta na CF/1946 até hoje. CF/88 ampliou a aplicação da ação popular. PODE SER: a) Preventiva b) Repressiva - Legitimidade – art. 1º, § 3º, L. 4717/65 – cidadão Art. 1º, § 3º A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita com o título eleitoral, ou com documento que a ele corresponda. OAB 1ª FASE – CURSO CERS – DIREITO CONSTITUCIONAL Flávia Bahia - NÃO podem propor ação popular: a) PJ – súmula 365, STF b) qualquer pessoa/brasileiro – somente cidadão. c) MP – participa (custo legis) Fiscal da Lei – art. 7º, I, a, L. 4717. Em caso de desistência – art. 9º, L. 4717 Art. 16, L. 4717 – se após 60 dias da sentença condenatória, o autor não tomar as devidas providências para execução da sentença, o MP pode. Art. 19, § 2º, L; 4717 – da sentença poderá recorrer qualquer cidadão. Obs. O relativamente incapaz por idade não precisa de assistência para propor ação popular, conforme entendimento do doutrinador José Afonso da Silva. - Competência para julgamento – Juízo de 1º Grau (Estadual ou federal, conforme o caso) – não há prerrogativa de foro na ação popular. Exceção: Será proposta perante ao STF em dois casos: art. 102, I, f e n, CF. Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - Processar e julgar, originariamente: f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta; n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados; AULA 4 HABEAS CORPUS – art. 5º, LXVIII - Preservação do direito de ir e vir. Art. 5º, LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; - Histórico – desde a CF/1981 até a CF/1988 Obs. Doutrina brasileira do HC – O renomado doutrinador Rui Barbosa, sustentava que HC deveria proteger todos os direitos fundamentais. Porém, com advento de outros remédios constitucionais mais específicos,esta doutrina perdeu força e o HC tornou-se mais genérico. - Espécies a) Preventivo (salvo-conduto) b) Repressivo (alvará de soltura) - Legitimidade – qualquer pessoa Não precisa de advogado Não precisa ser capaz - Polo Passivo: em face de autoridades e atos de particulares. Obs. HC em prisão administrativa de Militar – art. 142, § 2º c/c art. 5º, XXXV. Se tiver alguma ilegalidade a prisão administrativa do militar poderia ser questionada. Art. 5º, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. § 2º Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares. - Gratuidade – art. 5º, LXXVIII Art. 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; Algumas súmulas a serem observadas Súmula 693 - Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada. Súmula 694 - Não cabe habeas corpus contra a imposição da pena de exclusão de militar ou de perda de patente ou de função pública. Súmula 695 - Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade. MANDADO DE INJUNÇÃO – art. 5º, LXXI, CF e Lei 13.300/2016. - Visa a cura da falta de regulamentação de algumas leis infraconstitucionais. OAB 1ª FASE – CURSO CERS – DIREITO CONSTITUCIONAL Flávia Bahia Art. 5º, LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; - Modalidades a) Mandado de Injunção Individual (MII) – Pessoa Jurídica/ natural, Nacional/ Estrangeira. b) mandado de Injunção Coletivo (MIC) Autoria - MP - Partidos Políticos com representação no CN - Sindicatos - OAB - Associação com pelo menos 1 ano de funcionamento - Defensoria Pública, como substituto processual - Reconhecimento de mora legislativa e suas consequências – art. 8º, L 13.300/2016. Art. 8o, L. 13.300/2016 - reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a injunção para: I - Determinar prazo razoável para que o impetrado promova a edição da norma regulamentadora; II - Estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas reclamados ou, se for o caso, as condições em que poderá o interessado promover ação própria visando a exercê-los, caso não seja suprida a mora legislativa no prazo determinado. Parágrafo único. Será dispensada a determinação a que se refere o inciso I do caput quando comprovado que o impetrado deixou de atender, em mandado de injunção anterior, ao prazo estabelecido para a edição da norma. MANDADO DE SEGURANÇA – art. 5º, LXIX e Lei nº 12.016/2009 - Defesa de direitos fundamentais não protegidos pelos outros remédios constitucionais. Art. 5º, LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; - Histórico (MS Individual) CF/1934, excluído em 1937 e voltou em 1946. - Histórico (MS Coletivo) Surgiu em 1988. - Autoria (MS Individual) – titular do direito líquido e certo - Autoria (MS Coletivo) – Partido Político com representação no Congresso Nacional; sindicatos; Associações com mais de 1 ano de funcionamento; entidades de classes (Não precisa de autorização expressa de todos os membros) Obs. O MS não comporta dilação probatória. PRAZO para impetração – 120 dias, contados do conhecimento da lesão. Algumas súmulas a serem observadas Súmula 266 - Não cabe mandado de segurança contra lei em tese. Súmula 267 - Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição. Súmula 268 - Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado. Súmula 625 - Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de mandado de segurança. Súmula 629 - A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados independe da autorização destes. Súmula 630 - A entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria. Súmula 632 - É constitucional lei que fixa o prazo de decadência para a impetração de mandado de segurança. DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS TITULARES – para o STF são todas as pessoas naturais, jurídicas, nacionais, estrangeiras. Obs. Não há nenhum direito fundamental absoluto DIREITOS INDIVIDUAIS COLETIVOS – art. 5º, CF PRINCÍPIO DA LAICIDADE – art. 5º, VI a VIII, CF. Art. 5º, VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; princípio da laicidade do Estado OAB 1ª FASE – CURSO CERS – DIREITO CONSTITUCIONAL Flávia Bahia Art. 5º, VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; Art. 5º, VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; escusa de consciência ou escusa absolutória. - Ensino Religioso – matrícula facultativa – art. 210, § 1º, CF. Art. 210, § 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental. DIREITO A PRIVACIDADE – ART. 5º, X, CF Art. 5º, X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; - Inviolabilidade da “casa” – art. 5º, XI, CF. Art. 5 º, XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; Obs. O conceito constitucional de casa é amplo e abrange o local onde o indivíduo está. Durante o dia (6h às 17:59h) – Com ordem judicial + Flagrante, socorro, desastre. Durante a Noite (18h às 5:59h) Inviolabilidade da vida privada – art. 5º, XII, CF. Art. 5º, XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; Exceção: Poderá violar correspondência, telegramas, dados bancários, ficais, telefônicos por ordem judicial para fins de instrução criminal ou de instrução processual, pelo princípio da reserva da jurisdição. Obs. CPI poderá violar dados telefônicos sem ordem do juiz.LIBERDADE DE EXERCÍCIO PROFISSIONAL – art. 5º, XIII, CF. Art. 5º, XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; LIBERDADE DE MANISFESTAÇÃO E EXPRESSÃO COLETIVA – art. 5º, XVI, CF. Art. 5º, XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; Obs. Contra a violação do direito de reunião caberá mandado de segurança. Requisitos - Não podem frustrar outras reuniões; - Deve ser pacífica e sem armas; - Deve ser em locais abertos ao público; - Não precisa de autorização, mas deve comunicar as autoridades; LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO – art. 5º, XVII Art. 5º, XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; *Organização Paramilitar – parece militar, parece seguro, mas não é. Obs. Para suspensão de atividades e dissolução, as associações devem ter ordem judicial pelo princípio da reserva da jurisdição. Ademais, para a dissolução a decisão deve haver transitado em julgado – art. 5º, XVIII e XIX. Art. 5º, XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; Art. 5º, XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; - Liberdade negativa de associação – art. 5º, XX, CF. Art. 5º, XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; PARTIDOS POLÍTICOS – art. 17, CF. - Pessoa jurídica de direito privado - Caráter nacional; - Proibição de recebimento de fundos estrangeiros - Prestação de contas a Justiça Eleitoral; - Funcionamento parlamentar de acordo com a lei; OAB 1ª FASE – CURSO CERS – DIREITO CONSTITUCIONAL Flávia Bahia Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: I - Caráter nacional; II - Proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes; III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; IV - Funcionamento parlamentar de acordo com a lei. AUTONOMIA – art. 17, § 1º. Art. 17, § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017) REGISTRO – art. 17, § 2º. Art. 17, § 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. VEDAÇÃO DE PP PARA ORGANIZAÇÃO PARAMILITAR – art. 17, § 4º. Art. 17, § 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar. SEPARAÇÃO DE PODERES – art. 2º, CF Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Normas de Eficácia Plena RELAÇÃO DE FREIO E CONTRA-PESOS INDEPENDÊNCIA HARMONIA Atividades típicas, mas não são exclusivas Atividades atípicas ou impróprias LEGISLATIVO Função Típica – Legiferante; fiscalizadora (art. 70, CF); Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Função atípica – Administrativa; competência julgadora (art. 52, I e II, CF) Art. 52, CF Compete privativamente ao Senado Federal: I - Processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99) II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) JUDICIÁRIO Função típica – julgar Função atípica – administrativa EXECUTIVO Função típica – legiferante; Função atípica – judicial (assinatura do PAD pelo Chefe do Executivo) AULA 5 VISÃO GERAL DOS TRÊS PODERES PODER LEGISLATIVO – art. 43 e 44, CF. Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais. § 1º - Lei complementar disporá sobre: I - as condições para integração de regiões em desenvolvimento; II - a composição dos organismos regionais que executarão, na forma da lei, os planos regionais, integrantes dos planos nacionais de desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente com estes. § 2º - Os incentivos regionais compreenderão, além de outros, na forma da lei: I - igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preços de responsabilidade do Poder Público; II - juros favorecidos para financiamento de atividades prioritárias; III - isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc97.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art12 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art12 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc23.htm#art52i http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc23.htm#art52i http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 OAB 1ª FASE – CURSO CERS – DIREITO CONSTITUCIONAL Flávia Bahia IV - prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e das massas de água represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas periódicas. § 3º - Nas áreas a que se refere o § 2º, IV, a União incentivará a recuperação de terras áridas e cooperará com os pequenos e médios proprietários rurais para o estabelecimento, em suas glebas, de fontes de água e de pequena irrigação. Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos. CAMARA DOS DEPUTADOS SENADO FEDERAL Art. 14, § 3º - deve ser brasileiro e21 anos Art. 14, § 3º - deve ser brasileiro e 35 anos Representam o povo Representam os entes (Estados e DF) Presidente deve ser brasileiro nato Presidente deve ser brasileiro nato Não pode ser inferior a 8 e superior 70 deputados São 3 senadores por federação Território – art. 45 – 4 deputados federais Os territórios não possuem representação no Senado Federal Mandato de 4 anos = 1 legislatura Mandato 8 anos = 2 legislaturas Sistema Eleitoral proporcional Sistema majoritário Simples (maioria do nº de votos) IMUNIDADES e PRERROGATIVAS – Art. 53, CF. Obs. As imunidades pertencem ao cargo de parlamentar, por isso, são irrenunciáveis. Podem ser: a) Materiais b) Formais c) Prerrogativa de foro MATERIAIS – ART. 53, caput, CF Art. 53, CF. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001) Obs. Dentro do Plenário, as manifestações dos parlamentares são absolutas. Contudo, fora do Plenário, a imunidade material não é absoluta e só abrange as manifestações associadas ao exercício da função, ou seja, manifestações políticas. FORMAIS – prisão – art. 53, § 2º, CF. Art. 53, § 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001) Regra: Parlamentar não pode ser preso. Exceção: Salvo, se for preso em flagrante de crime inafiançável. Neste caso, os autos serão remetidos dentro de 24h para a respectiva casa resolver a prisão. Obs. Há entendimento doutrinário e jurisprudencial de que o parlamentar poderá ser preso se tiver condenação definitiva. Art. 53, § 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001) Obs. No caso de crime ocorrido após a diplomação do parlamentar, o STF dará ciência a respectiva casa. Qualquer partido político com representação poderá pedir a sustação do processo perante a casa. Esta terá 45 dias para decidir se suspende ou prossegue. Se optar pela suspenção, o processo será remetido ao STF para que este suspenda a prescrição. PRERROGATIVA DE FORO FUNCIONAL Súmula 704, STF - Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do co-réu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados. Obs. A prerrogativa de foro funcional é válida após a diplomação. Ou seja, se o crime é praticado antes da diplomação, após a diplomação, o processo será remetido ao STF da forma que está. Para os crimes praticados após a diplomação a queixa já será recebida pelo STF. Obs. A prerrogativa de foro funcional afasta a competência do Júri. MANDATOS ESTADUAIS – art. 27, § 1º. Art. 27. O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1 OAB 1ª FASE – CURSO CERS – DIREITO CONSTITUCIONAL Flávia Bahia o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze. § 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas. Obs. Aos deputados Estaduais aplicam-se as mesmas regras dos deputados federais. - Deputados Distritais – art. 32, § 3º – recebem o mesmo tratamento do art. 27, CF. Art. 32, § 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27. - Vereadores – art. 29, VIII, CF. • Imunidade Material – para os vereadores a imunidade formal não é tão ampla, pois aplica-se apenas dentro da Câmara. Se por acaso a manifestação for fora da Câmara dos Deputados, deve ser dentro da circunscrição do deputado, ou seja, no próprio Município. • Imunidade Formal – NÃO GOZA. Vereadores podem ser presos por qualquer crime. • Prerrogativa de foro de função – STF entende que só gozará desta prerrogativa se a Constituição Estadual prevê. Se não tiver previsão os vereadores serão julgados normalmente. Contudo, se acaso a Constituição Estadual prevê a prerrogativa de foro de função, esta não se aplicará ao Júri. (Súmula vinculante 45) Súmula vinculante 45 - A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela constituição estadual. PODER EXECUTIVO – art. 76 a 83, CF PRESIDENTE E VICE - Cargos privativos de Nacionais originários – art. 14, § 3º, CF. Obs. Presidente – possui 1 sucessor que é o vice. Mas há um rol de substitutos quando estiver ausente temporariamente (Vice, Presidente da Câmara, Presidente do Senado, Presidente do STF, nesta ordem) - Sistema Eleitoral – majoritário = Maioria Absoluta. (Art. 77, CF) Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar- se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997) Obs. Em caso de vacância dupla (PR e Vice), haverão novas eleições que poderão ser diretas ou indiretas. • Eleições Diretas: se a vacância dupla ocorrer nos dois primeiros anos do mandato eletivo. • Eleições indiretas: se a vacância dupla ocorrer nos dois últimos anos do mandato eletivo. Neste caso, serão realizadas Congresso Nacional 30 dias após a abertura de vaga do último cargo (Não há lei específica que regulamente as eleições indiretas). Os eleitos apenas cumprirão o restante do mandato. - Perda do Cargo – art. 83, CF. PODE CAIR! Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo. Obs. Se se ausentar por mais de 15 dias sem licença do Congresso Nacional. O STF decidiu que esta norma é de observância obrigatória para todos os âmbitos. IMUNIDADES e PRERROGATIVAS – Art. 86, § 3º, CF. Imunidade Formal a) Prisão - art. 83, § 3º, CF. Art. 86, § 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão. Regra: Não pode ser preso. Exceção: apenas por sentença condenatória. b) Processo – art. 86, caput – a acusação deve ser admitida por 2/3 dos membros da Câmara dos Deputados e a acusação deve ser por crime comum ou crime de responsabilidade. - Crime Comum – crimes do CP – deve ser julgado pelo STF e o MP que oferece a denúncia. - Crime de Responsabilidade – Infrações político- administrativas (art. 85, CF e L. 10798/1950) – Deve ser julgado pelo SenadoFederal e qualquer cidadão poderá oferecer a denúncia. Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm#art1 OAB 1ª FASE – CURSO CERS – DIREITO CONSTITUCIONAL Flávia Bahia IMPEACHMENT PRINCIPAIS ARTIGOS DA LEI Nº 1.079/50 Art. 14. É permitido a qualquer cidadão denunciar o Presidente da República ou Ministro de Estado por crime de responsabilidade, perante a Câmara dos Deputados. Art. 19. Recebida a denúncia, será lida no expediente da sessão seguinte e despachada a uma comissão especial eleita, da qual participem, observada a respectiva proporção, representantes de todos os partidos para opinar sobre a mesma. Art. 20. A comissão a que alude o artigo anterior se reunirá dentro de 48 horas e, depois de eleger seu presidente e relator, emitirá parecer, dentro do prazo de dez dias, sobre se a denúncia deve ser ou não julgada objeto de deliberação. Dentro desse período poderá a comissão proceder às diligências que julgar necessárias ao esclarecimento da denúncia. § 1º O parecer da comissão especial será lido no expediente da sessão da Câmara dos Deputados e publicado integralmente no Diário do Congresso Nacional e em avulsos, juntamente com a denúncia, devendo as publicações ser distribuídas a todos os deputados. § 2º Quarenta e oito horas após a publicação oficial do parecer da Comissão especial, será o mesmo incluído, em primeiro lugar, na ordem do dia da Câmara dos Deputados, para uma discussão única. Art. 22. Encerrada a discussão do parecer, e submetido o mesmo a votação nominal, será a denúncia, com os documentos que a instruam, arquivada, se não for considerada objeto de deliberação. No caso contrário, será remetida por cópia autêntica ao denunciado, que terá o prazo de vinte dias para contestá-la e indicar os meios de prova com que pretenda demonstrar a verdade do alegado. § 1º Findo esse prazo e com ou sem a contestação, a comissão especial determinará as diligências requeridas, ou que julgar convenientes, e realizará as sessões necessárias para a tomada do depoimento das testemunhas de ambas as partes, podendo ouvir o denunciante e o denunciado, que poderá assistir pessoalmente, ou por seu procurador, a todas as audiências e diligências realizadas pela comissão, interrogando e contestando as testemunhas e requerendo a reinquirição ou acareação das mesmas. § 2º Findas essas diligências, a comissão especial proferirá, no prazo de dez dias, parecer sobre a procedência ou improcedência da denúncia. § 3º Publicado e distribuído esse parecer na forma do § 1º do art. 20, será o mesmo, incluído na ordem do dia da sessão imediata para ser submetido a duas discussões, com o interregno de 48 horas entre uma e outra. § 4º Nas discussões do parecer sobre a procedência ou improcedência da denúncia, cada representante de partido poderá falar uma só vez e durante uma hora, ficando as questões de ordem subordinadas ao disposto no § 2º do art. 20. Art. 23. Encerrada a discussão do parecer, será o mesmo submetido a votação nominal, não sendo permitidas, então, questões de ordem, nem encaminhamento de votação. § 1º Se da aprovação do parecer resultar a procedência da denúncia, considerar-se-á decretada a acusação pela Câmara dos Deputados. § 2º Decretada a acusação, será o denunciado intimado imediatamente pela Mesa da Câmara dos Deputados, por intermédio do 1º Secretário. § 3º Se o denunciado estiver ausente do Distrito Federal, a sua intimação será solicitada pela Mesa da Câmara dos Deputados, ao Presidente do Tribunal de Justiça do Estado em que ele se encontrar. § 4º A Câmara dos Deputados elegerá uma comissão de três membros para acompanhar o julgamento do acusado. § 5º São efeitos imediatos ao decreto da acusação do Presidente da República, ou de Ministro de Estado, a suspensão do exercício das funções do acusado e da metade do subsídio ou do vencimento, até sentença final. § 6º Conforme se trate da acusação de crime comum ou de responsabilidade, o processo será enviado ao Supremo Tribunal Federal ou ao Senado Federal. Art. 24. Recebido no Senado o decreto de acusação com o processo enviado pela Câmara dos Deputados e apresentado o libelo pela comissão acusadora, remeterá o Presidente cópia de tudo ao acusado, que, na mesma ocasião e nos termos dos parágrafos 2º e 3º do art. 23, será notificado para comparecer em dia prefixado perante o Senado. Parágrafo único. Ao Presidente do Supremo Tribunal Federal enviar-se-á o processo em original, com a comunicação do dia designado para o julgamento. Art. 31. Encerrada a discussão o Presidente do Supremo Tribunal Federal fará relatório resumido da denúncia e das provas da acusação e da defesa e submeterá a votação nominal dos senadores o julgamento. Art. 33. No caso de condenação, o Senado por iniciativa do Presidente fixará o prazo de inabilitação do condenado para o exercício de qualquer função pública; e no caso de haver crime comum deliberará ainda sobre se o Presidente o deverá submeter à justiça ordinária independentemente da ação de qualquer interessado. Art. 34. Proferida a sentença condenatória o acusado estará, ipso facto , destituído do cargo. Art. 52, Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis. - Competência para crimes de responsabilidade – União – súmula vinculante 46. Súmula vinculante 46 - A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são da competência legislativa privativa da União. - Cláusula Penal de Irresponsabilidade Relativa Art. 86, § 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão. Art. 86, § 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. Obs. Esta cláusula prevê que p STF não poderá julgar o Presidente da república durante o período do seu mandato por crimes praticados no exercício de suas funções. Esta Cláusula só se aplica ao PR, ou seja, governadores e prefeitos podem ser presos como pessoas comuns. - Juízo de admissibilidade – art. 86, caput c/c art. 51, I – STF entende que esse juízo de admissibilidade é só para o PR. Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. OAB 1ª FASE – CURSO CERS – DIREITO CONSTITUCIONAL Flávia Bahia Art. 51, I - Autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado; QUEM JULGA? PRESIDENTE GOVERNADOR PREFEITO CRIME COMUM STF STJ TJ – Art. 29, X e súmula 702, STF. CRIME DE RESPONSABILIDADE Senado Federal Tribunal Especial formador por 3 membros do Legislativo estadual, 5 membros do judiciário e Presidente do TJ (quem preside) – art. 78, § 3º, L. 1.079/50 Câmara dos vereadores Súmula 702, STF - A competência do Tribunal de Justiça para julgar prefeitos restringe-se aos crimes de competência da Justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária caberá ao respectivo tribunalde segundo grau. MAPA ESQUEMÁTICO DO IMPEACHMENT PREFEITOS – art. 29, II, CF. Art. 29, II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de1997) Obs. Só haverá segundo turno nos Municípios com mais de 200mil habitantes. AULA 6 COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO – CPI ART. 58, CF. Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm#art1 OAB 1ª FASE – CURSO CERS – DIREITO CONSTITUCIONAL Flávia Bahia REQUISITOS INDISPENSÁVEIS - 1/3 dos membros da Câmara dos Deputados (assinaturas) - 1/3 dos membros dos Senado Federal (assinaturas) - Comissão Mista (CPMI) = 1/3 deputados + 1/3 dos Senadores (assinaturas) - Fato determinado para apurar - Prazo Certo – são permitidas as prorrogações, desde que não ultrapasse o prazo da legislatura vigente quando foi criada. Obs. Assinaturas não podem ser submetidas ao criva das casas legisladoras, pois isso afetaria o direito das minorias parlamentares. Obs. Pode ser instituída no âmbito estadual e Municipal. Obs. Todas as decisões devem ser fundamentadas e regidas pelo princípio da colegialidade. VEDAÇÕES - Princípio da Reserva da Jurisdição – certas medidas só podem ser tomadas por decisão judicial, ou seja, a CPI não pode determinar coisas que só podem ser feitas através de decisão judicial. - Não pode impedir que a pessoa deixe a localidade ou o país. - Impedir a presença do advogado acompanhando seu cliente. PERMISSÕES - Poder quebrar sigilo de dados bancários e telefônicos. - Pode ouvir testemunhas/Investigados - Pode pedir auxílio do TC. - Pode transportar-se para qualquer localidade. - Pode convocar membros e autoridades de Estados – art. 50, CF. - Não há número máximo para CPI. PROCESSO LEGISLATIVO LEI ORDINÁRIA LEI COMPLEMENTAR QUÓRUM Maioria Simples (art. 47) Maioria Absoluta (art. 69) MATÉRIA Quando o dispositivo se refere a “lei” apenas. Exemplo – art. 93, caput. PROCESSO DE CRIAÇÃO INICIATIVA – apresentação do projeto Pode ser a) Privativa / reservada – art. 61, § 1º, art. 93, caput, art. 96, I, a) - Plano Federal – Presidente da República - Plano estadual – Governador - Plano Municipal – Prefeito Obs. A sanção do presidente não convalida o vício de inciativa na apresentação do projeto de lei. b) Concorrente – qualquer um dos legitimados poderá apresentar o projeto (art. 61, caput) Obs. Projeto de lei popular – âmbito federal - (art. 61, § 2°) – 1% dos eleitorados nacionais, pelo menos 5 estados e 0,3% dos eleitorados locais. CASA INICIADORA Em regra, é a Câmara dos Deputados. Mas, quando o projeto for apresentado pelo Senado Federal, a Câmara dos Deputados será a Casa Revisora. DISCUSSÃO CCJ – Comissão de Constituição e Justiça – realiza o controle preventivo de constitucionalidade. Preventivo porque recai sobre o projeto lei. EMENDAS – art. 63, I e II. Obs. Projetos de Iniciativa Exclusiva do PR, podem alterar, desde que não seja substancial ou aumento de despesas, salvo no caso das leis orçamentárias. Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista: I - Nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvado o disposto no art. 166, § 3º e § 4º; II - Nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público. OAB 1ª FASE – CURSO CERS – DIREITO CONSTITUCIONAL Flávia Bahia Art. 166, § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso: I - Sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; II - Indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: a) dotações para pessoal e seus encargos; b) serviço da dívida; c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou III - sejam relacionadas: a) com a correção de erros ou omissões; ou b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. Art. 166, § 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual. VOTAÇÃO LEI COMPLEMENTAR – ART. 69, CF – Maioria Absoluta. Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta. - Câmara dos Deputados – pelo menos 257 membros (513/2 e aproxima) - Senado federal – pelo menos 41 membros presentes (81/2 e aproxima) LEI ORDINÁRIA – art. 47, CF – Maioria Simples (maioria dos presentes) Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros. - Câmara dos Deputados – pelo menos 129 membros (257/2 e aproxima) - Senado federal – pelo menos 21 membros (41/2 e aproxima) SANÇÃO/VETO – art. 66, CF. Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará. § 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto. § 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. § 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará sanção. § 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 76, de 2013) § 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da República. § 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) § 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República, nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice- Presidente do Senado fazê-lo. - 15 Dias úteis, contados do recebimento do projeto. - A sanção pode ser tácita ou expressa - O veto só pode ser expresso CARACTERÍSTICAS DO VETO - Expresso - Irrenunciável - Superável, pela derrubada do Congresso - Parcial/Total – parcial deve recair sobre a totalidade do dispositivo - Material/ político: veto ao projeto contrário ao interesse público. - Formal/Jurídico: veto recai sobre projeto de lei inconstitucional. Neste caso, há controle preventivo de constitucionalidade. PROMULGAÇÃO ESPÉCIES NORMATIVAS MEDIDA PROVISÓRIA NATUREZA JURÍDICA – norma primária, espécie normativa precária. Não é lei, mas tem força de lei. Age como Lei ordinária, ou seja, não pode dispor de matéria de Lei complementar. MP NOS ESTADOS E NOS MUNICÍPIOS – facultativa. LIMITES MATERIAIS DA MP a) Expressos– art. 62, § 1º e art. 25, § 2º. Art. 62, § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) I – relativa a: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) b) direito penal, processual penal e processual civil; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc76.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc76.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 OAB 1ª FASE – CURSO CERS – DIREITO CONSTITUCIONAL Flávia Bahia c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) II – que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) III – reservada a lei complementar; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) IV – já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) art. 25, § 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 5, de 1995) b) Implícitos – art. 49, 51 e 52, CF – matérias que CF reservou para as casas legislativas, em nome da separação dos poderes. PROCEDIMENTO PARA CONVERSÃO DE MP EM LEI CASA INICIADORA – art. 62, § 8º - sempre será a Câmara dos Deputados. Prazo Máximo – 60 dias de efeitos jurídicos, se não for convertida em lei nem rejeitada, os efeitos serão prorrogados por mais 60 dias. Art. 62, § 10 – não há reedição de MP rejeitada na mesma sessão legislativa em que a MP foi rejeitada. art. 62, § 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) art. 62, § 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) LEI DELEGADA – ART. 68, CF. Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. Obs. Ato normativo primário. O PR pode criar a lei pedindo autorização ao Congresso Nacional. Não é usual e não precisa de relevância ou urgência. - Limitações materiais- art. 68, § 1º, CF. art. 68, § 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre: I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. - Modalidades de Delegação a) Atípicas/Impróprias – art. 68, § 3º - Delegação com retorno. O Congresso Nacional manda que o PR crie uma lei delegada para análise prévia. art. 68, § 3º Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda. b) típica/ própria – não há retorno. O PR cria a lei de plano e é delegada. - Art. 49, V – Congresso Nacional pode sustar os atos do PR que exorbitem a autorização para lei delegada (Exemplo de controle político repressivo de constitucionalidade) Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; AULA 7 DRECRETOS LEGISLATIVOS – art. 49, CF. - Matérias do art. 49, CF. - Bicamerais – aprovação pelas duas casas legislativas. Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional; II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar; III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias; IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas; V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; Controle político repressivo de constitucionalidade. VI - mudar temporariamente sua sede; VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) IX - Julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc05.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc05.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art8 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art8 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art8 OAB 1ª FASE – CURSO CERS – DIREITO CONSTITUCIONAL Flávia Bahia X - Fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração