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CLASSIFICAÇÃO E VERTENTES DA 
DANÇA – PARTE I 
Existem diferentes ritmos e modalidades de dança e, para que 
possamos trabalha-los dentro da prática pedagógica é preciso 
compreender em que consiste cada um deles e quais suas 
possibilidades. 
Segundo Gaspari (2015, p.201), o Brasil pela própria 
diversidade de manifestações rítmicas e expressivas existentes de 
norte a sul é conhecido como país dançante. Entretanto o incentivo 
para o aprofundamento de estilos específicos de dança é restrito. 
A hipótese para esta realidade é a educação para dança, o 
processo de formação para dança, tanto na Universidade, como no 
ensino regular desde a educação infantil. 
Sabe-se que esta prática corporal pode estar na escola de 
acordo com os pressupostos educacionais e ser adaptada conforme 
as necessidades e características do contexto de aula (GASPARI 
2015, p.201). 
Nesta aula conheceremos os ritmos: Ballet Clássico, Dança Moderna e Contemporânea e 
Dança de Salão. 
 
Objetivos de aprendizagem: 
 
Ao final desta aula espera-se que vocês sejam capazes de: 
 • Compreender os elementos básicos dos ritmos estudados. 
 • Identificar as diferentes modalidades de dança de salão. 
• Refletir sobre as possibilidades dos diferentes ritmos de dança estudados. 
Organização da aula: 
 
6.1. BALLET CLÁSSICO 
 6.1.1. Ballet Romântico 
6.2. DANÇA MODERNA E CONTEMPORÂNEA 
6.3. DANÇA DE SALÃO 
 6.3.1. Maxixe 
 6.3.2. Merengue 
 6.3.3. Bolero 
6.3.4. Cha-cha-cha 
6.3.5. Rumba 
6.3.6. Tango 
6.3.7. Salsa 
 
 
 
6.1. BALLET CLÁSSICO 
 
O termo balé é derivado da palavra francesa ballet, originado do verbo ballare que, 
em italiano, significa bailar ou dançar (GARCIA e HAAS, 2006 p. 77). 
 No século XV a dança, como as outras artes, começam a ressurgir, com regras 
conforme o gosto dos nobres, que imperavam nos reinos (...). Neste período, especificamente 
no século XVII surge pela primeira vez o profissional da dança e os termos bailarino e mestre 
(GARCIA e HAAS, 2006). 
Este período é considerado como o surgimento do balé. Nesta época o bailarino 
interpretava e dançava o que o professor “mestre” ensinava, tanto em passos quanto em 
termos de coreografia a serviço das cortes – balés dançados nas festas da corte (GARCIA e 
HAAS, 2006 p. 75). 
 Em 1851, é realizado o Ballet Comique de la Reine (Balé Teatral da Rainha), no 
reinado de Henrique III, pela primeira vez, a dança, a música e o drama teatral num balé 
encomendado pela mãe dele, que se chamava Catarina de Médicis, para celebrar as bodas de 
casamento. Esse espetáculo marcou como referência de balé de corte e conhecido como balé 
–espetáculo. 
 Segundo GARCIA e HAAS, p. 76 (2006), após este ocorrido outras cortes adotaram 
o balé-espetáculo como modelo, possibilitando a ampliação do mercado para os profissionais 
da área, os mestres franceses e italianos. 
Porém uma grande mudança ocorreu no reinado de Luiz XIV, o balé de corte foi para 
o tablado, contribuindo para uma significativa revolução no caráter artístico dentro do balé 
da corte. (GARCIA e HAAS, 2006). As danças populares neste período continuaram 
existindo, mas introduzindo linguagens novas, vindas dos balés da corte. 
A dança clássica recebeu um importante impulso evolutivo após a criação da 
Academia Real da Dança, em 1661, na França, que fez o balé se desenvolver no aspecto da 
estética e com princípios coreográficos, passos e movimentos definidos (GARCIA e HAAS, 
2006). 
O bailarino Noverre, considerado como o construtor do balé, uniu a dança com a 
música, poesia e pintura, baniu as narrações, recitais e canto, injetou energia e vida ao balé 
clássico francês, ao criar a forma muda de dança com influência na representação da 
metodologia da Antiguidade. 
Neste momento as vestimentas do balé foram modificadas, aparecendo peças como 
túnicas, maiôs e sapatos sem saltos, extinguindo as máscaras e perucas, ou seja, os trajes 
ficaram mais leves e a expressão facial passou a ser mais valorizada. Essas transformações 
incluíram o balé como patrimônio de uma classe mais rica (GARCIA e HAAS, 2006). 
Segundo GARCIA e HAAS, p. 76 (2006), algumas breves considerações do balé os 
gestos característicos do balé envolviam reverências e movimentos elegantes que refletem a 
origem palaciana. 
 
6.1.1. Ballet Romântico 
 
 O romantismo surgiu no século XIX e o balé clássico sofreu influência deste período. 
Foi incorporado o irreal, o imaginário, a fantasia, a negação da realidade. Narravam lendas 
de lagos e bosques do Norte (GARCIA e HAAS, p. 79 (2006). Ou seja, a natureza estava 
presente e as histórias eram essencialmente românticas. 
 Neste período são substituídos os deuses gregos e romanos por ninfas e fadas, 
modificando então os personagens e as cenas. Os temas que mais empolgavam os bailarinos 
e também coreógrafos eram amor e sonhos (GARCIA e HAAS, p. 76 2006). 
 Sobre a figura da bailarina no ballet romântico GARCIA e HAAS, p. 76 (2006) 
afirma: que a figura da bailarina que encarnava a perfeição, capaz de dançar sobre as pontas, 
flutuar com a leveza de um pássaro e gesticular suavemente foi o auge do balé clássico no 
período romântico especialmente quando surge, em 1827, em Paris, a bailarina Maria 
Taglioni dançando na ponta dos pés com sapatilhas especiais. Esse fato representou um 
impacto no balé, sobretudo no aspecto relacionado aos exercícios nas pontas dos pés para as 
bailarinas clássicas, marcando a sua importância no balé. 
 O primeiro balé romântico A Sílfide, que significa mulher esbelta e delicada, foi 
criado por Filippo Taglioni. A estreia ocorreu em 1832 na Ópera de Paris. Foram os grandes 
balés românticos que propiciou o auge do balé clássico, chamados, também, balés brancos, 
devido ao uso de gazes, tules e musselines brancos (GARCIA e HAAS, p. 80 2006). 
 
Imagem 9: Ballet. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Imagens do Google. 
 
 
6.2. DANÇA MODERNA E CONTEMPORÂNEA 
 
 No século XX ocorreu o surgimento de novas ideias em todas as áreas do 
conhecimento, inclusive as artes cênicas. O foco das atenções neste período foi a necessidade 
de transformações, liberdade, ideias renovadoras e inovadoras. E os seres humanos sentiram 
essa vontade de mudar suas concepções, de ir além no que estava habituado a vivenciar 
(GARCIA e HAAS, 2006). 
 A dança também se transformou, não escapou da regra. Por meio de toda uma 
geração de bailarinos, coreógrafos, intelectuais que pensavam a dança para além das 
dimensões existentes (GARCIA e HAAS, p. 88 2006). 
 Surge neste cenário, Isadora Duncan, provocando a sociedade. Nascida em 1878, 
bailarina, inconformada com a técnica, as regras rígidas existentes e modelos tradicionais e 
arcaicos do balé clássico, criou sua própria forma de dança (GARCIA e HAAS, p. 88 2006). 
 Segundo GARCIA e HAAS, (p. 89 2006) sobre Isadora: 
 
Era dotada de uma força interior que a impulsionava e tornava sua dança 
fascinante. Era inteligente, ousada e feminista. Expressou-se a partir de 
movimentos naturais, instintivos e intuitivos que, juntamente com sua 
expressão nata, foram intituladas de dança livre. Acredita- se que ela 
exerceu influência em várias personalidades intelectuais e artísticos da 
época como os bailarinos e coreógrafos russos Michel Fokine, Vaslav 
Nijinski, Sergei Diaghilev. Era de uma pureza profunda, absoluta e de uma 
integridade sem limites não só no que dizia respeito a sua arte, mas também 
a sua vida (...). 
 
GARCIA e HAAS, (p. 89 2006) apontam sobre o que era e como era a dança para 
Isadora: 
 
Dizia sobre a dança “Eu não a inventei; ela existia em mim, mas estava 
adormecida; eu apenas a revelei”. Dançavacom túnicas drapeadas e leves, 
com os pés nus e, na maioria das vezes, com os cabelos totalmente soltos. 
Inspirada na Grécia, dançava peças compostas por grandes mestres da 
música como Chopin e Brahms. Realizou várias tournées pelo mundo. 
Fundou sua primeira escola em Berlim. Não deixou “discípulos”, por ser 
uma arte tão pessoal, mas seu carisma, talento e sensibilidade foram 
suficientes para torna-la imortal. Faleceu em Nice, no ano de 1927, em 
trágico acidente de carro. 
 
A partir das influências de Isadora Duncan, vários bailarinos e coreógrafos passaram 
a elaborar um novo vocabulário de dança e linguagem corporal. 
Outro nome importante foi Martha Graham. Ela nasceu em 1984, nos Estados 
Unidos. Filhas de pais conservadores e presbiterianos, teve especialmente no pai psiquiatra 
a influência mais marcante em suas composições coreográficas: a verdade. Ele advertia que 
se ela mentisse, ele perceberia isso na tensão do seu corpo (GARCIA e HAAS, (p. 92 2006). 
GARCIA e HAAS, (p. 93 2006) descreve a trajetória de Martha Graham: 
 
Aos vinte e dois anos de idade ingressou na Denishawn School e, somente 
sete anos mais tarde, dançou como profissional na Escola. Estimulada pelo 
diretor musical da Escola. Estimulada pelo diretor musical da Escola, 
pianista e compositor Louis Horst, em 1926, trilhou um caminho que se 
tornou uma trajetória pessoal, constante de pesquisa e descoberta de um 
processo de criação que ultrapassou os ensinamentos do misticismo exótico 
e outras experiências vivenciadas na Denishawn,pois era a realidade de seu 
tempo, das transformações e acontecimentos do país e do mundo que a 
cercava. Em 1927, fundou sua Companhia de Dança. Em 1929 e 1930, 
criou seus dois primeiros trabalhos solos, respectivamente Heretic e 
Lamentation. Em 1931, seus bailarinos dançaram sua obra Primitive 
Mysteries, inspirada num tema religioso-cristão. Interpretou e coreografou 
muitas obras. Faleceu em 1991. 
 
A técnica de Martha Graham fundamentava-se nas mudanças físicas do corpo, no 
momento da inspiração e expiração, desenvolvida a partir dos princípios de contração e 
relaxamento. Ela acreditava que o corpo exprimia tudo o que de maravilhoso o homem 
poderia ter. Sua obra coreográfica é composta por mais de cento e setenta trabalhos 
(GARCIA e HAAS, p. 93 2006). 
Conhecida como dotada de grande capacidade de criar, era dona de um vigor físico 
e psicológico admirável. Sua última performance ocorreu no ano de 1976, com oitenta e dois 
anos de idade, e sua última criação foi aos noventa e sete anos GARCIA e HAAS, (p. 93 
2006). 
Ela interpretava suas criações muito influenciada por sua batalha contra a solidão. 
Afirmava que: “Não escolhemos a dança; ao contrário, nós é quem somos escolhidos por 
ela”, ... “cada dança é um termômetro, um gráfico do coração”; e “Na dança moderna, o 
movimento não é produto da invenção, mas a descoberta de que ele pode expressar a 
emoção”. 
GARCIA e HAAS, (p. 83 2006) conta sobre Cunnighan: 
 
Merce Cunnigham foi um nome importante nesta modalidade de dança. 
Nasceu em Washington em 1919. Estudou em Seatle, na Cornishshool, 
preparando-se para a profissão de ator. Em contato com o compositor John 
Cage (1912-1992), apaixonou-se pela dança, ingressando em 1939 na 
Martha Graham Company, na qual permaneceu até 1945. Contrariou os 
princípios de Graham, criando uma obra considerada como serenamente 
abstrata, que pode ser situada como pós-moderna repousada especialmente 
em não-formalismos. Sua técnica coreográfica resultou em uma variedade 
de movimentos instantâneos que existem em qualquer espaço e devem dar 
a impressão de serem criados por acaso, sem significação determinada, 
apenas para envolver, condicionar e motivar. Criou a Merce Cunnigham 
Company Dance que se fixou como a Companhia residente da Brooklin 
Academy of Music. Suas criações fundiram-se na chamada dança pura, 
puro movimento, caracterizados pela abstração amparada nos acentos 
fortes e fracos das composições musicais. Entre suas obras estão a Dime e 
DANCE, Fragments, Galaxy, Story Time After, entre outros. Com uma 
técnica forte, balanceada e rítmica, que permite ao bailarino executar 
rápidas e frequentes transferências de peso, mudanças bruscas de direção e 
de focos, ocupando o espaço, uma de suas preocupações maiores, no 
intercâmbio com o tempo, resultando dessa combinação uma ampla 
combinação e possibilidades de movimentos. 
 
Cunnigham também deu uma liberdade total para os bailarinos de dançarem, 
entrarem e saírem de cena. Utilizou o uso de acessórios para dar tom e forma na coreografia 
em cena e, com intuito, também de distrair o público (GARCIA e HAAS, (p. 98 2006). 
Outros nomes que também se destacaram nesta dança, foram o bailarino, coreógrafo 
e diretor americano Paul Taylor e a alemã Pina Bauch, um dos maiores destaques da dança-
teatro do mundo. 
Em suma, a dança moderna e contemporânea trouxe um avanço significativo da arte 
da dança, com o rompimento de movimentos esteotipados e fragmentados, para movimentos 
livres, soltos e algumas vezes improvisados. Com coreografias que envolviam aspectos 
profundos do ser humano, muitas vezes escondidos dentro de cada um. 
 
Imagem 10: Dança Moderna e Contemporânea 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Imagens do Google 
 
Imagem 11: Dança Moderna e Contemporânea. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Imagens do Google. 
 
 
6.3. DANÇA DE SALÃO 
 
Com origem da danças da corte durante a Idade Média, a dança de salão é 
normalmente praticada por prazer, integração, união e socialização em bailes e eventos 
dançantes (GARCIA e HAAS, p. 105 2006). 
Segundo GARCIA e HAAS (2006), desde o seu surgimento até os dias atuais, as 
danças de salão sofreram um grandiosa evolução, por meio da codificação das formas, 
passando pelos benefícios pela prática, tanto motores, sociais e afetivos, que provocam em 
seus adeptos uma popularização, propondo como lazer, profissão e como terapia. 
Nas décadas de 40 e 50 conquistou grande popularidade, devido, especialmente, ao 
sucesso dos musicais encenados na Broadway e nos filmes. Entretanto perdeu muito seu 
público na década de 60 pelo surgimento do musical Rock and Roll, que resultou na primeira 
dança feita por jovens. Dançar separados em pares no meio do salão, cheio de energia e 
disposição ao som de Elvis Presley, grande ídolo e artista neste período (GARCIA e HAAS, 
p. 106 2006). 
É importante ressaltar que cada país e região tem suas danças de salão tradicionais, 
criadas a partir de suas culturas, conhecidas e dançadas em várias partes do mundo. Nos 
países europeus são consideradas como um esporte. Estilizadas e renovadas por meio das 
influências, provocam o surgimento de uma outra dança de salão e assim sucessivamente. 
 
 
 
 
6.3.1. Maxixe 
 
O maxixe é originário do Rio de Janeiro e é uma dança urbana de par. 
Aproximadamente entre 1870 e 1880, como resultado da fusão da Habanera e da Polka, com 
uma adaptação do ritmo sincopado africano. (GARCIA e HAAS, p. 111 2006). 
Dançada normalmente em ritmo instrumental e com movimentos caracterizados por 
movimentos de quadril, voltas, quedas, movimentos de roscas (parafuso), acompanhados de 
passos convencionais ou improvisados pelos bailarinos. 
Considerada a primeira dança nacional, foi substituída na segunda metade do século 
XX pelo samba. 
 
 
Imagem 12: Maxixe. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Imagens do Google. 
 
 
6.3.2. Merengue 
 
 O merengue surgiu na República Dominicana influenciada pelos bailes da África, 
trazidos pelos escravos negros que dançavam com um companheiro e ao ar livre (GARCIA 
e HAAS, p. 1122006). 
 O nome “merengue” foi derivado do modo com os dominicanos chamavam os 
invasores franceses do século XVII (merenque). Seu ritmo é considerado veloz. 
 Segundo GARCIA e HAAS, p. 11 2006), a classe alta não aceitavam essa dança pelo 
vínculo com a dança africana e pelo aspecto malicioso do movimento e erótico das letras. 
Com o passar do tempo a dança foi incorporando e fundindo-se com a cultura dos 
colonizadores, nascendo então o Merengue. 
 
Imagem 13: Merengue. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Imagens do Google. 
 
 
6.3.3. Bolero 
 
Segundo GARCIA e HAAS, (p. 109 2006), a origem do bolero apresenta 
controvérsias. Enquanto alguns autores acreditam que o bolero originou-se de Cuba, 
aproximadamente, em 1880, inspirada no danzón, uma dança semelhante a um bailado 
medieval característico do século XIX neste país. Já, outros crêem teve surgimento na 
Inglaterra, passando pela França e Espanha com nomes variados (dança e contradança), 
sendo que neste último país adquiriu as características mais marcantes. 
O nome “bolero” tem relação as roupas utilizadas pelas ciganas (vestidos ornados 
com pequenas bolas) – as boleras. É considerado uma das danças mais românticas, dançadas 
ao som de composições que têm no amor a sua marca registrada. Os casais dançam juntos 
por todo o salão e sua movimentação lembra em muitos momentos uma caminhada 
(GARCIA e HAAS, p. 109 2006). 
 
 
Imagem 14: Bolero. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Imagens do Google. 
 
6.3.4. Cha-cha-cha 
 
Com o surgimento em Cuba nos anos 50, o cha-cha-cha, teve nome inspirado no 
barulho realizado pelos dançarinos nas pistas de dança. É uma dança alegre, atrevida e 
despreocupada (GARCIA e HAAS, p. 109 2006). 
O primeiro a utilizar o termo foi Enrique Jorrin, em 1951, quando denominou sua 
música de cha-cha-cha. A partir de então, o número de orquestras e de composições musicais 
foi aumentando até alcançar o nível internacional. Em 1954, chegou nos Estados Unidos, 
onde passou a ser considerado um ritmo latino mais conhecido da época (GARCIA e HAAS, 
p. 109 2006). 
O ápice do cha-cha-cha foi no ano de 1954 e seu declínio foi marcado em 1957. 
 
Imagem 15: Cha-cha-cha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Imagens do Google. 
 
 
6.3.5. Rumba 
 
 A Rumba surgiu em Cuba e é considerada como uma dança popular afro-cubana, sua 
popularidade se deu especificamente na década de 30. A história da Rumba deve-se a 
algumas situações, como a mulher tentando dominar o homem por meio do seu charme 
feminino (GARCIA e HAAS, p. 114 2006). 
 Durante a coreografia de Rumba sempre haverá um elemento de “provoque e corra”. 
O homem é seduzido e após rejeitado. Na dança, ele mostra por meio dos seus movimentos 
a sua masculinidade através da força física que sempre falha no final. A melodia da música 
se repete incansavelmente (GARCIA e HAAS, p. 114 2006). 
Imagem 16: Rumba. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Imagens do Google. 
 
6.3.6. Tango 
 
 O tango é uma dança sul-americana, que surgiu aproximadamente em 1880, século 
XIX, nos subúrbios e cabarés do cais de Buenos Aires, no gueto de Barri ade Las Rana, mais 
especificamente (GARCIA e HAAS, p. 119 2006). 
 Considerada como uma música de dança popular, o tango se tornou mundialmente 
famoso a partir da voz e interpretação de Carlos Gardel. É chamada pelo povo argentino de 
música urbana, pois tem a peculiaridade de apresentar letras na gíria típicas de Buenos Aires, 
o lunfardo (GARCIA e HAAS, p. 119 2006). 
 A partir de 1990, o tango, foi introduzido em Paris, França, mesmo diante da 
resistência dos bispos franceses, que eram contra a dança, porque acreditavam que o tango 
colocava em perigo os mandamentos sagrados, devido sua natureza sensual (GARCIA e 
HAAS, p. 80 2006). Na Argentina, assim como o samba no Brasil, tornou-se símbolo 
nacional. 
 
Imagem 17: Tango. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Imagens do Google 
6.3.7. Salsa 
 
 A Salsa é uma dança originada em Cuba a partir do danzón, citado anteriormente. 
Sob influência do ritmo musical desenvolvido a partir da segunda metade do século XX, 
com contribuições das danças folclóricas da região, como Congo e Mambo. 
 Os instrumentos de percussão são os que predominam em seu acompanhamento. Na 
década de 80, fazia muito sucesso com a juventude cubana, que a conhecia e chamava como 
Som (GARCIA e HAAS, p. 114 2006). 
 O nome salsa originou-se no bairro latino de New York, sendo caracterizada como 
um termo genérico que os americanos colocavam em todos os tipos de músicas que 
chegavam ao sul dos Estados Unidos. 
Considerada como um ritmo quente, picante e saboroso, teve como um dos grandes 
sucessos, em 1993, a canção Mi Tierra. A cubana, Célia Cruz é bastante conhecida por suas 
Salsas. Além dela, Glória Estefan também gravou canções neste ritmo que se popularizaram 
(GARCIA e HAAS, p. 114 2006). 
 
Imagem 18: Salsa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Imagens do Google. 
 
 
 
 
 
 
 
Retomando a aula 
 
 A dança possui diferentes ritmos e modalidades que apresentam uma abrangência 
cultural e de movimentação. Para que seja possível pensar possibilidades frente a prática 
pedagógica, precisamos conhecer os diferentes ritmos, saber diferenciá-los e buscar 
possibilidades de inserção dos mesmo nos diferentes campo de atuação do profissional de 
Educação Física. 
 Nessa aula compreendemos o ballet dentre suas ramificações e transformações ao 
longo da história. Conhecemos a dança moderna dentro de suas técnicas expressivas. Por 
fim, observamos a diversidade de ritmos que a dança de salão pode englobar. 
 
 
Bibliografia sugerida: 
 
CAMINADA E. História da dança: evolução cultural. Rio de Janeiro: Sprint; 1999. 
 
GARCIA, ÂNGELA & HAAS, ALINE NOGUEIRA. Ritmo e Dança. 2 edição. Canoas: 
Editora ULBRA, 2007. 
 
KRISCHKE, Ana M. Alonso. Dança e improvisação: uma relação a ser trilhada com o 
lúdico. Anexos. Monografia defendida no curso de especialização em educação física escolar 
da CDS/UFSC. Florianópolis (SC): 2004. 
 
ORTIZ, Paula Emboava; ROSA, Marcelo Victor da. O ensino da dança de salão com base 
na abordagem crítico-emancipatória. 1ª Edição. Campo Grande: Editora UFMS, 2015. 
 
AULA 07 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO E VERTENTES DA 
DANÇA – PARTE II 
Existem diferentes ritmos e modalidades de dança e, para que 
possamos trabalha-los dentro da prática pedagógica é preciso 
compreender em que consiste cada um deles e quais suas 
possibilidades. 
Segundo Gaspari (2015, p.201), o Brasil pela própria 
diversidade de manifestações rítmicas e expressivas existentes de 
norte a sul é conhecido como país dançante. Entretanto o incentivo 
para o aprofundamento de estilos específicos de dança é restrito. 
A hipótese para esta realidade é a educação para dança, o 
processo de formação para dança, tanto na Universidade, como no 
ensino regular desde a educação infantil. 
Sabe-se que esta prática corporal pode estar na escola de 
acordo com os pressupostos educacionais e ser adaptada conforme 
as necessidades e características do contexto de aula (GASPARI 
2015, p.201). 
Nesta aula conheceremos os ritmos: Danças Folclóricas, 
Contato-Improvisação e a Dança de Rua. 
 
Objetivos de aprendizagem: 
Ao final desta aula espera-se que vocês sejam capazes de: 
 • Compreender os elementos básicos dos ritmos estudados. 
 • Identificar as diferentes modalidades de danças folclóricas. 
• Refletir sobre as possibilidades dos diferentes ritmos de dança estudados. 
 
Organização da aula: 
 
7.1. DANÇASFOLCLÓRICAS OU DA CULTURA POPULAR 
7.2. CONTATO-IMPROVISAÇÃO 
7.3. DANÇA DE RUA 
 
 
7.1. DANÇAS FOLCLÓRICAS OU DA CULTURA POPULAR 
 Considerada uma das formas mais antigas de manifestação do corpo, a dança nasceu 
e se desenvolveu à medida que o ser humano sentiu a necessidade de se expressar e 
comunicar (...) Em todas as épocas e espaços geográficos, a dança desempenhou para os 
povos uma representação de suas manifestações, de seus “estados de espírito”, de emoção, 
de expressão e comunicação de suas características culturais. 
As Danças folclóricas podem ser definidas assim por Miranda (1998) apud Garcia e 
Haas (2006), afirmam que a dança folclórica é aquela produzida espontaneamente numa 
comunidade com laços culturais em comum resultantes de um longo convívio e troca de experiências, 
ela funciona como fator de integração celebrando eventos de relevo ou como simples manifestações 
de vitalidade e regozijo, ela pode observar influências diversas e, por vezes, até contraditórias. 
Nanni (2001) apud Garcia e Haas (2006) afirma que a dança folclórica nada mais é 
do que o efeito das consequências desses impulsos gerados por esforços definidos e causados 
pelos aspectos funcionais de sentir, pensar e agir de uma comunidade. Abaixo, quadro com 
danças características das regiões brasileiras. 
 
Quadro 1: Danças Folclóricas Brasileiras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Google 
 
Imagem 19: Danças Folclóricas Brasileiras. 
 
 
 
 
 
 
7.2. CONTATO-IMPROVISAÇÃO 
 
Improvisar significa compor e atuar simultaneamente. Na improvisação considera-se 
a estrutura, a ordem, o espaço, o tempo, os materiais, o “tom”, e deve-se praticar diariamente 
para tomar as decisões de modo rápido, consciente e controlado. A improvisação não 
pretende ser um recurso, mas a própria dança realizada no instante da sua execução. Esta 
visão demonstra que não é uma dança coreografada, que acontece segundo um planejamento. 
Segundo Krischke e Souza (2004), a improvisação, no contexto geral, propicia o 
desenvolvimento da capacidade de adaptação para uma atividade não planejada, por meio 
de movimentos não padronizados. Além disso, para que ocorra, o processo da improvisação 
necessita da espontaneidade. Ou seja, se ela não estiver presente não haverá improvisação. 
Para a improvisação, por exemplo, essa característica pode ser manifestada em sua 
prática – contudo, o professor e/ou coréografo propicia maior variabilidade de alternativas. 
Os participantes precisam conhecer seus potenciais e limites. Além disso, durante o 
jogo da improvisação, se houver uma plateia, a tendência é de que as regras sejam reveladas, 
mesmo que isso não configure uma tradição. E não é raro que esse exercício de descoberta, 
por parte da plateia, se torne parte da dança e estimule inclusive novas relações com o 
público (KRISCHKE E SOUZA, 2004). 
 
Imagem 20: Contato-Improvisação. 
 
Fonte: Imagens do Google. 
 
 
 
 
7.4. DANÇA DE RUA 
 
 
 
 
Imagem 21: Dança de Rua. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Imagens do Google. 
 
 
RETOMANDO A AULAA aula 
 
 Como mencionado anteriormente, a dança possui diferentes ritmos e modalidades 
que apresentam uma abrangência histórica e cultural. Esse contexto acaba abrindo uma gama 
de movimentação e passos dentro da dança. Para que seja possível pensar possibilidades 
frente a prática pedagógica, precisamos conhecer os diferentes ritmos, saber diferenciá-los e 
buscar possibilidades de inserção dos mesmo nos diferentes campo de atuação do 
profissional de Educação Física. 
 Nesta aula observamos a diversidade de ritmos que as danças folclóricas podem 
englobar, tendo uma dança característica em cada região do Brasil. Assim, cada uma destas 
danças possui seus passos e roupas característicos. 
 Outra modalidade de dança estuda foi o Conta-Improvisação que busca a expressão 
de sentimentos e pensamentos a partir da liberdade do movimento. Essa dança ainda 
apresenta a presença do contato entre os participantes e a construção espontânea de 
determinados sentimentos. 
 Por fim, conhecemos a Dança de Rua que também é uma forma de expressão e 
protesto as danças elitistas e com técnicas fechadas. Como o nome diz, ela nasce da 
expressão de rua ganhando proporções mundiais. 
 
Bibliografia sugerida: 
 
DOS SANTOS, Analu Silva. Dança de rua: a dança que surgiu nas ruas e conquistou o 
palco. Monografia defendida no curso de graduação em educação física da UFRGS. Porto 
Alegre: 2011. 
HASELBACH, Barbara. Dança Improvisação e movimento: expressão corporal na 
Educação Física. Rio de Janeiro: Ao livro técnico, 1988. 
AULA 08 
 
 
 
PERSPECTIVAS PRÁTICAS 
 
 
Ao longo desta disciplinas, conhecemos diferentes possibilidades dentro da dança, 
aprendemos seus conceitos básicos, seus principais elementos, e suas possibilidades de 
expressão por meio do movimento. Chegando ao final desta caminhada falta agora pensar 
em possibilidades de atuação dentro da área do Bacharel em Educação Física. 
Nesta aula conheceremos possibilidades de trabalho e atuação profissional a partir 
da dança. Assim, conheceremos algumas manifestações da dança nas academias e teremos 
um plano de aula para exemplificar estas possibilidades. 
 
 
Objetivos de aprendizagem: 
 
Ao final desta aula espera-se que vocês sejam capazes de: 
• Compreender as possibilidades de atuação do Bacharel em Educação Física na dança. 
• Identificar os diferentes campos de atuação 
• Refletir sobre as possibilidades profissionais na dança. 
 
Organização da aula: 
 
8.1. DANÇA DE ACADEMIA 
8.2. PLANO DE AULA 
8.3. COREOGRAFIA 
8.3.1. Frase musical e frase de movimentação 
8.3.2. Compasso musical 
8.3.3. Acento 
8.3.4. Período 
8.3.5. Mapeamento Musical 
8.4. MONTAGEM COREOGRÁFICA 
 
 
O estilo de vida da sociedade contemporânea é caracterizado pela adoção de hábitos 
sedentários e consumo de dietas hipercalóricas palatáveis, com alto aporte de lipídeos e 
carboidratos (MENSAH et al., 2004). Tal comportamento constitui importante fator de risco 
na fisiopatologia de afecções metabólicas, incluindo-se dislipidemia, hiperglicemia e 
remodelação cardíaca, um processo predisponente à ocorrência de doenças cardíacas 
(FRANCISCHI R.P, PEREIRA, L.O, LANCHA JR A.H, 2001; MENSAH et al., 2004; 
SOUZA M.F.M, ALENCAR A.P, 2009). Com o aumento da expectativa a procura por 
exercícios físicos regulares vêm crescendo, seja com o intuito de tratamento ou de prevenção 
de determinadas doenças, com o objetivo de melhorar a saúde e obter uma melhor qualidade 
de vida. 
Neste contexto, a procura por exercícios físicos em academias é grande e uma das 
aulas com elevada procura, são as aulas de dança. Independentemente da modalidade 
oferecida, a dança é muita escolhida por mulheres, principalmente as que não gostam de 
musculação. 
 
8.1. DANÇA DE ACADEMIA 
 Em 2001, Alberto Perlman e Alberto Aghion associaram-se a Beto Perez para a 
criação da empresa Zumba Fitness LCC. Seis anos após sua criação, o programa já contava 
com 10.000 instrutores, era disponibilizado em mais de 30 países e já havia vendido mais de 
três milhões de DVDs. (INSTRUCTOR training manual, 2011). 
 Aulas de zumba vêm sido frequentemente procuradas. Mesmo sendo uma franquia, 
nome foi aderido pela maior parte das academias em aulas que envolvem músicas recentes 
com diversas melodias, sendo funk, axé e sertanejo as normalmente utilizadas. Além disso 
existem academias que oferecem dança de salão. Neste caso, cursos ainda mais específicos 
são necessários para que o professor. 
 Visando atender de forma eficienteessa demanda de alunos, se faz importante o 
conhecimento sobre a montagem de um plano de aula de dança. Independentemente da 
modalidade e do objetivo, com o planejamento e preparativos é possível realizar aulas 
diferentes, que os alunos saiam satisfeitos por terem atingido seus objetivos e o professor 
consiga atrair ainda mais alunos para sua aula. 
 
8.2. PLANO DE AULA 
 Para o sucesso efetivo de uma aula, sabe-se que é necessário a elaboração de um 
programa ou como popularmente conhecemos, plano de aula. Os preparativos garantem ao 
professor uma maior chance de alcançar seu objetivo com os alunos, pois pensa antes em 
objetivos, tema da aula, materiais que serão utilizados e músicas que podem estimular ainda 
mais os alunos a participarem da aula. 
Neste sentido, segue abaixo um modelo de plano de aula a ser utilizado por 
professores que irão ministrar aulas de dança, seja na academia, em clubes, eventos, etc. O 
mesmo pode servir de referência para outras aulas, inclusive para modalidades esportivas, 
como natação e aulas que envolvem músicas, como hidroginástica e spinning. 
 No primeiro momento são colocadas informações do local e turma que será 
trabalhada a dança, ou seja, a diagnose. Esses dados são importantes para organização do 
professor durante a aula e principalmente se ele trabalha com várias turmas e ministra aulas 
diferentes. Além disso, um plano de aula deve ter informações suficientes para que um 
professor que precisar substituir o colega, entenda como conduzir a aula. 
 No segundo momento são determinados a temática e o tema. A primeira (temática), 
é importante realizar pelo menos uma vez por mês, podendo ser utilizadas datas 
comemorativas para servir de referência, como por exemplo carnaval, outubro rosa, festa 
junina, dia das mãos, novembro azul, início da primavera, entre outras. Aulas dinâmicas e 
diferentes chamam atenção dos alunos. O tema é algo mais direto, normalmente a 
modalidade trabalhada na aula, como “Dança Zumba” ou “Zumba” ou “Dança de Salão- 
salsa”, etc. 
 
Imagem 22: Dança na academia. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Imagens do Google. 
 
No terceiro momento são determinados as metas a serem atingidas na aula, não para 
o professor, mas sim para o aluno. Devem ser claras e diretas. O geral é voltado para a dança 
em si e os específicos os complementares e vivenciados em uma aula. 
No quarto momento, segue para o desenvolvimento da aula. A estrutura serve para 
referenciar os itens e o tempo de cada um. Após consiste nas atividades, onde será descrito 
o que e como será realizado em cada momento citado anteriormente na estrutura ou a música 
utilizada em cada parte. 
No quinto momento acrescenta os materiais que serão necessários para a realização 
da aula, como som e pen drive com músicas. Importante verificar antes os materiais 
disponíveis no local que irá dar aula, para não chegar no momento da aula com os alunos e 
ficar na mão de alguma forma. Se for a primeira aula, verificar antes o local (espaço) que irá 
utilizar, para elaborar a aula de acordo com os recursos disponíveis. Levar um som, pen 
drive, notebook podem salvar de empecilhos caso algum material da academia ou clube 
apresente defeito de funcionamento. Lembre-se um bom professor, sempre pensa no que 
pode acontecer durante a aula e vai preparado para os imprevistos. 
Na sequência, segue a descrição de como os alunos serão avaliados durante a aula, 
ou melhor dizendo, de como o professor saberá se a aula foi satisfatória. Em academias, 
sabemos normalmente pela frequência dos alunos e a animação deles durante as aulas. 
Por fim, acrescenta-se referências (se possível) que foram utilizadas para elaboração 
das atividades. Por exemplo, em aula temática, locais e sites de pesquisa sobre a data 
comemorativa e em datas com objetivos voltados a alguma aptidão, como ritmo, referência 
da área. 
 
PLANO DE AULA 
Diagnose 
Academia: Qualidade de Vida 
Data: 05/05/2017 
Turma: Segunda e quarta-feira 
Horário: 18h às 19h 
Quantidade de alunos: 20 
 
Tema: Carnaval 
Subtema: Zumba 
 
Objetivo geral da aula: 
- Vivenciar aula de zumba com ênfase na perda de calorias. 
Objetivos específicos da aula: 
- Reduzir percentual de gordura e peso corporal; 
- Melhorar capacidade cardiorrespiratória; 
- Socialização entre alunos. 
 
Desenvolvimento da aula 
- Estrutura: 
Cumprimentos e direcionamento sobre a aula – 3’ 
Alongamento – 5’ 
Aquecimento – 4’ 
Hidratação – 3’ 
Músicas principais/ Parte principal – 37’ 
Hidratação – 3’ 
Alongamento final – 5’ 
 
- Atividades: 
Cumprimentos e direcionamento sobre a aula – 3’ 
Alongamento com música ... – 5’ 
Aquecimento com música ... – 4’ 
Hidratação – 3’ 
Músicas principais/ Parte principal – 37’ 
Música 1: “Brasil meu brasil brasileiro” 3’20’’ 
Música 2: .... 3’ 
Música 3: .... 3’40’’ 
Música 4: .... 3’10’’ 
Música 5: .... 3’30’’ 
Música 6: .... 3’30’’ 
Música 7: .... 2’50’’ 
Música 8: .... 3’ 
Música 9: .....3’ 
Música 10: Take on Me – versão samba 3’ 
 Totalizando as dez músicas deu 32 minutos, pois foi considerado 5 minutos para 
demonstração dos passos principais entre as coreografias, ou seja sendo portanto descontado 
um tempo dos 37’. 
Hidratação – 3’ 
Alongamento final com música ... – 5’ 
 
- Materiais utilizados: som, pen drive com músicas, colares havaianos para alunas, mesa 
para frutas e enfeites para decoração de carnaval. 
- Avaliação (Como e quando?): As alunas serão avaliadas durante a aula pela participação 
e interação entre as colegas da turma. 
- Referências: http://brasilescola.uol.com.br/carnaval/historia-do-carnaval.htm 
 
8.3. COREOGRAFIA 
É importante ressaltar que o professor/a deverá previamente elaborar a coreografia 
de cada música, de modo que na aula saiba passar aos alunos os movimentos principais. 
Desde as músicas mais simples, as músicas mais complexas é importante o professor falar e 
demonstrar os passos de cada música antes de coloca-lá, para que os alunos possam 
acompanhar melhor e se sentirem motivados durante a aula. 
Segundo Nanni (1998) apud Garcia e Haas (2006), coreografia são criações 
sequenciais, sucessivas e com alternâncias das formas e movimentos dentro de um espaço 
temporal, com trajetórias no espaço físico, concretizando e desenvolvendo formas e são 
veiculadas pelo vocabulário formal da dança. 
Na academia, as coreografias tem como características principais, a repetição e gestos 
motores mais simples. Diferente das academias de ballet clássico por exemplo, em que as 
alunas vão lá para aprender a técnica daquela modalidade, as danças na academia, como a 
Zumba, tem o intuito de fazer com que todos os alunos, sem exceção consigam acompanhar, 
gastar muita energia e calorias e se sintam motivados durante toda a aula. Assim eles 
sentiram vontade de retornar. Ou seja, o foco nas danças de academia fitness não é aprender 
técnica ou se aperfeiçoar na modalidade, mas realizar um exercício físico que proporcione 
prazer, motivação e melhora da aptidão e condicionamento físico. 
A coreografia serve portanto para auxiliar o professor no momento da sua aula e 
como uma forma de seleção de movimentos para determinada música ou canção. Portanto, 
se faz importante compreender como elaborar uma coreografia. 
Mas antes de saber como elaborar uma coreografia, vamos entender sobre alguns 
conceitos importantes para um professor de dança. 
 
8.3.1. Frase musical e frase de movimentação 
No universo do Fitness, da Dança ou das modalidades que trabalham com música, 
sempre ouviu falar em contagens de oito tempos e de frase musical. O grande problema é 
que esses termos entraramno nosso vocabulário e, muitas vezes, não se sabe de onde eles 
saíram. 
Por que contar em oito e não em dez? Porque muitas vezes o professor fica esperando 
iniciar um movimento? Ou algumas vezes parece que seus movimentos não tem sentido com 
o que você está ouvindo, principalmente se a pessoa tem sensibilidade musical, mesmo sem 
ter conhecimento teórico musical, apenas parece que seu movimento está em desequilíbrio 
(fora) com a música. 
Conti (1999), antes de tratar da elaboração de uma sequência coreográfica no step, 
aborda a importância de conceitos relacionados ao uso adequado da música nas aulas. 
O autor se preocupa em explicar que suas sequências coreográficas devem respeitar 
as da música: “o que popularmente chamamos de oito, na verdade, são dois compassos de 
quatro pulsos cada (isto é, um compasso quaternário como trataremos posteriormente), que 
somados constituem oito batimentos”. 
 
 
 
8.3.2. Compasso musical 
 
É a pulsação rítmica que se repete regularmente, dividindo-a em partes iguais, em 
sequências de 2, 3, 4 ou mais tempos. Ou, a quantidade de batimentos que colocamos em 
um ciclo pré-determinado, medidas em igual valor de um trecho musical. 
Compreende o espaço entre dois travessões, medindo exatamente a duração dos 
valores e contendo os seguintes tempos: binário, ternário e quartenário. Chama-se ritmo 
binário a divisão da unidade de tempo em duas partes iguais. Em ternário a divisão da 
unidade de tempo em três partes iguais. E em quaternário a divisão da unidade de tempo em 
quatro partes iguais. Consideram-se esses compassos como simples. 
 
 8.3.3. Acento 
 
É o segundo elemento que se percebe quando se tem automatizado o pulso. São as 
pulsações que se destacam na intensidade e se repetem de forma periódica por concentrar 
maior energia que as restantes. 
Se escutarmos um tema musical, perceberemos que dentro da repetição constante, 
umas são mais fortes que outras. Elas se agrupam em sons de formas elementares que 
determinam o que determinam os ritmos. 
 
8.3.4. Período 
 
Um tamanho comum para um período são oito compassos (se for quartenário = 32 
tempos). Embora o período de oito compassos seja encontrado como norma, podemos 
encontrar muitos exemplos de períodos que parecem ter sido encurtados ou ampliados pela 
omissão ou adição de um ou mais compassos (KÁROLYI, 1990). Nomeamos este período 
musical de bloco musical (nomenclatura dada pelos profissionais de Educação Física) que 
são 8 compassos ou 4 frases musicais ou 32 pulsos. 
 
8.3.5. Mapeamento Musical 
Fica praticamente impossível a elaboração de uma coreografia sem conhecer a 
maneira como a música escolhida é desenhada, isto é, composta em relação aos compassos. 
Para isso, fazemos o mapeamento, que nada mais é que a divisão dos compassos, frases 
cadências da música. Temos de saber a divisão dos compassos (quarternário, binário ou 
ternário), quantos compassos a música apresenta, quantos compassos têm a introdução (se é 
instrumental ou não), quantos compassos têm o vocal, a parte instrumental da música, etc. 
Ou seja, muitas informações podem ser destacadas da música. 
 
8.4. MONTAGEM COREOGRÁFICA 
Elaborar uma coreografia pode ser tranquilo para alguns e um desafio, pois exige 
além do ritmo e gosto pela dança, a criatividade. Iremos focar na montagem de coreografia 
em academias fitness. Como foi falado anteriormente, em ambientes assim, as pessoas 
buscam melhorar a qualidade de vida, se sentir bem, elevar o gasto energético e melhorar a 
autoestima. Desta forma, é importante que seja pensado em passos que todos os alunos 
consigam acompanhar. No início é normal que alguns tenham mais dificuldade, porém cabe 
ao professor saber como trabalhar com diferentes tipos de alunos, com diferentes habilidades 
e dificuldades. 
Desta forma, montar uma coreografia não é somente pensar em passos de dança, mas 
sim em todo o processo que aquela coreografia e aula pode transformar a realidade daqueles 
seus alunos. 
Segundo Garcia e Haas (p. 159, 2006), alguns dos principais fatores importantes para 
a criação coreográfica são: 
o A faixa etária dos alunos e ou bailarinos (infância, adolescência e idade 
adulta); 
o O tema (concreto ou abstrato); 
o O nível de desenvolvimento cognitivo e social (atenção e memorização, 
cooperação, respeito); 
o Os objetivos dos alunos e ou bailarinos; 
o Os objetivos do professor e ou coreógrafo; 
o O número de alunos e ou bailarinos; 
o O nível técnico dos alunos e ou bailarinos (iniciantes, intermediários ou 
avançados); 
o Os movimentos (fundamentos e suas variações e combinações); 
o O estilo de dança (clássico, folclórico, moderno); 
o O espaço (onde será ensaiado e apresentado); 
o O figurino da dança (coerente com o tem e estilo); 
o Os elementos cênicos (materiais tradicionais e alternativos); 
o O potencial criativo, imaginativo e original; 
 
De acordo com o plano de aula, abaixo segue roteiro prático para elaborar uma 
coreografia: 
1º Diagnose: primeiro diagnosticar que tipo de alunos iremos trabalhar; 
2º Temática e Tema: escolher qual será o tema da aula. 
3º Escolha das músicas: pesquisar músicas que farão parte da aula (se for tema 
abrangente ver as que estão sendo mais tocadas, músicas que as pessoas gostam de dançar). 
4º Montagem dos passos: por meio da teoria descrita acima, utilizar as frases 
musicais, os acentos, os compassos, para elaborar os passos principais de cada uma. Uma 
sugestão é repetir passos dentro da música de acordo com as frases musicais. Ex: Na 
frase...Brasil, meu brasil brasileiro...os alunos mexeram as pernas fazendo um oito e os 
braços acompanharão as pernas. Fazer isto com todas as músicas da aula. Pode ser a parte 
mais difícil, mas também a mais importante. O aluno muitas vezes percebe quando o 
professor não sabe a coreografia ou está inventando na hora. 
A música serve como um importante apoio para a montagem coreográfica. Ela pode 
ter infinitos estilos, ritmos e letras. Com intuito de deixar a aula diversificada e interessante 
para os alunos, é importante selecionar músicas de ritmos e estilos diferentes, levando em 
consideração sempre os objetivos da aula. 
Alterações no ritmo, humor e movimento para criar profundidade e versatilidade 
também devem ser consideradas. Se a aula começa e termina com músicas e coreografias 
lentas os alunos não sairão motivados. Acrescente mudanças de ritmo (lento, médio e 
rápido), direção (frente, trás, lateral, diagonal), planos (alto, médio e baixo) entre as músicas. 
São ferramentas para deixar a aula mais dinâmica. 
5º Ensaiar as coreografias: após a montagem, ensaiar como se estivesse ministrando 
a aula, para fixar em você e no seu corpo a coreografia de cada música. 
O mais importante, seja criativo/a e contagie seus alunos. Todos gostam de ter aula 
de dança com professor simpático, alegre e que colocam todos para cima. Use a criatividade! 
E o mais importante de tudo: Divirta-se! 
 
 
 
 
Retomando a aula 
 
 A dança na academia é uma modalidade antiga e que está em constante reinvenção, 
se adaptando aos padrões atuais da sociedade. Para tanto, é necessário que o professor 
estruture e planeje suas aulas. 
Contudo, este planejamento deve atender aos objetivos pretendidos pelos alunos que 
participam desta aula, pois em geral, a dança de academia tem grande procura de pessoas 
que buscam perder peso. 
 
 
Bibliografia sugerida: 
 
DE OLIVEIRA, Miriam Fernandes; ALVAREZ, Bárbara Regina. Fatores motivacionais 
para a adesão e aderência nas aulas de zumba fitness em academias das microrregiões de 
Criciúma e Araranguá. EFDeportes.com Revista Digital. Buenos Aires.19, nº 195, 2014.FRANCISCHI, R.P, PEREIRA, L.O, LANCHA, JR A.H. Exercício, comportamento 
alimentar e obesidade: revisão dos efeitos sobre a composição corporal e parâmetros 
metabólicos. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, v.15, n. 2, p. 117-140, 
2001. 
 
MENSAH, G.A.; MOKDAD, A.H.; FORD, E.; NARAYAN, K.M.V.; GILES, W.H.; 
VINICOR, F.; DEEDWANIA, P.C. Obesity, metabolic syndrome, and type 2 diabetes: 
emerging epidemics and their cardiovascular implications. Cardiology Clinics, v. 22, n. 4, 
p. 485-504, 2004. 
 
SOUZA, M.F.M.; ALENCAR, A.P. Mortalidade por doença cardiovascular no Brasil. In: 
Serrano CV Jr, Timerman A, Stefanini E, Eds. Tratado de Cardiologia – Socesp. 2ª ed. 
São Paulo: Manole. 17-26, 2009.

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