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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA MECÂNICA Prof. Fernando Almeida Campina Grande, Paraíba 24/02/2015 DESENHO TÉCNICO Aula 27: Tolerância Dimensional Tolerância DimensionalDESENHO TÉCNICO Nas fábricas, o mesmo processo normalmente é usado repetidas vezes para produzir um grande número de peças iguais Estas peças são combinadas com outras peças, também produzidas em grande número, para criar produtos comerciais. Exemplo: motores dos automóveis ao longo dos tempos consumo confiabilidade potência durabilidade Isto só é possível, através da redução de folgas e atrito, fabricando peças de forma muito mais cuidadosa em termos de tolerâncias e acabamentos su- perficiais. Introdução Quando inspecionamos uma bate- lada de peças produzidas pelo mesmo processo de produção, não encontramos duas peças exa- tamente iguais. LEAKE e BORGESON, 2010 SILVA et al, 2010 Tolerância DimensionalDESENHO TÉCNICO Introdução ABNT NBR 6158:1995. Data da publicação: 31/07/1995. Título: Sistema de tolerâncias e ajustes. Objetivo: Esta Norma fixa o conjunto de princípios, regras e tabelas que se aplicam à tecno- logia mecânica, a fim de permitir escolha racional de tolerâncias e ajustes, visando a fabricação de peças intercambiáveis. ABNT, 1995 Tolerância DimensionalDESENHO TÉCNICO A tolerância é uma extensão da cotagem; Fornece informação acerca da forma, dimensão e posição dos elementos; Limita os erros dimensionais de fabricação das peças. Exemplo: cota de 20 mm Quanto custa? Introdução SILVA et al, 2010 TOLERÂNCIAS: São variações permissíveis das dimensões, das formas e das localizações de uma peça para que a mesma possa ser intercambiável (acoplada ou desacoplada em outras peças de forma permanente ou não nas montagem industriais) dentro do melhor custo-benefício. Tolerância DimensionalDESENHO TÉCNICO Conceitos Exemplo: cota de 3,25 ± 0,03 mm. Significado: a dimensão real da peça pode ter qualquer valor entre 3,22 e 3,28 mm. Onde: 3,28 mm limite máximo de dimensão. 3,22 mm limite mínimo de dimensão. A tolerância é 0,06 mm. Observação: no sistema métrico (SI) a tolerância é medida em milímetro (mm) ou em micrometro (µm). Onde: 1 µm = 1/1000 mm (1x10-6 m) Exemplo: 15 µm = 0,015 mm LEAKE e BORGESON, 2010 2 0 Tolerância DimensionalDESENHO TÉCNICO Terminologia DIMENSÃO NOMINAL: é a dimensão indicada no desenho. DIMENSÃO EFETIVA: é a dimensão que se obtém medindo a peça PROVENZA, 1989 EIXO: termo convencionalmente aplicado para fins de tolerâncias e ajustes como sendo qualquer parte de uma peça cuja superfície externa é destinada a alojar-se na superfície interna da outra. FURO: termo convencionalmente aplicado para fins de tolerâncias e ajustes como sendo todo espaço delimitado por superfície interna de uma peça e destinado a alojar o eixo. Tolerância DimensionalDESENHO TÉCNICO Terminologia PROVENZA, 1989 Tolerância DimensionalDESENHO TÉCNICO Terminologia DIMENSÕES LIMITES: são os valores máximo e mínimo admissíveis para a dimensão efetiva. DIMENSÃO MÁXIMA: é o valor máximo admissível para a dimensão efetiva. Símbolo Dmax DIMENSÃO MÍNIMA: é o valor mínimo admissível para a dimensão efetiva. Símbolo Dmin PROVENZA, 1989 Tolerância DimensionalDESENHO TÉCNICO Terminologia PROVENZA, 1989 TOLERÂNCIA ou CAMPO DE TOLERÂNCIA (t): é a variação permissível da dimensão da peça, dada pela diferença entre as dimensões máxima e mínima. Tolerância DimensionalDESENHO TÉCNICO Terminologia AFASTAMENTO: é a diferença entre as dimensões limites e a nominal AFASTAMENTO INFERIOR: é a diferença entre a dimensão mínima e a nominal Símbolos: para furo Ai para eixo ai AFASTAMENTO SUPERIOR: é a diferença entre a dimensão máxima e a nominal Símbolos: para furo As para eixo as LINHA ZERO: é a linha que nos desenhos fixa a dimensão nominal e serve de ori- gem aos afastamentos. PROVENZA, 1989 Tolerância DimensionalDESENHO TÉCNICO Terminologia PROVENZA, 1989 FOLGA OU JOGO: é a diferença entre as dimensões do furo e do eixo, quando o eixo é menor que o furo. FOLGA MÁXIMA: é a diferença entre as dimensões máxima do furo e mínima do eixo, quando o eixo é menor que o furo. Símbolo Fmax FOLGA MÍNIMA: é a diferença entre as dimensões mínima do furo e máxima do eixo, quando o eixo é menor que o furo. Símbolo Fmin Tolerância DimensionalDESENHO TÉCNICO Terminologia PROVENZA, 1989 Tolerância DimensionalDESENHO TÉCNICO Terminologia PROVENZA, 1989 INTERFERÊNCIA: é a diferença entre as dimensões do eixo e do furo, quando o eixo é maior que o furo. INTERFERÊNCIA MÁXIMA: é a diferença entre as dimensões máxima do eixo e a mínima do furo, quando o eixo é maior que o furo. Símbolo Imax INTERFERÊNCIA MÍNIMA: é a diferença entre as dimensões mínima do eixo e a máxima do furo, quando o eixo é maior que o furo. Símbolo Imin Tolerância DimensionalDESENHO TÉCNICO Terminologia PROVENZA, 1989 AJUSTE: é o comportamento de um eixo num furo, ambos da mesma dimensão nominal, caracterizado pela folga ou interferência apresentada. Tolerância DimensionalDESENHO TÉCNICO Terminologia PROVENZA, 1989 AJUSTE INCERTO: é aquele em que o afastamento superior do eixo (as) é maior que o afastamento inferior do furo (Ai) e o afastamento superior do furo (As) é maior que o afastamento inferior do eixo (ai). Tolerância DimensionalDESENHO TÉCNICO Terminologia PROVENZA, 1989 Tolerância DimensionalDESENHO TÉCNICO Terminologia PROVENZA, 1989 EIXO BASE: é o eixo em que o afastamento superior é pré-estabelecido como sen- do igual a zero. Tolerância DimensionalDESENHO TÉCNICO Terminologia PROVENZA, 1989 FURO BASE: é o furo em que o afastamento inferior é pré-estabelecido como sen- do igual a zero. Ajuste com folga Ajuste incerto Ajuste com interferência Tolerância DimensionalDESENHO TÉCNICO Terminologia PROVENZA, 1989 Exercício: quais os tipos de ajustes? Tolerância DimensionalDESENHO TÉCNICO Terminologia CAMPO DE TOLERÂNCIA: é o conjunto de valores compreendidos entre os afastamentos. Por convenção: Tolerâncias que estão sobre a linha zero positivas (+); Tolerâncias que estão sob a linha zero negativas (-). PROVENZA, 1989 Tolerância DimensionalDESENHO TÉCNICO Sistema de tolerâncias e ajustes Folga Incerto Com interferência 75 631 2 4 Ajustes 1. Livre 2. Rotativo 3. Deslizante 4. Deslizante justo 5. Forçado leve 6. Forçado duro 7. À pressão Tolerância DimensionalDESENHO TÉCNICO Sistema de tolerâncias e ajustes Ajustes 1. Livre 2. Rotativo 3. Deslizante 4. Deslizante justo 5. Forçado leve 6. Forçado duro 7. À pressão Folga Incerto Com interferência 75 631 2 4 Tolerância DimensionalDESENHO TÉCNICO Sistema de tolerâncias e ajustes MARIBONDO, 2011 MARIBONDO, 2011 Tolerância DimensionalDESENHO TÉCNICO Sistema de tolerâncias e ajustes MARIBONDO, 2011 Tolerância DimensionalDESENHO TÉCNICO Sistema de tolerâncias e ajustes Tolerância DimensionalDESENHO TÉCNICO Representação simbólica PROVENZA, 1989 Tolerância DimensionalDESENHO TÉCNICO Referências Bibliográficas LEAKE, J. M.; BORGESON, J. L. Manual de Desenho Técnico para Engenharia. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda, 2010. SILVA, A.; RIBEIRO, C. A.; DIAS, J.; SOUSA, L. Desenho Técnico Moderno. 4 Ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda, 2010. MARIBONDO, J.F. Desenho técnico. Campina Grande: UFCG, 2011. Notas de aula. PROVENZA, F. Tolerâncias ISO. 1 Ed. São Paulo: Pro-Tec, 1989. ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6158 – Sistema de tolerâncias e ajustes. Rio de Janeiro, 1995.
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