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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA MECÂNICA Prof. Fernando Almeida Campina Grande, Paraíba 03/03/2015 DESENHO TÉCNICO Aula 29: Tolerância Geométrica Tolerância Geométrica Conforme visto na aula anterior, por mais preciso que seja o processo de fabricação, peque- nas diferenças no tamanho das peças são inevitáveis. A tolerância geométrica permite uma melhor especificação e inter- pretação dos desenhos, transmi- tindo adequadamente os dados entre o projeto, a fabricação e o controle de qualidade. A tolerância geométrica limita os erros geométricos cometidos na fabricação das peças, impondo variações admissíveis na forma e localização dos diferentes elementos. Nas últimas décadas houve um novo surto de interesse pela tolerância geométrica, motivado em parte pela crescente aceitação dos padrões de qualidade ISO 9000. LEAKE e BORGESON, 2010 SILVA et al, 2010 SILVA et al, 2010 Introdução DESENHO TÉCNICO São variações permissíveis das formas de uma peça a partir de suas localizações, posições ou batimento para que a mesma possa ser intercambiável (acoplada ou desacoplada em outras peças de forma permanente ou não nas montagens industriais) dentro do melhor custo-benefício. MUNDO EDUCAÇÃO, 2012. Tolerância Geométrica Conceito DESENHO TÉCNICO É necessário fazer uso das tolerâncias geométricas em projetos mecânicos devido a maioria das suas peças serem compostas de corpos geométricos ligados entre si por meio de superfícies de formatos simples, tipo: superfícies planas, cilíndricas ou cônicas. Além desse aspecto, intercambiabilidade de superfícies, há de se considerar os desvios da superfície real com relação a superfície teórica, assim como dos demais desvios de posição entre as diversas superfícies entre si, oriundas dos processos de fabricação, tais como: desgastes de ferramentas, processos de fabricação, etc. Tolerância Geométrica Necessidade DESENHO TÉCNICO Tolerância Geométrica Exemplo de uma peça com tolerância dimensional e geométrica DESENHO TÉCNICO SILVA et al, 2010 A Tolerância Geométrica Definições DESENHO TÉCNICO Condição de máximo material (maximum material condition - MMC): esta condição se refere a maior quantidade possível de material da peça. Exemplo: quando o eixo está na sua dimensão máxima ou o furo está na sua dimensão mínima (SILVA et al, 2010). Condição de mínimo material (least material conditon - LMC): esta condição se refere a menor quantidade possível de material da peça. Exemplo: quando o eixo está na sua dimensão mínima ou o furo está na sua dimensão máxima (SILVA et al, 2010). Condição virtual: corresponde a fronteira limite de um elemento geometricamente perfeito, obtida a partir das cotas e tolerâncias inscritas no desenho. Exemplo: a pior condição possível para um furo é aquela em que o tamanho do furo está na MMC e o furo está posicionado no limite extremo da zona de tolerância (LEAKE e BORGESON, 2010). Condição virtual limite da cond. virtual Referencial: é um símbolo especial geralmente um triângulo seguido de uma linha e um quadro contendo uma letra maiúscula que identifica a superfície de referência. Zona de tolerância: corresponde a área ou volume definida pelos valores das tolerâncias geométricas inscritas no desenho. SILVA et al, 2010 Tolerância Geométrica Definições DESENHO TÉCNICO Cota de localização: é uma cota dimensional que permite localizar um elemento em relação ao outro. Exemplo: localização de um furo relativamente a uma superfície. Tolerância Geométrica Definições DESENHO TÉCNICO SILVA et al, 2010 Cota de máximo material (CMM): cota definida pela aplicação do princípio de máximo material a um elemento. Cota de mínimo material (CmM): cota definida pela aplicação do princípio de mínimo material a um elemento. Cota nominal: cota dimensional, sem tolerância, inscrita num desenho. Cota teoricamente exata: cota considerada exata, a partir da qual, uma tolerância geométrica é aplicada. Tolerância Geométrica Definições DESENHO TÉCNICO SILVA et al, 2010 Elemento: termo geral aplicado a uma porção física da peça, tal como uma superfície ou um furo. Elemento dimensional: corresponde a uma cota associada a um elemento ou conjunto de elementos. Elemento interno: elemento que, numa montagem, vai estar contido em outro elemento (eixo). Elemento externo: elemento que, numa montagem, vai conter outro elemento (furo). SILVA et al, 2010 Tolerância Geométrica Definições DESENHO TÉCNICO Modificador: é um símbolo especial, que pode ser incluído no quadro da tolerância geométrica e que significa a aplicação de um princípio ou condição a essa tolerância. Os modificadores são representados, em geral, por letras maiúsculas colocadas no interior de um círculo. SILVA et al, 2010 Tolerância Geométrica Definições DESENHO TÉCNICO (maximum material condition – MMC) (least material conditon – LMC) Tolerância Geométrica Símbolos utilizados DESENHO TÉCNICO SILVA et al, 2010 Tolerância Geométrica Aplicação e interpretação das tolerâncias geométricas. DESENHO TÉCNICO SILVA et al, 2010 Tolerância Geométrica Aplicação e interpretação das tolerâncias geométricas. DESENHO TÉCNICO SILVA et al, 2010 Tolerância Geométrica Aplicação e interpretação das tolerâncias geométricas. DESENHO TÉCNICO SILVA et al, 2010 Tolerância Geométrica Aplicação e interpretação das tolerâncias geométricas. DESENHO TÉCNICO SILVA et al, 2010 Tolerância Geométrica Aplicação e interpretação das tolerâncias geométricas. DESENHO TÉCNICO SILVA et al, 2010 Tolerância Geométrica Aplicação e interpretação das tolerâncias geométricas. DESENHO TÉCNICO SILVA et al, 2010 Tolerância Geométrica Aplicação e interpretação das tolerâncias geométricas. DESENHO TÉCNICO SILVA et al, 2010 Existem mais 25 observações em SILVA et al, 2010. Princípio do Máximo Material: Condição em que o elemento ou o produto acabado, contém o máximo possível de material permitido pela tolerância dimensional. No caso de eixos na sua dimensão máxima. No caso de furo na sua dimensão mínima. Princípio do Mínimo Material: Condição em que o elemento ou o produto acabado, contém o mínimo possível de material permitido pela tolerância dimensional. No caso de eixos na sua dimensão mínima. No caso de furo na sua dimensão máxima. Tolerância Geométrica Tipos de modificadores utilizados em tolerâncias geométricas DESENHO TÉCNICO SILVA et al, 2010 Envolvente: aplica-se a elementos individuais, tais como uma superfície cilíndrica ou um elemento definido por duas superfícies planas paralelas. Em outras palavras, a envolvente corresponde a forma geométrica perfeita ou exata na situação de máximo material na qual esta não deve ser violada. Tolerância Geométrica Tipos de modificadores utilizados em tolerâncias geométricas DESENHO TÉCNICO A peça tem diâmetro que pode variar entre 24,95 e 25,00 mm (24,95 ≤ Ø ≤ 25), envolvendo toda superfície cilíndrica. Esta superfície cilíndrica é a superfície de referência para a cota que varia entre 11,95 e 12,00 mm. SILVA et al, 2010 Zona de Tolerância Projetada: aplica-se a montagem de pinos e parafusos com relação as suas variações de perpendicularidade de uma zona externa do mesmo, as quais podem causar interferências e, com isso, tornar a montagem impossível. Tolerância Geométrica Tipos de modificadores utilizados em tolerâncias geométricas DESENHO TÉCNICO SILVA et al, 2010Tolerância Geométrica Exemplos de peças com tolerâncias geométricas DESENHO TÉCNICO 1. A superfície deve estar contida entre duas linhas paralelas, que distam entre si de 0,2 mm. Estas duas linhas são paralelas à superfície de referência A. 2. A superfície deve estar contida entre duas linhas paralelas, que distam entre si de 0,2 mm. Estas duas linhas são paralelas à superfície de referência B. 1 2 Tolerância Geométrica Exemplos de peças com tolerâncias geométricas DESENHO TÉCNICO 1. A superfície superior da peça deve estar contida entre dois planos paralelos que distam entre si de 0,01 mm. 2. Qualquer linha da superfície em referência da peça paralela ao plano de projeção, deve estar contida entre duas linhas paralelas que distam entre si de 0,01 mm. SILVA et al, 2010 1 2 Tolerância Geométrica Exemplos de peças com tolerâncias geométricas DESENHO TÉCNICO 1. A peça tem diâmetro que pode variar de 17,95 a 18,00 mm, envolvendo toda superfície cilíndrica. Esta superfície cilíndrica é a superfície de referência A para a cota que varia entre 7,95 e 8,00 mm. 2. O centro do cilindro, cujo diâmetro pode variar entre 7,95 e 8,00 mm, deve estar contido numa zona de tolerância circular de diâmetro 0,04 mm, cujo centro coincide com o centro da superfície de referência A. O princípio de máximo material é aplicado ao elemento com tolerância e ao referencial. modificador modificadores símbolo Tolerância geométrica referencial Tolerância GeométricaDESENHO TÉCNICO 1. O centro do cilindro cujo diâmetro pode variar de 11,95 a 12,0 mm, deve estar contido numa zona de tolerância circular de diâmetro 0,04mm, cujo centro coincide com o centro da superfície de referência A. O princípio de máximo material é aplicado ao elemento com tole- rância e ao referencial. 3. As cotas de 30 e 15 mm são cotas nominais ou dimensões nominais. Exemplos de peças com tolerâncias geométricas SILVA et al, 2010 2. A peça tem diâmetro que pode variar entre 24,95 e 25,00 mm, envolvendo toda superfície cilíndrica. Esta superfície cilíndrica é a superfície de referência para a cota que varia entre 11,95 e 12,00 mm. Tolerância Geométrica Exemplos de peças com tolerâncias geométricas DESENHO TÉCNICO 1. O eixo com tolerância deve estar contido entre duas linhas paralelas que distam entre si de 0,01 mm. Estas duas linhas são perpendiculares à superfície de referência A. 15 30 Cotas teoricamente exatas a partir da qual, uma tolerância geométrica é aplicada. 1. Oito FUROS de 15 mm de diâmetro nominal. 2. Posição da tolerância dimensional – H 3. Qualidade de trabalho – IT7 4. O ponto de interseção deve estar con- tido num círculo de diâmetro 0,1 mm, cujo centro coincide com a posição teoricamente exata do ponto conside- rado em relação as superfícies de referência A e B. DESENHO TÉCNICO Tolerância Geométrica Exemplos de peças com tolerâncias geométricas DESENHO TÉCNICO Tolerância Geométrica Referências Bibliográficas MUNDO EDUCAÇÃO. Entendendo o motor de um carro. Disponível em: <http://www. mundoeducacao.com.br/fisica/enetendendo-motor-um-carro.htm>. Acesso em: 19 set. 2012. LEAKE, J. M.; BORGESON, J. L. Manual de Desenho Técnico para Engenharia. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda, 2010. SILVA, A.; RIBEIRO, C. A.; DIAS, J.; SOUSA, L. Desenho Técnico Moderno. 4 Ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda, 2010.
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