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Resumo Eugenia UNIP

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"Eugenia" é um termo criado em 1883 por Francis Galton, sendo definido como um estudo sobre os agentes de controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações de um povo, seja física ou mentalmente. Tal prática envolve a seleção de seres humanos como base a suas características hereditárias,
	Galton usou a teoria de seleção natural de Darwin e da Genética Mendeliana, pretendendo colocar em prática à humanidade os mesmos princípios usados por criadores de animais. Deste modo, questiona-se os princípios éticos da Eugenia quanto à suas possíveis consequências sociais e também chega-se a conclusão de ser uma idéia utópica.
	A ciência mal utilizada e filosofias deturpadas podem ter efeitos catastróficos de nível histórico em vidas, povos e até mesmo nações, como exemplo usaremos o Holocausto, idealizado pela "pureza racial" com o surgimento da eugenia nazista. É visto que grande poder nas mãos obstinadas de uma mente radical podem causar grandes traumas e estragos em povos inteiros, ainda mais quando segue, de forma errônea, uma idéia de segregação baseado em "quem é merecedor e quem não é".
	A eugenia leva em si diversos problemas éticos, como a discriminação de pessoas por categorias, pois isso acaba as rotulando quem seria apta ou não apta para a reprodução. Nesse cenário, que parâmetros confiáveis podem ser definidos para julgamento?
	É possível ver o radicalismo na eugenia e como isso é fadado ao fracasso e também um crime contra a humanidade. Por exemplo, em diversos países foram propostas políticas de "higiene e profilaxia social" com o objetivo de impedir a reprodução de pessoas que possuíam doenças hereditárias e, também, exterminar portadores de problemas físicos e mentais. Tal idéia é uma afronta aos direitos humanos e também ao direito a vida.
	A eugenia cria uma concepção de "raça superior" e "raça inferior", baseando-se, principalmente, em aparências. Logo podemos dizer que a eugenia em si é um ato de preconceito, mesmo que usando discursos positivos, é notável que seus feitos só tiveram consequências devastadoras pois foram usadas por pessoas radicais em seus conceitos de forma singular, com sua própria visão do que é bom ou mau, certo ou errado.
	Nos leva a questionar: até que ponto a eugenia pode ser aceita como ética? Se uma vez que seus feitos, em mãos erradas, não se restringiram somente à prevenção de nascimentos, mas resultou em construções de campos de concentração aonde povos eram eliminados industrialmente como pragas, como podemos dizer que a eugenia pode ser levada em prática com seres humanos? Tais práticas envolviam:
- Segregação do incapaz; 
- Deportação dos imigrantes indesejados; 
- Castração de criminosos e deficientes mentais; 
- Esterilização compulsória; 
- Proibição de casamentos; 
- Eutanásia passiva; 
- Extermínio. (muitos eugenistas defenderam o uso da câmara de gás). 
	A eugenia chega ao Brasil em 1914, na faculdade de medicina do Rio. Foi orientada por Miguel Couto, e disso proveu um movimento interno composto por médicos, engenheiros, jornalistas e muitos outros nomes conceituados na época. Com isso buscavam excluir os negros, asiáticos e deficientes, com o intuito de que só sobrasem brancos de descendência europeia.
	Nos primeiros anos do século XX, acreditava-se que as epidemias brasileiras decorriam de negros recém-libertos em 1889. Com isso, para vários intelectuais da época, houve uma idéia de criar um esquema de higiene social, sendo que eugenia e higiene eram termos que se confundiam para o projeto de progresso no país.
	Renato Kehl, considerado pai da eugenia no Brasil, quando entrou em contato com a tese de Couto, achou que a comunidade científica deveria se esforçar mais, nascendo dessas ideias inúmeros projetos desumanos para que ocorresse um "branqueamento" racial, tais como
-Segregação de deficientes;
-Esterilização dos anormais e criminosos;
-Regulamentação do casamento com exame pré-nupcial obrigatório, educação eugênica obrigatória nas escolas;
-Testes mentais em crianças de 8 a 14 anos;
-Regulamentação de filhos ilegítimos e exames que assegurassem o divórcio, caso comprovado defeitos hereditários em uma família.
1-) Por que discutir a história e cutura afro brasileira nas escolas?
	 A Lei 10.639 de 2003 modificou a Lei de Diretrizes de Base da Educação (LDB), de 1996. Se introduziu no artigo 26 a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas de ensino fundamental.
	Visto que vivemos em uma nação a qual maior parte de sua população constitui-se de pretos e pardos (que, somados, constituem a categoria “negros”). Entre os demais, a maior parte são brancos miscigenados. Discutir as relações étnico-raciais que construíram esse país, logo, deveria ser uma obrigação de todos os cidadãos, não importando sua origem ou etnia. 
	São esforços que não apenas se somam na luta contra o racismo, como também na consolidação da democracia, da promoção da cidadania e no reforço à igualdade social e racial. Dado que a escola é um local privilegiado para a transmissão de conhecimentos que vieram desde as gerações anteriores, ela também se torna um dos focos do movimento negro. 
	É preciso rever as narrativas que as escolas têm perpetuado e criar representatividade negra. Nesse sentido, trazer para dentro da escola modelos diversos de identidade e cultura ajuda as crianças e os jovens a se enxergarem de modo diferente daquela determinada de maneira perversa pelas condições socioeconômicas. Dito de outro jeito: ajuda as crianças e jovens a construir consciência.

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