Buscar

Aula 2 Oclusão

Prévia do material em texto

Aula 2 de Oclusão ( Estagio I)
Continuação dos conceitos
Relembrando 
Dimensão vertical não depende de dente, já a dimensão vertical de oclusão depende sim de dente.
Nessa aula vamos aprender a medição dessas áreas.
Como medir a dimensão vertical do paciente : Marca 2 pontos com um compasso de ponta seca, marca os dois pontos, ver na régua e já vamos ter a medida.
O difícil da técnica é deixa o paciente em repouso, pacientes que são desdentados tem certa dificuldade em ficar em repouso na dimensão correta, como não tem dente ou uma hora ele fecha demais ficando com a boca mucha, outra hora ele abri demais.
Então pedimos para ele abri a boca deglutir a saliva isso é importante e pedi p ele ir fechando, na hora que ocorrer o selamento labial,e então medimos.
Outra técnica é pedir para ele soletrar a palavra “EMI” vai La e medi.
Outra opção pedir para o paciente contar de 60 ate 70.
O ideal é realizar essas medições mais de uma vez.
Também há outra técnica que é a de Willis, cientista que descobriu que a distancia entre a comissura palpebral e a comissura labial é similar a distancia da base do mento a base do nariz em repouso, então ele desenvolveu um compasso denominado de compasso de Willis. Esse compasso serve para aferirmos ou medirmos essa distancia entre comissura palpebral e comissura labial ser igual a distância entre a base do mento e a base do nariz. Técnica fácil mais que também pode ocorrer falha.
Para melhor dimensão a melhor coisa a se fazer é uma associação de todas as técnicas, faz a técnica de wilis depois fonética, então depois vemos qual é a media determinamos a dimensão vertical de repouso, vamos trabalhar com a dimensão vertical de oclusão (ORC) menos 3 e mãos a obra. 
Dimensão Vertical
É uma das relações intermaxilares estabelecida pelo grau de separação entre a mandíbula e a maxila, em sentido vertical, sobre condições específicas.
Dimensão Vertical de Oclusão
“É a dimensão encontrada quando a mandíbula e a maxila estão com os dentes em contato”
Fator Determinante: Contatos dentários
Pode ser obtido marcando-se a pele aleatoriamente, tendo como referência a linha média da face, um ponto abaixo da base do nariz e outro na região do mento.
Espaço Funcional Livre (EFL)
Espaço existente entre a DVR e a DVO, podendo variar de 2 a 10mm.
Quando este espaço não é respeitado desenvolve dificuldades fonéticas, dor musculares e articular.
Dimensão Vertical de Repouso
A dimensão vertical de repouso é maior que a dimensão vertical de oclusão e é constante na maioria das vezes, independente do estado da dentição.
	
A dimensão vertical de repouso é maior que a dimensão vertical de oclusão em virtude do espaço funcional livre que deve variar de 3 a 4mm.
Se agente faz a aferição da dimensão vertical do paciente corretamente, já estamos com meio caminho andado, pois ela é muito importante para que podemos devolver a dimensão que ele tinha antes da perda dos dentes.
A mior dificuldade que vamos encontrar é deixar o paciente em repouso.
Importância da Dimensão Vertical
Estética facial 
Eficiência funcional 
Atividade muscular (musculatura hipotônica) 
Fonética
 Deglutição 
Dimensão vertical diminuída:
Rugas e sulcos nasogenianos acentuados; 
Perda do tônus muscular;
Lesões comissurais; 
Dor nos músculos mastigatórios e ATM; 
Redução da eficiência mastigatória 
Dimensão Vertical
Determinação da Dimensão Vertical
Métodos que não utilizam registros prévios:
Proporções faciais 
Deglutição 
Métrico 
Fonético
Estético 
Dimensão Vertical
Método de Willis (Proporção Facial):
A distância entre a base do nariz e a base do mento é igual à distância entre as comissuras das pálpebras e dos lábios.
Ou seja, distancia da comissura labial com palpebral é igual a distancia vertical do paciente em repouso do paciente, é a mais ultilizada.
Combinação de Métodos:
(Métrico, Fonético e Estético)
A paciente conta de 60 até 70 ou pronuncia a letra “M” várias vezes (DVR).
Subtrai-se desse valor o EFL (2 a 3 mm em média) Determina-se a DVO. 
 DVO= DVR - EFL
Ao pronunciar o fonema “S” as bases (ou dentes) não devem se tocar;
Dificuldades;
Só detecta DVO aumentada
Verificar a estética. 
Harmonia entre os Terços faciais 
Para agente saber se chegou à medida certa, pedimos para que o paciente pronunciar com os roletes de cera na boca fonemas com o sufixo S, essas palavras com sufixo S quando o paciente ao pronunciar essas palavras faz com que o rodetes não possam se tocar, se os mesmo se tocarem significa que a dimensão ainda estar aumentada, então devemos diminuir mais.
Tipos de Oclusão
Classificamos a oclusão em três tipos:
Oclusão Ideal – nos serve de referencia 
Oclusão Fisiológica – não é ideal mais não apresenta traços ou características patológicas, é uma oclusão que a maioria das pessoas tem.
Oclusão Patológica 
Oclusão Ideal – Em trabalhos reabilitadores é a referencias que temos, ela vai apresentar características e alguns pontos que consideramos ideal.
Oclusão Ideal - “Quando o paciente apresenta características biológicas e biomecânicas ideais para o funcionamento do sistema estomatognático”
Okeson, 2000 diz:
 “A oclusão funcional IDEAL, a qual, apesar de não ter uma alta incidência na população em geral, deve representar para o clínico o objetivo do tratamento ao tentar eliminar as desordens relacionadas à oclusão ou restaurar uma dentição mutilada.”
Característica da Oclusão Ideal 
RC coincide com MIH, onde apenas 10% da população apresenta.
Contatos homogêneos e simultâneos de dentes posteriores; 
Dentes anteriores contactam mais levemente; 
Forças dirigidas para o longo eixo do dente;
 Guia canino (proporção coroa-raiz mais favorável); 
Protrusão: guia anterior; 
Oclusão mutuamente protegida. 
Lembrando que os contatos dos dentes devem ser homogêneos de mesma intensidade nos dentes posteriores, bilaterais, os anteriores não devem se tocar em máxima mais se tocarem que seja suave.
Guia canina 
Relação entre os caninos do lado de trabalho, que causa a desoclusão de todos os dentes posteriores durante os movimentos laterais da mandíbula.
 Entendendo- no movimento expulsivo de lateralidade se o paciente apresenta guia canina significa que quando o paciente estiver em máxima e vai realizar uma lateralidade em máxima os únicos dentes que devem se tocar é os caninos os demais não se tocam ficam em desoclusão.
Então se o paciente estiver em máxima ele vai realizar uma deosclusão lateral para o lado direito o nosso lado de trabalho é o direito e o lado de balanceio é o esquerdo. O lado de trabalho sendo o direito e possuindo uma guia canina os únicos dentes a se tocarem são os caninos, o lado de balenceio nunca deve haver toque numa dentição natural.
Já se o paciente vai realizar uma lateralidade para o lado esquerdo o lado de trabalho é o esquerdo e o lado de balanceio é o direito.
Agente vai ver que não existe apenas essa guia canina, o paciente pode apresentar guia anterior, quando ele ta lateralizando os dentes anteriores se tocarem central, lateral e canino.
Outro tipo de guia é o em grupo quando ele ta lateralizando vai tocar canino, pré molar e molar, mais a guia ideal é a guia canina.
Para uma oclusão ideal o ideal é apresentar guia canina.
O lado de balanceio é o lado oposto de trabalho.
Lado de trabalho é o lado pela qual a mandíbula se movimenta ou se desloca.
Então guia canina significa que no momento descursivo da mandíbula de lateralidade os únicos dentes que devem se tocar no lado de trabalho são os caninos, no lado de balanceio não toca nenhum.
Se vamos trabalhar no lado esquerdo esse lado deve se tocar de lateralidade na guia canina é só os caninos.
Em protrusão todos os dentes anteriores e inferiores devem se tocar na concavidade palatina dos dentes anteriores superiores. Isso é chamado de guia canina na hora que isso acontece continuamoscom a guia, os dentes atrás estão desocluindo, isso chamamos de oclusão mutuamente protegida.
oclusão mutuamente protegida- Dentes posteriores protegem os anteriores em máxima intercuspidação habitual.
Em protrusão na guia anterior eles protegem os posteriores.
Protrusão Anterior Funcional ,Guia Incisal ou Guia Anterior
Relacionamento da borda incisal dos dentes Antero inferiores com a concavidade
palatina dos ântero-superiores durante o movimento protrusivo, com a desoclusão
dos dentes posteriores.
Na guia anterior fisiológica, deve‐se ter o máximo de contatos de dentes anteriores
Possível.
 O movimento protrusivo é o movimento escursivo da mandíbula, na qual projetamos a mandíbula para frente e retrusão projetamos para trás e lateralidade para um dos lados(esquerdo ou direito).
Então uma oclusão ideal: os dentes anteriores inferiores em protrusão em guia anterior face insisal dos incisivos anteriores inferiores devem deslizar na concavidade palatina dos anteriores superiores, chamamos de Guia Anterior ou guia incisal ou protusão anterior funcional.Na hora que realizamos isso estamos desocluindo os posteriores.
Oclusão Mutuamente Protegida
Apresenta-se durante a PMI. 
Dentes posteriores: protegem os dentes anteriores contra forças horizontais excessivas na posição de fechamento vertical. 
Dentes Anteriores: Os dentes anteriores trabalham como uma unidade (guia anterior) para restringir os movimentos horizontais dos dentes posteriores durante as excursões excêntricas;
Entendendo – è aquela oclusão que em máxima os dentes posteriores estão protegendo os anteriores. E em protrusão os anteriores estão protegendo os posteriores.
Porque em máxima os dentes posteriores estão protegendo os anteriores?
Porque o dente posterior o contato dele é só vertical multiradicular, ou seja, é um dente forte. Já os dentes anteriores foram feito para cortar os alimentos.
Então quando estamos em uma oclusão mutuamente protegida os dentes posteriores vão proteger os anteriores, e na protrusão os dentes anteriores desocluiem os dentes de trás e permitem que as pontas das cúspides fiquem se tocando por isso chamamos de Oclusão Mutuamente Protegida.
Guias de desoclusão laterais
Canino – ideal
Anteriores; 
Função de grupo completa ou parcial.
Lembrando que nem todo mundo apresenta guia canina, podem apresentar outras guias.
Desoclusão pelos anteriores:
 As excursões laterais são guiadas pelos incisivos centrais e laterais e pelos caninos do lado de trabalho, os demais dentes do lado de trabalho e de balanceio ficam em desoclusão.
Quer dizer que ao lateralizar os dentes que se tocam são os incisivos centrais, laterais e caninos.
Desoclusão por função em grupo completa: 
Tocam-se progressivamente, do lado de trabalho, caninos, pré-molares, e molares ficando em desoclusão os demais dentes.
Aqui já sabemos que a função é em grupo normalmente é o canino pré e os molares, do lado de trabalho, no lado de balanceio nunca pode haver toque em uma oclusão natural.
Desoclusão por função em grupo parcial: 
 Tocam-se apenas alguns dentes, ficando outros do lado de trabalho em desoclusão. É decorrente de agenesias ou extrações de alguns elementos com consequente migração satisfatória dos demais
Nada mais é que uma oclusão em grupo quando tem a ausência de algum dente. 
Relembrando – A ideal é desoclusão em guia canina, se não for guia canina pode ser os anteriores, ou se não função em grupo total ou parcial.
OclusãoFisiológica
Apresenta uma ou mais variações da oclusão IDEAL, estética e funcionalmente satisfatória, contudo, sem presença de sinais e sintomas de patologias dentárias.
É aquela oclusão que não apresenta todas aquelas características da oclusão ideal, mais em contra partida não apresenta nem um traço de patologia. Apresenta uma ou mais variações da oclusão ideal, estética e funcionalmente satisfatória, contudo sem presença de sinais e sintomas de patologias dentarias. 
Permite ao paciente ter função com eficácia e em conforto e é bem tolerado pelo periodonto, pela ATM e músculos que participam da mastigação.
Oclusão Patológica
Aquela em que a capacidade adaptativa do sistema mastigatório foi superada por alterações estruturais, que limitam ou impedem o exercício funcional normal, ocorrendo colapso do sistema
É aquela oclusão que apresenta traços patológicos.
Oclusão Patológica (não Fisiológica)
Ocorrem um ou mais desvios da oclusão ideal e está associada a sinais e sintomas de patologias dentárias.
	
	
Características da Oclusão Patológica: 
1 - Máxima intercuspidação habitual (MIH) 2 - Colapso da oclusão 3 - Acentuação dos trespasses; verticais/horizontais 4 - Diminuição da DVO 5 - Aumento do EFL
6 - Ruídos articulares 7 -Contatos oclusais mais fortes nos dentes anteriores que nos posteriores 8 - Fadiga/dores musculares e articulares 
9 - Instabilidades oclusal 
 
Máxima intercuspidação habitual (MIH)
Difere da PMI pois naquela o indivíduo possui todos os dentes bem relacionados, com o máximo de contatos dentários e sem maloclusões; 
Na MIH, o paciente possui perdas dentárias sem substituição ou mal substituídas por restaurações ou coroas insatisfatórias 
Contatos dentários interoclusais ausentes ou mal distribuídos.
Espaços protéticos ausentes ou mal distribuídos para a colocação de próteses 
EFL aumentado 
DVO diminuída 
Relações anormais no complexo côndilo/disco 
 Instabilidade oclusal 
Acentuação dos trespasses horizontais
“Distância em que os dentes maxilares projetam-se horizontalmente sobre os mandibulares em MIH”
Overjet ou sobressaliência(1-4 mm).
Nossa oclusão com a arcada superior com a inferior o relacionamento dela não é para ser topo a topo, mais há casos que temos que deixar topo a topo. 
O trespasses é exatamente o quanto que os dentes anteriores irão passar com os dentes inferiores seja no movimento horizontal e no vertical.
Horizontal - É o quanto os dentes superiores devem avançar, que ele avança em torno no maximo de 3-4mm.
Vertical - é o quanto nossos dentes devem descer, de 1 a 3-4mm
“Distância em que os dentesmaxilares projetam-se horizontalmente sobre os mandibulares em MIH”
Trespasses Horizontal também conhecido como: Overjet ou sobressaliência(1-4 mm)
Acentuação dos trespasses horizontais
Valor=0 => mordida aberta ou em topo
Valor<0 => mordida cruzada
Acentuação dos trespasses verticais
Distância em que os dentes de um arco projetam-se verticalmente sobre os do arco antagonista em MIH Overbite ou sobremordida
(1-4 mm)
Valor > 5mm = má oclusão dentária Valor=0 => mordida aberta ou em topo Valor<0 => mordida cruzada anterior
Há casosque esse paciente é classe III, indicado para ortognatica as vezes ai o paciente não quer fazer o ortognatica ai na ortodontia consegue deixar a mordida topo a topo já é muito, tocando mais levemente nos anteriores mais fortemente nos posteriores. Isso é uma situação que não se consegue deixar topo a topo porque não volta mais.
Pacientes desdentado que antes eram classe III, ai quando a gente faz a prótese dele procure pensar que ele é classe III, eu consigo jogar os dentes inferiores mais para trás e os anteriores mais para frente, topo a topo funciona também. Mais o normal é Overbite e Overjet sempre variando de 1-3-4.
 
Conceitos básicos no estudo da Oclusão
DVR – DVO = EFL
Diminuição da DVO, ocasionando aumento do EFL 
Indivíduos com colapso da oclusão, ou com maloclusões em que o terço inferior da face é diminuído ou com grandes destruições coronárias por parafunções como bruxismo apresentam aumento do 
EFL. 
Esse EFL tem que respeitar, se não respeitar vai trazer problemas para o paciente.
Quando estamos fazendo um tratamento, falei que tínhamos uma oclusão ideal que ela nos serve de referencia, é aquilo que vamos buscar. Quando estamos montando uma prótese a relação que eu tenho para montagem desses dentes são basicamente dois dentes extremamente importante 1° molar superior e inferior de ambos os lados, e os caninos. 
Oclusão Patológica
Maloclusão Classe I
Cúspide mésio‐vestibular no primeiro molar superior oclui no sulco mésio‐vestibular do primeiro molar inferior.
A ortodontia busca deixar essa relação molar em classe I. Em Classe I eu poço dizer que a oclusão do paciente está correta? Depende, porque ele pode está correto na região molar, mais na região anterior não, como é bem nítido na imagem. Mais fácil de resolver pois já estar em classe I.
Maloclusão Classe II
Posição distal dos primeiros molares inferiores em relação aos superiores
É aquele paciente que tem aquela face mais convexa, que falamos que a boca tem formato de peixe. 
Maloclusão Classe III
Cúspide mésio-vestibular do 1º Molar permanente superior encontra-se para distal do sulco mésio-vestibular do primeiro molar inferior
 
É aquele paciente queixudo, pode ser de origem dentaria (odontogenica) ou de origem óssea.
Oclusão
Oclusão Ideal – Referência para tratamento
Oclusão Fisiológica – Não necessita de tratamento
Oclusão Patológica – Necessidade de tratamento
�
�
�
�
�
�
�
Dimensão Vertical Aumentada:
Maior reabsorção óssea; 
Desgaste precoce dos dentes de resina acrílica;
 Alterações da mastigação, deglutição e fonação;
 Aparência de sorriso permanente;
Fadiga muscular, dor, desconforto. 
�
�
�
�
�
�
Estável;
Esteticamente atrativa;
Sem sinais e sintomas de patologia.
�
�
�
�
Abfração
Recessão gengival
Mobilidade
Desgaste dentário acentuado
Se o paciente apresenta trespasses 0 ele tem mordida aberta ou em topo. O horizontal num é para está avançado então se for menor que 0 ele tem mordida cruzada lá para dentro ele tá totalmente errado.Ou seja, é p ser 1-4.
�
�
OVERJET
OVERBITE
OVERJET – ou sobre saliência;
OVERBITE – ou sobre mordida
 
�
�
�

Continue navegando