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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS EM OCLUSÃO DENTÁRIA

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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS EM OCLUSÃO DENTÁRIA 
 
• Oclusão dentária = relação dos dentes superiores e 
inferiores, quando estão em contato funcional, estático 
e durante os movimentos mandibulares (MEZZOMO, 
2009). 
• A oclusão está relacionada diretamente com a ATM, 
com toda a fisiologia e funcionalidade do sistema 
estomatognático, periodonto e componentes 
neuromusculares. Desse modo, para um funcionamento 
ideal, deve haver harmonia entre todos esses 
componentes, 
Ex: Problemas de oclusão, por exemplo, um contato 
prematuro, irá ocasionar dor ao paciente, começa 
haver expansão do ligamento periodontal, e a partir 
disso pode-se gerar uma lesão de periápice e gerar 
problemas maiores. 
• Durante a realização do exame clínico/exame físico 
do paciente é observada a sua oclusão, levando em 
consideração a forma como ele morde, presença de 
contatos prematuros, elementos que não apresentam 
contato com seu dente antagonista, etc. Desse modo, 
devem ser analisados todos os sinais e sintomas 
apresentados pelo paciente, bem como as 
interferências oclusais presentes, para criar um plano de 
reabilitação adequado. 
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA OCLUSÃO 
- Posições mandibulares: relação cêntrica, máxima 
intercuspidação habitual, relação de oclusão cêntrica, 
dimensão vertical de repouso, dimensão vertical de 
oclusão, espaço funcional livre. 
- Movimentos mandibulares: abertura, fechamento, 
retrusão, protrusão (guia anterior – incisivo com 
incisivo), lateralidade (lado de trabalho e lado de 
balanceio; guia canina – canino com canino), rotação e 
translação. 
1. Relação cêntrica (RC) 
- É tida como uma posição articular ortopedicamente 
estável e ideal, na qual os côndilos estão nas posições 
ântero-superiores na fossa mandibular, apoiados nas 
 
 
vertentes posteriores das eminências articulares com os 
discos articulares adequadamente sobrepostos. 
- De modo simplificado, é a posição em que os côndilos 
da mandíbula se encontram no posto mais alto e mais 
anterior da fossa. Essa posição fisiológica não depende 
de contatos dentários, e por esse motivo geralmente é 
uma posição usada como referência/ideal durante a 
reabilitação de pacientes desdentados. 
- É possível levar o paciente a posição de RC por meio 
da utilização de técnicas: 
TÉCNICA DE MANIPULAÇÃO FRONTAL: 
Disponível em: Oclusão :para você e para mim / Antônio Carlos Cardoso. - 
[Led., Z.impr.]. - São Paulo: Santos, 2010. 
233p.: il 
- O paciente é colocado praticamente na posição 
horizontal/deitado, com a cabeça para trás, entre os 
ombros e com os braços relaxados, a fim de 
facilitar o manuseio da musculatura, já que o paciente 
deve estar muito relaxado. Na arcada superior, o 
polegar e o indicador da mão esquerda apoiam-se na 
face vestibular dos caninos ou pré- molares. Já 
na arcada inferior, o polegar direito é colocado 
na região cervical dos incisivos ou no mento, 
puxando o lábio para baixo para visualizar os 
dentes inferiores, enquanto o indicador e os 
outros três dedos firmam o mento na sua parte 
inferior. Com leve pressão e movimentos oscilatórios de 
abertura e fechamento, manipula-se delicadamente a 
mandíbula até perceber que foi realizado o primeiro 
contato dentário, o que indica que o paciente chegou a 
RC. 
TÉCNICA DE MANIPULAÇÃO BILATERAL 
Dor Orofacial 
 
 
- O paciente é em posição reclinada e deve ficar 
relaxado possível. A cabeça é posicionada entre os 
braços e o peito do operador para oferecer 
estabilidade. Os polegares são postos sobre a região 
mentoniana e os demais dedos suportam o corpo da 
mandíbula. Com leve pressão dos polegares para baixo 
e pressão dos outros dedos para cima, a mandíbula é 
delicadamente manipulada com pequenos movimentos 
oscilatórios para a posição de relação cêntrica. O 
paciente, relaxado, vai fechando a boca até que ocorra 
o primeiro contato. 
Disponível em: Oclusão :para você e para mim / Antônio Carlos Cardoso. - 
[Led., Z.impr.]. - São Paulo: Santos, 2010. 
233p.: il 
2. Máxima intercuspidação habitual (MIH) 
- É a posição intermaxilar onde ocorre o maior 
número de contatos dentários com os côndilos 
fora da posição de RC. 
- É nessa posição que inicia e acaba o 
mecanismo da mastigação e, também, é a posição 
em que os dentes permanecem por maior tempo 
em contato durante a deglutição. 
- Diferente da RC, esta é uma posição variável, que 
pode ser modificada através de intervenção do 
profissional por meio de uma pequena restauração, 
reabilitação total, tratamento ortodôntico, extrusão 
dental, desgaste dentário, aplicação de coroa, ou outro 
procedimento. 
- Não é uma posição patológica. 
3. Relação de oclusão cêntrica 
- Trata-se da posição em que RC e MHI coincidem, ou 
seja, no momento de maior número de contatos 
dentários os côndilos encontram-se no posto mais alto 
e mais anterior da fossa. 
- É tida como uma posição ideal, pois nesse caso não 
há contatos prematuros, o que permite a posição 
condilar ideal, implicando em melhor mastigação, 
direcionamento das cargas oclusais e funcionamento 
ideal dos músculos. 
- É uma posição muito difícil de ser encontrada. 
4. Dimensão vertical de oclusão (DVO) 
- Distância/altura entre os arcos maxilares e 
mandibulares quando os dentes estão em oclusão. Essa 
altura vertical da face é mantida pelos dentes, em 
especial pelos posteriores, quando estão ocluídos. 
 
 
 
 
 
 
 
- O aumento ou diminuição da DVO pode ocasionar 
problemas funcionais e motores. 
Aumento = dificuldade de falar, dor ou sensibilidade dos 
rebordos alveolares, menor habilidade mastigatória, 
tensão dos músculos da face, etc. 
D iminuição = pode ocasionar o aparecimento de queilite 
angular, aspecto envelhecido, afetando a harmonia da 
face. 
 
 
Disponível em: https://nhakhoadongnam.com/sau-khi-lam-cau-rang-su-bao-
lau-thi-xuong-ham-bi-tieu-d./ 
5. Dimensão oclusal de repouso (DVR) 
- Posição de descanso postural, em que os músculos 
antagonistas se encontram em repouso, e há apenas 
toque entre os lábios; 
- Ela também pode ser conceituada como uma altura 
da face com posição mandibular normal em relação ao 
crânio, o indivíduo estando em posição ereta e tônus 
normal (mínima atividade). 
- É uma posição que independe da presença dentária 
e que pode ser alterada (alterações musculares/atrofia). 
- 
 
 
 
 
 
 
 
6. ESPAÇO FUNCIONAL LIVRE 
- Espaço existente entre os dentes quando a mandíbula 
se encontra em posição de repouso, em que o tônus 
muscular está em um estado de equilíbrio. 
- É a diferença entre a DVR E DVO 
- Espaço livre ideal = 3mm ou 4mm/ sendo aceitável 
de 1mm até 10mm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE OCLUSÃO 
1 . OCLUSÃO IDEAL 
- É uma oclusão pouco predominante na população, 
em que a RC coincide com MIH, resultando em uma 
oclusão de relação cêntrica. 
- Nesse tipo de oclusão, há uma maior chance de 
saúde periodontal, pois acontece a transmissão de 
forças oclusais ao longo do eixo do dente (axiais). Ou 
seja, toda a carga mastigatória e força imposta sobre 
qualquer dente é transmitida ao longo eixo do dente, e 
não de forma lateralizada. Caso contrário, a doença 
periodontal se instalaria mais facilmente, pois o dente 
começa a sofrer uma inclinação maior para um dos 
lados, e a partir disso se inicia uma reabsorção óssea, 
dentre outros problemas. 
- Há contato posterior simultâneo bilateral, dimensão 
vertical de oclusão adequada e guias laterais e 
anteriores. 
2 . OCLUSÃO FISIOLÓGICA 
- Existem pequenas diferenças entre RC e MIH, e o 
paciente pode apresentar contatos pré-maturos; 
- Essa é o tipo de oclusão predominante na maioria da 
população; 
- Apesar dessas diferenças, permite funcionalidade 
eficaz e em conforto, e é bem tolerada pelo 
periodonto, ATM e músculos da mastigação, sem 
causar problemas. 
- Contatos pré-maturos = contato oclusal que 
impossibilita o fechamento mandibular na posição de RC, 
MIH e ORC. 
Esses contatos podem ter causas naturais (giroversões, 
apinhamentos), adquiridos (restaurações,próteses e 
ortodontia) ou disfuncionais (patologias musculares ou da 
ATM). 
3 . OCLUSÃO PATOLÓGICA 
- Grande discrepância entre RC e MIH, já apresentando 
interferências que originam traumas oclusais. 
- EX: Mobilidade dentária; desgaste dentário; lesão 
cervical não cariosa. 
CLASSIFICAÇÃO DAS MALOCLUSÕES 
1 . Classe I – Neutrooc lusão/Oc lusão de referênc ia 
 
 
- Relação de harmonia entre o canino superior e a face 
distal do canino inferior (lança do superior tocando a 
distal do inferior); O primeiro molar superior deve ocluir 
em harmonia com o primeiro molar inferior. 
- Ainda que haja algum apinhamento dentário ou outro 
problema com os dentes, os arcos dentários estão 
adequadamente alinhados; 
 
 
 
 
 
Disponível em: https://www.laguiadelprotesico.site/oclusion-y-tipos/ 
2. Classe I I – D istoc lusão 
- Há uma discrepância entre os caninos e molares da 
mandíbula em relação aos da maxila. Sendo 
caracterizada pelo recuo desses dentes da mandíbula 
em relação aos da maxila. Ou seja, é como se o arco 
dentário inferior do paciente estivesse “para trás”, 
criando uma imagem “bicuda”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disponível em: https://www.laguiadelprotesico.site/oclusion-y-tipos/ 
3 . Classe I I I – Mes ioc lusão 
- É caracterizada por um avanço dos caninos e molares 
da mandíbula em relação aos da maxila. Dessa forma, o 
arco dentário inferior fica mais proeminente, ou seja, 
mais “para frente”, do que o superior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disponível em: https://www.laguiadelprotesico.site/oclusion-y-tipos/ 
Mordida profunda 
 
 
Disponível em: http://ortodonciacarrera.es/mordidaprofundaanterior/ 
 
Mordida Aberta 
 
 
Disponível em: https://marciadeoliveira.com.br/blog/item/99-mordida-cruzada 
 
Mordida cruzada 
 
 
Disponível em: https://redeplusodontologia.com.br/mordida-cruzada-tipos-e-
como-tratar 
 
 
Disponível em: https://ortodonciacarrera.es/mordidacruzada/ 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
• Oclusão para você e para mim / Antônio Carlos 
Cardoso. - [Led., Z.impr.]. - São Paulo: Santos, 2010. 
233p.: il 
 
• Oclusão dentária: princípios e prática clínica/ Leonardo 
Marchini, Jarbas Francisco Fernandes dos Santos. – Rio 
de janeiro: Elsevier, 2011. 
 
• Tratamento das desordens temporomandibulares e 
oclusão, 6° edição / Jeffrey P. Okeson. - Rio de Janeiro 
Elsevier, 2008.

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