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aula RECICLAGEM DE CONTEÚDOS

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RECICLAGEM 
DE
CONTEÚDOS
OFICINA DA PIESC VI
	Temas:
Técnica Limpa e Técnica Estéril; 
Noções básicas de prevenção de contaminação de campo estéril; 
Cateterismo vesical de alívio e de demora;
Características do paciente em uso de SVA e SVD;
Cuidados com a manutenção e monitoramento nos dois casos.
	Técnica Limpa
A assepsia clínica, ou técnica limpa, consiste nos procedimentos utilizados para reduzir e evitar a disseminação dos microrganismos. 
Exemplos:
Fonte: http://www.jornaldebrasilia.com.br/cidades/dia-mundial-de-higienizacao-das-maos/
Fonte: http://www.hospitalaraluguel.com.br/index.php?exe=detalhe&pai=cadeira-de-banho-e-banquetas&url=luvas-de-procedimento
Fonte: http://www.gruposentax.com.br/equipamentos-de-limpeza-2/entenda-a-importancia-da-limpeza-hospitalar/
	Técnica Estéril
A assepsia cirúrgica, ou técnica estéril, exige que a enfermagem use diferentes precauções da assepsia clínica e a utilização de equipamentos esterilizados, em que se compreende que todos os microrganismos, inclusive os esporos, estejam eliminados.
A técnica estéril poderá ser utilizada:
 durante procedimentos que exijam a perfuração intencional da pele;
quando a integridade da pele for rompida em consequência de um trauma, incisão cirúrgica ou queimaduras;
durante os procedimentos que envolvam a inserção de cateteres ou instrumentos cirúrgicos em cavidades corporais estéreis.
(POTTER, 2004).
	Técnica Estéril
A esterilização de diversos matérias, como, por exemplo, lâmina de alumínio, tecido de algodão e papel crepado é alcançada pelos seguintes meios: Autoclaves a Vapor Úmido, estudo de Calor Seco, gás de Óxido de Etileno e o gás plasma de Peróxido de Hidrogênio.
Um objeto é considera estéril quando a probabilidade de sobrevivência dos microrganismos que os contamina é menor do que 1:1.000.000. Esse critério é o princípio básico dos testes biológicos usualmente utilizados para controlar o processo.
(HCFF/UFRJ, 2013)
	Técnica Estéril
	Para manter a técnica estéril, a equipe de enfermagem deve estar atenda para algumas informações:
Um objeto esterilizado permanece esterilizado apenas quando tocado por outro objeto esterilizado;
Apenas objetos esterilizados podem ser colocados em campo estéril;
Um objeto ou campo estéril fora do campo de visão, ou um objeto abaixo da cintura da pessoa são considerados;
Um objeto esterilizado ou campo tornam-se contaminados pela exposição prolongada ao ar;
As bordas de um campo ou recipiente esterilizado são consideradas contaminadas.
(POTTER, 2004).
CATETERIMOS VESICAL DE ALÍVIO E DE DEMORA
ANATOMIA
Anatomia do Sistema Urinário
Rins: Formação da urina + Equilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico + Produção de Eritropoietina (glóbulos vermelhos) e Renina (Pressão Arterial)
Ureter: Tubo muscular de 22-30 cm + origem após pelve renal + conduz urina dos rins à bexiga por mov. peristálticos.
Uretra: Tubo muscular + Conduz a urina da bexiga para o meio externo 
Anatomia do Sistema Urinário Feminino
Lábios Maiores e Menores
Clitóris
Óstio Interno e Externo da Uretra Feminina
Uretra Feminina
Bexiga Fermina
Óstio Externo da Vagina
Canal Vaginal
Útero
Ânus
Fonte: http://biomateria.xpg.uol.com.br/Sistemagenitalfeminino/genfemlistaspry.html
Anatomia do Sistema Urinário Femino
Glande do Pênis + Ostio Externo da Uretra Masculina
Corpo do Pênis
Saco Escrotal + Testículos
Próstata
Bexiga Masculina + Óstio Interno da Uretra Masculina
Fonte: http://biomateria.xpg.uol.com.br/Sistemagenitalmasculino/genmascframe.htm
CATETERIMOS VESICAL DE ALÍVIO E DE DEMORA
TÉCNICA
NORMATIZAÇÃO
A Resolução nº 450/2013 do COFEN - Conselho Federal de Enfermagem, estabelece as competências da equipe de Enfermagem em relação ao procedimento de Sondagem Vesical (introdução de cateter estéril, através da uretra até a bexiga, para drenar a urina). Segundo o Parecer Normativo, aprovado pela Resolução, a inserção de cateter vesical é função privativa do Enfermeiro, em função dos seus conhecimentos científicos e do caráter invasivo do procedimento, que envolve riscos ao paciente, como infecções do trato urinário e trauma uretral ou vesical.
Cateter de Alívio vs Cateter de Demora
(KNOBEL, 2006)
Detalhes do cateter
(KNOBEL, 2006)
Detalhes do cateter
(KNOBEL, 2006)
VOLUME URINÁRIO ESPERADO
ADULTOS – 30 A 50 ml/h
CRIANÇAS < 1 ANO – 2 ml/kg/h
CRIANÇAS > 1 ANO – 1 ml/kg/h
(KNOBEL, 2006)
DEFINIÇÃO
Sondagem ou cateterismo vesical refere-se à introdução de uma sonda através do meato uretral até a bexiga. Pode ser classificada em sondagem intermitente (ou de alívio) ou de permanência (ou demora) a depender da manutenção ou não da sonda após sua introdução e finalidade terapêutica.
(KNOBEL, 2006)
INDICAÇÕES
A cateterização é um procedimento com finalidade terapêutica ou diagnóstica.
Indicações com finalidade terapêutica:
- alivio de retenção urinária aguda ou crônica, obstrutiva ou funcional.
- drenagem e controle de volume urinário no pré, intra e pós-operatório.
- pacientes com traumatismos ou doenças de uretra e bexiga.
- pacientes com lesões extensas de pelve e do períneo.
(KNOBEL, 2006)
INDICAÇÕES
Indicações com finalidade diagnóstica:
- determinação do volume de urina residual.
- verificação de hematúria.
Quando indicada a sondagem vesical, a avaliação urológica prévia se faz necessária nas seguintes condições:
- trauma, estreitamento ou fistula uretral.
- uretrorragia ou hematoma perineal ou escrotal.
- uretrite aguda.
- prostatite aguda.
(KNOBEL, 2006)
COMPLICAÇÕES:
As principais complicações são em geral decorrentes do traumatismo na
passagem da sonda: infecção urinária, uretrite, estenose de canal e obstrução da luz.
As complicações da caracterização prolongada incluem: inflamação renal
crônica, nefrolitíase, ITU, sepse.
(KNOBEL, 2006)
RISCOS AO PACIENTE:
Cerca de 10% dos pacientes hospitalizados são expostos ao cateterismo urinário. O procedimento de inserção do cateter é estéril e sua complicação mais frequente é a infecção urinária. A Infecção do Trato Urinário (ITU) representa cerca de 40% das infecções hospitalares e resulta em repercussão econômica, sequelas, complicações e danos imensuráveis à população 
(Mazzo; et al 2011)
RISCOS AO PACIENTE:
 Enfatiza-se que a bolsa coletora de pacientes que apresentam bacteriúria constitui um reservatório para microrganismos que podem contaminar o meio ambiente e também outros pacientes.
(CAMPO, 2013).
Fonte: www.cuidandote.net
RISCOS AO PACIENTE:
Dentre os fatores de risco para aquisição de uma infecção relacionada à SV, a duração da cateterização é o de maior destaque; quanto às estratégias de prevenção; 
Outros fatores de risco incluem sexo feminino, idade avançada e a não manutenção de sistema fechado.
(CAMPO, 2013)
POSSÍVEIS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM:
Risco de Infecção.
Eliminação urinária comprometida.
Dor aguda.
Retenção urinária.
POSSÍVEIS PLANEJAMENTOS DE ENFERMAGEM:
O cateter urinário permanece pérvio.
Sedimentos/coágulos de sangue passam pelo cateter.
A bexiga está livre de fontes de irritação local.
O pH urinário diminui para um estado mais ácido.
POSSÍVEIS RESULTADOS DE ENFERMAGEM:
O cliente enfermo não mostra sinais nem sintomas de infecção da bexiga ou do trato urinário.
O paciente não apresenta dor nem desconforto como resultado da irrigação da bexiga.
O cateter permanece pérvio, e a bexiga do paciente não sofre distensão.
PREVENÇÃO DE INFECÇÕES
Os coletores de urina devem ser esvaziados a cada 8 horas.
Os coletores nunca devem ser posicionados em um nível acima do púbis.
Higiene perineal com água e sabão, e do meato uretral, pelo menos duas vezes ao dia
Os cateteres não devem ser irrigados, a não ser que ocorra uma obstrução
De um modo geral, recomenda-se a mudança do cateter a cada 10 - 15 dias, naqueles pacientes previstos para terem um tempo muito prolongado de permanência do cateter.
Minimizar o uso e duração de cateter urinário em todos os pacientes, que possuemmaior risco para infecção de trato urinário relacionado a cateter, tais como mulheres, idosos e pacientes com imunidade comprometida
Cateteres hidrofílicos apresentam benefícios em termos de segurança (redução de bacteriúria e micro hematúria) e qualidade de vida para pacientes com retenção urinária neurogênica crônica que necessitam de cateterização intermitente. Silicone pode ser preferível a outros materiais para reduzir o risco de incrustação de cateteres de longo prazo em pacientes cateterizados que têm obstrução frequente.
(Lenz, 2006; ANVISA, 2013)
Revisão integrativa: evidências na prática do cateterismo urinário intermitente/demora.
Rev. Latino-Am. Enfermagem vol.21 no.1 Ribeirão Preto Jan./Fev. 2013.
Flávia Falci Ercole; Tamara Gonçalves Rezende Macieira; Luísa Cristina Crespo Wenceslau; Alessandra Rocha Martins; Camila Cláudia Campos; Tânia Couto Machado Chianca.
Revisão integrativa: evidências na prática do cateterismo urinário intermitente/demora.
Trata-se de uma revisão integrativa com o objetivo de buscar as melhores evidências disponíveis na literatura sobre o conhecimento produzido e relacionado à técnica de cateterismo urinário intermitente e de demora, para embasar cientificamente o cuidado de enfermagem prestado ao paciente, submetido ao cateterismo urinário, e prevenir infecção do trato urinário. Foram adotados artigos que abordassem os temas cateterismo urinário e infecção do trato urinário, estudos classificados como metanálise, revisão sistemática e ensaio clínico randomizado.
A amostra foi composta por 34 artigos, desses apenas 8 foram realizados por enfermeiros. Os resultados foram organizados em três temáticas: Higienização da região periuretral; Tipo de material do cateter; Manutenção e retirada do cateter. 
Revisão integrativa: evidências na prática do cateterismo urinário intermitente/demora.
As evidências encontradas neste estudo, segundo as temáticas propostas foram:
A higienização periuretral realizada com água comum, água estéril, solução antisséptica (clorexidine e PVP-I) não foram associadas estatisticamente à ITU. 
O cateterismo intermitente limpo é procedimento mais seguro e com menor taxa de complicações e de ITU, quando comparado à cateterização de demora;
Cateteres revestidos com liga de prata e antibiótico, quando utilizados por período de até uma semana, em comparação aos cateteres comuns (silicone, silicone com hidrogel, látex e PVC) reduzem a bacteriúria e a ITU; cateteres revestidos com liga de prata reduzem a bacteriúria e ITU, mesmo quando o período de permanência do cateter for prolongado;
Revisão integrativa: evidências na prática do cateterismo urinário intermitente/demora.
- A permanência dos cateteres de demora, após a cirurgia por até 24 horas, é recomendada para a redução das taxas de ITU sintomática e outras complicações;
- A remoção precoce do cateter de demora em pacientes cirúrgicos está associada à redução do risco de ITU e menor tempo de hospitalização, mas com risco aumentado de retenção urinária; 
- A fixação do cateter com o dispositivo Statlock, quando comparado a métodos comuns (fita, velcro, CathSecure ou nenhum tipo de fixação) reduziu em 45% a ITU sintomática, embora não tenha havido associação estatisticamente significativa entre o uso do dispositivo e a ITU;
Revisão integrativa: evidências na prática do cateterismo urinário intermitente/demora.
- Não houve diferença estatisticamente significativa nas taxas de ITU ao se clampar o sistema fechado por determinado período, antes da retirada, quando comparado à drenagem livre da urina, durante 24 ou 72 horas, antes da retirada do cateter;
- A utilização segura do cateter urinário reduz o tempo de permanência desse, complicações como a ITU, mas não indica redução da ITU.
REFERÊNCIAS
 Indicação do cateterismo urinário,Disponível em anvisa,2015 http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_web/modulo5/pre_urinario6.htm
 Magalhães SR, Melo SR, Lopes VF, Zuíla Maria de Figueiredo Carvalho4, Islene Victor Barbosa5, Rita Mônica Borges Studar Evidências para a prevenção de infecção no cateterismo vesical: revisão integrativa Rev enferm UFPE on line., Recife, 8(4):1057-63, abr., 2014
PREVENÇÃO DA INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO RELACIONADA À SONDA VESICAL NA PERSPECTIVA DO CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE, LARISSA DA SILVA BARCELOS CAMPO GRANDE/MS 2013
Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde 2013 Agência. 1ª edição – 2013
Cateterismo vesical: cuidados, complicações e medidas preventivas Lino Lima Lenz Arquivos Catarinenses de Medicina Vol. 35, no. 1, de 2006
REFERÊNCIAS
KNOBEL, Elias; Laselva, Claudia Regina; Moura Júnior, Denis Faria. Terapia intensiva: enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2006. 636 p.
Ercole, F. F.; Macieira, T. G. R.; Wenceslau, L. C. C.; Campos, C. C.; Martins, A. R.; Chianca, T. C. M. Revisão integrativa: evidências na prática do cateterismo urinário intermitende/demora. Ver. Latino-Am. Enfermagem. v. 21. n. 1. Ribeirão Preto. Jan./Fev. 2013.
POTTER, P.; PERRY, A. G.; Fundamentos de enfermagem. 5ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2004. 1509 p.
Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH/HUCFF/UFRJ). Esterilização de artigos em unidades hospitalares. Agosto. 2013.

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