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Humanização do Parto e Nascimento BPPE V - UFSJ Virgínia Junqueira Oliveira O parto ao longo da história Considerada pela hist. Francesa , a primeira professora de Obstetrícia na França O parto intinerante ( 25 anos de curso a pedido do Rei) Mme Du Coudray 1712/1791 A máquina da Madame du Coudray estão no Musée Flaubert et d histoire de la médecine Início do Séc XX- a narcose e o uso de fórceps vieram humanizar a assist (Rezende, 1998) Fernando Magalhães ( início do séc XX) PHPN-A humanização da assistência, expressa uma mudança na compreensão do parto como experiência humana e, para quem o assiste, uma mudança no “quefazer”diante do sofrimento do outro humano. O conceito de humanização Linha de montagem de coisas e de gente 1913 cem anos atrás Henry Ford inventa a linha de montagem ( 90’para montar um carro) André Toma, 2013 Escolas e hospitais com funcionários hiperespecializados e com pacientes passivos 20 cesarianas agendadas e com (1 anestesista) 6 Contribui para transformar um evento da vida privada em um evento médico e hospitalar Estabeleceu uma relação de hierarquia/poder entre o médico e a parturiente Institucionalização do parto Dec. 50 Mulheres dopadas, amarradas, proibição de acompanhantes Ano 2000 Criação da rede de mulheres Parto do princípio PHPN Dec. 70/80 Dossiê de Caxias PAISM Dec 90 REHUNA Em toronto Direito a Acompanhante Blogs Países da América Latina tipificam a Violência Obstétrica Criação da Iniciativa parto respeitoso Um breve histórico... A visão médica separa a gravidez das outras experiências de vida da mulher, tratando-a como um evento isolado, sendo o significado que as mulheres às suas experiências ignorados . ( Muniz e Barbosa) Medicalização do parto No Brasil convive-se com o pior dos 2 mundos CESÁREA DE ROTINA NO SETOR PRIVADO PARTO NORMAL COM INTERVENÇÕES ROTINEIRAS NO SETOR PÚBLICO Em todo o mundo cresce o nº de partos com intervenções e partos cesáreas: Espanha 29,4% dos partos são cesáreas (Padilla,2014) Itália As mulheres sofrem mais intervenções no setor privado (Bonvicini,2014) Maternidades Sul Africanas A assistência desumana é mais prevalente em maternidades públicas (Kruger,Schoombee,2010) O Brasil tem a mais alta taxa de cesarianas do mundo 78,6% das mortes durante o parto tem Como causa direta a qualidade da assistência A taxa de partos Cesáreas está em torno de 56,7% na rede pública e 82% na rede privada O inquérito nacional evidenciam as intervenções Desnecessárias O movimento de mudanças na assistência Rito de passagem Business do nascimento Cultura do risco X Cultura da segurança ¼ mulheres sofrem violência no parto Objetivo: Garantir o atendimento de qualidade à gestante e á criança até 2 anos Modelo Lógico da Rede cegonha (RC)/2011 Parte do diagnóstico de que as morbimortalidades materna e infantil permanecem elevadas, com prevalência da medicalização do nascimento e uso de tecnologias sem evidências científicas e que não consideram a gestante como protagonista do processo de gestação e parto. Atualmente, organismos de saúde internacionais e nacionais preconizam um modelo de atenção ao parto e ao nascimento que proporcione às gestantes, às puérperas e aos recém-nascidos uma assistência humanizada e de qualidade (BRASIL, 2011) Nesse modelo, são centrais a garantia do acesso às práticas de saúde baseadas em evidências científicas e o reconhecimento da gestante e de seus familiares como “atores principais” nessa cena, e não “espectadores”. ( Diniz, 2012) Estamos vivendo hoje com cesárea eletiva o que vivemos no séc.XX com a amamentação Privamos o bebê de se beneficiar de vivenciar o TP “ Quem não luta para nascer não luta para viver” “O nosso modelo atual de assistência ao parto e nascimento é absoleto, anacrônico e perigoso” “Não se pode dizer que um país que oferece 56,7% de cesarianas oferece um parto seguro” Chega de parto violento para vender cesárea!! O caso da gestante Adelir de Góes, de Torres, Rio Grande do Sul, submetida a uma cesariana contra sua vontade após determinação da Justiça chocou o país. A polêmica que girou em torno da indicação ou não de cesárea ou se havia risco de vida para mãe e para o bebê, é mais ampla As mulheres vão à rua é a “Blogosfera materna” As mulheres não querem apenas sair vivas do parto mas com memórias de prazer e satisfação de um momento que lembrarão para sempre. ( Sônia Lansk,2012) Exercício do direito do ser humano” “ Respeito, autonomia, escolhas informadas” “ Um referencial ético e digno de Assistência ao parto” Humanização “ Parir é poder” O que de fato havia e o que mudou? ... “Só iremos mudar o mundo quando mudarmos a forma de nascer” Michel Odent viju.oli@ig.com.br UFSJ/ Campus D.Lindu Divinópolis/MG Obrigada pela atenção
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