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RESPOSTA DA QUESTÃO 2 SOBERANIA VS DIREITO INTERNACIONAL

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RESUMO DE PAINHO 2018.1 
DIREITO INTERNACIONAL 
AQUI SÓ OS FORTES SOBREVIVEM 
PARA QEM CONFIOU VALEU ESPERAR 
Os Estados Membros são iguais perante a lei, gozam de imunidade de foro e não 
intervenção uns perante os outros, porém estão sujeitos ao teto constitucional (este 
sim possui soberania completa em relação aos Estados Membros), devem obediência 
aos seus limites, possuindo, portanto, a soberania horizontal. Os Estados em sentido 
internacional gozam da soberania horizontal, vez que têm por limite a ordem jurídica 
internacional. Fora disso haverá força, e não Direito. 
 A visão verticalizada trazida por autores como Duguit, Kelsen e Scelle vem sendo 
inadmitidas, ultrapassadas pela noção de horizontalidade, aspecto mais condizente, 
tanto teoricamente quanto na prática dos atos internacionais. 
Tendo em mente este entendimento, não se pode criticar o emprego do conceito nos 
tratados, como demonstra-se pelo artigo 2º da Carta da ONU- “A Organização e seus 
Membros, para a realização dos propósitos mencionados no Artigo 1º agirão de acordo 
com os seguintes Princípios: 
 1. A Organização é baseada no princípio da igualdade soberana de todos os seus 
Membros. 
 Este entendimento iguala os Estados, e assim também vem expresso no par. 2º do 
preâmbulo da Carta da ONU, verbis, 
Nós, os povos das Nações Unidas, resolvidos a preservar as gerações vindouras do 
flagelo da guerra,que por duas vezes, no espaço da nossa vida, trouxe sofrimentos 
indizíveis à humanidade, e a reafirmar a fé nos direitos fundamentais do homem, na 
dignidade e no valor do ser humano, na igualdade de direito dos homens e das 
mulheres, assim como das nações grandes e pequenas, e a estabelecer condições sob 
as quais a justiça e o respeito às obrigações decorrentes de tratados e de outras fontes 
do direito internacional possam ser mantidos, e a promover o progresso social e 
melhores condições de vida dentro de uma liberdade ampla. (ONU, 1945). 
Há ainda que se citar o entendimento de Boson (2000), que finaliza seu capítulo 
dizendo que na soberania se enxerga uma das flagrantes diferenças entre o Direito 
Internacional e o Direito Constitucional numa Federação. O Direito Constitucional 
numa Federação persistirá ainda que se elimine a soberania horizontal de cada ente 
federativo, porém no Direito Internacional isto não ocorre, vez que tal eliminação, 
extinguiria por vez a existência de co - relação, passando a existir apenas imposição 
pelo Estado soberano ou um Direito político Universal.

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