Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PRÁTICA 2 – PODER ADSORVENTE DO CARVÃO ATIVO 1.INTRODUÇÃO Adsorventes são materiais cuja superfície porosa interna é acessível para combinação seletiva com solutos em uma fase gasosa ou líquida. Processos de adsorção são largamente utilizados para remoção de substâncias tóxicas como corantes, metais potencialmente tóxicos, odores ou gosto no tratamento e purificação de águas, óleos, produtos farmacêuticos e efluentes de processos. Os principais adsorventes comerciais são: o carvão ativo, aluminas, argilas, resinas orgânicas e adsorventes siliciosos. É geralmente possível dividir todo fenômeno de adsorção envolvendo superfícies sólidas em duas classes principais: adsorção física (ex: ligações de hidrogênio, dipolo-dipolo, Dispersão de London ou Força de Van der Walls) e química (quimisorção – ex: ligações iônicas ou covalentes). A adsorção física ocorre por forças intermoleculares envolvendo dipolos permanentes, dipolos induzidos e interações quadrupolo entre adsorvente e espécie a ser adsorvida (adsorbato). Envolvem forças de Van der Valls ou forças de valência secundária. Quimisorção por outro lado, envolve uma interação química com transferência de elétrons entre adsorventes e adsorbato. As espécies adsorvidas são ligadas por força de valência que são as mesmas que ligam os átomos numa molécula. 1.1.Carvão ativo Dentre os vários adsorventes existentes no mercado, o experimento de interesse utiliza o carvão ativo. Para compreender o fenômeno da adsorção é necessário conhecer as propriedades físico- químicas do material adsorvente, no caso carvão ativo. As propriedades físicas do carvão ativo dependem dele estar sendo utilizado na forma de carvão ativo em pó (CAP), utilizado quando se tem fase líquida, ou na forma granular, utilizado para o adsorbato na fase gasosa. Para o CAP as propriedades mais importantes são filtrabilidade e densidade, enquanto na forma granular são a dureza e o tamanho das partículas. Logo, as propriedades do carvão ativo vão influenciar a taxa e a capacidade de adsorção sendo necessário levá-las em conta na escolha do carvão e na concretização do projeto dos equipamentos. A distribuição de tamanhos de poros e as atividades químicas superficiais dos diversos tipos de carvão são bastantes dependentes de sua origem (coque de petróleo, carvão vegetal, carvão betuminoso, lignita, entre outros). O carvão ativo pode apresentar caráter ácido ou básico, relacionado com a oxidação na sua superfície. Este caráter é dependente das condições de manufatura do carvão e da temperatura na qual se processa a oxidação. Um carvão ácido apresenta comportamento ácido, ou seja, adsorve quantidades apreciáveis de bases, tendo pouca afinidade por ácidos, enquanto que o carvão básico apresenta comportamento oposto ao carvão ácido. Figura 1: Processo de adsorção na superfície do carvão ativo. 1.2.FASES DA ADSORÇÃO Figura 2: Fases da adsorção 1.Transporte no seio da solução envolve o movimento do material (substância) a ser adsorvido (adsorvato) através do seio da solução líquida para a camada-limite ou filme fixo de líquido existente ao redor da partícula sólida do adsorvente. 2. Transporte por difusão através da camada limite, corresponde ao transporte do adsorvato por difusão através da camada limite até a entrada dos poros do adsorvente (difusão externa). 3. Transporte através dos poros, envolve o transporte do adsorvato através dos poros da partícula por uma combinação de difusão molecular através do líquido contido no interior dos poros e difusão ao longo da superfície do adsorvente (difusão interna). 4. Adsorção, ligação do adsorvato em um sítio disponível do adsorvente, envolvendo vários mecanismos, tais como: adsorção física, adsorção química, troca iônica, precipitação, complexação. 2.OBJETIVOS Estudar o poder adsorvente do carvão ativo muito comum no tratamento de intoxicações. 3. MATERIAIS (listar os materiais utilizados) 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL - Pesar 20g de carvão ativo num béquer. Lavar com água destilada e filtrar. Colocar na estufa a 120°C por uma hora. Retirar e colocar para esfriar em um dessecador sob vácuo. - Preparar 200 mL de uma solução de ácido acético 1 M e padronizar com solução de NaOH 1 M, usando fenolftaleína como indicador. - Com o restante da solução padronizada , diluir em seis balões de 100 mL originando, novas concentrações variando de 0,5M à 0,01M conforme descreve a tabela a seguir: Amostra 1 2 3 4 5 6 ácido acético (HAC)(mL) Água destilada(mL) Concentração obtida(M ou mol/L) 0,5 0,25 0,1 0,05 0,02 0,01 -Transferir para erlenmeyers as soluções preparadas e adicionar rapidamente 2 g de carvão ativo e começar a anotar o tempo. Deixar a mistura sob agitação por 30 minutos e então filtrar. Retirar 10 mL da amostra 1 e titular com hidróxido de sódio 1 M, utilizando como indicador a fenolftaleína. O mesmo deve ser feito com as amostras 2, 3, 4 ,5 e 6 utilizando as seguintes alíquotas para titulação; Amostra 1 2 3 4 5 6 alíquota para titulação(mL) 10 10 25 25 50 50 Volume NaOH 1M utilizado na nova titulação -Analisar o resultado. 5. RELATÓRIO Elaborar o relatório – normas ABNT -INTRODUÇÃO (BUSCAR DADOS BIBLIOGRÁFICOS SOBRE A ADSORÇÃO DO CARVÃO ATIVO) -OBJETIVOS -MATERIAIS E MÉTODOS -RESULTADOS E DISCUSSÕES -CONCLUSÃO -REFERÊNCIA 6. ATIVIDADES A) Qual a diferença entre adsorção e absorção? B)Explique como ocorre (as fases) o processo de adsorção em um material poroso? C)Qual a diferença entre um material microporoso, mesoporoso e macroporoso? D)Qual a importância dos agentes adsorventes para a Toxicologia? E) Qual a diferença entre fisissorção e quimissorção? Como ocorrem? REFERÊNCIA SOUZA, LARISSA; COSTA LUCIANO. Adsorção. UFPE. ADSORÇÃO EM CARVÃO ATIVO. Disponível em: http://www.feq.unicamp.br/~mak/Roteiros/carvao.htm.
Compartilhar